Era uma vez no Oeste escrita por nina


Capítulo 9
Decepção


Notas iniciais do capítulo

Heeeey, obrigada pelos comentários anteriores e pelas mensagens que tenho recebido!!! vcs são incríveis =)
vocês também podem ficar um pouco surpresas com esse capítulo, mas não me matem ainda!!!
Espero que gostem e boa leitura =)



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Capítulo 9 - Decepção

Tirando Moira eu amava todos os Ozera. Bem, Christian também era uma exceção, mas nós aprendemos a nos evitar, mesmo que ele ainda insistisse em usar seu humor negro comigo. Eu também o fiz admitir sua pequena paixão pela minha amiga. Ele vinha a observando há meses segundo ele, mas como ela e todas as meninas de El Passo só tinha olhos para um cowboy muito alto, não percebeu isso.

Ficaríamos mais quatro dias em Guadalupe, o que foi bom, porque na manhã do segundo dia eu saí com Tasha e os cowboys para aproveitar a cidade. Apenas Mason, Adrian e Christian nos acompanharam, o restante saiu para conseguir uma boa bebida e fazer o que cowboys faziam de melhor, paquerar jovens apaixonadas. Tasha percebeu que Adrian tinha um leve interesse em mim, ou mais precisamente nos meus “atributos” e passou a joga-lo em cima de mim constantemente.

– Vamos tirar uma foto? – Tasha gritou em empolgação. Havia um fotografo na cidade, e várias famílias tinham se vestido formalmente para guardar o retrato como recordação.

Eu fui arrastada até lá por Mason. Eu não estava com a menor animação para tirar fotos e tanto Adrian como Tasha já tinham me cansado para um dia.

Depois de tirarmos umas quatro fotos juntos, Tasha apontou para mim e Adrian.

– Vocês dois devem tirar uma foto, formam um casal tão bonito. – seus olhos brilhavam com falsa empolgação. Ela ainda continuava me jogando para cima dele.

– Sim, o único problema é que não somos um casal. – eu falei com desdém.

– É, e a minha mãe é virgem. – Christian riu com diversão. Ele vivia nos provocando porque eu e Adrian passávamos bastante tempo juntos e paquerando um ao outro.

– Pequena Rose. – Adrian protestou. – É só uma foto, não vai doer. – ele me puxou para o centro, de frente para um manto branco. Suas mãos foram para minha cintura, me puxando para ele. No último instante eu sorri e eu forte flash, seguido de um estalo, se seguiu.

Eu avistei Tiro Certeiro se aproximando na multidão. Ele tinha saído essa manhã para resolver a questão dos cavalos que ele tinha comprado para levar para Santa Helena. Vendo minha atual posição, seu rosto ficou em branco.

– Eu disse que vocês ficariam lindos. – Tasha agitava a recém-fotografia no ar.

– O que estão fazendo? – uma voz grossa perguntou.

– Enoma, é a nossa vez? – Tasha continuou. Eu já não a achava tão simpática assim. Ela era insistente demais.

– Nossa vez? – sua voz grossa perguntou com um arquear de sobrancelha.

– Sim, nossa vez de tirar uma foto.

– Isso não vai acontecer. – Tasha tinha uma cara de aborrecimento, mas deu um sorriso forçado para disfarçar.

– Vejo que está aproveitando o passeio Rose? – Tiro Certeiro se virou para mim.

–Sim, até agora eu estava. – o desafiei. Seu costumeiro sorriso apareceu ali, mas havia algo mais. Decepção talvez? Eu franzi a testa. Eu era apenas mais um desafio para ele, eu me lembrei.

– Nesse caso, me deixe corrigir isso. – Ele me ofereceu seu braço, mas antes que eu sequer pudesse vir com uma resposta espertinha, Tasha colocou seu braço sobre o dele.

– Rose já tem companhia. – esse foi a sua desculpa.

O passeio se seguiu e para afastar a tensão eu coloquei Mason do meu outro lado, o que não impediu Adrian de continuar com seu flerte barato. Tiro Certeiro olhava para trás de tempo em tempo, e parecia mortificado com o assunto que tinha com a mulher morena.

Quando passamos pelo mercado, eu me vi rodeada de vendedores mexicanos. Sr. Nagy estava ali e quando me viu correu na minha direção.

– Eu comprei algo para você querida.

– Isso não era necessário. – eu disse com carinho. Eu não queria que ele gastasse seu pouco dinheiro comigo.

– Sim, era. Eu quero agradecê-la por ter sido uma ótima companhia. – eu sorri agradecida.

