Right Now escrita por Mrs Loki, amanda c


Capítulo 4
Consequências


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!! Aqui é a Bia ( :
A Mands escreveu 600 palavras desse capítulo e eu escrevi o resto u_u kkkkk
Esperamos que gostem e não nos matem, senão a fic fica sem fim u_u
Beijos :3



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"Too young, too dumb to realize

That I should've bought you flowers and held your hand

Should've give you all my hours when I had the chance"

– Bruno Mars

Talvez estava naquela posição há horas, mas não estava me importando com absolutamente nada. Meus joelhos já estavam implorando por clemência, enquanto eu estava ajoelhado no chão duro de meu quarto. Meu corpo todo estava dolorido, sem nenhum tipo de força para levantar os braços ou as pernas para sair daquela posição.

Eu me sentia um completo idiota. Um inútil!

Abri os olhos, que estavam cansados de tanto chorar e olhei ao redor. O quarto todo estava bagunçado, uma verdadeira zona, com papeis, roupas e moveis sobre o chão. E eu não movi um músculo para mudar aquilo, por mim eu iria definhar naquela posição, apenas na espera calorosa da morte.

Meus pensamentos eram exagerados, mas nada mais do que o abraço quente da morte era capaz de me trazer conforto naquele momento, em que tudo havia sido tirado de mim. As verdades mentirosas que Valerie dizia para mim foram tiradas a força de meu peito, me fazendo enxergar a dura e real verdade.

Ela nunca gostou de mim. Ela nunca me amou. E eu, idiota, achava que ela sentia o mesmo! Ela ficou com você por pena. Minha consciência sussurrou sadicamente. Fechei as mãos em punho e tentei respirar.

Engoli em seco e consegui me levantar, arrancando a camisa que protegia o meu peitoral. Caminhei em passos lentos, quase rastejantes, em direção ao banheiro e lá retirei o restante da roupa. Abri a torneira deixando a água encher a banheira e me sentei na beirada da mesma nu, sentindo o toque frio e duro do mármore em minha pele.

Eu não conseguia entender os motivos de Valerie para chegar à isso. Talvez a minha ausência tenha afetado-a mais do que eu pudesse imaginar. Era doloroso demais imaginar que eu não teria mais um motivo bom para acordar todos os dias com um sorriso no rosto, era doloroso demais pensar que Valerie não era minha e apenas minha, me amando de corpo e alma, como eu a amava; era doloroso demais cogitar que o "felizes para sempre" realmente não se passava de palavras de filmes da Disney.

Ao ver a banheira coberta por água quente entrei na mesma, sentindo meus músculos aos pouco se amolecerem e minha pele se acostumar com a temperatura de baixo d'água.

Eu me sentia em uma espiral de emoções, sendo arrastado por elas. Não conseguia mais racionar.

Fechei os olhos e deixei meu corpo escorregar para mais fundo da banheira, fazendo minha cabeça ficar submersa.

Por breves momentos quis ficar ali por toda a eternidade, sem mais respirar, sem mais me mover, sem mais sentir meu coração bater. Mas então o ar se fez falta e tive que voltar para a superfície, me sentindo um completo inútil, estéreo, sem capacidade até mesmo de dar amor para a pessoa que mais ama.

Eu fui só um problema na vida dela, certamente. Ela nunca me quis por perto, nunca precisou da minha presença. Estúpido! Imbecil! Devia tê-la deixado em paz.

Depois de ensaboar o meu corpo, ignorando as várias vezes que os sabonetes caiam para fora da banheira terminei o meu banho e me levantei, quase caindo ao pisar em um sabonete molhado. Me segurei na pia, para não cair e olhei para o meu reflexo, respirando fundo e fechando os punhos sobre a pia de mármore branco.

