New York, Jungle of Love. escrita por Clary07pmore


Capítulo 24
Capítulo 23- No Lugar Errado, Na Hora Errada.


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu estava aqui pensando... Com que artistas vocês imaginam os personagens? Gostaria que falassem nos comentários, e se quiserem eu faço um capítulo especial apenas com as fotos dos artistas que eu gostaria de ver os interpretando. Espero que gostem do capítulo, é só para vocês!



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Do aeroporto para fora, tudo que Annabeth via parecia ter saído de um de seus sonhos de princesa quando pequena. Ela e Percy esperavam com suas malas ao lado de fora do aeroporto pela chegada de Pietro, primo de Percy, que ia busca-los. Para todo lugar que se olhava, via a cidade de Roma. Do alto, quase não dava para ver a beleza das ruas ou da antiguidade de algumas das casas, mas os antigos monumentos e os casebres e castelos afastados da cidade eram de entorpecer a visão.

– No que está pensando? – Perguntou Percy, e Annabeth percebeu que ele a observava e sorriu.

– Em como tanta coisa aconteceu. – Ele fez sinal com que ela continuasse. – Ah... Não sei explicar. Uma hora estava em casa, na outra estudando em NY. Uma hora estava festejando no sol fervente do caribe, e agora explorando na brisa calma da Itália. – Ela se aproximou de Percy. – Uma hora te odiando, e na outra... – Os dois iam chegando cada vez mais perto quando uma voz carregada de italiano, conhecida por Percy, os chamou.

– Percy! – Um homem alto, de cabelos escuros como os de Percy e olhos bem negros adiantou-se e abraçou Percy.

Annabeth deduziu sem muita dificuldade que aquele era Pietro, primo de Percy. Era muito bonito. Devia ter seus 25, 26 anos. Seus cabelos iam até um pouco acima do ombro, e seu rosto era de um formato simétrico sem igual.

– Pietro, esta é Annabeth, minha namorada. – Percy começou a apresentar. – Annie, esse é meu primo. –

– Muito prazer! – Annabeth sorriu e o abraçou.

– Namorada é? Mandou muito bem primo. – Ele sorriu de volta. – Mas infelizmente, o tempo que teríamos para conversar mais é o tempo em que Marcella vai arrastar você pra milhões de provas de vestido. –

– Eu sei que ela vai adorar. – De trás dele, saiu uma menina que parecia nem estar ali antes. Mas agora, com certeza todos reparariam nela. Era extremamente bonita! Tinha a pele branquinha, com uma aparência extremamente delicada. Seus olhos eram de um azul estonteante e seu cabelo era uma cascata de ondulações ruivas. – Você vai ficar linda no vestido que separei para você. Vai ser uma dama incrível! – Ela adiantou-se e abraçou Annabeth, que com certeza ficara muito sem graça. Atrás de Marcella, Percy ria.

– E você! Está enorme! – Ela bagunçou o cabelo de Percy, que dizia que era bom vê-la de novo.

– Vamos então! Há uma longa estrada até a casa. – Pietro chamou, e ele e Percy foram à frente pondo as malas no carro.

– Então, como o castelo vai estar uma loucura, com pessoas para cima e para baixo carregando caixas e mais caixas, vamos só passar lá para Percy ver a todos e apresentar você a todos, - Ela abriu o maior sorrisão para Annabeth, que não pode deixar de sorrir. – e então vocês dois ficaram lá em casa. É uma casa bem grande, tem bastante quartos e um quintal adorável. A casa é de vocês. –

– Eu nem sei como agradecer! – Annabeth disse.

– Ah não queria, eu é que agradeço. Não sabe como foi difícil achar um par para o Percy, mas eu e Pietro fizemos questão de que ele fosse padrinho, até mesmo por que isso está em nossos planos de casamento desde o início de nosso namoro, e namoramos há nove anos! – Annabeth ficou impressionada.

