Taking Chances escrita por VotreJoie


Capítulo 9
Confusão. E em francês!


Notas iniciais do capítulo

Eu queria escrever mais nesse capítulo, mas sei que os deixei esperando tempo demais, então escrevo sobre o baile no próximo, que não deve demorar muito. Grandes beijos para todos, principalmente para os meus leitores e para as pessoas que deixam comentários.



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Era chegado o tão esperado dia do baile. Não que eu goste de bailes. Não gosto. Mas esse era um baile diferente, não era um baile de Torneio Tribruxo, nem um baile de formatura bruxa. Era um baile trouxa, completamente comum, e por isso era tão diferente. Mas nem era isso o que o tornava tão especial, era quem estaria lá. Sim, Richard. Richard

que há dois dias não me deixa em paz. Richard que tentou me encurralar em todos os cantos possíveis do Hotel só para me convidar pro baile. Richard, o loiro de olhos azuis mais charmoso de toda a Inglaterra. É claro que eu aceitei. Tive que aceitar, não poderia ser diferente.

Eu estava voltando de uma atividade bruxo-trouxa muito bem sucedida quando ele aparece me manda fechar o diário e me prende na parede entre seus braços, olha bem fundo nos meus olhos e põe uma mecha rebelde atrás da minha orelha, carinhosamente levanta meu queixo e diz com aquela voz mansa que um dia me conquistou:


-Mione, eu não sei quando nos veremos de novo, mas reencontrar você, ver como a cada dia você fica mais linda, despertou algo dentro de mim. Eu sei que fui um babaca...

–Sim, você foi – eu respiro fundo e seu perfume invade meus pulmões, me arrependo de imediato.

–Eu sei, mas por favor, nos dê mais esse momento juntos, eu prometo que valerá a pena. Eu prometo, porque o que eu quero é tornar esse dia inesquecível de uma forma boa. Eu quero te recompensar por tudo o que eu fiz.

–Eu não posso ir ao Baile, Richard. Eu estou aqui para trabalhar.

–Por favor, Mione... A última chance... - Seus olhos se enchem de lágrimas e eu prendo a respiração.

–Tudo bem Richard, tudo bem...

–Obrigado, minha flor, minha Mione! Você não irá se arrepender. - Ele diz ainda meio incrédulo por ter sido tão fácil. Mas o que eu posso fazer? Os olhos dele me hipnotizam, o cheiro dele me hipnotiza, ele todo me deixa sem ação e minha boca responde antes que eu possa pensar.

Então ele vai embora e me deixa no canto escuro tentando processar tudo o que aconteceu.


E agora eu estou aqui, na minha cama, querendo ficar deitada o dia todo.

Mesmo tento baile. Mesmo sendo com o Ricky.

Milhões de borboletas zunem no meu estômago. Sim, eu estou nervosa. Eu que estava morrendo de raiva desse garoto e dizendo o quanto eu não acreditava nele, mas é claro que eu estava mentindo para mim mesma, como sempre. É claro que eu não ia resistir a ele do jeito que ele chegou em mim ontem. Eu estou morrendo de nervosismo. Eu vou para um baile. Eu vou para um baile com o Richard. Eu sonhei a minha vida inteira com isso. Mesmo não gostando de bailes. Ah como no meu quarto ano eu fantasiei que ele chegava de uma das outras escolas e me convidava para ser seu par, só eu sei o quanto. Mas agora ele estava aqui, me convidando, sendo um super cavalheiro e eu nervosa, deitada.


Eu me sento, preciso respirar. Preciso de ar fresco.

Vou para a minha varanda e dou de cara com o Mar, vista linda, me lembra os olhos de certo alguém, mas não são os olhos do Richard. O que será que o Draco vai dizer quando souber que vou ao baile com o ele? Mesmo ele sendo um outro babaca, vai querer me matar, vai achar que o fiz de bobo, vai morrer de raiva. Não, claro que não. Malfoy nunca ligou
para mim e nem vai ligar, eu estou imaginando coisas impossíveis.
Ele não está nem aí para com quem eu vou ao Baile.


Tenho que afastar esses pensamentos ridículos da minha cabeça, senão eu vou surtar.

Uma vontade gigante de chorar me invade, mas eu não posso chorar, não posso ser fraca. É só um garoto, é só um baile, é só uma dança, não há muito o que enfrentar. Não há de ser difícil.

Não será difícil.


Volto para o meu quarto com novas esperanças, alguém bate à minha porta. Quem pode ser a essa hora? Olho no relógio e vejo que já são quase 8, já deveria estar de pé e no refeitório. Corro.

–Quem é?

