New York, Jungle of Love. escrita por Clary07pmore


Capítulo 15
Capítulo 15 - No Caminho das Rosas.


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Adeus provas! Então gente, esse ficou um pouquinho maior, mas acreditem foi uma necessidade. Espero que gostem!!



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De manhã, até o Sol parecia estar com preguiça de se levantar. Não nevava mais, e estava bem claro que não nevaria de novo. A neve derretia lentamente, pois não contava com grande ajuda do sol. Ainda estava frio, porém muito mais suportável. Annabeth acordou com cheiro de frango bem assado vindo da cozinha, e percebeu que estava faminta. Eram 10:30, o que deixara Annabeth muito intrigada porque ela é daquelas que acorda na maior disposição as 6 da manha. Mas ontem foi uma ocasião especial. Jason e Piper começaram a namorar, assim, do nada, mas os dois se gostavam muito então Piper alugou o ouvido de Annie até as três. Levantou-se com esforço e foi para o banheiro. Hoje ela pretendia passar o dia todo com Sally, que havia a convidado para dar uma volta mais elaborada por NY e leva-la para conhecer a estátua da liberdade. Após sua higiene matinal e um quentíssimo banho, Annabeth vestiu uma calça jeans preta, uma blusa azul um pouco escura e por cima um casaco preto que se abotoava ao lado. Pôs botas, pois apesar de a nevasca ter parado, ainda havia muita neve lá fora.

– Bom dia Annabeth! – Sally entrou no quarto entusiasmada. Usava uma blusa de mangas compridas branca, uma calça jeans e um cachecol vermelho. Sally era muito bonita.

– Bom dia. – Annabeth sorriu.

– Eu já estou quase pronta. Almoçaremos daqui a um tempinho e então vamos. Está pronta? – Se virou e parou a porta.

– Estou sim! – Ela respondeu ainda sorrindo.

– Ok. Poderia acordar Percy para mim? – Pediu Sally.

– Ah, claro. Deixa comigo. – Annabeth fechou a bolsa que estivera arrumando com suas coisas antes de sair.

– Obrigada querida. – Sally adiantou-se e deu um beijo na testa de Annabeth e foi para seu quarto.

Annabeth rumou então para o quarto de Percy. A luz do sol, mesmo fraquinha, batia diretamente no rosto dele e acorda-lo que é bom nada. Havia travesseiros espalhados pelo chão e um Percy totalmente largado e desajeitado na cama, com o cobertor todo enrolado, mas que provavelmente uma hora estivera cobrindo ele. Dormia apenas de bermuda, pois o quarto tinha aquecedor para quando o tempo não estava muito bom. Tinha um bronzeado natural belíssimo, assim como o pai, o que distraiu Annabeth por alguns segundos.

–Percy. – Ela sentou-se na beirada da cama e começou a sacudir o menino. – Percy, acorda.

Ele pegou o travesseiro e pôs na cara, ignorando Annabeth. Ela riu.

– Percy! – Agora dava tapas no braço dele.

– Shhhhh... – Sussurrou ele, virando-se para o outro lado.

– Percy Jackson, acorda agora! – Ela o empurrou nas costas, mas para sua surpresa Percy agarrou seu braço e a puxou, fazendo-a avançar para cima e dele, e então passou a mão por sua cintura e a fez voar por cima dele e cair deitada do outro lado da cama.

– Caramba Annabeth, eu quero dormir! – Começou a esfregar o travesseiro em Annabeth e a fazer cosquinhas nela, que ria desesperadamente tentando levantar-se da cama.

– Pelo amor de Deus Percy para! – Ela ria e o golpeava com um dos travesseiros, até que, ambos cansados, deitaram e apenas encaravam um ao outro.

– Bom dia. – Disse ela depois do que deviam ter sido 10, 15 minutos.

– Oi Chase. – Percy riu lembrando-se da situação toda que acabara de acontecer. – Fantástico, você fica linda até como miragem de um olho embaçado de um jovem embriagado de sono. – Annabeth sorriu.

– Ah claro. – Revirou os olhos. – E você com toda sua glória de surfista havaiano tem que levantar dessa cama agora. – Agora Percy sorriu, e depois de mais alguns minutos de um jogo de encara totalmente flertante com Annabeth ele levantou-se e foi se trocar. Depois de um tempo, os dois desceram para almoçar.

– Seu pai ligou Percy. Estava querendo saber como vão os planos para hoje. – Disse Sebastian, que havia sido convidado ao se juntar ao almoço, já que levaria Sally e Annabeth para seu passeio.

