JohnLock e o grande caso. escrita por WeepingAngeldb


Capítulo 6
eu... Te amo, ok?


Notas iniciais do capítulo

A partir daqui, os capítulos serão um pouco maior, são momentos finais e algumas coisas precisam de muitas linhas para serem explicadas. Como sempre, ligue sua imaginação realista e use-a. Boa leitura.



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–Esse homem! –John passou a mão onde Sherlock havia passado a dele antes.
John estava meio desatualizado sobre esse caso, mas estava de bem com isso, no momento se pegava mais pensando nos beijos de Sherlock. Resolveu comer um pedaço de pizza, que essa hora já deve estar fria.
Após algumas horas John acordou, por um desequilíbrio de seu pescoço, na poltrona. Ele olhou no relógio e já era tarde. Percebeu que Holmes ainda não saiu do quarto. Levantou e bateu na porta de leve.
–Sherly! Você está bem? Sher... -John viu a porta se abrindo. A luz estava apagada e só se via um brilho fraco da luz de fora. Mesmo no escuro dava pra enxergar os cachos de Sherlock na parede.
–Você está bem?
–Entre e feche a porta, John.
John fez. Estava andando lentamente em direção á Sherlock se preparando pra fazer mais perguntas, quando de repente sentiu uma força o empurrando para a cama e em cima um calor humano passava por ele. Arrepiou-se ao sentir polegares entrando de baixo de sua camisa, se estremeceu ao sentir lábios macios passando pelo seu pescoço. Ele estava gelado pelo susto, e depois de um tempo sem reação levantou suas mãos de doutor e enroscou nos cachos do homem que encontrara no escuro. Sherlock tinha a pele tão macia, parecia um pêssego e o doutor estava aproveitando isso. Do jeito que o detetive é imprevisível, essa pode ser a 1° e ultima vez que vai ter o prazer de tocá-lo. Depois de tanta intensidade, de amasso e de beijos o fogo finalmente parecia ter esfriado.
–Eu não canso de ser surpreendido por você, Sherl. –falou isso logo após ter recuperado o fôlego.
John estava deitado de lado, olhando para Sherlock, fazendo carinhos. Sherlock por sua vez estava deitado de barriga pra cima, com as mãos sobre o queixo
–Adoro te surpreender –tentou esconder seu sorriso apaixonado.
O coração de John com certeza bateu mais rápido, era tão difícil Sherlock demonstrar qualquer afeto.
–Eu posso falar uma coisa?
–Claro.
–Eu não tinha certeza desse sentimento e eu nunca tinha parado pra ver se ele era real. Quando você me beijou no beco, ele se assumiu.
–Sim?
–Sherlock Holmes, eu... Amo você!
Holmes nunca ouviu seu nome e amor na mesma frase sem ter uma negação no meio. Ele se assustou, ficou piscando os olhos rapidamente, não sabia o que dizer. A única coisa que conseguiu falar foi:
–Ok, está certo.
–Que? Eu digo que te... Quer saber, boa noite! –John levantou do aconchego da cama de Sherlock e saiu pela porta. –Sua máquina! –gritou de seu quarto.
Sherlock ficou na cama, acendeu um cigarro e ficou olhando pro nada pensando “Como diabos eu deveria responder á isso?”. Depois de muito pensar sobre a declaração de seu ‘amigo’, pegou novamente a habilitação “Vincent seu danado, o que você tem contra mim? Seu pequeno psicopata.”.
Vincent era psicótico, ele odiava Sherlock, era um dos que mandavam ameaças anônimas.
Holmes analisou mais a carteira e viu onde foi impressa, ele iria até lá amanhã. Adormeceu sentado na cama...
–Bom dia raio de sol! –John abriu todas as janelas –olha o que eu resolvi trazer para o meu detetive –trouxera uma bandeja com um café da manhã bem servido.
–Droga, essa luz nos meus olhos!... Tem muita comida nessa bandeja, você está esperando um convite.
–Você é um maldito! Ainda estou brabo com você –por mais brabo que Watson estava por causa da indelicadeza de Holmes, ele soltou um sorriso.
–Venha então! Sente-se ao meu lado meu doutor. –isso estava na mente de Sherlock, ele soltou acidentalmente enquanto tomava um gole do chá.
–Sério? –riu
–Que horas são?
–São sete horas da manhã.
–O que? Você me acordou cedo assim? Só não vou voltar á dormir porque tenho algo pra fazer.
–Só não vai voltar á dormir porque eu não vou deixar. Está um dia lindo e você não vai ficar na cama.
–Que seja. Eu tenho que ir á um lugar, uma auto-escola. Quando mais cedo resolver esse caso, mais cedo vou ter tempo pra gente... Outra coisa.
