Lembranças - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

OLÁ AMORECOS DA LOVETT! *-*

Primeiro preciso agradecer os LINDOS 122 COMENTÁRIOS!!! Sério, gente, vocês são ótimos, sempre me contando o que estão achando da fic e tudo o mais, então só tenho a agradecer a vocês!

Aos novos leitores, espero que estejam curtindo a fic, e os leitores fantasmas também, né? ;)

Bom, pra quem estava querendo me matar pra que eu postasse logo, aqui vai! Mas digo logo que deixei o final com gostinho de QUERO MUITO MAIS, TIA LOVETT! E vocês vão querer me matar de novo que eu sei...

Mas vamos parar, né? Melhor eu deixar vocês lerem. Lembram do trailer de Walk of Shame, né? Pelo visto, todos assistiram e adoraram! Então, vamos ver as aventuras da Meghan (ops!), da Effie perdida xD

Boa leitura! ;)



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A primeira coisa que decido fazer é retirar meus sapatos e segurá-los nas mãos. Não sei se ando ou corro. Meu desespero é grande demais para pensar nisso, então começo a andar depressa, entrando numa rua a frente.

Estou sem documentos, sem celular, sem qualquer coisa que possa me ajudar na localização ou comunicação. E, para ser sincera, não sei se devo confiar nas pessoas daqui.

Cruzo os braços quando sinto calafrios. Olho de um lado para o outro, tentando reconhecer algum ponto neste lugar, mas nada me ocorre. Não faço ideia de onde estou. Também não faço ideia de como chegar a farmácia onde fui com Katniss. Já não sei em quantas ruas eu já entrei.

Olho para o céu e noto que já está escurecendo. Ouço os pássaros cantando longe e a brisa vindo em encontro ao meu corpo. Logo mais será noite e nada de encontrar Katniss ou a Vila dos Vitoriosos, ou o que seja.

Continuo seguindo em frente e dobro em outra rua, agora a minha esquerda e me vejo no escuro. A rua inteira é iluminada por apenas um poste, mas percebo uma movimentação. Apresso o passo novamente até chegar perto de alguém a quem eu possa perguntar o caminho para a Vila, mas algo me diz que nada aqui nesta rua é bom.

– Com licença – começo a dizer e então a mulher próxima a mim se vira, mascando um chiclete o qual ela cospe em seguida e me avalia com o olhar. Fito-a um pouco assustada, mas continuo mesmo assim. - Você sabe como eu posso...

– Você é novata? - pergunta, me lançando um olhar de deboche. Continuo sem entender o que ela quer dizer.

– Novata?

Olho para os lados em busca de resposta e vejo outras mulheres nos encarando e algumas delas vem em nossa direção. Começo a pensar que vou ser assaltada, mas não tenho nada além dos meus sapatos que possam ser levados de mim. Então me lembro do teste de gravidez que ainda carrego na mão e o seguro firme.

– Sabe – a mulher passa a língua nos lábios – a chefa não vai gostar de intrusas no território.

A mulher lança um olhar com interesse no tubinho do teste e então olha para mim novamente, rindo.

– Você precisa de aparelhos para funcionar?

– Eu não estou entendendo.

– Continuem andando! - ouço uma voz autoritária atrás de mim e a moça que antes falava comigo, apressou o passo até um homem que vinha no início da rua. Acompanho-a com o olhar até vê-la, dentro de poucos instantes, aos beijos com o homem.

E é então que a minha ficha cai.

– Eu disse continuem andando! - grita a mulher novamente, agora olhando para mim.

Começo a andar a passos apressados na direção contrária a mulher.

– Não estou interessada nos seus negócios! - grito de volta e começo a correr, sem olhar para trás. Vou me lembrar de não mais passar por esta rua. Muito menos Haymitch.

Continuo correndo com os sapatos numa mão e o tubinho do teste na outra, sem olhar por onde estou passando. Minha barriga faz um barulho estranho e percebo que estou com fome. Praticamente não comi absolutamente nada desde que acordei, pois o almoço mal entrou e já fez o favor de sair.

Volto a uma rua mais aberta e iluminada, porém nem sinal de movimento. Olho ao meu redor e vejo as luzes das casas começando a acender. O medo começa a tomar conta de mim e sinto meus olhos lacrimejarem. Sussurro o nome de Haymitch, esperando que ele me ouça, mas sei que nem se eu gritar alguém irá me ouvir. Meu ânimo começa a ir embora e começo a acreditar que não vou chegar a Vila.