Ele retirou do bolso um colar. Não era uma joia cara, mas isso não tirava a beleza do colar, pelo contrário. No pequeno cordão de couro havia uma pedra vermelha em formato de uma pequena rosa. Era delicada e com traços suaves, diferente do cordão rústico. Eu me abaixei para que ele pudesse colocar em mim e beijei sua bochecha agradecida.

– É a coisa mais linda que eu já vi, obrigada Sr. Nagy.

– Combina com você Rose, aparentemente delicada, mas ainda sim com espinhos. A combinação perfeita. – isso tinha que vir do Adrian.

Quando voltávamos Tasha veio ao meu lado, grudando no meu braço como eu costumava fazer com Lissa. Mas não era a mesma coisa de forma alguma.

– Então, você e o Sr. Nagy, hem? Eu não sabia que você gostava de cowboys mais velhos. – eu olhei surpresa para ela.

– Não, você entendeu errado. Sr. Nagy é como um pai para mim. – eu disse rindo do absurdo que ela pensou. – E eu tenho certeza de que eu sou como uma filha para ele. – me lembrei dele dizendo que eu lembrava muito sua falecida filha.

– Ah! – Tasha parecia aborrecida. – Talvez Adrian ainda tenha uma chance. – ela continuou.

– Não, isso também é muito improvável.

– Mas ele é um jovem atraente. – ela tentou.

– Eu não nego, ele é muito bonito. Mas eu conheço as intenções dele e definitivamente não vou cair, Adrian gosta de se divertir. – assim como outro cowboy que não me teria em suas teias.

– Ele pode mudar por você. – isso me fez rir.

– Claro e talvez amanhã neve em Guadalupe. – eu disse sarcasticamente.

– Enoma mudou por mim. – ela disse com um suspiro. Isso me fez encará-la, como chegamos nesse assunto?

– Como assim? – perguntei curiosa.

– Você sabe, essa fama dele ser mulherengo. Dizem que a mulher que ele beijar uma segunda vez é a que tem seu coração, e bem, eu acho que ele vai me beijar hoje. Pela segunda vez. – ela sorriu triunfante.

Eu fiquei sem fala por um instante. Eu não deveria estar preocupada com quem aquele arrogante beijava, mas eu estava. Bem no fundo eu sentia um pequeno incômodo. Mas eu me lembrei do que Sr. Nagy me disse dias atrás, que Tiro Certeiro era um homem apaixonado por crianças e que era uma questão de tempo até que ele se estabelecesse com uma mulher. Eu afastei esses sentimentos confusos e me voltei novamente para a mulher me olhando com expectativa.

– Com certeza isso é algo único de se ver. – eu disse com tom de humor para tentar disfarçar meu desconforto.

– Eu sei, ele é tão incrível que eu nem acredito na minha própria sorte. Mas ninguém melhor do que eu para lidar com ele, eu o conheço há seis anos.

Eu acenei em concordância e agradeci quando avistei o pequeno portão que dava entrada para a casa.

...

Durante o meu banho minha cabeça voltou para um cowboy com sotaque. É claro que eu estava apenas me sentindo assim porque estava acostumada a ter a atenção dele, e no fundo eu tinha que admitir que sentiria falta disso. Mas era apenas isso. Eu ainda não gostava dele, ainda mais agora que ele persistia em ficar nos meus pensamentos.

Eu resolvi me entreter com algo enquanto o jantar não ficava pronto, então fui para a cozinha procurar pelo Sr. Nagy. Ele não estava ali, em vez dele eu encontrei Moira e seus olhares hostis. Eu não entendia o que eu tinha feito para ela.

– Ah, é você. O jantar ainda não está pronto. – ela nem se deu ao trabalho de me dar um segundo olhar. Ela estava concentrada demais nas suas panelas.

– Eu estou procurando o Sr. Nagy. – eu permaneci neutra. Eu não era conhecida pela paciência e a minha já estava se esgotando. Eu não gostaria de insulta-la dentro de sua própria casa.

– Enoma não está com ele.

– Eu não sei o que uma coisa tem a ver com a outra.

Ela limpou as mãos em um pano, sem seguida, o jogou no ombro e se virou para mim com um olhar frio.

– Ele nunca permitiria uma mulher andar com a comitiva dele e mesmo ele insistindo que vocês são apenas amigos eu não consigo acreditar.

– Estamos longe de sermos até mesmo amigos. – eu disse enfurecida. – Eu não quero nada com ele, não que isso seja da sua conta, eu acho que ele já é bem grande para tomar suas próprias decisões. – a mulher estreitou os olhos e os abaixou no meu nível.

– Minha filha quer esse homem mais do que você precisa de ar e agora que eles estão próximos novamente não é uma menina como você que vai atrapalha-la.