– Caramba! É muito tempo! Mas... Por que foi tão difícil assim? –

– A Dolores, avó dos meninos, queria que ele entrasse com a Diana. Mas o Percy não quis de jeito nenhum. Ele e Dolores chegaram a brigar bem feio por isso. – As duas caminhavam até o carro.

– Brigaram? Ele não queria? Por quê? – Annabeth bombardeou-a de perguntas.

– Sinceramente Annabeth, eu não sei. Pietro me falou que eles tinham uma história bem complicada. Mas já acharam outro par para ela, então está tudo certo. – Marcella entrou no carro.

Annabeth estava um pouco apreensiva com essa história. Percy não havia comentado nada sobre essa Diana, mas Annie sabia que teria que descobrir sozinha.

Logo ao chegarem, Annabeth percebeu que “pequeno castelo” era a forma mais modesta de se descrever o palácio em que a avó de Percy morava.

– Seja bem vinda Annabeth! – Pietro falou, do banco da frente, indicando que todos deveriam descer do carro.

Logo ao saírem, um belo Golden pulou em Percy quase o derrubando, e fazendo a festa em Annabeth. Logo atrás, uma menina que ainda não tinha 1,50 de altura com lisos cabelos flamejantes veio correndo na direção de Percy.

–Karma! – Percy a abraçou-a com força, levantando-a no ar. Annabeth ficava encantada ao ver o amor de Percy por crianças.

– Você não vai adivinhar! Já estou com quatro aninhos! – A pequenina falou com o maior sorrisão, enquanto era posta no chão, e foi até Annabeth.

– Olá princesinha! – Annabeth abaixou-se para falar com ela, que afastou os cabelos do rosto. Ela tinha os olhos bem verdes, assim como os de Percy.

– Oi! – Ela definitivamente estava muito feliz. – Qual seu nome? De onde você é? Vai ser falta de educação se eu abraçar você? – Percy e Annabeth riram, o que fez a menina se animar mais ainda.

– Meu nome é Annabeth. – Karma levantou uma sobrancelha com uma expressão confusa para Annabeth. – É complicado não é? Pode me chamar de Annie. – Ela sorriu e Karma bateu palmas. – Tenho 15, faço 16 no mês que vem e sou dos Estados Unidos. E é claro que você pode me dar um abraço! – E então ela se jogou nos braços de Annabeth que a rodou e deu mil beijos em seu rosto. A menininha não se aguentava de rir.

– Améllia, deixe Annabeth conhecer o castelo primeiro, depois você se lança nela! – Karma se separou de Annabeth dando risinhos e foi para o lado da mãe, Daniella.

– Claro! O cabelo é praticamente igual! Eu nem sabia que você tinha uma filha! – Comentou Annabeth e Daniella sorriu.

– Que bom que não está na cara que não sou tão jovem assim. – Piscou para Annabeth e pegou Karma.

– Você deve estar se perguntando – Percy juntou-se a Annabeth, entrelaçando seus dedos nos dela. – o porquê de a chamarmos de Karma, se o nome dela é Améllia. –

– Acertou. Por quê? – Os dois começaram a caminhar em direção ao castelo, seguindo Pietro, Daniella e a pequena Karma.

– A família da Daniella tem a mania de usar nomes “reais”, e tem sobrenomes enormes por terem algum parentesco distante com o pessoal da realeza londrina antiga. – A brisa era morna e o ambiente lembrava uma paisagem pintada do outono em seu ponto mais bonito. – O nome da mãe da Daniella era composto, Clarice Karmani. Como uma homenagem, o primeiro nome da Karma é Améllia Karmani. Dai a chamamos de Karma. -.

– Mas isso, não que ela seja ruim, muito pelo contrário, ela é maravilhosa, isso o carma, não significa algo ruim? – Annabeth perguntou.
– Em algumas culturas, sim. Em outras, o carma é você expelir suas energias ruins, deixando só as boas. Continua sendo algo “não bom” por que essas energias são expelidas para outra pessoa, mas o nome faz jus à pessoa. – Mesmo impressionada com o conhecimento de Percy, Annabeth ainda se questionava.

