Disturbia escrita por Flávia Rolim, Ana


Capítulo 3
III - O Demônio Embaixo da Sua Cama


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde gente!!!
Trouxe mais um capítulo para vocês e espero que gostem!
Apresentaremos os nossos personagens com hiperlinks, basta clicar e aparecerá um gif deles, okay?
Obrigada a Luana Pimenta pelo comentário e por favoritar. Obrigada também a Elyza Borges por favoritar... :)

Enfim, vamos ao capítulo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/471254/chapter/3

Os três chegaram ao motel, cerca de dez minutos depois. Castiel não estava mais lá, como esperavam, apenas havia deixado o recado de que precisavam proteger Sarah.

– Enfim, estamos aqui. - o loiro rompeu o silêncio. - Segunda regra: Não dormimos em quartos separados. Assim conseguimos nos proteger, caso algo aconteça.

– Sem problemas para mim. - falou a jovem seriamente. Estava começando a se aborrecer com aquelas regras que Dean estava impondo.

– Sarah, preciso te perguntar uma coisa. - começou Sam a falar e se aproximou dela. - O que sabe sobre você?

– Só que sou a pessoa mais fodida da face da terra. - Sam franziu o cenho e Dean cruzou os braços. - Quero dizer, até o momento a sorte não está ao meu favor.

– Você disse, anteriormente, que estava fora de controle. Como assim? - continuou o moreno a interrogar a jovem.

– É que quando eu fico nervosa, coisas acontecem. - ela observou os dois homens a sua frente. - Não tenho controle sobre o que sei fazer. Eu não estava criando essas tempestades pelo fato de querer criar, simplesmente não sabia como parar.

– Então você não consegue fazer as coisas levitarem quando bem entende. - falou o loiro.

– Foi isso que acabei de dizer, gênio. - respondeu a mulher e Sam sorriu sem querer. Sarah devolveu o sorriso. Só havia visto Sam sorrir algumas vezes, porque geralmente, ele estava triste ou abatido. Então ver aquele momento outra vez, fez com que se sentisse bem. Dean revirou os olhos, não daria bola para as provocações da garota. - Queria saber controlá-los.

– Seria divertido. - falou o moreno.

– É, seria. - respondeu e o seu estômago roncou tão alto que até Dean, que pegava umas das cervejas de Sarah no frigobar, ouviu. - Desculpem.

– Tudo bem, vou comprar alguma coisa para a gente comer. - respondeu Sam. - Você vai ficar bem?

– É, vou ficar bem. - respondeu.

– O que você gosta de comer? - o moreno já estava de pé, vestindo o casaco e apanhando a chave do impala.

– O que você trouxer, está de bom tamanho. - respondeu a garota.

– Okay. - falou o rapaz e deu as costas.

– Não vai perguntar o que eu quero? - questionou Dean olhando o irmão.

– Cheesebacon, com bastante molho e cebola. - respondeu o rapaz se virando e encarando o irmão. - e não esqueça da torta.

– Já disse que fico arrepiado quando você assume o controle assim? - falou o loiro e Sam não respondeu, apenas saiu do quarto e seguiu até o impala. Dean deu um gole na cerveja, fechou os olhos sentindo o gosto daquilo e depois encarou a jovem. - Obrigada pela cerveja.

– De nada. - respondeu Sarah séria.

– Posso fazer uma pergunta?

– Você acabou de fazer.

– Eu odeio isso. - falou e se aproximou. - Como você sobreviveu todo esse tempo?

– Fugindo, me escondendo e roubando. - olhou para o homem que ergueu uma das sobrancelhas. - Não me olhe assim e muito menos me julgue. Eu era uma garota, sem ninguém nesse mundo, então não me venha com esse ar de puritano.

– Eu não disse nada. - respondeu Dean e sorriu. - Imagina, eu puritano...

– No dia em que eles vieram, sobrevivi por muito pouco. As ondas que saíram de mim abalaram as estruturas da casa e os dois andares desabaram. Eu achei que ia morrer ali também, mas então apareci em outro lugar. Até hoje não sei explicar o que aconteceu.

– Me deixa adivinhar: Você sentiu que seu coração poderia sair pela boca, a qualquer momento, e ficou uma semana sem ir ao banheiro.

– Exatamente, embora essa última parte seja embaraçosa demais para comentar em voz alta.

– Parabéns, você usou o transporte angelical. - respondeu o loiro e deu outro gole na cerveja.

– Transporte angelical?

– É, um anjo te tirou de lá.

– Não vi ninguém. - respondeu ela.

– Mesmo que você não tenha visto, não quer dizer que ele não estivesse lá.

– Porque um anjo me protegeria?

– Porque você é o tipo de garota estranha que precisa de proteção.

– E você é, definitivamente, um grosso.

– Nossa, para que essa agressividade? Eu menti, por um acaso? - falou o loiro com cara de inocente. Como se tivesse se ofendido grandemente com o comentário da garota.

– Sabe o que quero que você faça com as suas verdades? Eu quero que você enfie no lugar onde achar melhor.

