CdE - O Barbudo, a Princesa e o Amuleto escrita por Flamethrower


Capítulo 9
Capitulo VIII - Obrigado, Luna




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“Tudo começou quando a minha mãe conheceu o meu pai. Minha mãe era de Vanhoover, ela era uma pônei de terra igual a mim, só que sua crina era branca e cinza como a neve, e sua calda era apenas branca pálida. Meu pai era de Canterlot, um unicórnio que não tinha muita paciência com magia. Ele era um garanhão laranja com uma crina castanho mel, e uma calda longa de dar inveja a qualquer garanhão por perto. Tinha olhos verdes claros, enquanto minha mãe tinha olhos cinzas. Era um dia da Celebração do Solstício de Verão, e os dois se conheceram na festa que teve logo após. Ele acabou se apaixonando, e seguiu a nova amiga até Vanhoover. Uns tempos depois eu apareci na vida deles, e eu estraguei seu amor. Minha mãe trabalhava numa Boutique de roupas de frio, em Vanhoover. Meu pai era mineiro, mas tinha saído de Canterlot e não achava trabalho por essas bandas geladas. Então, quando eu era bem pequena, ele saiu de casa e foi passar uns meses em Canterlot, para ver se conseguia um dinheiro. Minha mãe esperou por anos. Eu já tinha crescido o suficiente para ter entendimento que ele a tinha abandonado. Foi numa época que minha mãe começou a me ensinar costura, mas eu não queria, eu era apaixonada por flores. Até que a comprovação veio. Eu dei o que chamamos de Fleur-de-lis bem tratada de presente para ela, e assim a minha Bela Marca apareceu. Ela olhou para o meu flanco, e escorreu uma lágrima de tristeza. Um lírio magenta apareceu onde era um flanco branco. Minha mãe desabou em lágrimas, pois ela queria que eu fosse como ela, uma artista da moda. — ela parou e começou a chorar, e então, controlando o choro, Caspie continuou a história — Então eu fiquei com raiva, e fugi. Eu queria encontrar o meu pai, mas acabei me perdendo e desabando de exaustão. Quando eu acordei, eu estava na prefeitura de Manehattan, com a Princesa Celestia me observando com aqueles olhos serenos. Então, eu fiquei lá por um tempo, cuidando de flores e trabalhando com artesanatos e me mudei para a floresta, onde permaneci com o meu jardim durante dois anos até um incêndio..”

Ela parou de novo. Entendi, e não queria fazê-la sofrer mais.

— Está tudo bem, não chore.

— Não, não está tudo bem. — ela retrucou — Eu abandonei a minha mãe, e não tenho como voltar para ela. Ela não me aceitaria.

Aquela jovem pônei tinha uma história triste, mas eu também tinha minha história.

— Um velho sábio, um dia encontrou uma cesta com um bebê unicórnio ruivo-alaranjado dentro, e um bilhete estranho.. — contei a ela, tentando fazer ela sorrir.

E então desde o pôr-do-sol até no meio da noite, eu contei a minha história de vida. Como papai tinha me achado, e me treinado. Não era muita coisa, pois eu não sabia a minha identidade.

Star Swirl resmungava as vezes, quando eu o descrevia. Fazer o quê? Vingança seja feita.

Quando eu acabei, ela me olhou com seu tom melancólico. Abriu um sorriso e disse:

— Amaldiçoado você é — brincou ela — Não sabe sobre você mesmo.

Eu tinha a mesma idade que ela. Ambos tínhamos quinze anos. Mas eu não tinha uma data de aniversário, então por isso, Star Swirl começou a contar minha idade sempre no dia do Solstício de Verão. E realmente a única coisa que ele havia me contado, que estava escrito no recado era que eu tinha três anos de idade, e que meu nome estava borrado, então nunca o descobrimos. Já tínhamos realizado feitiços de memória, para eu tentar descobrir o que tinha visto nos três anos antes dele me encontrar, mas sem sucesso. Eu era muito pequeno para me lembrar de algo.

Depois dessa troca de informação, trocamos sorrisos e ela me abraçou com sua perna dianteira esquerda. Fiz o mesmo com a minha da direita

E então, cantei em uma melodia triste

“Olhando para a lua agora

O vento levou tudo embora

De casa bate uma saudade

Devemos deixar nosso corpo e alma.. Em pazes. “

Ela me olhou, e então continuamos em uma única voz.

“ Fazer seja o que for preciso

Preciso e quero estar contigo

Você sempre me ilumina

Ó lua, me mostre o caminho “

Era mágico ver como tudo aquilo fluía naturalmente. Olhei para a lua mais uma vez, e sussurrei bem baixinho “Obrigado, Luna”


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