–Por que é tão difícil pra você admitir?
–Porque eu odeio! Você sabe que minha mente é muito capacitada. Eu entendo de praticamente tudo, mas quando se trata de você... Do que eu sinto por você, ela fica confusa.
–Isso é bom! –sorriu e seus olhos brilharam.
–Você vem comigo?
–Se você me permitir.
–Você sempre pode. A sua presença é importantíssima, seja no que for.
–É bom ouvir isso.
Após terem terminado o café, se arrumaram e seguiram para o endereço que Sherlock encontrou na habilitação. Chegando lá, não parecia ser uma auto-escola, estava com cara de loja de estoques.
–Olá! Com licença –Holmes se direcionou á um funcionário com grandes caixas nas mãos. –Á quanto tempo essa loja existe?
–Ela existe há pelo menos três anos, mas estou aqui á dois.
–Você sabe o que era antes?
–Não tenho certeza, parecia ser uma escola de idiomas.
–Certo. Obrigado pelo seu tempo.
Saíram andando lentamente, e Sherlock parecia estar pensando no que fazer a seguir.
–Sherlock! Tive uma idéia. Posso te levar ao centro de especialidades onde Viveash trabalha, ou trabalhava.
–Finalmente algo iluminador! –Holmes beijou a testa de John –Vamos então!
A parte em que Viveash trabalhava era o centro de especialidades, ele atuava na oftalmologia, como o turno dele ainda não começou, Sherlock conseguiu entrar no consultório dele.
–Temos que analisar rápido Sherl, o turno dele começa em meia hora.
–Eu só preciso de alguns minutos.
Holmes começou a observar tudo nos pequenos detalhes. Ele abriu o notebook do oftalmologista e no histórico havia inúmeros acessos ao seu blog e de seu amigo. Isso foi um pouco assustador, ele é um stalker e tanto.
–Faça o que tem que fazer, vou olhar a porta. –John saiu meio agoniado.
O detetive estava olhando os emails, e Vincent acabou de receber um e-mail meio suspeito de uma mulher chamada Elizabeth que dizia “Temos um problema em mãos Sr. Viveash. Ele sabe. Me contate o quanto antes.” Pode parecer algo relacionado ao trabalho, mas Sherlock sabia que isso era algo suspeito.
–John!
John abriu a porta e olhou para Holmes.
–Sim?
–Até que horas é o turno de Viveash?
–Até ás três da tarde.
–Ok!
Sherlock marcou o e-mail como não lido, analisou os outros e-mails, mas todos eram apenas sobre trabalho, o único que lhe chamou a atenção foi o de Elizabeth. Deixou tudo como estava e saiu pela porta, foram em direção á entrada.
–Sherlock! –John puxou Holmes até uma sala vazia de vacinas –Vincent está na entrada.
–Finalmente verei pessoalmente aquele que me stalkeia.
Sherlock saiu andando devagar e parou a um metro de Vincent que estava falando com a recepcionista. Vincent notou a presença de um homem alto com um longo sobretudo e virou lentamente, parece que já sabia quem era apenas pela silhueta que viu pelo canto dos olhos.
–Você! O que está fazendo aqui?
–Eu vim fazer uma visita ao meu oftalmologista, meus olhos são sensíveis.
–Eles são claros como os meus, é preciso de um cuidado maior.
–Não é isso seu estúpido!... Não, desculpa pela parte rude. Podemos ir até sua sala?
–Não. Você não é bem vindo.
–Quer ter um jantar comigo?
–O que? Você deve estar com problemas de visão, realmente. Oi! Eu não sou John Watson!
Sherlock franziu a testa. Viu que a conversa teria que ser ali mesmo, no meio da sala de recepção.
–Como está seu diamante? Seguro?
–Como... você sabe?
–Você é um péssimo stalker.
–E o seu diamante? Como está? Seguro? Agora está, provavelmente.
–Que diamante?
–Aquele baixinho na sala de vacinas, won –fez uma cara de deboche –ele é tão indefeso, fica de baixo das asas de seu melhor amigo e namorado Sherlock Holmes.
Uma raiva tomou conta de Holmes, ele se aproximou de Vincent tentando intimidá-lo.
–Você não ouse chegar perto de John, nem mesmo pense em fazer algo á ele.
Vincent desviou de Sherlock, deu alguns passos e virou pra trás fazendo um rosto irônico.
–Nunca será uma arma com você, Holmes. –saiu andando balançando seu crachá.
John viu que a conversa terminou, e saiu da sala andando em direção a Sherlock. Este que olhava aquele doce homem andando em sua direção, mesmo com todo seu histórico, das coisas que viveu, ele parecia tão inofensivo e indefeso. Holmes deixou cair uma lágrima.