– Calminha, docinho. Você tem uma boca muito suja, para uma garota.

– Foda-se. - respondeu seriamente. - Não vou tentar te agradar Dean. Se não gostar de uma coisa, juro por Deus, eu vou dizer.

– Ótimo, porque também sou assim. Não engulo sapo.

– Oh meu Deus. - exclamou a jovem e se levantou.

– O que?

– Engraçado como eu tinha uma ideia errada sobre você. - falou ela sorrindo.

– E como você achava que eu era? - Dean respondeu com um sorriso de lado.

– Tudo menos um arrogante, cretino e prepotente. - respondeu Sarah e Dean se levantou da cadeira, colocou a garrafa de cerveja em cima de uma mesa e ficou de frente para a mulher. Encarando-a seriamente. - O que? Vai me bater e me fazer incluir, nessa lista, um brutamonte agressor? - falou ainda séria e sem desviar a atenção do loiro.

Está certo que ela nunca foi com a cara de Dean, mas achava ele um deus de tão lindo. Os olhos passeavam pelo rosto da jovem, captando cada expressão dela, cada desviada quando os seus olhos verdes se encontravam. A respiração estava alterada e se controlava para não explodir. Sarah adorou ver aquela cena. Havia conseguido tirar Dean Winchester do sério.

– Em primeiro lugar, não bato em mulheres. Só se elas pedirem e se estivermos nus em cima de uma cama. - sorriu safadamente. - e em segundo lugar, não importa o que você diga ou faça, não vou cair nas suas provocações. Sou mais forte do que isso. - respondeu e Sarah mordeu os lábios.

– Veremos. - respondeu e continuou encarando o rapaz, até que um estrondo fez a porta do motel ir abaixo.

Imediatamente três homens entraram no quarto, todos com os olhos negros e com a raiva estampada nos rostos. Dean passou na frente de Sarah, protegendo-a. Olhou a bolsa em cima da cama e se amaldiçoou por não ser rápido o suficiente para pegar a colt.

– Ora ora... - falou um dos homens. - Se não é o Dean Winchester.

– A que devemos a honra? - falou o loiro ironicamente.

– Vim atrás da minha garota. - olhou para Sarah. Piscando ao vê-la.

– Oi Derek. - falou Sarah e Dean se virou para encará-la.

– Você o conhece?

– Tive a infelicidade de cruzar com ele, duas ou três vezes em minha vida.

– Se você vier conosco, prometemos matar o Dean rapidamente e não fazer você sofrer tanto, quando estivermos te estripando. - falou Derek e Dean olhou novamente para a bolsa em cima da cama. Sem pensar demais, correu na direção dela, mas antes que pudesse alcançar foi arremessado contra uma parede e ficou preso, há um metro do chão. - Vai com calma, Dean.

– Solta ele, Derek. - falou Sarah e suas mãos começaram a tremer.

– Sarah... Eu amo quando você banca a durona. Ela já começou a ser grossa?

– Absolutamente. - respondeu Dean.

– Ela não é perfeita? - concluiu sorrindo.

– Eu estou avisando, Derek. Larga ele e vai embora. - falou tentando se controlar, mas começou a sentir aquilo outra vez. Aquela estranha sensação de que algo a estava dominando. De repente, suas mãos começaram a brilhar e ela direcionou aquela luz para os homens. A coisa começou a se alastrar pelo quarto e antes que pudesse atingir Derek, ele desapareceu no ar e apenas os outros dois demônios que estava com ele, pode presenciar o momento em que Sarah os matou.

A luz branca foi sendo dissipada do lugar e quando finalmente foi embora, Dean despencou da parede e Sarah caiu desmaiada no chão.

...~...

A Jovem começou a retornar do desmaio, cerca de duas horas depois. Ainda não tinha controle algum sobre o seu corpo, mas já conseguia distinguir as vozes que conversavam no quarto. Ela odiava quando a força do poder, se sobrepunha a sua própria força e ela perdia os sentidos. Ficava mal pelo resto do dia.

– "Ela é demais". - falou Sam.

– "Ela é um perigo, isso sim". - concluiu Dean.

– "Seja grato. Ela salvou o seu traseiro".

– "Você precisava ver, Sammy. Ela fritou os caras"

– "Como?"

– "Eu não sei explicar. Ela simplesmente começou a tremer e de suas mãos saiu uma luz branca, estranha. Bem parecida com a luz que Lilith produzia. - deu uma pausa e depois continuou. - Eu estou lhe dizendo, essa garota esconde alguma coisa da gente".

– "Ela sabe quem é, tanto quanto sabemos". - defendeu Sam. Sarah, gradativamente, foi recuperando o controle sobre o seu corpo e conseguiu se mexer. Abriu os olhos devagar e encarou o teto. - Você está bem? - perguntou se aproximando ao ver a garota acordada.