– Como assim, faz jus a ela? –

– Quando a Daniella estava gravida dela, estava com uma doença muito ruim. Tipo, muito ruim mesmo. Ela estava com os dias de vida contados, sabe? – Eles entraram no castelo, e só o hall de entrada tirou o ar de Annabeth, mas ela continuou prestando atenção. – Achavam que a Améllia nem chegaria a nascer. Quando fez oito meses e sete dias de gestação, na hora de fazer um ultrassom, viram que a Dania não tinha mais essa doença. – Ai então Annabeth entendeu tudo.

– A doença então... – O estômago de Annie se revirou por completo. – Quanto tempo mais ela tem? –

– Acredita-se que ela vai viver bem até os 18. – Percy concluiu, e olhou para Karma.

– Ela tirou a coisa ruim da mãe, deixando só coisas boas. – Annabeth comentou com pesar.

Foram então distraídos de seus pensamentos por uma voz bem madura e feminina chamando por Percy.

– Meu neto querido está de volta! – Uma doce moça, já de certa idade, com seus cabelos brancos muito bem cortados e cuidados, trajando um conjuntinho lilás formal desceu as escadas na maior rapidez que conseguiu e adiantou-se até Percy.

– Oi vó! – Percy falou sem muito animo.

– Tem uma pessoa que está louca para ver você! – Ela comentou, ignorando totalmente Annabeth, e abriu caminho para uma jovem com seus 17, de longos cabelos escuros, olhos castanhos claros e um longo vestido vermelho.

– Diana! Você não mudou nada. – Era impossível dizer se Percy estava sendo irônico, mas ainda assim abraçou a moça.

– Me disseram que você não vinha! – Ela parecia realmente feliz em vê-lo. Percy sorriu.

– Vó, esta é Annabeth, minha namorada. – Percy apresentou orgulhoso, e Annabeth sorriu e estendeu a mão a Dolores.

– Ela veio para o casamento? Bom. – Dolores não apertou a mão de Annie, apenas rodou-a, analisando.

– É um prazer conhece-la! Percy falou muito sobre a senhora. – Annabeth abaixou a mão, mas não abandonou seu sorriso e continuou a ser simpática. Percy parecia irritado. Diana a observava.

– Tenho certeza que falou... – Ao terminar a ronda, parou-se de frente para Annabeth.

– Annie vai ser uma de nossas madrinhas. Não é linda? – Daniella entrou, tentando quebrar a tensão. – Já está tudo pronto para irmos para a casa. Ela fica na parte oeste do campo, então não é muito longe. As malas de vocês já estão lá e... –

– Ela vai entrar com Theo? Ah, que ótimo! – Dolores interrompeu-a.

– Não vó, ela vai entrar comigo. – Percy confirmou.

– Não... Não, não vai. Já estava combinado. Você vai entrar com Diana. –

– Mas eu não concordei com isso! – Disse Percy com veemência. Todos pareciam ver um jogo de ping pong que ia de Percy a Dolores.

– Está vendo o que você fez? – Ela agora se dirigia a Annie.

– Mas eu... – Annabeth se aprontou para responder, porém foi cortada.

– Annie, vamos. – Pietro abraçou-a e começou a leva-la em direção a casa. Annabeth foi sem nem contestar.

– Nem tentar? Não dava nem pra tentar fingir ser legal? – Percy protestou e virou-se para ir.

– Percy, espera! – Diana chamou-o.
Mas ele já estava correndo em direção a Annabeth, que, as lágrimas, subiu em um pequeno carrinho de golfe que era usado para atravessar o enorme capo e ir para casa.


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Notas finais do capítulo

Não demorarei com o próximo, devo postar um ou dois por semana. Amo vocês! Não esqueçam de recomendar, comentar e gostar da história, isso é MUITO importante!