Could Be True escrita por hllcamila


Capítulo 27
The Man that Wanted to be King


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu sei que demorei séculos para postar, mas eu to com metade desse capitulo pronto há muito tempo e só não postei antes porque eu estava com enormes dificuldades para finaliza-lo!
O próximo capítulo será o último!



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Pov's Narrador Observador

Kayla Westbrook era um tipo de bruxa. Ela não possuía poderes, apenas executava feitiços com maestria, maestria essa que era invejável para uma garota tão nova quanto ela, tinha apenas 23 anos e um currículo incrível de feitos bem sucedidos. Apesar de ter noção da proporção do seu trabalho, do perigo que corria, não tinha muito o que fazer, era a herança que, junto com a casa em que vivia, havia sobrado de sua família e Kayla sabia que era o que havia nascido pra fazer.

Naquele fim de tarde ouviu o ronco de um carro estacionar na frente de sua casa, espiou dentre as cortinas da janela e logo viu de quem se tratava. Calçou suas botas e seguiu para abrir a porta.

– Oi. - Falou assim que viu o homem a sua frente, percebeu que haviam outros dois e uma garota mexericando no seu jardim mal cuidado e sorriu fraco ao ver que um deles tinha derrubado um vaso no chão.

– Oi, eu sou Dean Winchester, você deve ser Kayla. - A menina afirmou com a cabeça e estendeu a mão para cumprimenta-lo.

– Sim, eu já deixei tudo pronto,vocês podem entrar. - Falou vendo que agora todos prestavam atenção nela.

– Obrigado por nos ajudar. - Dean disse enquanto observava a casa de cima a baixo. A sala onde se encontravam era grande e espaçosa, as paredes eram cobertas por prateleiras de livros e revestidas por tábuas de madeira, assim como chão. Uma mesa redonda se encontrava no meio da sala, entre os dois sofás, e estava cheia de ervas, um mapa, e um pote feito de barro. Dean imaginou que fosse para o feitiço que Kayla faria para encontrar Cass.

– Não precisa agradecer, estava devendo um favor a Bobby. - Ela explicou e Dean concordou com a cabeça.

Damon havia achado a garota, no minimo, encantadora. Ela tinha longos cabelos loiros, olhos escuros e parecia realmente disposta ajudar.

– Temos que fazer alguma coisa? - Pediu enquanto ainda analisava a menina.

– Sim, sentem -se ao redor da mesa e deem as mãos. - Kayla rapidamente se sentou em frente ao mapa e os outros a seguiram. - Eu preciso de sangue de alguém próximo do anjo.

Sam, que estava sentado ao lado de Kayla, esticou o braço e a garota, sem exitar, fez um corte fundo, deixando várias gotas de sangue caírem no pote, Spencer tinha os olhos arregalados pela quantidade de líquido escorrendo do braço do menino e por instinto segurou sua mão, apertando-a.

– Isso deve ser suficiente. - Disse limpando o ferimento de Sammy. - Zamran ros sa zod ah mah rah na eje es lah gee roh sah.

Kayla proferiu as palavras como em um sussurro e segundos depois jogou o sangue do pote sobre o mapa, o líquido se espalhou vagarosamente, cobrindo todos os espaços, exceto um, o pedaço de papel que representava o estado de Minnesota foi parcialmente coberto, deixando apenas a área da cidade de Bloomington livre.

– Castiel esta em Bloomington? - Damon perguntou olhando o mapa mais de perto.

– Sim, isso é o mais perto que eu posso chegar da localização exata. - Ela explicou, levantando- se e levando o pote, que antes possuía sangue, para outra mesa.

– Isso já é uma ajuda e tanto, muito obrigada. - Spencer falou ainda segurando a mão de Sam e a garota apenas sorriu.

– Vocês deveriam ir, são 4 horas até Bloomington.

Kayla disse e Dean olhou para os outros, que já se dirigiam até a porta acenando para a garota.

– Olha, você poderia vir com a gente, podemos precisar da sua ajuda, ainda temos mais duas garotas pra encontrar. - Dean falou aproximando-se dela cautelosamente.

