Disturbia escrita por Flávia Rolim, Ana
Notas iniciais do capítulo
Boa Tarde anjinhos!!!
Primeiramente, obrigada "Miss Hunter" e a "My Name Is Death" pelos lindos comentários que vocês deixaram no primeiro capítulo e por estarem acompanhando... amamos mesmo...
Eu sei que falamos que iriamos postar só na próxima semana, mas acontece que achei que ficou meio estranho o final do primeiro capítulo e resolvi colocar o segundo capítulo para esclarecer... rsrs... enfim, espero que gostem!
Sarah encolheu-se no lugar onde estava e pensou que morreria ali, tal qual seus pais e seu irmão, mas essa não era a intenção daqueles homens.
Pelo menos não naquela hora.
Eles seguraram o braço da jovem e a arrastou para o andar de baixo. Quando passou pelos pais, caídos logo na entrada da casa, seu coração disparou. Sentiu uma dor tão forte no peito que, simplesmente, o ar começou a lhe faltar. Tudo piorou quando viu o seu irmão apoiando-se na mesa de canto e tentava levantar-se. O "líder" daquele grupo observou o esforço de Ted e sorriu.
– Matem-no. - ordenou e os outros três seguiram na direção do rapaz, de dezoito anos. - Eu quero que morra gritando e bem lentamente.
– Não. - gritou Sarah. Tentava escapar das mãos do homem. - Deixe-o em paz. - Sacudiu-se outra vez. - Deixe-o em paz.
A jovem pareceu perder as forças e uma espécie de onda eletromagnética, saiu de seu corpo. Atingiu tudo a sua volta. Os quatro demônios foram evaporados, imediatamente, fazendo os corpos caírem no chão.
Não conseguia evitar o que estava acontecendo. Estava desesperada e suas mãos começaram a tremer.
– Sarah, você está bem? - perguntou o irmão.
– Fica longe. Não consigo me controlar. - começou a chorar desesperadamente ao constatar aquilo.
– Ei, olhe para mim. Vai ficar tudo bem. - O jovem deu outro passo na direção da irmã.
– Estou assustada e não quero te ferir. - falou ela. - Sai daqui. Me deixa sozinha.
– Não vou te deixar. - deu outro passo na direção dela que deixou um grito lhe escapar, quando uma onda de pequeno porte deixou o seu corpo.
– Não consigo mais deter isso. - encarou o irmão. O rosto estava completamente molhado de lágrimas. Finalmente o rapaz a alcançou e a abraçou.
– O que quer que tenha que acontecer, eu estarei aqui. - beijou-lhe a testa e a menina relaxou.
– Desculpe. - Uma grande onda eletromagnética deixou o corpo de Sarah e atingiu o rapaz. O arremessando contra uma parede, mas não chegou a atingi-la porque ele desapareceu segundos antes.
Vendo aquela cena e acreditando que havia matado o seu irmão, Sarah caiu desesperada no chão enquanto incontáveis ondas saiam de seu corpo.
As estruturas da casa começaram a ruir e as paredes começaram a rachar. Até que os dois andares da casa, caíram por sobre todos que estavam ali e isso incluía Sarah.
...~...
Oito Anos Depois:
– Sam, apaga a luz, eu estou tentando dormir. - resmunga Dean. Eles haviam acabado de retornar de uma caçada muito difícil, que envolvia cinco Djinns aterrorizando a cidade de Wausau, no estado de Winsconsin. Por isso tiveram que passar a noite em claro, seja para se livrar dos corpos ou fazer os curativos. - Sam.
– Dean, olha isso. - falou o moreno e colocou o notebook em cima do peito do irmão.
– Cara, você não dorme? - perguntou com o rosto inchado de sono e um hematoma no queixo.
– Teremos tempo para dormir depois. - falou o moreno. - Agora, nós temos um problema sério.
– O que é que você tem ai?
– Lê isso. - apontou para a matéria que Dean começou a ler em voz alta.
– "Sobe para trinta o numero de mortos, devido as chuvas fortes que atingiu o estado de Michigan, na tarde de quarta-feira". - Ele fez um bico e encarou o irmão. - Desculpa! Os Djinns devem ter batido na minha cabeça com bastante força, porque eu não sei onde nos encaixamos nisso.
– Olha a data, Dean. Foi uma hora depois de termos deixado a cidade.
– Que sorte a nossa. - o loiro riu e o irmão balançou a cabeça negativamente.
– A coisa está acontecendo aqui também.
– Aqui em Winsconsin?
