The Killer. escrita por Rach


Capítulo 17
XVII – a história do killer


Notas iniciais do capítulo

Olá, faz um tempinho, né? Mas está aí, aproveitem que depois tem um recadinho lá em abaixo!

enjoy ;)

#CoryLivesInMe



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– Você vai me contar tudo?

Ela o fitou, sentando-se na sua frente.

– Vou.

– Por quê?

– Por que como você mesma disse não sai daqui viva e também. – Ele fez uma pausa - Esse outro motivo você poderá saber outro dia.

– Que outro motivo?

– Decida o que você quer: o motivo ou a história?

– História.

– Ok, quer deitar? É um pouco longa.

Ele disse isso já se deitando e puxando-a para deitar ao seu lado. Rachel encostou sua cabeça no peito dele, ouvindo as suaves batidas do seu coração, e se perguntou por que tinha que ser tão ruim se sentir bem com isso.

– O The Killer começou muito antes de eu nascer, e, por incrível que pareça com um homem que não era da minha família.

– Por quê?

– Ele começou a matar?

– Sim.

– Pelo o que eu sei, ele começou por vingança, lá na época da primeira guerra mundial.

– Tanto tempo?

– Sim, mas ele não montou uma empresa, ele matou um número considerável de pessoas, todos que o haviam humilhado, e usava o nome “The Killer” para nunca ser encontrado. O Killer só virou um assassino profissional nas mãos do filho desse homem, seu nome era Michael, devia ter uns vinte e sete, vinte e oito anos na época. Ele começou a matar também por vingança, matou o pai.

– O primeiro The Killer?

– Sim, parece que, com a ideia de vingança, ele não tinha dado a devida atenção ao filho e a esposa, que morreu depressiva, o menino cresceu e decidiu se vingar, usando o mesmo nome o que o pai usara, o matou, deixando registrado em seu braço o “TK”.

– Por que a marca?

– Simples, o pai dele foi matando as pessoas, uma de cada vez, e deixava a marca como um aviso.

– Nossa, continue.

– Bom então depois disso, ele gostou de matar, e então virou um assassino de aluguel, aos poucos os clientes foram aparecendo, pessoas importantes, e a primeira sede da Killers&Cia foi construída em 61, no Canadá, depois se espalhou por toda a América. E o posto de Killer ia passando de geração a geração.

– Mas você disse que não começou com a sua família, certo?

– Certo.

– Então como você virou o Killer.

– Simples, por vingança.

– Meu Deus.

– Meu pai tinha negócios com um Australiano, só que ele era um impostor, e além de roubar muito dinheiro dele, roubou também sua esposa, que não era a minha mãe, ela veio depois. Foi assim que ele conheceu Conor, o Killer da época, meu pai não sabia da existência do Killer, afinal vivia em Suíça e lá os negócios do Killer não aparecem muito. Conor não tinha filhos nem irmãos, por tanto não tinha para quem passar o posto, e gostou do meu pai que estava alimentado pela vingança, ele fez meu pai e o preparou, meu pai matou o impostor e a mulher que antes era dele, depois disso virou o Killer.

– Depois foi só a lógica, certo? Você por ser filho dele, ganhou o posto.

– Digamos que sim, mas eu não aceitei assim tão fácil o meu lugar.

– Como assim?

– Eu lutei contra Liebe, cresci aqui, vendo os negócios do meu pai, mas também vi muita coisa fora daqui, vi a dor das pessoas ao perderem seus parentes mais amados e não queria colaborar com isso.

A voz dele estava fria e Rachel sabia que estava penetrando em um local nunca antes visto por mais ninguém, fora ele mesmo.

– E sua mãe?

– Ela viveu comigo até meus quinze anos, e foi morta em um acidente de carro, eu amava muito ela.

– Compreendo.

– Foi nessa época que eu comecei a me revoltar, estava sem minha mãe e odiava o mundo, eu fugi, sair daqui e fui tentar me virar sozinho, fui para o Texas, e lá tentei achar um emprego, consegui, comecei a viver em uma casa, era tipo um alojamento, para militares, era pequeno e eles me deixaram ficar lá, aprendi muita coisa com aqueles homens.

– E então?

– E então eu a conheci. Aquela doce menina, ela era um ano mais nova do que eu, que na época tinha dezessete anos, seu nome era Quinn.

– Quinn?

– Sim, Quinn, ela era dançarina, ficamos juntos por um bom tempo, tínhamos planos, íamos nos casar, morar juntos, sermos uma família.

– O que aconteceu?

– Quinn morreu.

– Como?

– No parto do meu filho.

Rachel se sentou na cama.

– Você tem um filho?

Só então ela virou-se e viu como os olhos de Finn estavam sombrios, ele estava perdido nas próprias lembranças, comovida, deitou-se novamente e se deixou abraçar por ele.

– O que aconteceu?

– Depois que ela se foi, eu me mudei, junto com Andrew, para Los Angeles, e vivemos lá por três anos, consegui um emprego, dividia o apartamento e tinha ajuda com o Andrew. Mas um dia saímos juntos e fomos assaltados, não tinha muita coisa, o assaltante não gostou disso.

Ouve uma pausa, silencio, até que com uma voz diferente, ele falou.

– Levei dois tiros no braço e outro no ombro. E o Andrew dois, um na barriga e um no coração, foi fatal.

Rachel sentiu lagrimas nos olhos, um filho, meu Deus ele havia perdido um filho, um bebê de apenas três anos.

– Tinha somente 22 quando aconteceu, procurei meu pai, que estava quase morrendo devido a um tumor, e disse que queria ser um Killer, não precisei de muito treinamento, tinha aprendido muito com os militares e com a vida, ele me passou o posto e desde então eu tenho estado nele.

Rachel não falou nada, nem ele, mas ela sentiu que ele a abraçava mais forte e sabia que todas essas lembranças eram dolorosas para ele. O abraçou, levando suas mãos ao cabelo dele em uma caricia relaxante, ela não estava falando com o The Killer, ela estava falando com Finn Hudson, o homem que é filho, mas perdeu os pais e que é pai, mas perdeu o filho, é tudo muito complicado.


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Notas finais do capítulo

Bom, agora é reta final!
Porr isso um capítulo por semana, falta menos de dez para o fim :/
Maaaas muitas surpresas virão! Até semana que vem ;)

#CoryLivesInMe



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