Disturbia escrita por Flávia Rolim, Ana


Capítulo 4
IV - Eu Me Lembro de Você.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!! Como estão as noites de vocês??? A minha está sendo um pouquinho devagar, mas é domingo né? O que eu estava esperando??? kkkkkkkkkkkkk...
Enfim, deixo a quarta parte da história de Sarah para vocês. Espero de coração que gostem e é agora que começamos a explicar as coisas: O porque de tanta raiva entre a Sarah e o Dean (ainda não conto tudo, mas já percebemos a pisada na bola... o que vocês acham que foi?) e como se deu os poderes de Sarah...

Vamos nessa?????



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Sam, Dean e Sarah estavam no impala e faltava cerca de duas horas para chegar à casa de Bobby. O loiro olhou pelo retrovisor e viu a garota dormindo, no banco de trás e, finalmente, desligou o som.

– Cara, está ouvindo isso? - falou Dean.

– O que? - Sam desviou a atenção do computador quando o irmão lhe falou.

– O silêncio. - o loiro respirou fundo e fechou os olhos em uma fisionomia de alivio. - Meu Deus, eu amo quando ela está dormindo.

– Eu não sei o que há com vocês dois. Comigo ela é super gentil.

– Comigo é uma vadia. - Dean concluiu e recebeu um chute forte em seu banco. Sarah o olhava, ainda que estivesse com bastante sono, estava acordada o suficiente para ouvir o que Dean disse.

– Se você me chamar de vadia outra vez, eu juro por Deus, eu não sei o que vou fazer.

Antes que Dean sequer pudesse falar alguma coisa, Sam tapou a sua boca.

– Vocês vão parar com essa briguinha boba, agora e já. - o mais novo dos Winchester estava visivelmente chateado.

– Ela me tira do sério, Sam. - reclamou Dean quando lhe permitiu falar. - Tem menos de vinte e quatro horas que eu a conheço e já me passou pela cabeça todas as formas possíveis de torturá-la.

– Que meigo saber que eu não saio da seus pensamentos. - A loira adorava pirraçar.

– Dá para vocês dois pararem, por apenas um minuto? - falou Sam. - Eu não sei como vocês conseguem viver assim.

– Tá, não vou mais discutir. - a loira cruzou os braços.

– Nem eu.

– Ótimo. Obrigado. - respondeu Sam e encostou-se ao banco. Graças a ele, a viagem seguiu quieta e silenciosa.

...~...

O impala estacionou na propriedade de Bobby algum tempo depois. Sarah foi a primeira a sair e se espreguiçar, pegou a mochila e seguiu na direção da casa, junto com os rapazes. Eles nem chegaram a bater na porta, já que Bobby a abriu preocupado. Não era normal os rapazes aparecerem assim, sem mais nem menos. Ele observou os dois até que a jovem os puxou e passou na frente deles.

– Bobby? - falou ela e encarou o velho caçador que nem ao menos piscava.

– Sarah. - segurou no rosto da jovem, tentando ter a certeza de que aquilo não era um fantasma. - menina, é mesmo você?

– Sim. - respondeu ela.

– Todos acham que você está morta. Mesmo não encontrando um corpo para enterrar, você tem uma lápide em Bangor.

– Eu estou bem viva. - respondeu enquanto abraçava o homem com força.

– Eu vou presumir que vocês dois se conhecem. - comentou Dean e Sarah se separou de Bobby. O caçador mais velho ia dizer alguma coisa, mas foi impedido.

– Não Dean, eu costumo ter essas apresentações calorosas com aqueles que eu não conheço. - respondeu.

– Não comecem vocês dois. - reclamou Sam. - Tudo estava em paz.

– Eu perdi alguma coisa? - perguntou o homem.

– Não, Bobby. - Sarah voltou a abraçá-lo, forçando-o a entrar na casa. - Eu quero saber das novidades. Todas elas.

– Se você me contar a suas...

– O que você quer saber?

...~...

Bobby seguiu até a geladeira e pegou três garrafas de cerveja e uma de refrigerante. Entregou duas aos meninos, uma para a garota e ficou com uma. Sarah olhou a sua garrafa de cola e depois olhou seriamente para o homem.

– Você não vai beber álcool enquanto estiver na minha casa. - explicou e a garota respirou fundo, dando-se por vencida. Dean riu. - Agora sim! Pode me contar como foi que você esqueceu o meu número de telefone?

– Bobby...

– Poderia ter ligado e confortado o coração desse velho caçador.

– É, eu sei que poderia, mas achei melhor não. Aqueles demônios que vieram atrás de mim, poderiam voltar. - Ela deu um gole no refrigerante. - Fazendo todos acreditarem que eu estava morta, era uma forma a mais de proteger aqueles que eu amava.

