CdE - O Barbudo, a Princesa e o Amuleto escrita por Flamethrower


Capítulo 13
Capitulo XII - Sonhos




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As cenas mudavam. Eu não sabia o porque disso estar acontecendo. Tive uma visão de uma serpente de ferro seguindo um caminho de ferro e madeira. A serpente de ferro era dividida em varias partes, unidas por ganchos pequenos — aquela coisa não estava viva.

Então a cena mudou. Eu estava flutuando, e vi o meu Eu numa floresta totalmente horripilante. O meu Eu lá em baixo estava cavando um buraco, desenterrando algo. E então a cena mudou.

Eu estava num lugar onde o céu não existia. O chão era feito de rocha branca, e o “céu” era um fundo preto com vários pontinhos piscando à distância. Havia uma égua, totalmente negra com crina emanando poder obscuro. Seus olhos eram terríveis, e seus dentes afiados. Vestida em roupa de batalha, a única coisa relevante que consegui ver foi sua Bela Marca, uma lua crescente com um borrão negro em baixo. Antes que eu pudesse descrevê-la melhor, a cena mudou.

Eu estava em Canterlot, e o meu Eu lá em baixo estava fugindo de alguma coisa. Canterlot estava arrasada, com casas destruídas e monstros negros perfurados atacavam a cidade.

E novamente a cena mudou. Eu estava agora em meu corpo, e presenciava uma batalha entre pégasos e unicórnios. Parecíamos que estávamos no inverno. Os pégasos estavam ganhando, e então Sol e Lua apareceram ao mesmo tempo, no mesmo céu.

E a cena mudou. Eram tantas visões na minha cabeça, que eu não pude distinguir o que era o quê. Então o rosto de Caspienne apareceu. Aquilo me deixou relaxado por um tempo.

— Por que me abandonastes? — perguntou ela chorando.

E queria falar que não tinha feito isso, mas minha voz não saía.

Ela foi ficando cada vez mais distante, e pela ultima vez, meu sonho mudou.

Eu estava focado naquela égua que tinha visto. Ela estava numa sala totalmente escura. E então aconteceu, um arco-íris vindo de algum lugar da sala acertou ela em cheio. Então sua escuridão foi sumindo cada vez mais. Até que ela se reduziu a uma pequena princesa. Seu cabelo estava azul, e não negro. Eu a reconheci como Princesa Luna. Não entendia porque eu estava tendo aquelas visões. Eu não queria aquilo para mim. Isso me atormentava, tinha vontade de chorar. Minha cabeça estava doendo com mais força, e em seguida abri os olhos, me derretendo em lágrimas. Eu estava numa cama parecida com a do dormitório. O lugar era uma espécie de enfermaria. A Rainha estava na porta, conversando com um pônei de cristal. Caspie estava no meu lado, então eu não hesitei em abraçá-la

— Eu não vou te abandonar, é uma promessa. — prometi a ela.

Ela me olhou confusa, então sorriu e me abraçou de volta.

— O que aconteceu dessa vez?

— Tive uma outra visão, algumas partes eram do passado. Outras, eram do futuro.

Ela franziu o celho.

— Acho que você deve contar a Star Swirl e à Rainha agora no café da tarde.

Não precisei perguntar que horas eram, sabia que estava apagado desde o café da manha até o café da tarde. Isso era horrível.

Star Swirl apareceu na porta, e trotou até mim.

— Você está bem?

— Não. Vou explicar mais tarde — retruquei.

O velho me abraçou, e então se dirigiu para o fundo da enfermaria.

O lugar não era nada tão especial assim. Tinha o mesmo padrão do palácio e dos dormitórios. A diferença é que não eram camas, e sim macas. Haviam três outros pôneis e uma potranca por aqui, sendo atendidos e verificados por unicórnios não-cristais.

Havia um desenho de uma cruz vermelha bem no centro, e nas paredes, haviam pilastras com serpentes esculpidas.

Me levantei. Caspie ofereceu apoio mas eu recusei. Conseguia andar, e então fui até a Rainha.

. . .

No refeitório, sentamos em uma mesa particular. Os unicórnios serviam por meio de levitação os pôneis de cristal. Estávamos mais distantes de todos. Então a Rainha assentiu que poderíamos comer, e todos educadamente, atacaram seu lanche do entardecer.

Na nossa mesa estava presente na ponta a Rainha. Do lado direito, estava eu e Star Swirl. Do lado esquerdo Caspie se sentava sozinha e na ponta aposta da Rainha, haviam um guarda real.

— Pode nos contar o que houve? — perguntou a majestade.

E então eu lhes contei quase tudo. Eu escondi deles somente a parte da Caspienne.

O terror rondava nos olhos de meu mentor. Ele sabia de algo, mas não poderia forçar a informação sair dele.

— Há quanto tempo mais ou menos você está tendo essas visões? — Perguntou a majestade, curiosa.

— Desde um dia antes de sairmos de casa. Quando Luna nos visi… — Eu havia entendido.

— Quando Luna…? — induziu a Rainha.

— Desde quando Luna nos visitou. — eu afirmei, com um sorriso no rosto — É isso. Ela tinha feito uma visita para o papai, e nos mostrou algumas coisas. Infelizmente, eu apaguei no meio do processo, onde havia um louco sendo transformado em pedra. — consegui dizer.

— Meu Pequeno, você não acha que esteja se precipitando? — perguntou Star Swirl, levando um pedaço de pão à boca

— Não estou. Agora tudo faz sentido. As visões que estou tendo, é sobre a Luna. Todas as visões aconteciam durante o período da noite, exceto o ataque em Canterlot. — continuei — Eu estou tendo fragmentos das lembranças da Princesa Luna. Da Luna do passado, do presente e do futuro!

Todos me olharam assustados. Eu estava conectado à uma pessoa poderosa. E isso de fato era ruim. Não sabia por quanto tempo isso iria durar. Talvez pudesse até me matar. Me imaginei naquela luta com o dragão. Se eu tivesse aquela visão naquele momento, eu poderia ter morrido. Apaguei isso da minha mente, não é bom ter pensamentos ruins, principalmente nos domínios de um rei do mal.


Continuamos nosso lanche em silêncio um pouco desconfortante, e quando acabamos, eu e Caspie seguimos para o dormitório. Queria ter uma conversa em particular com ela.


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