Estava atrasado. Estava extremamente atrasado. Malditos trânsitos que há em horários errados. Após a quarta parada de carros, Sasuke desistiu de seu veículo, deixando-o no meio da rua e se pôs a correr até o hospital. Correria apenas dois quarteirões, não via problemas nisso. Só não trajava a roupa apropriada para uma “luta contra o tempo” desse tipo. Tentava correr mais, mas seu corpo não permitia. Queria poder ultrapassar o limite que seu físico fornecera desde a adolescência.

...

Encarou o prédio, respirando pesadamente enquanto adentrava a porta da sala de espera em passos largos e firmes. Alargava a gravata em seu pescoço. Avistara Hinata sentada na última fileira, primeira cadeira, mexendo em seu celular. Não aparentava estar preocupada, muito longe disso. A azulada esbanjava um gigantesco sorriso nos lábios. Quem a veria, chamariam aquela garota de louca por ficar sorrindo sozinha. Caminhou até a mesma.

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_Cadê ela? – Não enrolou. A única coisa que rondava sua cabeça era aquela rosada e sua mais preciosa pequenina.

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_Ela esta bem.

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_Cadê minha filha?

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_Também esta bem.

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_Me responda com mais clareza, Hinata, que droga! – Sasuke aparentava seu nervosismo.

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_Não precisa ficar tenso, Sasuke. Sakura terminou o parto há alguns minutos.

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_Espera! Você disse... Parto?

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_Sim. – Ela sorriu. – A médica me pediu para avisá-lo que sua entrada no quarto onde ela está, é permitida a qualquer hora. Sasa-Chan esta a sua espera, Sasuke...

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_Arigato, Hina.

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_Hai. Estou indo para casa. Qualquer coisa ligue-me, certo? Dê isto para Sakura. – Dizia ela entregando-lhe uma sacola.

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_O que? O que é isso?

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_É o primeiro presente da minha afilhada, Sasuke. – Ela sorriu novamente. – Daqui a pouco volto para vê-la. Jya ne.

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_A-Arigato... J-Jya ne.

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Esperou a saída da Hyuuga para ir até a mesa da atendente. A perguntou onde sua rosada estava, e a mesma perguntou-o se ele seria Sasuke Uchiha. Acenou com a cabeça e a moça respondeu-o rapidamente. Dirigiu um “Arigato” para a mesma, indo em direção ao quarto dito por aquela mulher.

Encarou a grande porta de madeira, tentando esconder o nervosismo. Tocou na maçaneta, abrindo-a e chamando a atenção da Haruno, que o olhou sorridente. Caminhou até sua cama, deixando a sacola em cima da pequena poltrona que havia do lado da mesma. Alguns minutos preenchidos por silêncios e algumas trocas de olhares, oque deixava Sasuke mais tenso.

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_Então...

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_Ela esta bem, se essa for a sua pergunta, Sasuke-Kun.

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_Onde?

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_Onde o quê?

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_Onde ela esta? Não a vejo aqui!

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_Ah sim, claro. A médica me informou que, na verdade, o nascimento dela seria, exatamente, daqui a uma semana. Mas, graças a isso, tiveram que tirá-la hoje. Kin esta na incubadora, ficará tudo bem. Ela é linda.

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_Quando ela sairá de lá?

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_Amanhã mesmo já a terei em meus braços, de acordo com a senhora Marly.

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_Como é ela?

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_A sua cara. Parece que quando crescer, será igualzinha a você. *Risos*

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_Então ela é durona! *Risos*

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_A aparência me lembra a minha. Não sei.

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_Será linda então.

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_Ah para, seu bobo. – Socou-lhe levemente o braço direito. Ele sorriu.

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_Estava preocupado com você.

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_É oque aparenta. Mas, Sasuke, por que esta tão suado assim, hm?

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_Trânsitos Sakura, trânsitos.

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_*Risos* Não me diga que você...

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_Mais tarde eu volto para buscar ele. *Risos*

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_Mas como você é irresponsável, Sasuke Uchiha.

