Could Be True escrita por hllcamila


Capítulo 26
The Beginning of the End


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Desculpem-me pela demora para postar esse capítulo, mas acabei ficando com preguiça e sem ideias.
Espero que vocês gostem do capítulo. Beijos e boa leitura!



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Pov's Narrador Observador

– Você só pode estar de brincadeira! Quantas florestas têm esquilos e estradas por perto? - Damon falava andando de um lado para o outro no quarto de hotel.

– Bem, aparentemente, quase todas. - Spencer fechou seu notebook.

– Alguém tem algum plano? - Dean perguntou arregaçando as mangas de sua camisa. - Não podemos ficar parados, precisamos encontrar uma saída.

– Talvez Bobby possa nos ajudar. - Sammy disse tirando o celular de seu bolso e discando o número de Singer.

xxx

Castiel sentiu algo gelado tocar-lhe a face, abriu os olhos rapidamente e encolheu-se em um dos cantos da sala onde estava. Perguntou-se porque se sentia tão fraco e logo depois uma pergunta ainda mais importante veio à sua mente: porque tinha tanta vontade de beber as gotas de água que pingavam do teto e que agora caiam direto em seu rosto?

Água, era o que mais desejava naquele momento. Mas por que? Bom, isso ainda não sabia, ou se sabia não queria admitir, pelo menos não tão cedo, não antes de procurar por alguma outra desculpa, alguma outra forma de encarar a realidade. O fato é que nunca desejou tanto aquele líquido, que antes costumava ser descrito por ele como a bebida que os humanos mais precisavam e agora poderia ser descrita pelo o que ele mais precisava, tinha sido traído? Sim, de fato, caso contrário não estaria naquela situação, jogado dentro de uma sala suja sendo torturado pela sua própria imaginação enquanto deseja uma gota de água.

Uma estrutura tão simples, apenas dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, chegava a ser patético o quanto ela era importante para a humanidade, e a partir do momento que abrisse a boca e deixasse aquela gota escorrer pela sua garganta ele sabia que não passaria de apenas humanidade. Era isso que havia se tornado: um homem. Podia sentir sua boca salivar assim que bebeu do líquido e provou o real gosto da água, que antes era apenas um amontoado de moléculas e agora se apresentava completa para ele.

Castiel lembrava-se vagamente da noite anterior, a reunião não havia sido como esperava, tinha sido descoberto por pura falta de cuidado, não imaginou que os anjos estariam tão bem preparados e protegidos da maneira como estavam. Quando foi pego tentou lutar, mas era uma luta sem causa, era ele contra, pelo menos, outros dez anjos. Feriu alguns, claro, mas mesmo assim não foi o suficiente, porque no final quem acabou ferido foi ele, ferido e sem graça. Sem a única coisa que ainda o ligava ao substantivo ''anjo''. A partir daquele momento, Castiel tinha necessidades básicas, precisava de comida, água, descanso e todas as outras coisas que humanos fazem, mas que ele nunca se quer imaginou em fazer.

xxx - Sioux Fall - South Dakota

– Vocês são estúpidos? - Bobby dizia enquanto terminava de beber sua cerveja.

– Bobby... - Dean advertiu tentando ponderar a situação, já haviam explicado todos os acontecimentos, em detalhes, para ele e agora tinham o prazer de vê-lo surtar e chamar-lhes de estúpidos.

– Precisam encontra-las o mais rápido possível. - Concluiu.

– Isso nós já sabemos. - Spencer falou. - Estávamos contando com sua ajuda para nos dizer como fazer isso.

– Já tentaram entrar em contato com Crowley? - Bobby pediu.

– Sim, o desgraçado não aparece. - Damon disse encostando-se no batente da porta.

– Isso não é nada bom. - Comentou em resposta. - Se encontrarmos Castiel quem sabe ele possa nos ajudar.

– Essa é outra coisa que também não sabemos como fazer. - Explicou Dean.

– Bem, nesse caso, teremos que pedir ajuda aos livros. - Bobby falou dirigindo-se até sua prateleira de livros e distribuindo alguns para os caçadores.

xxx

Um suspiro ecoou pela sala e logo após um soluço, e mais outro, e outro. Katherine ergueu os olhos atenta e tentou se virar para a direção do barulho, mas mal conseguia mexer os dedos, estava presa em um poste de ferro, com algemas nas mãos e pés.