– Exatamente. - Sam pegou o notebook da mão do irmão. - O que quer que seja, está seguindo a gente.
– Pode ser só coincidência, não pode?
– Quando, nesses anos em que caçamos, foi coincidência?
– Droga! O que devemos fazer? Sair de Winsconsin?
– Só levaríamos mais destruição para outro lugar.
– E se ficarmos, vai haver mais mortes por aqui. - concluiu Dean e levantou-se.
– Não se encontrarmos primeiro o que quer que esteja causando isso. - Sam respirou fundo.
– Cara, nesse mundo sempre tem essas coisas estranhas. - Dean buscou um punhado de roupa dentro da sacola e uma tolha. - e o pior é que parece que essas coisas estranhas sempre estão em nosso caminho. Nós somos imãs de coisas estranhas.
– É, parece que você tem razão. - respondeu Sam e o loiro seguiu para o banheiro.
– Eu vou matar esse filho da mãe que atrapalhou o meu sono, mas antes, vamos passar em uma lanchonete. Eu estou morto de fome.
...~...
Uma hora depois, os irmãos estavam prontos para deixar o motel, quando alguém bateu apressado na porta do quarto. Sam olhou sério para o irmão que sacou a arma imediatamente. O moreno fez o mesmo.
Dean fez um sinal com a cabeça e Sam seguiu até a entrada do quarto. Observou pelo olho mágico e franziu o cenho quando viu uma jovem loira, com uma mochila nas costas, uma mala e mostrando uma grade de cerveja.
Olhou para o loiro e então guardou a arma. Dean não se sentiu a vontade para fazer o mesmo. Sam abriu a porta e a menina entrou sem pedir licença.
– Eu pensei que iam me deixar congelando do lado de fora. - falou sorrindo para o mais alto. - Oi Sam.
– Oi... - respondeu ele sem entender absolutamente nada. A mulher olhou para Dean que tentava esconder a arma, nas costas.
– Dean, sempre desconfiado. - sorriu para ele também. Colocou as suas bagagens no chão e seguiu para o frigobar que estava no canto do quarto. - Eu trouxe cerveja, porque essas que vocês têm aqui, não são dignas de receber esse nome. - pegou a grade de cerveja que Dean havia comprado e jogou no lixo.
– Ei! - reclamou o loiro. Pegou suas garrafas do cesto e voltou a colocá-las na geladeira. - Essas são minhas cervejas e custou caro. Eu decido o que faço com elas.
– Você que sabe. - a mulher abriu uma das suas e tomou um gole. - Abbaye des rocs brune 330ml. Eleita uma das melhores cervejas do mundo e cada garrafinha dessa custa, em média, cinquenta dólares. - Dean olhou para a grade e depois encarou a mulher. - Pode pegar uma, se você quiser.
– Quem é você? - perguntou Sam sem nem ao menos se mexer.
– Desculpa. - respondeu e jogou-se na cama que era de Dean. - Meu nome é Sarah Elizabeth Miller.
– E você está aqui, por que... - falou o loiro, praticamente implorando para que a mulher dissesse.
– Vocês estão procurando por mim e eu resolvi aparecer logo. Para poupar vocês de perder tempo.
– Estamos procurando por você? - perguntou Dean sem entender. A mulher levantou-se da cama e aproximou-se dele. O observou seriamente, como se o examinasse. - O que é?
– Você é burro assim ou é só quando tem uma mulher por perto? - Sarah continuou na mesma posição. Dean estava indignado com a atitude da mulher. Só a conhecia há dois minutos e ela já estava deixando ele doido. Abriu a boca, na intenção de responder as provocações, mas foi interrompido. - Foi uma pergunta retórica.
– É você que está causando essa tempestade. - concluiu Sam.
– E é por isso que eu sou sua fã. - respondeu Sarah e sorriu.
– Acha isso engraçado? Você é responsável pela morte de trinta pessoas.
– Eu não acho isso engraçado, Dean. - a garota sentou-se na cama novamente e ficou extremamente séria. - Acha que gosto de ter o sangue de todas essas pessoas em minhas mãos?
– Então, se não gosta, porque está criando essas tempestades? E como você faz isso?
– Eu estou fora de controle. - olhou para o mais novo dos Winchester. - Por isso eu preciso de ajuda. Só havia vocês no meu caminho.
– Por isso nos seguiu. - Dean cruzou os braços na frente do corpo.
– Exatamente. - concluiu Sarah. - Não sou perigosa. Na verdade, não sei o que sou. Só sei que tenho vários poderes.
