Apenas um olhar escrita por Eubha


Capítulo 111
Capítulo 111:




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– Então gente, vocês podem me ajudar. – Anita acionava o apoio de Sofia e Sidney para vasculhar os pertences de Antônio, sem correr risco de ser pega no flagra pelo garoto.

– Sidney você não disse que o Antônio saiu, afirmando que demoraria, então vamos logo. – alegou Sofia não entendendo toda enrolação da irmã e Sidney.

– Sei não gente, e se ele volta, sei não, até eu to ficando com medo de morar com esse maluco, imagina se ele descobre o que a gente vai fazer. – hesitou Sidney tenso com a ideias das duas irmãs.

– Ah Sidney, larga de ser frouxo, até eu tenho mais coragem que você, vou te contar hein. – Sofia reclama do garoto.

– Claro, fácil me dizer isso, difícil é ser maluca igual a vocês. – o loirinho retruca, ainda não totalmente convencido.

– Sidney tem razão Sofia, é arriscado se envolver nisso, vocês tem que estarem cientes disso. – Anita entende o jeito cauteloso do garoto.

– Ai tá vendo, só você que acha que isso aqui é brincadeira de filme somente. – ironiza Sidney olhando firma para Sofia, que retribui com uma careta a ele.

– Ah cala boca Sidney. – Sofia se manifesta irritada, após os segundos de silêncio.

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– Aqui Anita, a chave reserva, achei no meio das coisas da dona Maura. – já na casa de Maura, Sidney voltava apressado do quarto da mãe, após os três terem encontrado a porta da quarto de Antônio fechada.

– Você tem certeza que ela não vai dar falta. – Anita o questionou, receosa.

– Não, e nem ela sabe onde guarda as chaves extras, minha mãe é tão organizada que perde tudo. – justificou ele pondo o objeto na mão de Anita.

– Obrigada Sidney, vou ficar te devendo essa, a pra sempre acho. – afirmou Anita destrancando a porta com pressa.

– Então por onde a gente começa. – Sidney indagou olhando em volta atrapalhado e nervoso.

– Não fazendo bagunça não é Sidney. – Sofia quase gritou severa. – Não foi você mesmo que disse que o cara é um psicopata, psicopatas são detalhistas, provavelmente se a gente tirar alguma coisa do lugar o Antônio pode ver. – a patricinha alega ordenando que ele ficasse parado.

– Ai Sidney, vai lá pra baixo, e vigia, qualquer coisa você manda uma mensagem pro celular de uma de nós duas. – Anita opinião já nervosa, e ficando ainda mais confusa com a discussão que nunca encerrava dos dois, pensando se não deveria ter vindo mesmo sozinha.

– Tá, tá, mais vocês se cuidem, meu deus. – o garoto concordou deixando o local em extrema preocupação.

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– Ai que droga Anita, não achei nada até agora. – Sofia alegava já desesperada e cansada por tal busca.

– Nem eu Sofia. – Anita respondeu, sentada ao chão depois que terminou de vasculhar uma das últimas gavetas.

– Eu só não entendo o porquê da porta trancada se não tem nada de mais aqui. – a loira afirmou com irritação.

– Entender o Antônio é quase impossível mesmo Sofia. – dizia Anita enquanto analisa alguns papéis que encontrou dentro de uma pasta, seria sua última tentativa e ela iria embora daquele lugar.

– Que isso Anita. – a loira se arrastou até ela, ao visualizar a irmã impactada.

– Não sei direito, uma planta, só que tá fora de ordem. – Anita disse não sabendo o que era ao certo.

– Tipo o que, um quebra-cabeças é isso. – Sofia alegou também não conseguindo entender e só achando esquisito.

– Não sei, pode ser. – murmurou Anita com os pensamentos confusos, espalhando os papéis pelo chão, quando compreendeu que eles continham páginas inumeradas.

– Rio Style Joias, aqui Anita, bem pequeno no canto. – Sofia mostrou a irmã o que estava escrito na folha que observava.

– O que tem, o que é isso. – Anita não entende o porquê daquele nome chamar tanto atenção da mais nova.

– É aquela joalheria famosa, que fica em Ipanema, foi de lá que o papai me de aquele anel de 15 anos lembra, eu nunca iria me esquecer, acho que eu pulei de alegria durante o mês todo porque nem acreditei. – revelou a loira se recordando do fato.

– Hum sei, aquele que deve ter custado quase um apartamento inteiro não é. – Anita criticou em parte a futilidade da loirinha, continuando a decifrar os papéis. – Sofia, o Antônio... – Isso é a planta de um assalto. – a garota finalmente parecia se dar conta em meio as criticas que destinava a irmã.

– Anita não seria muito ousado não. – Sofia ficou desconfiada do devaneio da irmã.

– Não sei, pode fazer sentido, ainda mais com o que eu ouvi dele e do Palhares outro dia. – Anita contou tensa, pegando o celular com o intuito de fotografar os papéis.

– Tá muito esquisito isso. – a patricinha afirmou pensativa, mas foi despertada pelo bipe de seu celular. – Ai meu deus Anita, é o Sidney acabou de ver o Antônio atravessando a rua e vindo pra cá. – informou a loira se apavorando.