–Sherly, o que aconteceu? –John não ligou pras pessoas passando em volta dos dois, e o abraçou.
–Nunca saia de perto de mim, eu sempre vou precisar de você –outra lágrima caiu.
–Olha pra mim, olha! Eu prometo á você que eu nunca sairei do seu lado. Você é a pessoa mais importante na minha vida. Eu fiz minha escolha muito tempo atrás e eu nunca vou te deixar. Agora quer, por favor, parar de chorar, não quero passar vexame chorando também, no meio do centro de especialidades.
–Eu não consigo dizer o que você quer ouvir, não estou preparado. Me desculpe! –Sherlock limpou as lágrimas.
–Tome seu tempo. Não precisa pensar nisso agora. –lançou um sorriso acolhedor e o ajudou limpar as lágrimas.
Eles pegaram um táxi para casa. Sherlock foi quieto olhando pra janela, sua mente, pela primeira vez, parecia estar vazia. E John estava um pouco preocupado, ele não estava muito interessado nesse caso, mas depois dessa reação de seu ‘amigo’ ele queria saber um pouco mais sobre o que estava acontecendo. Eles não falaram nada na viajem e logo estavam no clima agradável do lar.
–Hoje eu não vou trabalhar, tirei o dia de folga. Podemos fazer o que quiser.
–Eu quero conversar com você.
–Claro! O que quiser.
–Você como mais ninguém sabe que eu não sei lidar com sentimentos, nunca demonstrei ter algum. Você só com seu jeito vem me ensinado aos poucos lidar com eles. Eu sei lidar com tudo menos com isso. Por favor, John, -se ajoelhou e se apoiou nos joelhos de John –me ajuda a lidar com eles?
–Você sempre foi sozinho é por isso que não sabe lidar com eles, nem mesmo sabia que tinha. Eu sei que está confuso, querido –passou as mãos no cabelo encaracolado do homem de joelhos, que deitou sobre suas pernas –eu sempre vou te ajudar, entenda isso.
–Eu estou notando diferenças no meu comportamento, os sentimentos que eu achei que não existiam estão se revelando aos poucos. Hoje chamei Viveash de estúpido sem querer, isso pode ter prejudicado um pouco nosso dialogo, mas ele me deixou irritado. Estou sentindo minha pele mais sensível, eu nunca soltei lágrimas como hoje desde o dia em que o BarbaRuiva... Se foi.
John levantou Sherlock do chão tentando reanimá-lo.
–Pelo amor de deus, Sherlock –colocou suas mãos no rosto quente de seu amado –eu... Te amo, ok? Eu amo você. Eu espero um dia ter isso de volta, espero realmente que você consiga responder á isso, eu aguardo o tempo que for, sou paciente. Você só está conhecendo seu lado humano e vai ter que se acostumar e se adaptar com isso, eu vou te ajudar.
John não disse mais nada e beijou o homem á sua frente.
–Vamos para o quarto? –Sherlock falou sorrindo, meio sem jeito.
–Claro!
Eles se sentaram um do lado do outro e começaram a papear sobre os casos engraçados que resolveram juntos, deram boas risadas.
–Eu tenho uma coisa pra te dar –Sherlock levantou e pegou uma caixa no guarda roupa.
–O que é? –John se ajeitou na cama, curioso.
–Abra!
Era uma caixa pequena embrulhada em papel de presente, Watson a abriu cuidadosamente. Um porta retrato com pequenas lupas desenhadas e uma foto dos dois.
–Ai meu deus! Sherlock! Da onde tirou isso? –riu alto.
–Eu achei em um site de uma boate que você me obrigou á ir aquele dia, se lembra?
–É claro que eu me lembro! Jesus! Olha a minha cara de bêbado –riu mais –a sua careta, Sherlock!
–Hey! Não tire sarro! –riu.
–Eu gostei muito! Mas por que me deu isso?
–A Sra. Hudson veio com o porta retrato e disse pra eu achar uma foto bonita de nós dois juntos. Percebi que nós não temos fotos juntos e lembrei desse dia, eles sempre tiram fotos pra colocarem nos sites. Pesquisei e achei rapidamente. Feliz aniversário! –abraçou John.
–Obrigado! Mas meu aniversário é só amanhã.
–Ah, John, eu aprendi a nunca deixar as coisas para amanhã.
–Eu gostei muito!
–Que bom. Eu não tinha idéia do que comprar pra você!
–Eu sei!
Alguém bateu na porta interrompendo o momento.


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Notas finais do capítulo

Então gente, como ficou o capitulo? Fico muito feliz quando vocês demonstram que gostaram. Comentem! E muito obrigado por ler!



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