– Poderes?
– Consigo ver o passado e o futuro de uma pessoa, basta apenas me concentrar nela. Consigo ter o controle sobre os fenômenos da natureza, consigo fazer as coisas levitarem e ondas eletromagnéticas saem de mim, em explosões.
– E você diz que não é um perigo. - o loiro pegou uma cerveja da geladeira. Olhou a grade de Sarah e a boca encheu-se de água. A mulher levantou-se, pegou uma garrafa e seguiu até Dean. Tomou a que estava na mão dele e substituiu pela cerveja que havia levado.
– Eu disse que pode pegar. - Colocou a outra garrafa na mesa e afastou-se. - Eu sei que é muito estranho uma garota, que vocês nunca viram, bater em sua porta e dizer que só vocês podem ajudar, mas é a pura verdade. Preciso de vocês.
– Põe estranho nisso. - Dean ainda examinava a garrafa de cerveja, para ter certeza de que não era uma armadilha.
– Eu perdi meus pais e meu irmão, há dez anos, e desde então tenho me virado sozinha. Vivendo um dia de cada vez, da forma que eu posso. - respirou fundo e Sam percebeu que a conversa seria longa. Puxou uma cadeira e sentou-se, de frente para a jovem. - Há quatro dias, eu tive uma visão do futuro.
– E... - falou Dean cheirando a cerveja.
– E eu me vi morrer. - respondeu. - Geralmente, quando vejo alguma coisa tão grave quanto essa, vejo também as opções para evitá-la. Havia cinco escolhas a ser feita e quatro delas me levavam ao mesmo destino.
– A morte. - concluiu Sam.
– Exato. - Sarah respirou fundo. - e apenas uma delas, me levava a outro lugar. Levava-me a vocês.
– Por isso você veio. - Dean elevou as vistas até ela.
– Sem vocês, eu vou morrer. - olhou para os dois rapazes. - Então, vocês vão me deixar ficar?
– Ficar? - falou os dois ao mesmo tempo.
– É. Ficar com vocês. Caçar com vocês.
– De forma alguma. - respondeu Dean e colocou a garrafa de cerveja em cima do balcão.
– Dean, deixe-a falar.
– Não, Sammy! E se isso for uma armadilha? Vai confiar? Vai viver sobre o mesmo teto com uma completa estranha?
– Dean, é o nosso dever ajudar e faremos os testes nela, para saber se é de confiança.
– Não estou me negando a ajudar. Só estou dizendo que não aceito que ela entre para o nosso "time".
– Tudo bem, eu entendo. - respondeu a jovem e levantou-se. Pegou a mochila, a bolsa e seguiu na direção da porta. - Eu sabia que convencer o Dean seria difícil. - respirou fundo. - Obrigada por me defender, Sammy. -sorriu para o moreno e depois olhou para o loiro. - E vai se ferrar, Dean. - piscou, mostrou o dedo do meio e saiu do quarto. - Podem ficar com a cerveja.
– Você viu? Esse era o ponto onde eu queria chegar. É uma louca. - falou o mais velho e pegou a garrafa de cerveja do balcão. Esqueceu que havia sido Sarah que trouxe e deu um gole. Encarou o irmão e respirou fundo. - Cara, ela pode ser louca, mas tem um bom gosto para cerveja. - ele olhou o rotulo. - Isso é divino.
– Dean...
– Não me culpe, Sammy. Já não basta eu, você e o Cas, envolvidos nessa merda toda, ainda vamos ter que colocar mais uma pessoa nisso? - Assim que se calou, o telefone do loiro tocou. - Alô!
– Dean, é o Castiel. Onde vocês estão? - O loiro foi até um panfleto que estava em cima da televisão.
– Finnigan's Motel, quarto 1004. Wausau, Winsconsin. - respondeu o loiro e, imediatamente, Castiel apareceu na frente dele.
– Oi Dean! - falou ainda com o celular no ouvido.
– Oi Cas! - respondeu o loiro incomodado. - Aquilo que conversamos sobre proximidade, poderia fazer o favor?
– Me desculpe. - O anjo desligou o celular. - Onde ela está?
– Quem? - perguntou Dean desconfiado. Sabia que Castiel falava sobre a garota loira que saiu puta da vida.
– A Sarah. - respondeu o anjo.
– Graças ao Dean aqui, ela foi embora. - respondeu Sam e sentou-se na cama.
– Como eu ia saber que você queria falar com ela?
– Ela tem que ser protegida. - Castiel falou exaltado. - Vocês têm que protegê-la.