– A gente tem que sair daqui Sofia e já. – Anita juntou os papéis com destreza os deixando do jeito que estavam e pondo a pasta onde estava, no fundo da última gaveta da cômoda, também ficando assustada com a possibilidade de ser flagrada.

– Gente corre, o Antônio tá lá na sala. – disse Sidney vindo pelo corredor.

– Ele não pode me ver aqui Sidney, ia dar muito na cara. – Anita não sabe o que fazer.

– Ah gente saí pelos fundos. –Sofia opinião de forma ligeira segurando a irmã pela mão.

– Não, não, fica aqui, ele não vai estranhar se você disser que estava com o Sidney. – Anita alegou, não querendo que Antônio desconfiasse da irmã. – Obrigado por tudo gente. – ela agradeceu com o olhar correndo com pressa, para que não fosse vista por Antônio.

– Ai Sidney, eu não to me sentindo bem. – Sofia abraçou o loirinho, sentindo uma sensação angustiante se instalar dentro de si, fato este que até ela estranhou, pois tinha plena certeza que não era de seu costume ter tais sensações, que para ela eram só fricotes emocionais sem importância.

– Calma tá. – ele pediu a confortando, em um abraço que durou longos segundos.

– Que isso ceninha romântica aqui no corredor. – Antônio zombou debochado, quando se deparou com ocorrido depois de subir pela escada, ao ficar intrigado com uma batida de porta que estranhou e até suspeitou que viesse justo de seu quarto.

– Porque, que eu saiba a casa é do Sidney, não tua. – Sofia soltou o garoto e encarou o rapaz com ira, se segurando para não lhe dizer umas verdades.

– E nem dele, do jeito que a Maura é uma ótima mãe, deserdar ele, nem seria algo tão inusitado assim. – Antônio afirmou provocando. – O que vocês estão fazendo aqui. – o garoto questiona, parecendo sentir cheiro de algo errado no ar.

– Nada, eu vim ver o Sidney, por que. – Sofia respondeu segura de si.

– A gente tá junto. – Sidney adicionou sustentando, mesmo que não fosse uma verdade tão certa, já que a loirinha insistia em fugir de assumir um compromisso com ele, adorou concordar com tal meia verdade.

– Hum sei. – Antônio riu. – Desistiu de se rastejar pelo Ben, Sofia, como se com esse daí fosse diferente, depois dizem que mulher não pede pra ser maltratada. – difamou o garoto.

– Não fala assim com ela. – Sidney se viu irritado com o jeito que Antônio se direcionava a garota.

– Deixa Sidney, é só mais um idiota machista e imbecil, que vai passar o resto da vida sozinho, porque não nasceu pra viver perto de ninguém. – a loira o impediu de fazer qualquer coisa que fosse e o puxou pela mão até o quarto dele.

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No casarão, Ben tinha uma conversa séria com a mãe, que havia tomado um rumo nada agradável.

– Eu não sei por que você tá insistindo nisso, sinceramente. - o garoto dizia, vendo sua indignação se tornar pura revolta.

– Ben, porque talvez seja a única coisa a ser fazer nesse momento meu filho, que escolha você tem me diz. – Cícera alegou, querendo que ele lhe entendesse.

– Eu não sei, mais eu não quero voltar a morar na Flórida. – Ben rebatia já se irritando com tanta insistência da mãe. – Você tinha me dado até o vestibular lembra, custa esperar, depois eu decido, nem falta tanto tempo assim. – o garoto lembrou da promessa que a mãe tinha feito e estava quebrando sem a menor culpa.

– Ok, realmente eu tinha, mas agora a situação é outra. – Cícera alega também impaciente. – Você está agora desempregado, como pretende pagar tuas contas, se com certeza vai se negar a pedir ajuda para o Ronaldo. – a mulher contrapôs para o desespero de Ben.

– Meu pai já tem outros problemas. – argumenta Ben com cara descontente.

– Pois então, voltando comigo, você estar muito mais amparado do que aqui. – ela foi insistente em suas convicções. – E depois que eu saiba você não tem mais nada que te prenda aqui, não terminou com a Anita, aliás, eu nem entendi essa história até agora. – disse a mulher sem entender nada do relacionamento confuso do filho.

– E nem precisa. – Ben proferiu chateado ao lembrar da garota. – Eu não quero voltar tá, eu quero ficar aqui meu lugar é aqui. – fala Ben se negando a deixar o Brasil.

– Ben filho, quem sabe tua mãe não tem razão, infelizmente eu não posso descordar dela, aqui eu não tenho mesmo muito pra te oferecer. – Ronaldo veio do andar de cima, e ficou pensativo depois que escutou parte da conversa.

– Ah não, você também não, não é meu dia mesmo. – Ben maneou a cabeça sem disposição para ouvir pai e mãe lhe dizendo o que fazer.

– Pensa com calma Ben, em você, só em você meu filho. – Ronaldo o aconselhou.

– Ah claro. – ele ficou impaciente. – Então por vocês eu estou voltando pros Estados Unidos, é isso. – manifestou-se Ben, não acreditando ainda no que ouvia.

– Como é que é, você vai embora. – Anita que veio do quintal, ainda sob efeito de tudo que viveu na casa de Maura, levou um susto tremendo quando escutou a frase pronunciada pelo garoto, que a deixou completamente desnorteada.

Continua.


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