– Eu sei me cuidar. - respondeu o homem e sentou-se na cadeira de frente para Sarah. - Mas me diga, menina, o que você fez durante todos esses anos? E como você escapou do desabamento?

– Alguma coisa me tirou da casa, naquela noite.

– Um anjo. - respondeu Dean. Sarah o encarou como se dissesse que era ela quem estava contando a história. Dean fez um bico e falou para que ela prosseguisse, com um aceno de mão.

– Apareci em L.A., há 3.200km, na frente de um orfanato. - começou a jovem a falar. Deu outro gole e engoliu forçadamente. Não gostava de refrigerante. - morei nesse lugar por uns dois anos, mas fui expulsa por agredi o marido da dona do lugar.

– Porque o agrediu? - perguntou Sam.

– Ninguém ia passar a mão em mim e ficar por isso mesmo.

– Ele abusou de você? - perguntou Bobby aflitamente.

– Ele tentou. - falou Sarah sorrindo. - Eu o fiz ir para o pronto socorro, com as bolas saindo pela garganta. - Dean contorceu-se como se ele fosse o agredido. Sam e Bobby fizeram cara de dor. - Depois disso eu saí de Los Angeles e fui para uma cidadezinha no interior. Comecei a trabalhar, aluguei um apartamento e lá fiquei até cinco dias atrás, quando eu tive o sonho.

– Que sonho? - perguntou o velho caçador.

– Ela sonhou que morreria e que só tinha uma forma de impedir isso... - falou Sam.

– Pedir ajuda aos rapazes.

– É. - concluiu a jovem. Ela colocou a garrafa de refrigerante em cima da mesinha e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo. Assim que o fez, deixou uma cicatriz à mostra. Seguia da raiz do cabelo, passava bem rente a orelha, descia pelo pescoço e parava no ombro.

– Eu sabia que te conhecia de algum lugar. - falou Sam e sorriu. - Eu só tentava lembrar onde eu havia lhe visto.

– Mas é claro que você a conhece. Ela é a minha sobrinha e passou um verão conosco, quando vocês eram moleques.

– Claro, eu me lembro. - falou o loiro e ficou sério. - verão de 1998.

– Isso! Papai estava caçando um poltergeist em Chicago e quase fomos mortos. - falou Sam olhando o irmão. - Então ele disse que era melhor ficarmos um tempo longe daquilo e tivemos que passar esses dias aqui com o Bobby.

– Agora entendo porque você me odeia tanto. - concluiu Dean, mas o irmão não deixou que os dois começassem a discutir, mesmo que dessa vez, Sarah tivesse razão.

– Por que não nos disse quem era você? - perguntou o moreno.

– Porque eu não queria que me ajudassem por eu ser conhecida de vocês ou por acharem que me deve alguma coisa, pelo que aconteceu. - olhou para Dean que abaixou o olhar. - Eu queria que se comovessem com o meu problema.

– E que problema seria esse? - perguntou Bobby.

– É que, eu sou diferente das outras pessoas, tio. Isso explica esse sonho que eu tive.

– Eu sei. - respondeu o homem e bebeu a cerveja. Encarou os três jovens naquele lugar, que o olhava espantados, e continuou. - Eu sempre soube que você era diferente.

– O que você sabe? - Perguntou Sarah.

– O necessário e só porque é coisa de família. Se fosse o contrário, eles não me contariam.

– Como assim? - A jovem perguntou curiosa e Bobby se levantou. - Venham comigo. - Os três se olharam e seguiram o homem até o escritório dele. Pegou um álbum de fotografias e mostrou a foto de uma mulher, sentada em uma cadeira e segurando um buquê de flores.

– Essa é a sua tataravó. Ela se chamava Margô. - falou ele. - Ela era assim como você.

– Então está me dizendo que isso que eu tenho é uma maldição de família?

– Podemos dizer que sim. - confirmou Bobby. - A cada cinco gerações, é levantada uma psíquica nessa família. Sempre mulheres e os poderes se afloram ao completar quinze anos.

– Então o senhor sabia de tudo?

– Desde o dia em que você nasceu.

– Porque não me contou? - falou ela chateada.

– Porque é função do pai contar, quando a menina completa a idade correta de acontecer.

– Mas meu pai morreu na noite em que completei quinze anos. - falou ela com remorso na voz e o caçador ficou triste. - Eu sinto muito tio.

– Não se preocupe! Eu entendo o seu lado.

– Espera, se isso é uma maldição passada de geração a geração. Não tem como isso seguir adiante. - falou a jovem.

– Você é a última. - respondeu o caçador. - Só restou dois galhos dessa árvore genealógica: Eu e o seu pai. Eu não tive filhos e o único que levaria isso adiante era o descendente homem de seu pai, ou seja, o seu irmão, Ted.