– Eu acho que... - Sarah parou de falar, empurrou Sam e saiu correndo na direção do banheiro. Vomitou até não aguentar mais e voltou para o quarto. - Oh cara, odeio quando isso acontece. - falou ela encostando-se na porta do banheiro.

– Eu trouxe comida, mas pelo jeito, acho que não vai comer. - falou Sam olhando para ela.

– Não, eu quero. - respondeu a loira. - Deixa só esse reboliço sair do meu estômago. - olhou o mais velho pegar um pedaço de torta, o hambúrguer e o refrigerante e sentar-se à mesa. - O que aconteceu depois que eu apaguei Dean?

– Não, eu não me feri. Estou ótimo e você? - respondeu o loiro rispidamente.

– Vai se foder. - falou a mulher seriamente, se jogando na cama do loiro.

– Os caras caíram no chão, os corpos não estavam vivos. Sam chegou cerca de dois minutos depois e a policia chegou logo em seguida. Pegaram os nossos depoimentos, investigaram a cena do crime e disseram que não tinham nada que provassem que os matamos. Viram se você estava bem e nos mudaram de quarto. Eu coloquei você na cama e aqui estamos nós.

– Foi difícil responder minha pergunta? - questionou a mulher encarando o loiro.

– Hey Sam, porque você não trouxe o sanduíche de porco gorduroso, servido em um cinzeiro sujo, que eu pedi? - perguntou e o estômago de Sarah deu uma volta. Levantou-se correndo da cama e se ajoelhou ao lado da privada, vomitando novamente.

– Eu odeio você, Dean. - falou ela seriamente.

– A recíproca é verdadeira. - respondeu o loiro.

– Dean, os demônios sabem que estamos aqui. Principalmente porque um deles fugiu. Não vai demorar muito para que apareçam novamente. - falou Sam preocupado. - Temos que dar o fora daqui.

– Não até eu terminar de comer o meu sanduíche e fazer a Sarah vomitar tudo. - respondeu ele e deu uma mordida em seu saboroso hambúrguer.

...~...

Dean havia colocado todas as bolsas no porta-malas do impala e também já havia checado o óleo e a água do carro. A viagem até a casa do Bobby não demorava mais que seis horas, mas a baby tinha que estar nos trinques para aguentar a estrada.

Sam deixou o quarto e Sarah veio logo atrás. Havia tomado um banho gelado, para ver se melhorava, e agora vestia uma calça branca, com uma camisa rosa, uma jaqueta de couro preta e um sapato que combinava com a blusa. A mochila estava em apenas um ombro e nem toda aquela maquiagem preta nos olhos conseguia esconder que estava abatida e adoentada.

– Eu já liguei para o Bobby e já avisei que estamos indo para lá. - falou Dean seriamente, com as mãos sobre o teto do impala, no lado do motorista.

– Ótimo. - respondeu Sam e olhou para Sarah. Pegou a mochila das mãos dela e colocou no banco detrás do carro. - Você está bem para viajar?

– Eu ainda estou um pouco enjoada, mas vai passar. - respondeu sorrindo. - Obrigada por perguntar.

– Vê se não vomita no meu carro, entendeu? - falou Dean e Sarah o olhou seriamente.

– Você chama isso de carro? - falou a jovem para pirraçar o loiro. Na verdade ela achava o impala um carro divino, mas queria tanto fazer o Dean pagar por tê-la feito vomitar várias vezes, que não pensou duas vezes antes de largar o seu veneno e aborrecê-lo ainda mais.

Dean bateu a porta do carro com tanta força, que se não tivesse com bastante raiva, teria se esmurrado por ter feito aquilo. Caminhou na direção da jovem que o observava seriamente.

– Você pode falar o que quiser do homem, mas não fale mal de seu carro.

– Desculpa boneca, se aborreceu foi? - perguntou a jovem. Sam se colocou entre ela e Dean. Temeu que eles começassem uma discussão idiota ali fora. Sem contar que estavam ficando sem tempo. Os demônios poderiam chegar a qualquer momento.

– Que tal vocês acalmarem os nervos por um instante e começarmos logo a colocar os pés na estrada?

– Você tem razão, Sammy. Não vale a pena perder meu tempo com essa garota.

– Igualmente. - falou a loira e soltou um beijo para Dean que revirou os olhos. Sentou-se no banco do motorista e contou até dez, para se acalmar. Sam abriu a porta do carro para que Sarah entrasse e logo depois entrou também. Dean pegou a caixa de fitas e escolheu a fita do Metallica. Colocou no radio e a musica começou em seguida. - Sério? Metallica? - falou a loira. Dean a olhou pelo retrovisor.

– Regra numero três: Quem dirige escolha a música, a minha arma cala os protestos. - respondeu Dean e sorriu. Aumentou o volume ao máximo para não ouvir os muxoxos de Sarah. Ligou o carro e saiu em seguida.

Exit light

Enter night

Take my hand

We're off to never-never land


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso amores e já sabem, se gostaram, deixem um comentário avisando (Se não gostaram, deixe também... ;D)

Beijinhos doces da Flávia Rolim e da Karol!!!