CdE - O Barbudo, a Princesa e o Amuleto escrita por Flamethrower


Capítulo 7
Capitulo VI - Uma camponesa diz "Oi"




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Era a maior queda d’água que eu já tinha visto. Uma montanha gigante, rodeada por uma bacia. Nessa bacia, a água da queda a enchia como num reservatório e então seguia o seu curso, indo para diferentes partes do continente. Os senhores pégasos desceram uma vez mais, e atravessamos o outro lado da cachoeira. Um Arco-íris se formou na quedazinha de água mais próxima de mim. Aquilo era encantador.

— Obrigado, senhores. Avisem as Princesas que já chegamos em Neigagra com segurança. — pediu o velho cinza.

Os pégasos levantaram a biga, e foram voando para a direção oposta. Voltando para o lar.

— Precisamos chegar em Manehattan antes do pôr-do-sol — avisou Star Swirl.

Eu já tinha ido a Manehattan. Ano passado os Jogos Equestrianos foram anunciados lá. A cidadezinha era pacata, tinha uma quantidade de moradores um pouco menor que de Canterlot, mas ainda assim era pequena. Um centro comercial. Fomos andando pela estrada, uma floresta a sudeste estava com um tom sombrio. Uma névoa preta encobria na copa das árvores. Eu sabia o que era. Papai também percebeu.

— Aquilo é um incêndio? — Ele perguntou

Eu assenti.

— Precisamos ir lá ajudar. Não podemos deixar a natur..

— Não. Precisamos chegar à Manehattan lá teremos que passar a noite para seguir ao norte.

Não hesitei. Aquele velho bobo foi ficando para trás enquanto eu corria em direção à floresta. Não ia deixar aquelas plantas e árvores morrerem por negligência. Ouvi gritos. Procurei o foco do incêndio, mas eu não encontrava da onde o fogo poderia estar surgindo. Pelo canto do olho vi o velho Star Swirl correndo atrás de mim. “Não quero saia do meu campo de vista” ele tinha avisado na biga. Ótimo, mas uma regra que eu iria desobedecer.

Depois de ter seguido a fumaça, achei um rio e no outro lado da margem, avistei o que era a raiz dos problemas. Uma jovem camponesa, com fuligem e e desespero pelo corpo estava tentando apagar o fogo de sua cabana. Não prestei muita atenção nela. A árvore mais alta estava em chamas, e eu tinha que fazer alguma coisa. Usei minha magia para deslocar a água do rio, criando uma nuvem de água, e a despejando por cima da árvore. Uma árvore apagada se fora, faltam muitas. O incêndio continuava. A jovem camponesa me avistou, e correu para dentro de sua cabana em chamas. De lá, tirou uma bolsa um pouco suja, e correu para a margem do riacho.

Pensei sobre o que tinha ocorrido naquela caverna, com o dragão. Pensei em como o fogo tinha me respeitado, em como ele era o meu vassalo. Me concentrei em momentos de raiva. O meu chifre brilhou e emitiu uma onda de energia, que fez com que o fogo aumentasse em quatro vezes o seu tamanho.

Fechei os olhos. Eu ouvia o crepitar do fogo. Os animais distantes apavorados, grunhindo de medo. Focalizei a minha raiva, e então eu a limpei. Tirei da minha mente tudo o que era de ruim, e senti aquela energia se propagando pela floresta fechada. Senti que o fogo não estava mais queimando, mas estava ali. Abri os olhos. Todo vestígio de fogo estava em aura mágica alaranjada. Pedi silenciosamente para que eles se dissolvessem, isso me custou caro. Todo o fogo da floresta sumiu, e então eu apaguei.

No meu sonho, eu estava no laboratório de casa. Era realmente um laboratório, a parte inferior da casa que só Star Swirl entrava. Eu a conhecia porque ele me levou até lá uma vez.

Atrás de mim estava a escada que levaria até a portinha secreta da sala principal. A minha esquerda, havia uma estante de livros, com capas em símbolos e linguagem antiga, da qual ainda não sabia recitar. Em minha direita, uma mesa com um pentagrama, e em cada ponta uma vela. O chão, tinha um desenho em espiral, com três estrelas em forma de triangulo equilátero — o mesmo que tinha visto naquele livro misterioso.

As paredes eram pretas com desenhos e decorações de estrelas e luas. Eu estava me vendo no meio daquele redemoinho, lendo um livro do qual não conhecia. Quando de repente uma luz começou a brilhar das estrelas do chão. O redemoinho brilhou em verde escuro, uma bola de luz sombria envolveu o meu Eu do sonho, e então ele desapareceu. Eu fiquei assustado. Na mesma hora eu me senti mais velho e poderoso. Olhei para o teto, mas não existia teto. E não existiam paredes, estava tudo em branco e então eu acordei com os mais bonitos olhos azuis que eu já vira na vida em cima de mim.


— Oi — disse a camponesa.


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