Herdeiros dos Nórdicos -interativa escrita por New Girl


Capítulo 28
XXVIII-Uriah


Notas iniciais do capítulo

hey povo
lol
acho que esse capitulo eh confuso,mas tudo será explicado pra frente lol
não revi por sono



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Acordei em um tipo de caverna submarina,minhas pernas estavam dentro da água gelada e estava deitado sobre algumas pedras. Não tinha muita luz a ali,na verdade tinha apenas uma linha reta de um fecho de luz que adentrava aquele lugar e era desmontada em um arco iris por causa dos inúmeros primas que haviam ao meu redor.

Me levantei e tirei meus pés da água e caminhei na direção da luz e percebi que o local era pequeno demais e seria impossível sair dali. Comecei a puxar as pedras,mas não consegui tirar as maiores e percebi que a água estava subindo aos poucos.

–Que bela morte,Uriah.-falei para mim mesmo olhando para a água. -Bela morte mesmo.

Talvez devesse mergulhar na água para procurar a saída,mas pode ser fundo demais e acabaria morrendo. Talvez pudesse gritar e alguém escutaria,mas todos poderiam estar mortos,mas não me custa nada tentar,certo?

Voltei para perto da fenda que entrava a luz,mas quando coloquei minha mão sobre uma pedra senti alguma coisa me morder com seus dentes afiados demais. Gemi baixo de dor e tirei minha mão dali e pude ver uma criaturinha que deveria ser do tamanho da minha mão,na sua boca haviam vários dentes afiados e seus olhos eram amarelos e brilhavam demais,sua pele era meio escura e ele rosnava bastante pra mim. Era um dragão?

Sempre imaginei que todos os dragões eram criaturas gigantescas e não uma coisa daquele tamanho. Suspirei baixo e tentei tirar a coisa dali para me aproximar da fenda,mas o pequeno dragão não deixou apenas rosnou baixo e se deitou na pedra e depois cuspiu um pouco de magnésio na minha direção,me assustei um pouco,mas pelo menos o dragãozinho olhou para mim e para minha roupas e adentou minha blusa e ficou debaixo do meu braço. Ri um pouco,sentido cocegas. Ia tira-lo dali mais pude ver os pés de alguém ali.

–Hey!-chamei colocando minha mão para fora.

Percebi que a pessoa deu um pulo e depois se abaixou e deu um golpe nas pedras. Uma pequena cortina de poeira aparecia conforme as pedras eram quebradas e a luz ficava mais forte.

–Quem diria que você estaria preso ai.-disse uma voz feminina.

Olhei para cima e me assustei em ver o rosto de Drika. Seu cabelo negro estava solto e o rosa que havia nas pontas parecia mais forte e agora tinha em sua franja. Seus olhos azuis pareciam brilhar agora e sua pele parecia mais branca e mais perfeita. Ela usava uma bota feita de pelo e uma saia curta e nos seus braços haviam uma armadura,suas ombreiras eram feitas de pelo branco. Ela segurava um glaive,uma tipica arma europeia que tem uma grande lâmina de um gume presa na ponta de um bastão. A lâmina tinha mais ou menos uns 45cm,parecia ser bem pesada para Drika, por ser quase do tamanho dela. Na lâmina estava escrito algo em norueguês antigo e parecia ser um presente de sua mãe Freya pelo pequeno fato de que no bastão havia uma pedra lilás semelhante a pedra do colar da deusa.

–C-como? -perguntei. -Oliver também está aqui?

–Você quer ajuda para sair dai ou não?-perguntou a morena agarrando minha mão e me puxando. Ela estava mais forte?

–Eu vi você morrendo...-falei.

–Como te explicar? Bem,eu morri,mas só na terra. Nos outros reinos não por isso eu posso voltar,mas não como humana e sim asgardiana...-Drika não parecer saber como explicar.

–Essa arma...

–Legal né?-falava Drika levantando a arma.-Minha mãe me deu,ela disse que ia precisar me defender.

Abaixei a cabeça e fiquei um momento sem saber o que dizer. Eu teria de morrer para receber alguma coisa do meu pai. Parei de pensar ao sentir Drika enganchar seu braço no meu e me puxar até uma clareira.