– Planos? – Indagou Sally, mastigando sua salada. – Que planos? –

– Hm... – Percy tentou enrolar. – Uma coisa que tenho que fazer. Meu pai não tem muito a ver, mas contei a ele, e ele está me ajudando.

– Ah, e você realmente não vai me contar? – Sally aposentou o garfo olhando intrigada para Percy.

– Não, sinto muito. – Disse ele, rindo do que seria o começo do surto de curiosidade de sua mãe. – Ele quer que a gente vá ao prédio de seu consultório, eu e você Annabeth. – Paul é médico, e no geral vivia para cima e para baixo nos hospitais, mas tinha um consultório médico para clientes com problemas mais específicos, principalmente tratando-se de câncer. O edifício era enorme, e grande parte se trava de uma excelente clínica para crianças com câncer, fundada pelo próprio Paul. Tinha diversos Playgrounds diferentes e um telhado enorme e muito bem cuidado, com arvores e montes de flores, bancos e até postes de luzes, um belo cenário para um clipe de musica sobre amor meloso e depressivo carregado de adolescência.

– Hoje? Mas, por quê? – Perguntou Annabeth ao terminar mais um pedaço de seu frango.

– Não sei. Disse para você estar lá as 19:00. – Percy tomou um gole de seu suco.

– E você terá de chegar lá que horas? – Annabeth passou o suco para Sebastian e virou-se para Percy.

– Ah, já estarei lá. –

– O que você vai fazer cedo no trabalho de seu pai Percy? – Uma das empregadas que trabalhava na casa agora recolhia o prato de Sally.

– Já disse que não posso contar mãe. Mas depois de tudo pronto ele vai te ligar e explicar tudo. – Percy pôs a mão no ombro de Sally rindo.

– Quando tudo o quê estiver pronto? – Agora já era. Mas Percy não podia contar.

– Nada. – Respondeu, talvez rápido demais. – Eu não sei de nada. – Levantou-se apressado deixando um restinho de comida no canto do prato e subiu para seu quarto.

– Tem algo muito estranho acontecendo. – Comentou Annabeth.

– Ah tem... Mas vamos descobrir. – Concordou Sally, e assim as duas e Sebastian terminaram seus almoços e partiram em seu passeio.

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Aproximadamente na décima segunda loja, Annabeth e Sally já não tinham espaço em nenhum dos braços, que já estavam quase até os ombros de sacolas. Entraram então em uma loja de sapatos muito sofisticada, e Sally enquanto experimentava um par de saltos pretos extremamente trabalhados nos detalhes, ligou para Sebastian para que levasse as bolsas para o carro, e Annabeth sentou-se em um dos bancos de experimentar e pegou seu celular. Na mesma hora, chegou uma mensagem de Piper.

Piper: Annie! Onde você está? São 18:20!

Annabeth: Estou com a mãe de Percy. Loja de sapatos. Espera, o que tem já serem 18:20?

Piper: Você tem um compromisso as 19:00 esqueceu?

Annabeth: Não... Não me esqueci. Mas tenho certeza de que me esqueci de contar para você. COMO VOCÊ SABE?

Piper McLean visualizou

Annabeth: PIPER RESPONDE! O QUE VOCÊ SABE?

Piper: Annabeth, jura pela nossa amizade que está no começo e eu sei que será muito, muito boa, que não vai contar nada para ninguém que eu falei sobre isso com você?

Annabeth: Juro.

Piper: Sabia que você entenderia! Então, a parte chata é que não posso contar nada. Te vejo lá, beijo!

Droga Piper, pensou Annabeth. Se ela vai, quem mais está indo? Será que todos do grupo estão indo? Que diabos vão acontecer naquele consultório? Ainda esgano o Jackson.

– Ahn, Sally – Ela chamou.

– Sim? – Sally veio até ela desfilando em seu salto elaborado.

– São quase 18:30, e sabe, eu preciso ir até o trabalho do seu marido. Teria como Sebastian me levar agora? – Ela tentou esconder o fato da curiosidade estar corroendo ela por dentro.

– Ah, claro! “A coisa no trabalho de Paul”, claro querida. Vou com você. Deixarei você lá na porta está bem? – Lembrou-se Sally.

– Obrigada. – Annabeth sorriu, e antes de sair da loja deu uma olhada em si em um grande espelho. Não sabia se estava vestida de um jeito bom, pois não sabia o que ia fazer. Respirou fundo e acompanhou Sally.