– Diga isso para ele que é o único a dizer que eu sou a próxima da lista. – cruzei os braços, encarando a mulher de volta.

– Fique longe dele. Minha filha já sofreu demais. – eu me lembrei de que talvez ele fosse dar um segundo beijo em Tasha, e o seu coração, como ela havia dito.

– Eu só quero distancia dele, não se preocupe. Agora, já acabou? – perguntei impaciente.

Antes que ela pudesse responder Tiro Certeiro entrou na cozinha, e grudada nele vinha uma Tasha sorridente. Quando ele percebeu a tensão no ar deu um olhar reprovador para Moira.

– O que está acontecendo? – ele perguntou desconfiado.

– Nada, eu apenas estava dizendo para Rose como as coisas são por aqui. – ela apontou para o fogão, mas eu sabia o que ela queria dizer.

Tiro Certeiro não pareceu engolir a história, então me olhou com um olhar questionador.

– É exatamente isso. – eu disse.

– Ótimo, agora que você aprendeu um pouco pode me ajudar a fazer pão preto Rose. – Tasha foi amarrando um avental na sua cintura fina e me jogou outro.

– Pão preto? – franzi a testa.

– É o favorito do Enoma, não é? – Tiro Certeiro acenou relutante. Ele ainda olhava Moira com desconfiança. – Eu sou a única que sabe fazer por aqui, e um agrado nunca é demais. – ela sorriu com malícia para o cowboy alto.

Eu descobri que pão preto não tinha uma aparência muito saborosa. Tasha estava tirando uma coisa queimada do forno, mas o cheiro ainda era bom.

– Era pra ser queimado assim mesmo? – Tasha deu uma gargalhada.

– É a farinha, não está queimado. Prove, tenho certeza de que você vai gostar. – ela me ofereceu um pedaço.

Eu não estava muito confiante quando o coloquei na boca, mas quando o senti derreter com um gostoso sabor picante eu me rendi. Era o melhor pão que eu já tinha comido.

– Então? – ela perguntou.

– Isso é muito bom, estou surpresa. – disse com sinceridade.

– Enoma sempre teve bom gosto. Basta olhar para mim. – ela riu sozinha.

Um pouco mais tarde o jantar foi servido. A mesa estava cheia de cowboys e ali dentro estava quente e abafado, tanto que eu optei por sentar em uma pequena mesa que ficava na varanda de fora.

Tasha veio me acompanhar, dizendo se sentir mais a vontade com uma mulher do que uma mesa cheia de homens.

O que me surpreendeu foi quando Tiro Certeiro apareceu na porta carregando seu prato. Havia dois lugares, um ao meu lado e outro ao lado de Tasha. Mas um arrepio passou por mim quando ele escolheu o meu lado.

– O que achou do pão Enoma? Eu fiz especialmente para você.

– Está deliciosa Tasha, há tempos não comia uma comida tão boa. – eu reprimi o desejo de soca-lo, nos últimos dias eu tinha ajudado com a comida que ele comia. Ele percebeu porque me deu um sorriso tranquilizador. – O problema não são os cozinheiros Rose, mas sim as condições. – agora ele era gentil?

– Que seja, eu não pretendo cozinhar para você novamente. – eu percebi que eu era o oposto da Tasha, mas ao menos arranquei uma gargalhada dele.

–Eu posso ir e cozinhar para vocês Enoma, seria um prazer ficar na sua companhia. – ele fez um gesto de recusa.

– Eu temo que não seja uma ideia sensata, você deve ficar aqui e se casar, como todas as mulheres.

Ela parecia aborrecida, mas Tiro Certeiro não parecia notar porque ele estava piscando para mim. Eu me perguntava o que aconteceu com o segundo beijo que viria essa noite.

– Rose está indo com vocês. – ela continuou protestando.

– Rose é uma exceção. E ela não vai continuar por muito tempo, ela vai voltar para El Passo. - eu ia dizer que ele não mandava em mim, mas Tasha me cortou.

– Eu posso ser útil. – eu não entendia como ele tinha tanta calma para lidar com a insistência dela.

– Você fica aqui, onde é mais seguro. – sua voz era firme, colocando fim na discussão.

Depois disso a atmosfera mudou. Tasha não puxou assunto e Tiro Certeiro aproveitou para me provocar da melhor forma que ele sabia. Eu estava ganhando a inimizade da mulher sem fazer nada.

Moira recusou a minha ajuda para a limpeza, o que eu não poderia ser mais contente. Se ela soubesse como eu odiava deveres de casa.

Alguns cowboys tinham saído na cidade, a noite estava apenas começando e Adrian estava entre o grupo, é claro. Outros ficaram para cuidar dos cavalos, Mason, Christian e Sr. Nagy estavam entre eles.