–A historia é longa demais,tempos de encontrar os outros te conto,mas você só tem de saber que temos de ajudar Aleksander.

Parei na mesma hora e olhei para a morena e um pouco boquiaberto,não sabia o que estava acontecendo ao certo,será que tinha escutado certo?

–Aleksander? Ele te matou! Matou Oliver!

Drika abaixou a cabeça e suspirou baixo e balançando sua cabeça negativamente,como se quisesse afastar seus pensamentos.

–Sabe aquela historia de gêmeos serem ligados e tal? Isso pode acontecer com semideuses e ele é nossa melhor chance de matar Kerli...-interrompi a filha de Freya e disse num tom alto.

–Não! Nós podemos matar ela sem a ajuda daquele cara,do mesmo jeito que matamos ele podemos matar ela! -estava praticamente gritando.

–Kerli não...Ela é como um sangue suga.-falava Drika olhando pro nada.-Cada vida que ela tira ela fica mais forte e a magia dela nunca vai permitir que cheguemos perto o suficiente para mata-la,além o exercito dela. Vamos logo!-Drika agarrou de novo no meu braço e me guiou até uma clareira onde tinha uma enorme pedra com alguns desenhos feitos com sangue e outras pessoas estavam ali. Entre elas estava a garota ruiva que havia lutado comigo no dia que matamos Aleksander.

–Drika!-Bianca pulou na morena e abraçou com toda força,percebi que todos estavam ali,até pessoa que não conhecia.

Bianca estava abraçada com Drika,Henry ainda olhava para garota albina que estava ao lado de Alaska,não parecia acreditar que estava vendo ela. Lucy estava estava jogada no chão,ao lado de Ann,Lena e duas pessoas que não conhecia,uma parecia ser asgardiana e outro era um garoto de cabelos negros. Allan estava ao lado de Liesel tentando acalmar Lucy. Não tenho de falar das pessoas que não conheço por preguiça.

Todavia o que mais chamava minha atenção era Aleksander que estava no colo da albina,que não era Alaska. Ele gritava de dor e estava suado,era como se ele estivesse sendo torturado ou coisa desse tipo. Algumas vezes ele arranhava o chão e falava coisas em uma língua que não conseguia identificar.

Ia falar algo,mas senti cocegas e acabei rindo,todos os olhares se voltaram para mim e o meu se voltou para o pequeno ''parasita'' que tinha esquecido dentro da minha blusa. O dragão saiu e bocejou e foi para minha cabeça e se deitou.

–Um dragão!-falou a ruiva que se levantou e veio na minha direção.-Como achou um,que não esta preso?

Fiquei acariciando o dragãozinho.

–Ele que me achou na caverna submarina.-falava. -Dai ele ficou dentro da minha blusa todo esse tempo,acabei esquecendo dele.

Uriah pov off

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Oliver pov on

Estava deitado numa divã apenas escutando a doce musica que ecoava pela sala,cantarolava junto e ignorava o som dos gritos ao lado de fora. Era um dos poucos momentos que podia ficar sozinho tentando ajeitar meus pensamentos,desde que sai de Nifheim,não tive muito tempo para isso.

Fenrir estava deitado na frente da lareira,o lobo estava no tamanho de um lobo normal,era incrível como aquela bola de pelos as vezes parecia um cachorro manso e não um criatura sanguinária que mata por pura diversão.

Em minha mão esquerda havia uma colar que prendia uma pedra que parecia uma pedra feita de gelo,continuava cantarolando e ignorando todos os sons ao meu redor,mas como nada é perfeito logo a voz irritante de Kerli ecoo pela sala.

–Oliver!

Rosnei baixo e abri meus olhos e me levantei. Fenrir ergueu sua cabeça,mas depois abaixou de novo. Caminhei na direção da porta e pude ver a garota que parecia ter saído do livro ''Alice no país das maravilhas''. Ela certamente seria uma versão feminina do chapeleiro. Nos seus lábios vermelhos havia um sorriso infantil e seu longo cabelo estava preso em um coque e percebi que nos seus braços,como de costume,tinha um de seus bonecos e dessa vez não era o de Uriah e sim de Drika.