Abaixei a cabeça e depois de alguns minutos, quando finalmente senti que o frio fora da água estava incomodando, abri os olhos, mas me arrependi de tal ato assim que avistei o anel brilhoso em meu anelar. Trinquei os dentes e olhei para cima e por um breve relance jurei ver os lindos e esverdeados olhos de Valerie.

Fechei o punho e soquei o vidro, que se despedaçou em vários pedaços, cortando minha mão, punho e pés. Urrei de dor e raiva e abri a torneira, lavando o sangue que caía por minha mão. Fiz um rápido curativo e sai do banheiro desejando voltar a chorar como uma criança que havia acabado de perder o brinquedo favorito.

Ignorei a dor que estava sentindo nos cortes, que notei terem alguns pedaços de cacos de vidro, e me concentrei em alguns pensamentos, pensamentos sobre Valerie, sobre mim e sobre Thomas, aquele que havia conquistado a garota que eu havia amado mais do que qualquer outra.

Ao lembrar de Thomas, desejei poder socá-lo, acabar com a raça daquele filho da puta! Ele a tirou de mim! O que ele tinha que eu não tinha? Porque ela o preferiu? Eu precisava tanto de uma explicação! Precisava entender a razão de ela ter feito aquilo comigo, o motivo pelo qual ela me trocou.

Eu tive a sorte de tê-la por um ano, mas ele terá a sorte de tê-la daqui em diante, e isso me deixava enfurecido. Deitei na cama, ainda enrolado na toalha, e fiquei encarando o teto. Tentava ao máximo que podia segurar o fluxo de memórias que corria por minha mente. Apenas tentava não pensar nela.

Senti meu coração dar um pulo ao ouvir meu celular tocando. Era ela! Ela iria me explicar o que houve, iria dizer que foi tudo um engano. Peguei o celular apressadamente e senti meu coração ficar comprimido ao perceber que era Harold.

— Oi? - Perguntei emburrado.

— Oi cara, como você está? - Ele questionou e eu bufei, revirando-me na cama. Suspirei e disse:

— Estou bem - aquilo era uma grande mentira. Eu não estava bem. Estava saturado. Sentia minhas forças sendo sugadas, enquanto meu coração implorava por misericórdia. Pude sentir meus olhos arderem e me remexi na cama, tentando livrar-me daquelas sensações.

— Eu fiquei sabendo sobre a Valerie - mordi o lábio inferior e disse, de supetão:

— Eu tenho que desligar, Harold - não esperei resposta, apenas desliguei o celular e permaneci imóvel na cama. Minha mão doía, mas eu sentia meu peito em chamas. Grunhi irritado e olhei-me no espelho.

Virei-me na cama e peguei o celular novamente, olhei para a tela por alguns instantes e entrei nos contatos. Eu não podia mais fugir daquilo. Valerie nunca foi quem eu pensei que ela era, tudo foi uma mentira e eu precisava dar um fim àquilo. Suspirei e apertei um botão, ouvindo o bipe e logo a voz mais adorável do mundo atendendo:

— Alô? - Ela questionou e eu senti meu coração acelerar, mesmo aos frangalhos.

— Sou eu - disse simplesmente, esperando que ela soubesse quem era.

— Zach - pude sentir uma espécie da alívio em sua voz e ela prosseguiu: — Eu preciso falar com você - pediu impaciente, mas eu não iria deixar aquilo acontecer:

— Não, eu preciso falar com você - disse simplesmente: — Não dá mais, Valerie. Eu achei que você era diferente, mas obviamente eu estava errado - senti meu coração comprimir ainda mais ao dizer aquilo, e logo depois o som repetido do bipe invadiu meu ouvido. A ligação havia caído.

Eu me sentia um idiota. Não deveria ter insistido tanto, deveria tê-la deixado em paz... Olhei em volta e suspirei resignadamente.

Peguei o celular novamente e disquei o número de Perrie, desejando mais do que tudo que ela atendesse...


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Notas finais do capítulo

E então? Muito bravas :x
Comentem, recomendem!!!!