Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 39
Ordem da Fênix- Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

oláááá, o cap ta meio pequeno, mas eu to postando mesmo assim pq semana que vem eu tenho prova e nao vou ter tempo de escrever, então ia ficar muito tempo sem cap. Enfim, boa leitura!



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Na mesma semana, Harry decidiu voltar com as aulas da AD e, infelizmente, ensinar o feitiço do patrono. Era óbvio que eu não conseguiria fazer, e ninguém esperava que eu aparecesse por lá, afinal eu estava de luto.

Ter a pedra da ressurreição sempre comigo aliviava apenas um pouco o sentimento de perder a minha mãe, afinal eu podia falar com ela, mas ainda assim ela está morta.

– Vocês têm que pensar em uma memória feliz, a mais feliz que tiverem, só assim o feitiço vai funcionar. – Harry nos dizia. – E não tem problema se não conseguirem, ele é bem complicado. – ele andava pela sala. – Lembrem-se, o feitiço só os protege enquanto permanecerem focados na memória.

– Expecto Patronum! – Gina fala e um cavalo prateado sai de sua varinha. Era lindo.

Hermione também consegue, seu patrono era uma lontra, que foi caçado pelo de Rony, um cachorro.

– Tente Ali, você consegue. – Harry me incentiva.

– Fácil falar. – reviro os olhos. Eu estava tentando, porém nada saia de minha varinha. Tento me concentrar em algumas memórias que poderiam funcionar.

Primeiro lembro de quando chegou o grande dia de vir para Hogwarts, eu estava tão ansiosa e tão feliz que quase caí na escada, lembro de levar uma bronca da minha mãe por fazer aquilo.

Ótimo, minha mãe estava na memória, não ia funcionar. Bufo irritada. Isso reduziria as memórias disponíveis. Tento pensar em meu primeiro beijo, realmente aquilo me deixou feliz, mas... Cedrico era quem me beijou, e estava morto também, não funcionou o feitiço.

– Ali, abra os olhos você está quase chorando. – Hermione cutuca meu ombro e eu a olho assustada. Não senti nada, nenhum indício de que eu iria chorar.

– Eu estou bem, obrigada. – falo e volto a tentar lembrar de alguma memória feliz que não envolvesse nem minha família e nem Cedrico.

E então, um tremor atinge a Sala Precisa, fazendo com que todos os espelhos quebrassem. Na entrada, um pequeno buraco abriu e eu fui logo ver quem estava causando tudo, com Nigel e Harry atrás de mim.

Vejo quem menos queria: Umbridge, apontando a varinha para nós, e a Brigada Inquisitorial. Faço gestos para os garotos se afastarem assim que começo a ouvir o feitiço que ela iria lançar na parede.

– Bombarda Máxima! – corro para trás quando as pedras começam a voar em nossa direção. A Sala Precisa tinha sido descoberta e a Armada de Dumbledore também.

Ficamos todos nos encarando com cara de ódio até que Malfoy puxou Cho pelo braço, mostrando como tinha conseguido as informações. Olho Harry com raiva, mas ele já estava encarando-a boquiaberto.

–Peguem todos. – Umbridge dá a ordem aos sonserinos, e Filch, e eles obedecem. Claro que Malfoy faz questão de arrastar meu braço até a saída.

– Eu posso andar sozinha, muito obrigada. – me livro de sua mão em meu braço e ando do seu lado. Idiota.

Chegamos até a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas e eles ficaram barrando a porta para o caso de alguém querer sair. Depois de um tempo, Harry chega com Umbridge e nos fala o que aconteceu na sala do diretor.

– Dumbledore saiu da escola.

– Exatamente, agora eu sou a diretora. – ela fala sorrindo. Arregalo os olhos. Não pode acontecer isso. – Obrigada por capturarem-nos, agora podem ir. – a nova diretora se dirige aos sonserinos e depois olha para nós. – Sentem-se, vou pegar as penas. Ah, e gostaria de que o sr. Potter e a srta. Snow sentassem-se nas primeiras carteiras.

Passei a hora seguinte sorrindo e escrevendo como se nada estivesse acontecendo, nem retorci a mão. Às vezes, olhava de relance para a gárgula e ela estava quase quebrando um lápis que estava em sua mão, isso de raiva ao não ver a dor estampada no meu rosto.

Quando a hora acabou, saímos todos e me deparei com Cho na saída. Fiquei com raiva no olhar e fui até ela, com Hermione na minha cola para eu não fazer nenhuma besteira.

