Percy e Annabeth chegaram a casa lá pelas 2:00 da manhã. Era de se surpreender o fato de Frederick não acordar com as risadas histéricas dos dois lembrando os tombos, piadas e momentos da noite. Tiraram os sapatos e largaram-se na cama da Annabeth, um do lado do outro, apenas olhando pro nada.

– Então... – Começou Percy, e meio as tentativas de respiração depois de tantas risadas. -... O que era a viagem que você estava falando mais cedo? –

– Ah é! Bem lembrado, vou ligar para Piper, 1 minuto. – Annabeth deixou Percy deitado, um tanto confuso e foi até a porta do banheiro.

Annabeth: Pips!

Piper: Não tinha hora melhor para ligar não?

Annabeth: Você não estava dormindo estava?

Piper: Pelo visto, você e Percy também não!

Piper ria ao telefone, e Annabeth revirou os olhos como se estivesse olhando para Piper.

Annabeth: Voltamos de uma festa agora, sua maldosa. Annabeth riu. Quero saber pra onde vamos.

Piper: Falou já confirmando, gostei!

Annabeth: Fala logo menina!

Piper: Ah, não é nada demais. Estamos indo ficar no resort do meu tio.

Annabeth: Ahh para! Deve ser muito legal! Onde fica?

Piper: Nas ilhas Caribenhas.

Annabeth: TA BRINCANDO? VAMOS PRO CARIBE?

Era possível ouvir os urros de alegria de Percy pelo telefone. Piper e Annabeth gargalharam.

Piper: Sim, nós vamos para o Caribe! Te mando os detalhes amanhã Annie, tenho que desligar. Viajamos na quarta.

Annabeth: OK. Até então!

Piper: Saudade de vocês! Até!

E desligou.

– Como vamos fazer para ir? Eu teria que passar em casa primeiro! – Perguntou Percy, ainda deitado.

– É, temos que ver isso melhor. Mas com certeza vamos! – Annabeth sentou-se na cama, ao lado de Percy. – E podemos comemorar seu aniversário lá! –

Percy quase havia esquecido, seu aniversário era no sábado. Ele sorriu, sentou-se e deu um beijo na testa de Annabeth.

– Será ótimo se você estiver junto. – Ela sorriu de volta. – Annie, já vou dormir, estou exausto! – Percy fez como se fosse levantar, mas Annabeth segurou sua mão.

– Por que você não dorme aqui hoje? – Annabeth tentou perguntar sem que parecesse algo malicioso, mas Percy abriu um sorriso de lado e ela já sabia que era um caso perdido.

– Por mais que isso seja tentador... – Ele começou a palestrar. – Não acho que seria uma boa ideia. Talvez seu pai, por mais que goste de mim, que sou um menino encantador, não goste da ideia de me ter dormindo com sua filha de quase 16. – Annabeth faria 16 em abril.

– Não vamos fazer nada demais Percy! – Annabeth riu.

– Fale por você! – Percy protestou, mas Annabeth já o conduzia a se deitar e não era ele que iria para-la.

– Falo pelos dois! Se controle Perseu! – Annabeth adorava chamar Percy assim, pelo fato dele odiar esse nome. Quando eram menores, Percy e Annabeth perguntaram ao Paul o porquê do nome Percy. Ele disse que era em homenagem a um antigo herói grego, Perseu. Por algum motivo, Percy não gostou, e Annabeth nunca se esqueceu disso.

– Por enquanto, pode deixar. – Uma enorme insegurança invadiu Annabeth. Ela sabia que ele estava só brincando, mas sabia que alguma hora teria que abordar esse assunto com Percy, pois esperava que namorassem por muito tempo. Percy pareceu perceber a inquietude de Annabeth, mas sabia que se perguntasse ela ficaria pior, então apenas riu descontraidamente e abraçou-a.

Assim os dois deitaram, e ainda com roupas festivas, caíram no sono.

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Que sacrifício não foi para acordar.

Logo de manhã, (11 horas para eles é manhã, considerando a hora e o cansaço no qual foram dormir.) Percy ligou para seus pais para falar da viagem, e sua mãe falou que mandaria um de seus assistentes mandar a ele as roupas e dinheiro para levar. O pai de Annabeth não gostou muito logo de cara, mas pensou que seria uma boa ideia que ela se distraísse um pouco, então deixou. Confirmaram com Piper, que acertou as passagens pela internet e deu todos os dados do voo para Percy, prontos para viajar daqui a três dias. Decidiram passar o dia inteiro largados no sofá assistindo filmes, isso, é claro, quando Annabeth terminasse sua rotina diária de estudos.

– Que filme vamos ver primeiro Annie? – Percy largou-se no sofá de frente para a TV.

– Titanic. – Annabeth respondeu, com um rosto escondido atrás de um balde de pipoca.

– Ah não! Por que esse? – Percy protestou.

– Porque... – Annabeth pôs o balde na mesa de centro e foi ligar o DVD. -... A partir do momento que você me pergunta qual vai ser o filme, a escolha é minha. –

– É impressionante como você sempre tem uma resposta pronta para tudo! – Annabeth virou-se para Percy lançando lhe um sorriso vitorioso, e voltou-se de novo para o DVD.

– Mas como sou uma ótima namorada não farei você passar por essa tortura. – Percy comemorou. – Vamos ver um documentário. –

– Me de um bom motivo! –

– Te dou três. 1º: é um documentário sobre baleias assassinas no SeaWorld, e você ama animais marinhos. 2º: Eu sei que, por mais que seja legal ver a grandiosidade na qual o navio afunda, qualquer coisa vai melhor agora do que o roteiro meloso de Titanic. 3º: Eu que fiz a pipoca, então se você for assistir outro vai ficar sem. – Percy gargalhou e Annabeth sentou-se ao lado dele, com o balde de pipoca na mão.

– Preciso dizer que você ganhou? – Perguntou Percy ainda rindo.

– Não. Não dessa vez. – Annabeth recostou a cabeça em seu ombro e apertou o play.

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Quando o documentário acabou, Annabeth levantou-se para ir tomar outro banho e virou-se para Percy, que exibia uma expressão estupefata.

– Como você pode fazer isso comigo? – Percy movia-se como se estivesse morrendo. Annabeth riu.

– É um ótimo documentário não é? – Ela perguntou em ironia.

– Você é uma pessoa terrível... Terrível... – Agora ele se encolheu e abraçou as pernas, balançando-se para frente e para trás como uma pequena criança perdida.

– Ah para vai... – Annabeth ainda sorrindo foi dar um abraço em Percy. – Nem foi tão ruim. – O documentário mostrava a história das Orcas no SeaWorld desde seu começo, como eram capturadas, como eram treinadas, os maus tratos que as vezes aconteciam e os casos de assassinato de treinadores, realizados pelas próprias baleias.

–Foi pior. – Percy riu, rendendo-se de seu exagero. Annabeth lhe deu um beijo.

– Melhor? – Annabeth abriu um sorriso divertido e questionou bem perto do ouvido de Percy.

– Hum... – Disse ele após pensar um pouco. – Não, ainda não. Foi um trauma muito feio. – Os dois riram e Percy puxou-a de volta para o sofá, aonde, entre tapas e beijos, o resto do mundo foi esquecido.