Só percebi que estava com a jaqueta de Percy quando entrei em meu quarto, olhei pela janela, mas o carro já tinha desaparecido na noite, quem era aquele garoto? Porque ele não quis me contar onde morava? Mas já era tarde e eu tinha aula no outro dia de manhã. Fui deitar, mas tive um sonho estranho, sonhei com Percy.

No sonho andávamos de mãos dadas na chuva em uma rua deserta, que sonho era aquele o que queria dizer? Acordei sobressaltada com alguém gritando meu nome, no começo era uma voz agradável, que eu não conseguia me lembrar a quem pertencia. Ah claro, era a voz de Percy. Depois a voz foi se tornando mas severa e mais feminina, quando abro os olhos vejo minha mãe parada com as mãos na cintura em frente a minha cama.

– Finalmente. – Diz ela, balança a cabeça e sai do quarto.

Olho para o relógio ao meu lado e levo um susto. São 7:45. Isso dizia que eu tinha 30 mim para chegar a escola.

Dou um pulo me arrumo e saio correndo me despedindo de minha mãe na porta. Entro no carro e acelero.

Chego na escola com tempo de sobra ainda. Sento no mesmo banco com Calipso, Leo e Piper os outros ainda não tinham chegado, quando Lee veio em minha direção. AI, não acredito. Tínhamos marcado de ir o cinema, em vez disso eu estava me metendo em uma briga e sendo protegida por um garoto que eu nem conhecia, mas estava sonhando com ele. Eu não podia explicar isso a Lee.

– O que aconteceu ontem a noite? – Pergunta ele irritado.

– Eu estava de castigo, pela briga com Drew. – Inventei.

– Mas não podia ter ligado?

– Eu estava sem celular, parte do castigo. – Respondi na hora.

– Annabeth, o que é isso na sua mão. – Pergunta ele apontando para minha mão onde eu segurava meu celular. Ai.

– Ela me devolveu hoje de manhã, sentiu pena de mim.

– Sei. – Disse ele e se afastou.

– Annabeth, isso me cheira a mentira. – Diz Piper.

– Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. – Fala Leo.

– Leo, não somos marido e mulher, não somos nem namorados, muito menos ficantes.

– Tudo bem, mas amigos não chamam um ao outro para irem ao cinema de noite. – Responde ele.

– Leo, a vida é dela, ela faz o que ela quiser. – Fala Calipso.

– Valeu. – Respondo.

– É muito papo de menina pra mim. – Fala ele fazendo nos rirmos.

– Então eu cheguei para equilibrar um pouco. – Disse Jason aparecendo do nada.

– Oi, amor. – Disse ele dando um beijo em Piper.

– Oi, povo. – Disse ele se virando para nós.

– Jeito carinhoso de nós tratar, hein Jason. – Disse Calipso.

– O único que pode te tratar com carinho sou eu, entendeu? – Responde Leo.

– Ih, tô me sentindo uma vela aqui. – Disse eu.

– Arrume um namorado e pare com isso. – Responde Piper.

Se ela tivesse falado isso ontem a primeira imagem que me viria e cabeça era Lee, mas hoje, hoje um garoto diferente ocupou minha mente, e não pude acreditar que estava pesando nele de novo, nele que tinha lindos olhos verde mar, com cabelos negros... E ah! Annabeth você está pensando nele de novo! Eu estava pensando em Percy de novo! Será que ele não sairia de minha cabeça nunca? Como sorte eu não o veria nunca mais. Mas eu sabia que não era isso que eu queria. O que estava acontecendo comigo?!

– Terra Annabeth, Annabeth terra. – Chama Calipso. – O sinal já tocou.

Quando me dei por conta todos já estavam de pé apenas me esperando. Silena e Beckendorf já tinham chegado e tudo isso aconteceu enquanto eu pensava nele.

– Estava pensando no príncipe encantado? Lee? – Pergunta Silena.

Bem que eu queria que fosse, mas infelizmente não.

As aulas se passaram voando, mas um nome não saia de minha cabeça “Percy” Ah! Eu não aguentava mais! Eu tinha que parar de pensar nele, mas quais segredos ele escondia? Onde ele morava? Onde sua família estava já que ele morava com Nico e Thalia.

Passei direto por Lee ignorando quando ele chamou meu nome e fui direto para o carro, dirigi direto para a escola onde eu estava “ajudando” eu não tinha nada para fazer então pegava um livro e ficava lendo no refeitório. Eu estava assim totalmente entretida no livro quando alguém sussurrou em meu ouvido.

– Lendo é? – Era ele. Isso era um pesadelo onde o único pensamento racional que eu poderia ter era Percy.

Ele puxou uma cadeira e se sentou comigo. Ele estudava ali? Era meu terceiro dia e nunca tinha visto ele.

– Você estuda aqui? – Pergunto.

– Frequento as aulas uma vez ou outra? Sim, estudo? Não.

– O que está fazendo aqui, você deveria estar na sala de aula!

– Não perco meu tempo lá se posso estar aqui. Com você.

– Você nem me conhece! Como sabia que eu estaria aqui? – Pergunto lembrando que não havia falado nada a ele.

– Tenho fontes. Foi briga de escola de rico né?

– Você não precisa saber disso.

– Mas quero saber.

– Eu também queria saber onde você mora.

– É diferente.

– Tudo bem, eu dei um tapa na cara de uma garota, satisfeito?

– Você deu um tapa na cara de alguém?! –Disse ele rindo.

– Do que você está rindo? – Pergunto irritada.

– Você parece do tipo que não mata nem uma mosca, muito menos dá um tapa na cara de alguém. – Disse ele ainda sorrindo.

– Olha só, se eu estou aqui é porque eu dei um tapa na cara dela mesmo.

– Não precisa se irritar queridinha. – Responde ele.

– Do que você me chamou?

– Queridinha, posso te chamar assim né?

– Vou pensar no caso.

Ele se levanta e vai em direção o porta, quando chega lá se vira efala.

– Já volto, fique aí.

Ele demora uns 20 minutos e fico imaginando onde ele vai.

Quando volta aparece com uma garrafa de cerveja na mão.

– Você gosta disso? – Pergunto.

– Você não gosta? Bom pra você.

– Isso é uma escola, você não pode trazer isso para cá.

– Isso não é uma escola é um zoológico, só vejo vaca, galinha e piranha. – Responde ele.

– Nisso tenho que concordar. – Disse eu rindo.

Ficamos conversando mais ou menos até a hora da aula acabar.

Enquanto isso tomei um decisão. Ele me veria hoje no tal bar. Eu queria conhecer melhor aquele garoto.