CdE - O Barbudo, a Princesa e o Amuleto escrita por Flamethrower


Capítulo 18
Capitulo XVII - O Império de Cristal — Parte 1




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— Temos que dar o fora daqui! — eu gritei de medo.

— Não podemos — ponderou a pônei suja de terra — Temos que resgatar o Coração de Cristal!

Eu fitei a porta.

— É impossível, não podemos entrar ai! Temos de voltar, há uma batalha lá em cima.

Ela me olhou nervosa. Quanto mais parados estávamos, mais terra e pedras cristalizadas caiam sobre nós. Ela vacilou. Olhou para a folha de papel suja jogada no chão.

— Não sei o que devo fazer — ela me olhou triste.

Eu revidei o olhar, meu tom amedrontado mudou para uma forma de coragem. Eu só queria proteger Caspie de qualquer perigo, mas isto era um feito impossível nas condições que estávamos.

Fitei a folha de papel que nos levara a este local.

—Vamos — pedi num tom suave — Não podemos continuar aqui. Rei Sombra sabe o que estamos tentando fazer, e eu não tenho uma magia poderosa o suficiente para abrir a porta da maldição.

Ela assentiu

— Como vamos voltar tão rápido?

— Se segure em mim! — disse a ela

Então ela deu um sorriso, como se esperasse por esse convite. Ela me segurou tão forte que quase esqueci de como fazer o feitiço. Assim que coloquei minha mente em ordem, usei um tipo de teletransporte que papai havia me ensinado — o teletransporte por foto-memória.

Este era um de poucos feitiços avançados que eu conhecia. O teletransporte comum, funciona quando um unicórnio redireciona a sua força vital e sua magia para se mover rapidamente de um ponto para o outro que o unicórnio esteja visualizando. Para inciantes, essa magia causa dor de cabeça e um pouco de cansaço. Para mim, só me deixa fraco por alguns minutos.

O teletransporte por foto-memória é mais avançado pois requer mais esforço do unicórnio. Ele deve se lembrar exatamente o local onde ele estivera e isso requer uma carga muito maior de magia e força. Eu não fazia algo assim exceto por emergências. E você estar no fundo de uma masmorra com tudo desabando e sem saída, é uma emergência.

Eu então focalizei vários lugares, e eu tinha que me lembrar perfeitamente do local. A biblioteca era grande e extensa demais, nunca memorizaria todos aqueles livros e estantes. A entrada da masmorra é fechada e escura demais, não têm no que se basear.

Mas havia uma figura em minha mente. O Floco de Neve principal em baixo do Castelo de Cristal. Este ponto era marcante, e eu o tinha em mente e o mentalizei.

E então um clarão seguido de um estrondo se alastrou pelo buraco profundo onde estávamos, e aparecemos bem diante do centro do Império. A cena era um caos, e tinha muita informação para meu cérebro processar.

Minha cabeça estava doendo por conta da viagem. Eu não conseguia enxergar muita coisa, era como se metade de mim estivesse lotada e ao mesmo tempo vazia de memória. Era algo terrivelmente doloroso.

Assim que a tontura passou, o meu cérebro dolorido só conseguiu distinguir uma coisa: perigo.

Estávamos em perigo. Eu tinha escolhido o pior lugar para fazer um teletransporte de alto nível. Atrás de nós, vindo do Sul do Império, havia uma unicórnio de cristal rosada de crina branca, batendo suas asas de cristal acima de um exercito de pôneis de cristais, e algumas fileiras de unicórnios. No resto dos outros pontos cardeais, esqueletos das trevas em armaduras prateadas e douradas avançavam lançando pesadelos e fogo negro. Eu não estava em condições de teletransporte, e estava no meio do campo de batalha. Via vários esqueletos de armaduras prateadas atacando alguns pôneis de terra. De outro lado, um jovem unicórnio cinza sem armadura lançava feixes de energia desintegrando o inimigo sem carne.

A Rainha de Cristal, um pouco machucada nos viu lá de cima. Eu acenei para ela, e rezei para que ela soubesse o que fazer. Então um clarão nos envolveu e eu apareci perto de uma tenda militar, onde Star Swirl e uma pônei de cristal escravizada pelo Rei conversavam.

— Meu menino! Caspie! Vocês estão bem? — ele resmungou.

— Ruivo não está nada bem, senhor. — dedurou Caspie.

Star Swirl me examinou, e em seguida colocou seu chifre em contato com o meu.

— Ai! — gemi.

Então Star Swirl olhou sombrio para Caspie, e pediu para que ela contasse a história toda desde que nos separamos.

Enquanto isso, eu fui para dentro da tenda, onde uma pônei de terra estava preparando algumas bebidas curativas com ervas.

A pônei era verde, com uma crina preta bagunçada e mexas cinzas. Seus olhos eram marrons e sua calda era acinzentada. No seu flanco, uma Bela Marca de uma maçã verde com pedacinhos de folhas ao redor já dizia tudo.

Ela me examinou e olhou um pouco suspeita. A minha dor de cabeça continuava, e então ela acabou de preparar o tal remédio e o deixou no chão, onde ela estava. Ela fechou sua sacola cheia de ervas e medicamentos, e voltou a me fitar.

— Beba isso. Vai acarmar os nervo — ela me disse confiante.

Então eu fiz o que ela mandou, e bebi tal receita.


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