Com a casa mais silenciosa eu fui dar um passeio pelo quintal. A enorme lua cheia iluminava todo o lugar e um vento quente vinha acompanhado dos uivos dos lobos a distancia.

Minha bota chutava a terra vermelha enquanto eu pensava o que ia fazer quando chegasse a Santa Helena. Talvez um mercado ou um saloon fossem os primeiros lugares que eu deveria ir procurar o homem chamado Billy Black.

– Aproveitando a noite? – uma voz grossa me fez pular, como sempre. Tiro Certeiro percebeu minha reação e abriu um sorriso torto.

– Eu estava. – resmunguei me encostando a um tronco de árvore.

– Eu deveria ir embora? – sua voz ofendida tinha um toque de diversão.

– Quanto antes melhor. – ao invés de ir embora ele se aproximou de mim, tão perto que eu podia sentir seu cheiro delicioso, ele deveria ter acabado de sair do banho. Qual é Rose?

– Eu não acho que você quer que eu vá.

– Você não deveria estar com a Tasha e o seu pão queimado? – o desgraçado sorriu.

– Agora eu tenho certeza de que você não quer que eu vá. – sua respiração quente bateu no meu rosto. Eu ri para disfarçar o nervosismo.

– E porque você pensaria isso? – eu desafiei.

– Porque você está com ciúmes. – eu voltei a rir.

– Ciúmes? Eu? – perguntei incrédula. – Porque eu teria ciúmes de alguém como você?

– Isso é o que eu estou me perguntando. – sua voz era provocante e suas mãos foram para os dois lados da minha cabeça, se apoiando na árvore.

Eu dei um passo par trás, mas não havia para onde ir. Eu estava presa entre a árvore e seu corpo. Eu me sentia tonta tão perto dele, e por alguma razão eu não gostava de como isso estava se encaminhando. Eu tinha imaginado muitas vezes nesses últimos dois dias como seria beija-lo, e estar tão perto dele agora me deixava sufocada. Eu o odiava ainda mais por me trazer esses sentimentos.

– É a última vez que eu aviso. – minha voz saiu mortal – Não tente seus truques comigo camarada.

– Senhorita Mazur. – sua voz tinha se tornado mais grave e rouca. – Se eu fosse usar meus truques com você seria algo mais ou menos assim.

Suas mãos escorregaram nas minhas costas me puxando para ele. Eu podia ter me afastado, mas eu não fiz. Sua outra mão subiu pelo meu pescoço como se fosse fogo na minha pele, então ele gentilmente ergueu meu queixo e me olhou nos olhos. Eu me sentia ainda mais tonta e eu queria que ele aproximasse meu rosto um pouco mais. Algo dentro de mim dizia para empurra-lo porque que ele queria exatamente isso de mim. Mas seus olhos eram tão intensos que me fez fechar os olhos e deixar acontecer.

Eu senti o toque do seu nariz e a sua respiração quente na minha boca. Eu esperei por um beijo que nunca veio.

Quando ele se afastou com um sorriso torto eu senti meu corpo frio. Então realização me bateu e eu me senti com raiva e o pior de tudo, frustrada.

– Seu desgraçado. – eu o empurrei. – O que você acha que estava fazendo?

– Mostrando meus truques. E eu posso dizer que você gostou.

– O que há de errado com você? – eu estava magoada agora por ser tratada dessa forma. – O que você ganha fazendo isso?

– Eu... – ele parou surpreso.

– Eu o que? Era isso que você queria desde que me conheceu, porque continuar jogando dessa forma? Pronto, você venceu, conseguiu sua próxima vítima.

– Rose, não é assim. – ele tentou dizer com a voz fraca. Sua máscara durona e arrogante tinha desabado e dado lugar às suas verdadeiras emoções. Ele estava magoado, mas era com ele mesmo.

– Não é assim? Então me explica como é, porque eu juro que não te entendo.

– É difícil falar sobre isso. – balançando a cabeça eu me afastei, voltando para casa e o deixando sozinho com todas as suas mentiras.

Eu me sentia usada e quando cheguei ao quarto uma vontade imensa de chorar me atingiu. O pior não foi o que ele fez, foi porque ele não fez, eu queria, eu percebi, eu queria que ele tivesse me beijado. Eu tinha medo de estar me apaixonando por ele, e eu me odiaria se isso acontecesse. Se houve um dia desde que eu saí de El Passo em que eu tinha me arrependido, esse dia era hoje.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? eu sei q vcs devem estar se perguntando o pq dessa atitude do nosso cowboy...mas calma, será explicado, eu prometo =) Enquanto isso, me digam suas teorias =)
Beijos e até o próximo



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