Sento-me na calçada, tentando descansar os pés, sentindo-os queimar. Penso em colocar os sapatos, mas sei que será pior, então desisto e permaneço sentada. Apoio as mãos no chão e encosto a cabeça nos meus joelhos, me concentrando apenas em que caminho deverei seguir depois.

Ouço passos vindos em minha direção. E não apenas de uma pessoa.

Levanto a cabeça apenas a tempo de ver o homem roubando o tubinho da minha mão e correndo. Sem pensar em mais nada, corro atrás dele, entrando por uma rua e outra. Preciso daquele tubinho. Preciso dele para mostrar a Haymitch!

Pouco tempo depois sinto uma mão segurar meu braço e outra tapando a minha boca, impedindo-me de gritar (“calada, calada” murmura uma voz masculina que me deixa com mais medo que eu já estava). Meus olhos são vendados e, enquanto me debato tentando me soltar, alguém vai me empurrando para onde eu acredito ser uma casa.

Sou largada quando chego dentro do local e, como não fui amarrada, tiro a venda dos olhos e me vejo de frente a dois homens altos e morenos que, para a minha surpresa, me encaram também assustados.

Minha respiração está ofegante e preciso de tempo para poder falar.

– Vejam só – digo e respiro novamente. Passo a mão na testa e percebo que estou suando. - Eu estou perdida. Eu não tenho telefone, nem dinheiro...

– Ela é uma policial! - exclama um dos homens o qual reconheço como idiota.

– Ela não é policial! - diz outro, vindo dos fundos. É quando percebo que estou numa espécie de oficina. O cheiro de óleo impregna o ar e a vontade de vomitar me consome, mas consigo controlá-la. - Ela é a gostosa dos Jogos Vorazes! - de repente um homem um pouco mais baixo que eu aparece e mostra uma página de um jornal sobre o terceiro massacre quaternário. Imediatamente me reconheço no meu tão amado vestido de borboletas.

– Eu não sou policial! Eu sou... - me interrompo antes de continuar e começo a gesticular, deixando claro o meu nervosismo. Aponto para a minha foto. - a gostosa dos Jogos Vorazes.

O homem que até então estava calado começa a me estudar e o medo volta a me atormentar. Estou presa numa oficina com três assaltantes e um deles acabara de me roubar o

tubinho do teste. Além de assaltantes, devem ter algum problema mental, porque meus sapatos são caros.

Todos ficamos em silêncio e eu passo a língua nos lábios, tentando encontrar uma forma de sair aqui. Parece impossível agora. Não consigo pensar em nada.

– Não sei se vocês vão me entender – começo, arriscando contar tudo que puder e persuadi-los – mas a “gostosa dos Jogos Vorazes” está grávida e – olho em direção ao tubinho e o homem calado, que estava com ele na mão também olha – bom, você – aponto o indicador para ele – roubou o meu teste de gravidez cheio de xixi.

O homem me lança um olhar de nojo e afrouxa o aperto no tubinho, entregando-me. Balanço a cabeça, agradecendo-o e, percebendo que estou conseguindo o que quero, prossigo:

– Eu ficaria muito feliz se vocês me deixassem ir, porque eu acabei de descobrir isso e preciso contar a notícia. Então – acrescento – vão assaltar alguém que tenha o que lhes oferecer, porque eu não tenho absolutamente nada além do meu filho – pouso a mão na barriga e noto os três me olharem com pena – então vão roubar outra, porque eu não tenho nada mesmo, sério.

Eles continuam me encarando e não sei se isso quer dizer que posso ir ou não. Olho de um para outro e eles parecem estar refletindo sobre o que eu falei.

– Então eu vou... – aponto para trás, onde acredito ser a saída daquele lugar e para a minha surpresa eles balançam a cabeça, concordando comigo. Como induzida pelo que fizeram, balanço a cabeça também, saindo logo em seguida. Quando chego na rua, corro um pouco só para garantir que eles não virão atrás de mim.

