CdE - O Barbudo, a Princesa e o Amuleto escrita por Flamethrower


Capítulo 3
Capitulo II - Tenho um pesadelo vermelho-sangue




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Eu acordei no meu quarto. A Lua na janela estava quase no topo do céu, então deduzi que seriam dez horas da noite.

Meu quarto era um cubículo pequeno, mas confortável. A cama era feita de madeira e tecido de algodão, com entalhes que nunca reconheci. Ela ficava de frente pra porta, assim que alguém passasse, eu tinha uma vista de frente. Ao lado esquerdo da cama tinha minha estante de livros, onde eu guardava meus cadernos antigos e livros de feitiços de meu papai [Como se eu precisasse, eu podia ler a maioria que ele tinha, pff]

A direita, uma escrivaninha com papel, pena e tinta. Havia um recado. Usei meu chifre para iluminar o quarto, pois a luz da Lua não era suficiente.Assim que vi o papel, não entendi o que estava escrito. Era uma língua mais antiga que ainda não entendia.

Fui até o corredor, desci as escadas e papai não estava na sala, ou no banheiro. Vi ele pela janela da cozinha, no gramado da frente, ele parecia cabisbaixo.

Fui até ele de fininho, mas ele já tinha sentido minha presença

— Está melhor, rapazinho?

Ele olhou para mim, com um olhar entre a tristeza e a insanidade.

Eu assenti

— O que houve depois que eu apaguei? — perguntei para o velho sábio.

Ele olhou para mim como se o coração dele estivesse partido, e então me contou o que havia acontecido

— Não percebemos quando você apagou. Mas, depois da visão do Discórdia..

— Foi ai que apaguei — cometi o erro de interrompe-lo

—Anh ham, como estava dizendo, depois da primeira visão, Luna me mostrou algo terrível. Existe um lugar, ao norte de Equestria, nos confins do mundo que está se erguendo. — explicou ele — E Celestia teme que esse Império se vire contra o reino pacífico de vossa majestade.

—Então..

—Então — ele me fulminou com os olhos — Luna quer que eu vá lá para estudar a gravidade da situação, e o que está havendo naquele lugar.

Veio na minha cabeça na mesma hora: Vamos numa aventura. Então percebi que eu estava de fora.

— Vou com o senh..

— Nada disso — o velho reclamou — É perigoso, você não tem idade suficiente para servir de espião.

Isso não era justo. Eu já sabia muitos feitiços que poderiam servir para espionagem. O teletransporte, invisibilidade por pouco período de tempo, me transformar numa fumaça por alguns segundos.. Isso seria útil.

— Por quê as princesas querem que VOCÊ vá, em vez delas irem? — lancei ao papai.

Ele me olhou desapontado, como sempre faz quando acidentalmente coloco fogo no telhado de linho.

— Meu Pequeno, elas têm deveres para cumprir, uma responsabilidade enorme. Erguer astros todos os dias é uma tarefa árdua. — ele explicou — Elas precisam de pôneis como eu e da guarda Real para proteger o Reino.

— Eu estou pronto pai, de verdade. Minhas habilidades, tudo o que eu tenho é graças ao senhor — respondi, com um toque de tristeza. — Eu quero ir, devo proteger o senhor, como você tem feito por mim todos esses anos.

Olhei para a floresta. A Floresta Alforriada é uma das floresta mais lindas de toda Equestria. Ela era verde, animais se comunicavam por todos os lados. Insetos grilavam no meio da noite. Ao fundo, avistei a ravina e a ponte que separa a floresta do Castelo das Princesas.

Nas montanhas ao oeste, havia uma pequena cidade florescendo. Uma cidade que se erguia pela mineração, era chamada de Canterlot. Nada demais, apenas um povoado de trabalhadores unicórnios e terrestres. Ao noroeste, brilhando como um pontinho lá no alto estava Cloudsdale, com seus arco-íris em queda, brilhando à luz da Lua.

Finalmente, Star Swirl, o Barbudo, disse algo para mim.

— Descanse mais um pouco, meu pupilo. Amanhã partiremos cedo.

Um sentimento de alegria e de ansiedade correu pelo meu corpo. Dei um sorriso, e tentei abraçar papai, mas ele fez *poof* e quando vi, estava em cima de mim, imobilizando.

— Hahaha, seja mais rápido, garoto.

Então ele me abraçou, e entramos na casa para mais uma noite.

Deitado na minha cama, eu estava lendo um pouco quando caí no sono. E então, o pesadelo começou.

Eu estava numa cidade brilhante, nunca tinha visto algo parecido. Existia uma torre no centro, azul escuro, brilhando com as trevas. Por todos os lados, via pôneis acorrentados, como escravos, trabalhando. Lá de cima, estava uma criatura que não conseguia distinguir a forma. Então aqueles olhos negros olharam para mim, seu chifre emanou um poder vermelho-sangue e me senti sem vida.

Então eu acordei, o Sol se levantava, vesti minha túnica de linho e sai de meu quarto.


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