Kayla pensou, pensou várias vezes. Pesou os prós e os contras. Ela sabia muito bem quem eles eram. Sabia o que faziam e sabia dos perigos que correria se fosse com eles. Pensou em todas as consequências que andar por ai com as pessoas responsáveis pelo provável-ou-não fim do mundo traria e também pensou na aventura em que tudo se tornaria. Mas, ela havia sentido alguma coisa diferente, não? Havia sentido algo tocar seu coração mais profundamente, sim, ela sentia que jamais conseguiria dizer não para aqueles olhos verdes parados em sua frente. E tudo foi assim tão rápido, que ela já estava assustada, tinha passado meia hora com o homem e já estava apaixonada, ou, talvez, estive apenas tendo uma ‘’quedinha’’ por ele. Isso não importa. Ela aceitou o convite e saiu de casa com uma mochila cheia de roupas e as chaves de seu carro. Afinal, ela sempre fora inconsequente mesmo.

xxx

Dean estacionou o Impala ao lado de uma construção alta e grande nos arredores de Bloomington. Assim que chegaram na cidade Kayla fez mais um feitiço e conseguiu a localização exata de Castiel.

Spencer foi a primeira a descer, estava com pressa, queria salvar os amigos o mais rápido possível, odiava a sensação de ter alguém que se ama em perigo. Ela atravessou a rua e se viu sendo seguida por todos os outros.

O prédio tinha pelo menos sete andares, as paredes de concreto não possuíam tinta nenhuma, a não ser pelos inúmeros símbolos desenhados nas paredes, que provavelmente serviam para manter anjos e/ou demônios longe.

Spencer apenas conhecia algumas daquelas simbologias, mas tinha certeza que desenho algum os impediria de entrar no local. Sam abriu a porta com um pequeno clips e todos entraram em silêncio.

– Qual lado? - Sam perguntou vendo que a entrada se bifurcava em dois longos corredores.

– Você e Spencer vão pela direita, Kayla, Damon e eu pela esquerda. - Dean falou puxando o braço de Kayla e seguindo pela direção indicada.

Os três caminharam pelo corredor mal iluminado do local em silêncio e com muita cautela, Kayla observava todos os cantos a procura de algo que pudesse causar perigo.

– Sabe atirar? - Damon pediu vendo que a menina segurava a arma junto ao corpo com as duas mãos.

– Sei. - Falou e Damon arqueou a sobrancelha em sinal de dúvida. - Mais ou menos.

– Ótimo. Você tem grandes chances de morrer. - Ele continuou e a menina arregalou os olhos. Damon gargalhou.

– Damon! - Dean reprendeu. - Não se preocupe, Kayla. Nós vamos cuidar de você.

Kayla sorriu e Dean retribuiu, sorrindo também. Assim que a garota tirou os olhos do loiro sentiu algo atingir sua face com força e caiu no chão. Ela tentou se recuperar, mas quando abriu os olhos percebeu que havia um anjo em cima dela, ele desferiu mais alguns golpes no seu rosto e a única coisa que ela conseguia fazer era respirar. Os socos cessaram quando Damon arrancou o anjo de cima dela e cravou uma faca em seu estômago. Dean a puxou pelos ombros, tirando-a do chão e então ela percebeu que haviam mais quatro corpos no piso. Todos anjos.

– Vocês são bons. - Ela disse arqueando as sobrancelhas.

– Eles já devem saber que estamos aqui, precisamos nos apressar. - Dean falou olhando para todos os lados visivelmente preocupado.

**

Spencer seguia ao lado de Sam atenta a todos os barulhos. O garoto tinha uma lanterna ligada e andava perto da parede, se encostando nela toda vez que ouvia passos ou algo suspeito.

– Talvez devêssemos subir as escadas. - Spencer disse vendo os degraus se apresentarem a sua direita em mais uma bifurcação do enorme corredor que, até agora, estava vazio como as latas de cerveja jogadas na sala da casa de Kayla.

– Boa ideia. Fica atrás de mim. - Sam falou e correu até a escada, subindo seus degraus com certa urgência. Ao chegarem no outro andar, observaram uma sala enorme, cheia de mesas e armas. Spencer identificou facas, alicates e algumas seringas.

– Isso é material de tortura, Sam. - Analisou segurando uma das estacas.