Continuo seguindo em frente, mas não demoro a ouvir um barulho de muitas pessoas conversando. Ouço risadas altas e acredito que esteja ocorrendo algum tipo de festa por perto. É quando sigo o som e, de repente, me vejo de frente a um bar. Paro por alguns instantes de frente ao estabelecimento, tentando encontrar algum nome, mas não encontro nada. É apenas uma casa qualquer onde é diferenciada pelo fato de ter um grande número de homens dentro, bebendo.

Sou tomada, então, pela visão de Haymitch dentro deste bar. E é isto o que me faz entrar. Talvez alguém o conheça ou – não, não pode ser – ele esteja realmente aí.

Entro e sou tomada pelo cheiro extremamente forte de álcool e suor que domina o ambiente. Para todos os lados que olho, surgem mais e mais homens e mulheres com garrafas ou copos com bebida. Isso me faz lembrar das vezes em que tentei ingerir algum tipo de bebida alcóolica, mas não conseguia, e Haymitch sempre aparecia para rir da minha cara.

Ele não faz ideia de como estou sentindo falta dele agora.

Por um momento não sei como perguntar como voltarei para Vila. Não faço ideia a quem perguntar, até que vejo uma escada que leva ao andar de cima. Acreditando que esteja tudo mais tranquilo, vou subindo aos poucos, sabendo que ninguém lá embaixo notou minha presença. Estão ocupados demais com suas bebidas.

Ao chegar ao andar de cima, percebo que estava enganada em relação a agitação e vejo a mesma situação do andar de baixo. Reviro os olhos e caminho em direção ao bar, sentando-me num banquinho.

– Quanto é a água? - pergunto para a moça do bar apenas por perguntar e dou de ombros.

– Água é grátis, querida – ela responde, sem me olhar nos olhos, pois está servindo outros fregueses que estão sentados ao meu lado. Um deles prende seu olhar em mim e desvio o meu imediatamente.

– Ótimo – digo. - Me dê um copo.

A moça me entrega um copo e eu bebo tudo de uma vez só. Coloco o copo de volta e percebo que o homem ainda olha para mim.

– Não está afim de ir lá fora, gata? - ele diz quase no meu ouvido.

– Ah, ótima ideia – respondo. - Você fica aqui! - e o empurro de volta para o banquinho, procurando uma saída.

Saio por uma porta e me vejo numa varanda com uma escada. Ótimo, digo para mim mesma. Não vou precisar passar por aqueles bêbados lá embaixo de novo!

Começo a descer os degraus, sentindo novamente a brisa batendo contra o meu corpo, quando sou surpreendida com uma voz que conheço muito bem. Paro subitamente ao ouvi-la.

– Effie! - é a voz dele.

Paro subitamente onde estou e vejo Haymitch no pé da escada, me olhando de uma maneira assustada. Sinto meu estômago revirar e apresso o passo até pular em seus braços. Largo meus sapatos no chão e mantenho o tubinho ainda na minha mão. Meus olhos enchem-se de lágrimas e aos poucos deixo-as caírem pela minha face.

– Ainda bem – sussurro, apertando o abraço e sinto que ele também me abraça forte.

– O que você estava fazendo aqui? - pergunta, ainda me abraçando. Afundo meu rosto no seu ombro.

– Eu me perdi – respondo e percebo que ele prende o riso. - Não encontrei a Katniss e...

– Ela está bem – Haymitch me interrompe. - Ela voltou e nos disse que tinha perdido você e então viemos correndo procurar a bolinha cor-de-rosa, que hoje nem está cor-de-rosa.

– Mas que vai virar uma bolinha já, já – completo, aproveitando a oportunidade. Haymitch, sem entender exatamente o que eu quis dizer, se afasta um pouco para me fitar.

Levanto a mão, mostrando-lhe o tubinho do teste e imediatamente ele entende o meu recado.

– Haymitch Abernathy – começo a dizer, abrindo um sorriso em meio as minhas lágrimas. Respiro fundo e continuo – Você vai ser papai!


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Notas finais do capítulo

EITAAAAAA!

E agora? Qual vai ser a reação do Haymitch? Será que ele vai gostar, gente? Ou será que não? UHSFOIWUQHFOIUQWEFHIOWUEFH

Confesso que fui um pouco má em terminar o capítulo aí, mas enfim, vocês pediram pra alongar e é isso o que a tia Lovett ta fazendo xD

Mas vamos lá... gostaram? Não gostaram? Querem me matar mais ainda? Não me matem, por favor xD

Enfim, amorecos... deixem a opinião de vocês :D