CdE - O Barbudo, a Princesa e o Amuleto escrita por Flamethrower


Capítulo 12
Capitulo XI - A Rainha de Cristal




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O lugar era feito de pedra-luz, gemas de rubi, safira, diamantes e muitas outras que eu não sabia nomear. Diferente do Castelo das Irmãs Princesas, seu lar era pequeno, mas ainda assim, cativante. Caspie observava o lugar com uma magia nos olhos. Senti que ela adoraria enfeitar o lugar com algumas plantas e flores.

A Unicórnio seguiu para uma grande mesa de pedra, que era a única coisa que entrava em contraste com aquele lugar. Olhei para o teto, era igual ao do lado de fora, rochas e pedras-luz.

Ela usou uma magia que eu não reconhecia, seu chifre alongado brilhou em escuridão, então um feixe de luz negra acertou a mesa de pedra redonda. Um mapa holográfico apareceu. Não conhecia esta cidade, mas os olhos de Star Swirl pareciam curiosos.

— Este é o Império de Cristal — disse ela, em um tom de confiança.

E então, ela contou a trágica história do reino

“Eu, Rainha Skyla, costumava a governar o lugar onde nasci. Nós, os pôneis da Equestria do Norte somos seres altamente mágicos, e precisávamos nos esconder das forças do mal. Por isso, eu criei uma relíquia, o Coração de Cristal. A cada ano, realizávamos um evento de amor e alegria, onde os pôneis de cristal enchiam de poder o Coração, e então nossas fronteiras mágicas eram renovadas, nos protegendo do frio ártico, dos monstros e do mal. E ai, tudo isso mudou quando um unicórnio mais poderoso que eu chamado Rei Sombra, invadiu nosso Império com criaturas das trevas. Os pôneis aterrorizados, encheram de medo o Coração de Cristal, fazendo assim o Rei se alimentar disso, e usar minha própria arma contra mim. Agora ele pretende dominar Equestria até os limites do Sul, no pólo Antártico. Eu não posso sair daqui e deixar meus pobres súditos da resistência , a mercê do caos e do medo.”

— Minha Rainha — começou Star Swirl — Estamos às suas ordens, viemos ajudá-la. O que devemos fazer?

— Eu tenho medo de enviar vocês para lá, e acabarem se tornando escravos. — Lamentou-se ela — Mas eu tenho uma ideia e vocês três se encaixam perfeitamente nela.

Seus olhos brilharam num verde horripilante, e trevas preencheram sua crina branca até ela se tornar totalmente negra. Caspie deu um passo para trás, e em seguida, a Rainha lançou outro feixe na mesa de pedra. A imagem cristalina do Império de Cristal mudou. Sua torre central, sustentada por quatro pés estava se cristalizando de um material rochoso negro. Acima na torre, numa varanda estava o unicórnio que eu tinha visto nos meus sonhos anteriores. Ele era negro, sua crina emanava um poder de ódio e medo. Seu pescoço e seu corpo estavam encobertos por uma armadura de metal. Seus olhos eram orbitas totalmente verdes. Seu chifre, estava vermelho-sangue e então a cena holográfica mudou para baixo.

As casas estavam cada vez mais opostas do que deveriam ser cristalinas. Os pôneis estavam tristes, feridos e cansados, acorrentados, e seguiam em fila carregando sacos e cestas pesadas. No pé da torre, haviam soldados esqueletos, feitos de ossos negros, e armaduras prateada. No centro do Império, abaixo da torre central — que deduzi como o Castelo do Rei Sombra — havia um desenho de um floco de neve. Suspenso no ar, eu vi o Coração de Cristal totalmente negro emanando um poder tão assustador, que eu o senti mesmo sendo um holograma. Então a imagem tremeluziu, e a Rainha voltou ao normal.

Ela disse com pena, e com um peso no coração:

— Isso que vocês viram, foi a minha ultima recordação do meu Império, há alguns anos atrás, não tenho exatidão do tempo. Foi a ultima vez que tentei recuperá-lo. Muitos de meus súditos foram capturados. Os que restaram, vieram comigo e criamos este Vale, para podermos — ela chorou— sobreviver.

Na mesma hora eu senti raiva. Eu queria fazer alguma coisa. Não podia deixar aquele maníaco escravizando pôneis inocentes.

Star Swirl olhou para mim.

— Eu sei o que você está pensando rapaz — ele me avisou — Controle sua raiva! Você sabe o que aconteceu da última vez que você ficou com raiva.

Sim eu sabia. Não queria me relembrar dessa história. Quando eu fico esquentadinho, eu acabo fazendo besteira e machucando pessoas ao meu redor. Então eu abaixei a cabeça, e ouvi o que ela tinha para dizer.

— Meu plano — contou a Rainha — é que vocês recuperem o Coração de Cristal. Se conseguirmos o artefato, os pôneis do vale vão ficar felizes, e eu terei poder suficiente para recuperar o meu reino, e derrotar Rei Sombra de uma vez por todas.

— Como faremos isso? — eu perguntei.

— Vocês partirão amanha cedo — ela respondeu — Eu vou providenciar um pégaso de coragem para distrair o Rei Sombra, e enquanto ele tiver ocupado — ela vacilou — Star Swirl irá usar seus poderes para recuperar o item mágico.

— E nós? — Perguntou Caspie, apontando para mim.

— Vocês deverão ir com Star Swirl e garantir ao velho que ocorra tudo como o planejado. — ela continuou — Lá é um lugar hostil agora, e o mago precisará de proteção.

— Ele me treinou bem — eu a fitei — Posso arcar com isso.

Então Caspie assentiu, e foi declarado que estávamos em uma missão, mesmo sendo suicida.

Star Swirl pediu para que eu e Caspie nos retirássemos, pois ele queria conversar algo em particular com a rainha. Seguimos a estrada de pedrinhas e fomos ao nosso dormitório. Ela entrou correndo e pegou a minha mochila

— O que você vai fazer? — eu a fitei.

— Quero apenas fazer umas anotações. — respondeu.

Ela pegou o meu caderno, um frasco de tinta e uma pena. Molhou a pena na tinta e com a boca começou a escrever no papel em branco, deitada no chão. Eu a deixei em paz, e fui passear pelo local. Via os pôneis de cristal, uns estavam felizes, e outros tristes. E uma grande porção de pôneis terrestres não-cristalizados estavam vindo na minha direção, saindo das mesas do refeitório — a família Apple. Fui seguindo a estrada para o leste, e encontrei um gramado verde amarelado, onde um pônei de cristal estava com seu potrinho, brincando de bola.

Então eu tive uma dor de cabeça muito forte, cai no chão. Eu apaguei e tive um pesadelo.


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