–Sabia que sua amada foi mandada pra Terra?

–O que?

–Drika e os outros estão aqui,parece que os deuses estão com medo de uma guerra. -Kerli ria baixo e olhando pela janela.-Pena que eles não estão aqui,eles iriam deixar o cenário mais bonito.

Enquanto Kerli falava apenas observava a boneca que estava nos braços ela,qualquer movimento a garota mataria Drika. Queria pegar das mãos dela,mas se fizesse isso saberia que Drika seria morta,infelizmente Kerli percebeu que eu estava inquieto.

–Oliver? Você ainda sente igual um humano.-falava Kerli abrindo um sorriso sarcástico e passando a mão pelo meu rosto,senti ela me arranhar de leve e depois pude escutar seu risinho. -Fiquei calmo,nada de ruim vai acontecer com você.

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Gritava alto e me contorcia. Meu rosto queimava demais e depois o resto do meu corpo,as queimados sumiam ao ser tirado da água,mas logo era afogado de novo e a dor voltava. Abri meus olhos e senti a água queimando meus olhos. Gritava mais alto e continuava a me debater de dor,já tinha saído da água e estava jogado no chão frio,tremia demais enquanto meu corpo voltava ao normal. Quando recuperei minha visão aconteceu algo que nunca imaginei que fosse possível,alguma lagrimas escorreram pelo meu rosto,aquilo queimava demais,comecei a me arranhar para minimizar a dor,mas não mudava nada. Nem a peste tinha me feito sofre tanto. Estava ofegante e ainda jogado no chão tremendo.

–Está tudo bem.-a voz de Kerli ecoava pela minha cabeça.

Fui arrastado até um quarto cheiro de janelas,todas as cortinas estavam fechadas. Estava preso em uma cadeira e não me mexia por estar fraco demais. Kerli estava na minha frente,na sua mão esquerda havia o fantoche de um gatinho,que ela fazia parecer que tinha vida própria.

–Quem é você?-perguntava Kerli.

Hesitava em responder,apenas fechei meus olhos,mas os abri ao escutar os saltos de Kerli no piso.

–Essas cortinas são lindas,não?-falava Kerli.-Mas que pena que estão fechadas,já que está um dia tão lindo.

Ela abriu uma das cortinas e o sol bateu no lado esquerdo do meu rosto. Rosnei baixo e senti meu rosto queimar.

–Qual seu nome? -perguntou Kerli numa voz mais fina como se fosse seu gato fantoche.

–Oliver...

–Por que tem essa maldição?-perguntou Kerli.

–Lois.

–Isso mesmo. -disse Kerli abrindo outra cortina,agora a luz me atingia pela frente e gemia baixo,minha pele queimava demais e gritava muito. -Você é Oliver,virou um cavaleiro de Hel por causa da morte do seu irmão. Os deuses mandaram seus filhos matarem seu irmão,Lois. Por esse motivo você se alimenta apenas do sangue deles. Você não sente nada,nenhum sentimento humano,apenas o ódio,certo?

–Drika...-disse entre os gemidos.

–Drika é igual os outros,matou seu irmão e pretende te matar,assim como os outros. -falava Kerli que agora fechava as cortinas.-Sou a unica pessoa que você pode confiar. -apos falar isso Kerli me soltou. Me deixou sentado no canto de um quarto escuro e foi embora,mas antes disse.-Boa noite,Oliver.

Estava no canto do quarto,encolhido abraçando minhas pernas e lembrando do momento que um semideus invadiu a mansão de minha família e matou Lois cortando o pescoço dele. Gritava demais enquanto estava escondido em um armário,os semideuses se voltaram para mim e cravaram uma adaga no meu peito. Hel me salvou e me criou para matar os semideuses.

Fiquei olhando pro nada por quase cinco horas,mas depois me levantei e sentei aos pés da cama. O esqueleto de Lois estava lá.

–Eu vou vingar sua morte...Vou matar qualquer semideus que chegar perto do seu corpo,irmão.


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