Os soluços se tornavam mais constantes e agora ela também podia ouvir alguém chorando, apesar do lugar ser grande, o silêncio absoluto que havia lá fazia com que o som se propagasse perfeitamente aos seus ouvidos e assim, percebeu quem era a responsável por aqueles barulhos.

– Selena? - Chamou - Sel?

– Katherine? - A menina respondeu parecendo ainda mais surpresa por perceber que estava na mesma sala que a amiga. O lugar era tão escuro que Selena mal podia ver seus pés, ouvir a voz de Katherine foi tão confortante quanto uma cama quente para dormir, o que, diga-se de passagem, ultimamente permanecia apenas nos sonhos da garota, que já estava acostumando-se com o chão duro e o poste gelado em que tinha que permanecer.

– Sel, por que você ta chorando? - Pierce perguntou apreensiva, Selena nunca chorava, nunca dava o braço a torcer, sempre tentava passar a imagem de forte e imbatível, portanto, Katherine sabia que se ela estivesse chorando era porque a situação estava tomando rumos realmente muito ruins.

– Katherine, a gente não vai conseguir sair dessa, pelo menos não as duas. - Ela disse com a voz melosa.

– É claro que vamos, a gente sempre consegue. Essa vez não seria diferente. - Falou tentando animar, não só a si, mas também a Selena que ainda chorava no outro canto da sala.

– Não, eu não aguento mais, Kath. Isso tudo ta acabando comigo, não quero mais lutar, eu desisto. Tô desistindo de tudo, ouviu? Se as coisas terminarem aqui eu vou ficar bem, já é o suficiente pra mim.

– Sel, se você não lutar por você, eu luto. Se for preciso eu luto por nós duas, eu luto por todo mundo, não importa, nós vamos sair dessa juntas, escreve o que eu to dizendo, eu nunca vou te abandonar, não passei por tudo isso pra ver você desistindo agora!

– Eu sinto muito, Kath. - Selena soluçou mais uma vez. - Eu tô com medo.

Selena não obteve mais nenhuma resposta de Katherine, a sala voltou ao silêncio completo, a não ser por uma porta que foi bruscamente fechada e fez a garota pular de susto.

– Katherine? - Gritou, mas ninguém a respondeu. - Kath?

xxx

Um prato de comida se apresentou a frente de Cass, seu estômago se revirou no mesmo instante, e a fome se fez presente, pela primeira vez, na sua consciência.

– Eu vou lhe fazer um favor. - Zacarias falou ascendendo a luz da sala e Castiel cobriu os olhos imediatamente. - Te dou este prato de comida se me contar como é ser humano. - Disse abrindo um sorriso sarcástico.

– O que você quer, Zacarias?

– Você sabe quem lhe trouxe aqui, Castiel? - Perguntou enquanto andava pela sala despreocupado.

– Anjos, meus irmãos.

– Ah, mas você ainda fala deles com tanto carinho, será que não enxerga? Eles não se importam com você, só te puseram aqui como isca, o que eles realmente querem são aquelas caçadoras, e depois que conseguirem, irão te descartar, se pensar dessa maneira, eles não são tão diferentes assim dos demônios.

– Eu não me importo com o que você diz. - Castiel respondeu firme.

– Mas deveria, por eu tenho Katherine e Selena em uma das minhas mãos e Crowley na outra. - Falou gesticulando. - Você nem imagina o tanto de informação que eu tenho, se eu quisesse, matava as duas agora mesmo apenas com o estalar dos meus dedos.

– Vai pro inferno. - Cas falou entre dentes e o anjo soltou uma enorme risada.

– Mas, eu tenho uma proposta e como já disse, vim lhe fazer um favor. - Disse após um tempo observando as feições duvidosas e confusas de Cas.

– Não quero saber de suas proposta, você é um traidor e covarde.

– Castiel, pelo visto, o único traidor aqui é você. Os anjos confiam plenamente em mim.

– É, mas isso não vai durar para sempre, e mesmo que eu não viva pra ver, você vai ser punido pelo o que esta fazendo.

– E o que é que eu estou fazendo, meu caro? - Zacarias perguntou.

– Traindo a própria espécie, armando a favor de Crowley, machucando inocentes. - Castiel tentou se levantar, mas percebeu que estava acorrentado ao chão.

– Eu só espero que com inocentes não esteja se referindo a Mitchell e Pierce. - Comentou balançando os ombros como se não desse a mínima para Castiel, virou as costas e foi embora deixando o prato de comida no chão ao lado de um copo de água.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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