– Tudo bem. - Dean pegou o casaco.
– O que ela tem de tão importante, Cas?
– Ela pode ser a salvação do mundo ou a completa destruição.
– Certo, vamos encontrá-la. - Dean pegou a arma e colocou na cintura. Seguiu em direção a porta, resmungando algo sobre "como teria sido mais fácil se o Castiel tivesse aparecido antes".
...~...
Depois de duas horas de buscas, os rapazes finalmente chegaram ao local onde Sarah estaria.
– Dean, ali. - apontou Sam. O loiro estacionou o impala no píer e os dois desceram correndo. Ela estava debruçada na cerca que dividia a parte seca, da parte do mar. As malas estavam jogadas no chão, ao lado dela, e uma nuvem densa se aproximava, vinda do oceano.
– Quer mesmo acabar com esse dia lindo? - perguntou Dean encostando-se ao lado da mulher, apoiando-se na mesma cerca. Só então reparou a lata de coca-cola e o cigarro queimando em sua mão, além da fumaça saindo de sua boca. - Sério? Sabe os danos que isso causa, não sabe?
– Quer saber de uma coisa engraçada? - começou a mulher a falar. - Foda-se os danos. Eu nunca fumei, nunca usei drogas e nunca fui esse tipo de garota que fica se insinuando e se atirando em cima dos caras, mas o que eu ganhei em troca por ser tão certinha? Nada! Apenas a certeza de que morrerei em uma semana. - tragou a fumaça, prendeu por alguns segundos e então soltou. - Como não tenho nada a perder, eu digo: Que se dane o câncer de pulmão.
– Você não vai morrer em uma semana. - começou Sam a falar.
– Eu sinto muito, rapazes, mas até o momento, eu não errei nenhuma previsão.
– Nós cuidaremos de você. Queremos que fique conosco. - Sarah respirou fundo, deu outra tragada no cigarro, soltou a fumaça e virou-se para encarar o moreno. Aquilo estava deixando Dean desconfortável.
– O que fez com que vocês mudassem de idéia?
– Castiel. - respondeu o loiro.
– O anjo de sobretudo?
– Você o conhece? - perguntou Sam.
– Não pessoalmente, mas já tive muitas visões com ele, sendo o protagonista. - Sarah olhou para os rapazes e respirou fundo. - Então, é isso mesmo que vocês querem?
– Sim. - respondeu Sam, prontamente, e Sarah o encarou sorrindo. O conhecia há muito tempo e talvez tenha sido por isso que desenvolveu aquele sentimento, tão forte, de cumplicidade com Sam. Adorava estar com ele.
– Obrigada. - respondeu. - E você? - Perguntou a garota, para Dean. Ela conhecia o loiro também, mas o que aconteceu com eles, a machucou bastante e ainda machucava. E aquilo se agravava pelo fato do homem não tê-la reconhecido. Era o mínimo que ele deveria fazer, depois de tudo.
– Sinceramente? Eu preferia que você não fosse. - respondeu. - Não pelo fato de ter alguma coisa contra você, mas pelo fato de envolver outra pessoa nessa merda toda. Eu perdi muito e não quero que outras pessoas passem pela mesma coisa que eu passei.
– Não vê, Dean? Eu não tenho nada mais a perder. - A mulher prendeu o choro, odiava demonstrar fraqueza. O cigarro que fumava acabou e ela jogou a ponta dentro de um lixo, próprio para aquilo. Pegou o maço de dentro da bolsa e tentava retirar outro. - Estou no mesmo barco que você há muito tempo. Estou envolvida nessa merda até o pescoço...
– Okay. - respondeu ele e respirou fundo. - Se vai seguir conosco, vamos começar impondo as regras. - Dean tomou o maço e o cigarro, da mão da garota e colocou no lixo. - Regra número um: Pare de fumar. Eu não vou carregar uma chaminé dentro do meu baby.
– Ei! - reclamou a mulher chateada. - Esses são meus cigarros e custou caro. Eu decido o que faço com eles.
– Essas são as regras. - repetiu Dean e sorriu. - Ah! Estamos quites. - Seguiu na direção do impala e por pouco, a lata de refrigerante não o atingiu. Sorte a dele que Sarah tinha uma péssima mira.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então pessoas, é isso!!!
E já sabem, se gostaram deixem o comentário para que a gente saiba se está ficando boa a história... okay?
Beijinhos sabor chocolate para vocês!!!
XoXo...
Flávia Rolim e Karol!!!!