– Cas deve estar por aqui. - O garoto disse e andou até a porta de metal que havia ali, ela se encontrava no fim da sala, em um canto mal iluminado, tentou abri-lá, mas estava trancada. Assim que avistou o enorme cadeado que a mantinha fechada sentiu que ali dentro se guardava alguma coisa importante.

Sam atirou no cadeado e ele se partiu, rapidamente, a porta foi aberta por Spencer e o cheiro de carne estragada invadiu suas narinas.

No canto do local, preso a enorme correntes, Castiel permanecia quase desmaiado, seu rosto estava pálido e seu peito sangrava. O casal seguiu correndo até la e puderam ouvir o suspiro de alivio do anjo. Sam tirou as correntes do amigo e Spencer ajudou a levanta-lo, quando ultrapassaram a porta de metal ouviram a voz de Dean, que correu para ajudar os dois. Damon e Kayla vinham logo atrás deles.

– Eu sou um humano agora. - Castiel falou e logo após desmaiou.

xxx

– Saiam da minha frente, montes de lixo! - Crowley falava enquanto Katherine mantinha um sorriso sínico no rosto, sua marca registrada.

– Dificuldades para controlar seus ratinhos, Crowley? - Perguntou com uma ponta de ironia. - Geralmente acontece quando o Rei não tem berço.

Katherine poderia estar morrendo, sem um braço, uma perna, sangue poderia estar escorrendo da sua boca junto com as palavras, mas ela jamais deixaria de irritar um inimigo, não importavam as consequências.

– Pode falar o quanto quiser, minha querida, seus dias estão contados. - O demônio disse soltando um sorriso ainda mais sínico que o de Katherine. - Depois que eu conseguir o mapa, acabo com você em apenas um estalar de dedos.

– E como pretende consegui-lo? - Falou desafiadora.

– Senhor, ela já chegou. - Steve, um dos demônios de Crowley, apareceu trazendo uma mulher morena com um olhar incrivelmente maníaco e um sorriso assustador.

– Seja bem vinda, Amanda.

Katherine sabia do que se tratava assim que viu a mulher, ela usava um vestido preto que ia até o chão, estava descalça e seus cabelos, também pretos, caiam suavemente em seus ombros, quase escondendo as inúmeras tatuagens que a mulher possuía na região do pescoço.

– Eu amo bruxas, se é isso que você quer saber. - Pierce disse vendo Amanda se aproximar com um sorriso impiedoso em seus lábios. Ela não estava mais tão confiante como antes e agora suas piadinhas saiam com um tom aterrorizado.

– Eu vou deixa-las a sós. - Crowley falou sorrindo e saindo da sala. - Faça o que for preciso, Amanda.

xxx

– Senhor, Castiel foi levado. - O anjo disse apressado e seu superior, Ariel, apenas assentiu, mandando-o embora.

– Acho que já esperamos o suficiente. - Ariel olhou para Zacarias, em busca de alguma ajuda pertinente.

– Se você diz que esta pronto, quem sou eu para questionar. - Ele sorriu abertamente. - Que a guerra comece.

Ariel assentiu pensativo e deixou a sala, indo comunicar todos os outros anjos. Zacarias, por sua vez, foi parar em Nebraska, em uma pequena cidadezinha, onde Alasteir se encontrava bebendo whisky e aguardando o momento para trair seu Rei.

– Os anjos estão prontos. - O velho falou sentando-se ao lado do demônio, em uma lanchonete da cidade.

– Ótimo, precisamos comunicar Crowley. A essa altura esse já deve saber onde os portões estão. - Alasteir disse tomando mais um gole de sua bebida.

– Sabe quando vai mata-lo?

– No fim. Depois que os demônios já tiverem vencido a guerra, então eu poderei ser Rei. - Ele riu e imaginou a cara de Crowley assim que percebesse que enquanto ele se preocupava em caçar duas garotas estúpidas Alasteir planejava roubar seu trono.

Entretanto, o que nem Alaister, nem Zacarias imaginavam é que a poucos metros dali, um velhinho sentado em uma mesa perto da janela, bebendo chá e comendo waffles escutava toda a conversa e sorria pela tolice de seus companheiros em confiar nele.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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