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_Sabemos disso.

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_*Risos* Pois é.

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_Ah... – Virou-se, pegando a mesma sacola e entregando-a na mão da Haruno. – Hinata deixou isso para você. Disse que era o primeiro presente da afilhada dela.

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_*Risos* Essa idiota.

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Havia chego em casa há alguns minutos atrás. Sairá do banheiro ouvindo seu aparelho celular vibrar e tocar em cima de sua cama. Secava os cabelos quando o atendeu, resmungando.

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_Cadê você, Naruto? Já não acha que esta na hora de voltar, não? – Perguntou penteando os fios capilares. – Esta atrasado!

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_Gomen, mas eu lhe avisei que ficaria alguns dias foras, não avisei?

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_Não importa! O quê aconteceu?

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_Nada de mais. Sasuke me mandou uma mensagem dizendo que iria correndo para o campo. Eu não entendi muito bem, aconteceu alguma coisa ai?

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_Na verdade, ele estava indo para o hospital.

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_O quê? Hospital? Por quê? Gente, o que houve?

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_Sasa-Chan estava em trabalho de parto.

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_O quê? Como assim? E ninguém me avisou nada por quê?

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_Pensei que Sasuke havia te informado disso.

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_Não, mas não me informou caralhos nenhum! Mas ela esta bem?

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_Sim, foi apenas um susto. Esta ótima, assim como a Kin.

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_Quem diabos é Kin, Hinata?

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_A filha da Sakura, oras, Naruto.

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_E eu lá se vou adivinhar isso, mulher?!

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_Mas, mudando de assunto, como vai o trabalho?

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_Um porre.

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_Como assim um porre? Pensei que estava tudo sob controle...

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_Não, mas não esta.

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_Ué, Naruto.

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_Ué nada. Os cara aqui são um bando de caralhudos que não fazem bosta nenhuma no serviço, isso ta um saco. Eu não estou mais aguentando essa pressão de ter de fazer tudo sozinho nessa joça, eu não aguento mais, estou pedindo socorro, Hinata.

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_*Risos* Você é o chefe, não é? Dê um jeito nisso sozinho, meu amor.

.

_Ah claro, deixa comigo. – Respondeu sarcasticamente. – Geralmente as esposas ajudam os maridos, sabia?!

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_Que pena, por quê eu não sou “as esposas”. Eu sou Hinata!

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_Nossa. Não mexe aí, porra, nem toca nesses documentos, seu filho da puta. Deixa de ser cu doce e vai trabalhar, caramba! Hinata, daqui a pouco eu te ligo e- Já falei para não tocar em nada! Se perder alguma folha, você vai se foder na minha mão, caralho! Daqui a pouco eu te ligo amor, beijos. Filho da-

–

Suspirou pesadamente encarando a tela de seu celular. Naruto aparentava estar estressado. Adoraria saber onde seu loiro iria dormir durante esses dias que passaria fora de casa. Ter todas aquelas ideias a assustavam. Apenas em imagina-lo com outra mulher lhe dava calafrios e um estresse nível hard. Definitivamente o mataria se soubesse de algo suspeito. Mandaria uma pequena mensagem fofa para o Uzumaki, informando-lhe.

“Amor, sei que não poderá me ligar tão cedo, então, estou deixando esse recado caso você dormir em algum local exagerado, como um motel com uma mulher e pensar em fazer coisas pornográficas com ela, considere-se um homem enterrado vivo, alegado e supostamente morto por minhas próprias mãos depois disso, beijos.

Com amor, Hinata.”

Sorrira malignamente com si mesma deitando-se na cama.

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_Talvez podemos agir agora, **********-Sama.

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_Tenha cautela, *****!

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_Hai! Estou indo.

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_Certo! Tenha certeza de uma coisa. Todo cuidado é pouco! Se der algum passo em falso, matarei você.

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_C-Certo, entendido. Não farei nada prejudicial.

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_Assim espero.