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Chegando lá, despediu-se de Sally depois de prometer que ligaria para contar o que era assim que soubesse, entrou no prédio e foi encaminhada ao consultório de Paul, no número 1582. Havia algo muito estranho no ambiente. Não estávamos muito perto do dia dos namorados, porém as pessoas da recepção, os manuseadores de elevador, até alguns pacientes usavam uma rosa vermelha na roupa. E havia varias delas pelo chão. Era lindo, mas Annabeth estava intrigada demais para admirar a beleza daquilo. Eram 18:50, já estava bem escuro e o céu estava salpicado de estrelas, ela notou, enquanto subia no elevador panorâmico do edifício. Tocou a campainha da porta de Paul, mas antes dela se abrir, uma menininha apareceu na frente de Annabeth.

– Você é a Annabeth? – Ela abriu seus grandes olhos a Annie. Eram idênticos aos dela, azul bem cinzento. A menina usava um lindo vestido florido, devia ter uns seis anos, e estava careca. Annabeth reparou em um pingente na pulseira que a menina usava, era uma pequena prancha de surf, era de Percy.

– Sou. – Annabeth abaixou-se. – Me deixa adivinhar. Você é a Mel. –

– Sou! – Ela bateu palmas e riu. – Como sabe?

– Percy me falou muito de você. Falou que você é uma linda menina, e inteligente demais. É isso que estou vendo. – Ela aproximou-se de Mel, que não tirava o sorriso do rosto.

– Você é esperta. Percy disse isso, e é verdade. – Ela andava de cabeça erguida, ela tinha muita confiança. Era completamente admirável.

– Foi você que me mandou a rosa? – Annabeth já sabia a resposta.

– Isso mesmo. E tem várias outras para você hoje, mas não estão comigo. – Ela riu de forma sapeca.

– Como assim? – Agora Annabeth realmente não havia entendido.

– Você vai ver. – Ela piscou para Annabeth. – Todas as rosas foram colhidas só para você.

– Ah é? – Ela era a coisa mais adorável que Annabeth já vira. Ela estava encantada. – E quem as colheu?

– Ups... – Disse ela, olhando para trás de Annabeth. – Tenho que ir. – E assim saiu correndo pelo corredor. Paul havia aberto a porta, e ela, descoberta. Annabeth não pode deixar de rir.

– Ela é uma graça não é? Entre Annabeth. – Ele abriu a porta para mim, eu entrei e sentei e um dos bancos.

– O que ela tem? – Perguntei, referindo-me ao fato de ela provavelmente ter passado por quimioterapia.

– Osteossarcoma. – Disse ele, de forma rígida. – Graças a deus descobrimos logo, tem muito mais chance do tratamento diminuir o tumor, já que ainda é pouco desenvolvido.

– Ah... – Annabeth sentiu um nó na garganta. – Mas ela é muito determinada, vai sair dessa rapidinho. – Disse soando esperançosa.

– Com certeza. – Concordou Paul, sentando-se de frente para Annabeth e sorrindo de jeito paternal. Ela imagina que ele deve ser um ótimo médico para as crianças.

– Então... – Continuou ela. – Onde está o Percy? –

– No telhado. – Ele riu, e Annabeth não sabia se ele estava brincando ou se era isso mesmo.

– Ahn... Como assim no telhado? –

– Está esperando por você. – Quase como uma deixa, Thalia entrou no consultório. PS.: Era quase do tamanho de uma casa.

– Annabeth! Vamos, está na hora! – Ela parecia elétrica, e seus olhos brilhavam como raios.

– Thalia? O que você está fazendo aqui? Na hora de que? – Annabeth a bombardeou de perguntas.

– Todos estão esperando! Suba até o ultimo andar e siga a única trilha que encontrará. – Thalia saiu assim, do nada, com essa estranha e misteriosa rima, e foi embora.

– Bom... – Aquilo estava realmente muito estranho. – Acho que vou seguir a trilha de tijolos amarelos, ou seja lá o que for a trilha. – Paul riu.

– Espero que goste Annie. – Annabeth decidiu que não pararia mais para nenhum detalhe, precisava subir e saber o que estava acontecendo, então deixou Paul na sala e foi até o elevador.

Chegando ao ultimo andar, havia uma trilha de rosas, levando a uma escada bem estreita no canto do corredor. Ao parar ao pé da escada, Annabeth sentiu o vento frio que vinha do topo, e presumiu que ali estaria o telhado.

Ao subir as escadas, não conseguia ver muito bem o que havia no espaço, pois havia muita neblina.

– Percy, você enlouqueceu?! – Annabeth falou em tom alto, para que ele, aonde quer que esteja, pudesse a ouvir. – Está frio aqui, o que é que você está... – Aí então a neblina começou a ficar bem mais fina, até não passar de uma linha um pouco a cima do chão revelando o espaço.