– Mas ele está morto e eu não posso engravidar. - concluiu Sarah e se entristeceu, por ter se lembrado de seu irmão. - Então, isso morre comigo.

– É, isso morre com você. - respondeu ele e todos ficaram em silêncio por alguns instantes, até que Sam se pronunciou outra vez.

– Bobby, como isso surgiu? Quero dizer, ninguém nasce psíquico de uma hora para a outra. Ainda mais, sendo algo tão metódico como isso. - Perguntou ele curioso.

– Isso é uma longa história. - falou Bobby.

– Nós temos tempo. - concluiu Dean. - Não temos nada para fazer mesmo. - Ele sorriu e puxou uma cadeira, virou o encosto do acento para frente e se sentou. Gostaria muito de ouvir como começou.

– Está bem. - falou Bobby e se encostou na mesa. - Minha avó, cujo a mãe dela era irmã da que tinha os mesmos poderes que você, me disse que isso remete há muitos anos, antes mesmo de Cristo. A nossa família descende da feiticeira de Endor.

– A bruxa que falou com Saul no velho testamento da bíblia cristã? - perguntou Sam.

– Exatamente. - concluiu Bobby.

– Como você sabe disso? - perguntou Dean encarando o irmão.

– Qual é? Eu li a Bíblia.

– Você leu?

– Cinco vezes. - respondeu o rapaz e encarou Bobby, como se pedisse para ele continuar a contar a história. Dean ainda encarava o irmão quando o caçador mais velho voltou a falar.

– Acontece que o que usou a feiticeira foi um demônio e aproveitou para fazer um acordo com ela. Ela teria todo o poder do mundo e em troca...

– A sua linhagem estaria amaldiçoada. - falou Sarah e suspirou.

– Exatamente. Há cada cinco gerações, uma bruxa poderosa nasceria.

– Eu sou uma bruxa? - perguntou ela seriamente. Dean a encarou e revirou os olhos, odiava bruxas. Mais um ponto contra Sarah.

– Não uma bruxa qualquer. Você é mais poderosa do que qualquer uma delas, porque não precisa de saquinhos de bruxa ou coisas semelhantes. Pode fazer apenas com a mente.

– Eu não consigo controlar isso. - falou a jovem. - Eu matei trinta pessoas em Michigan.

– Porque você deveria ter um instrutor, que era o seu pai.

– E agora? - perguntou Sam. - Não pode instruí-la, Bobby?

– Eu não saberia por onde começar. - falou o caçador.

– Deve haver algum livro que tenha alguns feitiços ou coisas do gênero, como é mesmo o nome? Gilmore, Gildor... - falou Deab

– Grimório. - concluiu o moreno.

– Exato, um grimório.

– É mesmo, vocês me lembraram bem. Tem um livro antigo em algum lugar daqui, mas não é bem um grimório. Na verdade são anotações do meu tataravô, que ficou encarregado de treinar a irmã da minha bisavó.

– Então é isso. - falou Sam. - você vai treinar a Sarah.

– Se eu conseguir encontrar essa coisa. - falou Bobby procurando o livro na estante. De repente, todos ouviram uma trovoada forte e imediatamente olharam para Sarah, que se levantou rapidamente. Nada disse, apena deu a volta em sua cadeira e ia em direção a saída da casa, mas Sam a segurou pelo pulso.

– Ei, ta tudo bem? - perguntou ele.

– Não. - respondeu ela seriamente. - Eu acabei de descobrir que eu sou uma bruxa, Sam. Não estou nada bem. - A mulher puxou o braço e seguiu na direção da porta, batendo-a com força. Imediatamente ao sair, uma tempestade se alastrou pela propriedade e pela cidade de Salvation. Minutos depois, todo o estado de Iowa estava debaixo de uma chuva torrencial.

– Nós temos que encontrar essa louca e fazer ela se acalmar ou vamos ter um segundo dilúvio. - falou Dean olhando pela janela.

– O problema é que não sabemos onde ela pode estar. - falou Bobby que finalmente encontrou o diário.

– Eu vou falar com ela. - falou Sam e tirou o casaco para não molhar, ficando apenas com a camisa xadrez e a calça Jeans.

– Como você vai encontrá-la nessa tempestade? - perguntou Dean.

– Eu sei onde ela está.

– Onde?

– Era um lugar meu e dela. - respondeu o moreno e saiu da casa. Tinha que encontrar Sarah a qualquer custo.


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Notas finais do capítulo

Enfim, é isso amores!!! Obrigada a todos que favoritaram e as meninas que estão conosco, sempre comentando... obrigadaaaaaaaa!

Beijinhos lindos repletos de carinho e pudins!!

Suas Deangirls,
Flávia Rolim e Karol!!!



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