A voz feminina e doce de Amelie responde do outro lado da porta

–Sou eu Mione! O que você está fazendo aí? Já era para estar lá embaixo!

Abro a porta enquanto tento me enfiar numa calça jeans, toda desajeitada

–Oi – eu digo, sem graça – Entra.

–Meu Merlim, Mione! O que aconteceu? Perdeu a hora?

–Quase isso...

–Pela sua cara, só pode ter perdido a si mesma em pensamentos. - Ela diz tentando esconder um sorrisinho satisfeito.

É incrível como Amelie me conhece, ninguém mais consegue olhar para a minha expressão e entender o que se passa. Nem Harry, nem Gina, muito menos Rony.

–Não seja boba! Meu celular não despertou, sabe como é.

–Ah é esqueci que aqui no mundo trouxa você tem celular... Como se você não estivesse acostumada a acordar cedo sem esse troço esquisito e barulhento. - Ela joga a cabeça pra trás e ri espalhafatosamente.

Eu fecho a cara – HAHA, muito engraçada você, Li – Enfio a camisa pela cabeça, prendo o cabelo num nó rapidamente e abro a porta – Vambora, que já tô atrasada, não é?

Nós corremos até nossa sala esperando encontrar a professora Caridade por lá, mas felizmente ela parecia estar ocupada demais para tomar conta das suas duas subordinadas. Felizmente mesmo, eu já estava imaginando a sua fúria que cairia impiedosamente sobre nós, ou melhor, sobre mim, porque tinha me atrasado.

–Li, corre lá pra ver se ajuda precisa de caridade

–Ahn?

–O que eu disse?

–Ver se a ajuda precisa de caridade

–Ah bora lá, Li.. Você entendeu!! Se a Caridade precisa de ajuda.

–To brincando com você Mi, to indo. Beijo, beijo, qualquer coisa grita – Ela diz mandando beijo com a mão e sai correndo da sala. Eu me sento
esgotada, só não sei o porque. Acabei de acordar, não foi?


Alguém bate na minha porta e sem nem perguntar quem é eu mando entrar, só pode ser alguém da arrumação. O salão de festas está interditado para os cursistas, sabe como é né, temos trouxas aqui!

–Não pensei que fosse tão fácil entrar na sua sala – um loiro diz provocante com um sorriso maroto no rosto. Não, não é o Ricky.

–Malfoy? O que faz aqui? Não deveria estar com o resto do pessoal? Se não tem nada para fazer pode oferecer ajuda à equipe de organização do baile..

– Deixa de ser mal-agradecida, Granger. Eu vi que você não foi tomar café da manhã, então resolvi te trazer um Chocolat Chaud.

–Chocolat Chaud?

–Sabe Runas mas não sabe Francês? O que aconteceu com a irritante-sabe-tudo?

–Eu tenho que saber tudo agora? - rio de leve, sei que é brincadeira dele pelo tom da sua voz- E então, vai me contar ou não o que é Chocolat Chaud?

–Chocolate quente, ma cherie. Tome, beba um pouco, vai te fazer bem. Te acordar. Tá com cara de quem não dormiu nada. É isso que dá dormir do lado do bonitão aqui. Noite seguinte já sente falta.

–Deixa de ser prepotente, Malfoy! - Taquei sim a almofada da minha poltrona na cara dele. Ele se defende e pega a almofada, se senta e a abraça com aquele sorriso lindo no rosto. LINDO? EU DISSE LINDO? Ó meu Merlim!

– Cheira bem, é sua?

–É – Tem como esse garoto me deixar mais sem graça?

–Perfume gostoso – Claro que sim né.. Eu viro para me sentar na cadeira da escrivaninha, tudo pretexto para que ele não me veja corando, espero que tenha funcionado.

–Chocolate gostoso.

–Obrigado, receita de família.

Eu gargalho

–Como se eu não soubesse que você o pegou escondido com os elfos na cozinha!

–Não peguei! Juro! Fui lá eu mesmo fazer pra você.

–Hummm – O olho desconfiada – Vou fingir que acredito..

Ele ri de novo, tão charmoso!

–Certo então, vou deixar você trabalhar, Her-Mi-O-Ne – E do mesmo jeito repentino que entrou, ele se levanta e sai, fechando a porta fazendo o mínimo de barulho.

O que está acontecendo comigo? Meia-hora atrás estava suspirando pelo Richard. Esse garoto me deixa confusa. Sim, muito confusa. Apenas isso. Bom, pelo menos ele não deve saber do convite para o Baile, senão o teria comentado.

Menos mau.





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Notas finais do capítulo

Em breve, more, much more.



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