Arvores com neve, mas ainda assim com folhas bem verdinhas estavam envoltas por luzes douradas. O espaço era enorme, parecia um lindo parque de primavera que pelo visto se mantinha o ano todo, pois o telhado era coberto por uma cúpula de vidro, que no momento estava aberta no topo. Havia rosas para todos os lados, formando um lindo contraste com tudo que estava ali. Ao continuar olhando, percebeu que havia musica, mas não musica de rádio ou coisa do tipo, musica de um enorme piano que estava sendo dedilhado por Jason.

– Annabeth, finalmente. – Ele abriu o maior sorriso e acenou com a cabeça para Annabeth. Em cima do piano totalmente preto, havia mais rosas.

– O-oi. – Ela gaguejou sem querer. Estavam todos lá. Piper, Thalia, Hazel, Jason, Frank, Leo e Grover. Luke viajaria hoje à noite, lembrou-se ela. E Rachel fora para São Francisco visitar parentes. Será que eles sabiam daquilo tudo? – O que vocês estão fazendo aqui? –

– Eu acho que seria melhor eu explicar. – Respondeu a voz de Percy, de algum lugar atrás de Annabeth. Ela virou-se para trás, e em cima de um banco estilo colonial marrom bem escuro havia um jovem, muito bonito, de cabelos escuros e olhos bem, bem verdes, usando um terno preto. Annabeth quase desmaiou. – Eu chamei todos aqui, por que tinham algumas coisas que eu precisava dizer a você, e achei justo que nossos amigos estivessem junto. – Havia um buque em sua mão. Annabeth estava atordoada.

– Annabeth – Começou ele. – Há anos que nos conhecemos, e há anos que venho sendo enganado pelo que sinto por você. No início se eu bem me lembro, éramos como irmãos. Éramos os mais criativos e os melhores em tudo o que fazíamos, desde que juntos. E então crescemos, e colaboramos para a grande desfeita do destino que foi nunca mais nos vermos. Quando soube que você chegaria, achei que você estaria diferente. Estaria uma menina metida, gananciosa e materialista como todas as outras. Quando você chegou, você estava diferente. Estava, e está se tornando uma mulher linda, forte, inteligente e independente. Quando nos aproximamos de novo, e amém que assim fizemos, os sentimentos que eu acredito que já tinha por você há muito tempo explodiram dentro de mim. Uma explosão que me fez perceber que eu amo exata e absolutamente tudo em você. É o jeito do seu cabelo, é o brilho e mistério em seus olhos, é você que me tira o fôlego. É esse medo de estar nadando nas misteriosas aguas de se estar apaixonado, mas você Annabeth, faz com que estar nessas aguas seja muito melhor do que estar em terra. Sim Annabeth, eu sou apaixonado por você. – Ele desceu do banco, ao mesmo tempo em que uma lágrima caía do olho de Annabeth. – Sou apaixonado por você, independente de tudo, do que aconteceu entre nós, do que vai acontecer, sou e sempre fui apaixonado por você. Perdoe-me se é tarde demais para perceber, como sabe sempre fui um pouco lerdo... – Todos riram. – Mas espero que esse sentimento não seja apenas uma loucura no meio do nada, e espero que você aceite ser minha namorada. – Ele agora segurava a mão de Annabeth e a estendeu o buquê. Os meninos sorriam. Hazel chorava abraçada com Piper, que estava quase cedendo também. Thalia transparecia felicidade.

– E-eu... – Annabeth pegou o buquê. – Você... Ah Percy. Você é louco. – E então ela o puxou para si e deu-lhe um belo beijo de cinema. Enquanto as mãos de Percy fechavam-se em suas costas acariciando sua cintura, as mãos de Annabeth acariciavam seu macio cabelo, e o beijo ia ficando cada vez mais intenso e melhor. Todos aplaudiam, e os dois se separaram por um instante.

– Eu amo você cabeça de alga. – Ela falou olhando em seus olhos. Ele corou, como sempre, mas depois tudo que já havia dito não tinha mais vergonha de nada.

– Eu amo você sabidinha. – Ele puxou-a para mais um beijo, e naquela noite, as estrelas brilharam como nunca.


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Notas finais do capítulo

Então é isso! Espero que tenham gostado, estarei postando de novo em breve. Gostaria de pedir a por favor, quem está gostando da história que a recomende! Isso é muito importante para mim. Vocês são os melhores! Os comentários de vocês me enchem de felicidade. Essa fic é toda de vocês. Beijo!