– Feliz agora? – sorrio irônica. – Todos estão com essas malditas cicatrizes nas mãos e você saiu impune, mesmo depois de contar. – mostro a minha mão, que estava com um pouco de sangue ainda saindo da frase. – Eu sabia que não podia confiar em você, mas o Harry estava muito iludido para acreditar em mim. – olho ela da cabeça aos pés e saio. Cho estava a ponto de chorar. Legal, Cho é (cho)rona.

Voltamos cada um para o seu Salão Comunal e no meio do caminho eu percebi que Umbridge já havia providenciando a retirada de todos os quadros da escola. Se Hogwarts já estava difícil de se viver, agora ficaria impossível.

–-------

Estávamos na ponte tentando convencer Harry de que a culpa de todos terem cicatrizes em suas mãos não era culpa dele, mas não estava dando certo.

– Harry, todos tiveram a opção de entrar para a AD ou não, então não foi sua culpa! – falo pela milésima vez e, antes de ele rebates, ouvimos alguém nos chamando. Viramos e vimos Hagrid.

– Venham comigo. – o grandão fala e nós o seguimos até a Floresta. Na verdade, nós fomos para o meio da Floresta.

– Alguém sabe para onde estamos indo? – Rony, na minha frente, pergunta.

– Hagrid, por que não pode nos contar? – Harry pergunta para ele, mas é ignorado.

Vimos alguns centauros passarem furiosos. Hagrid comentou que estão assim por causa da redução do território deles, e que se o Ministério continuar fazendo isso terá uma rebelião nas mãos.

– Hagrid o que foi? – Hermione fala direta.

– Me desculpem por ser tão misterioso. Eu nem incomodaria vocês quatro, mas é que agora que Dumbledore se foi, eu posso ser despedido a qualquer momento. – ele encara seus dedos. – E eu não poderia ir embora sem contar para alguém sobre ele.

E então, eu olho para o lado e vejo um gigante sentado. Literalmente um gigante, com quase 6 metros! Ele era estranho, parecia desajeitado e não nos viu no início, o que resultou nele quase pisando em nós quando levantou.

– Grope! – Hagrid chama o gigante pelo como se fosse um bebê. – Trouxe companhia.

Agora sim, o gigante, Grope, nos vê e corre em nossa direção, e nós vamos andando o mais depressa que podemos para trás, até que a corda em sua barriga se estica ao máximo e ele para.

– Eu não poderia deixa-lo lá porque... ele é meu irmão. – olho sem entender nada para Hagrid. – Bem, meio irmão na verdade, e é inofensivo!

O gigante abaixou a cabeça e começou a farejar-nos e encarar Hermione e eu. Para a infelicidade de Hermione, ela tropeça em uma raiz de árvore e é pega por Grope.

– Grope isso não é educado! – Hagrid repreende. – Nós já conversamos sobre isso!

– Faça alguma coisa! – Rony fala quando ela grita.

– Ela é sua nova amiga, coloque-a no chão. – Hagrid tenta e Rony sai correndo com um galho em mãos, em direção à perna do gigante, e tudo para nada, pois o objeto se quebra com o impacto.

Rio baixinho quando Rony levou um chute de leve do Grope.

– GROPE! – Hermione fala mandona. – Me põe no chão. Agora. – ela continua pausadamente e o irmão de Hagrid obedece, mesmo hesitante.

– Você está bem? – o ruivo pergunta assim que ela para ao nosso lado.

– Estou sim, ele só tem um punho forte, apenas.

– Acho que você ganhou um admirador. – Harry comenta.

– Fique longe dela, ok? – Rony fala alto com a voz fina.

– Rony, essa voz não deu medo nem em uma borboleta. – digo a ele e sou empurrada.

Depois de revirar algumas coisas por ali, Grope trouxe um guidão de bicicleta para Hermione e tocou o sino. Quando entregou a ela, ficou esperando ela tocar de volta, e só quando Hermione tocou, ele finalmente sentou.

– Ele consegue a comida sozinho, só vai precisar de companhia quando eu me for. Vão cuidar dele, não vão? Eu sou a única família que ele tem.

– Nós vamos sim Hagrid. – digo rapidamente e sorrio.

–-------

Eu descobri que a torre de astronomia, quando vazia, é um ótimo lugar para se pensar. Ainda mais agora que eu tenho a pedra da ressureição, eu preciso de um lugar vazio para falar com a minha mãe e não me chamarem de maluca, já que só eu consigo vê-la.

– Mãe, sério, está um pesadelo aqui! A Umbridge é a diretora agora, é horrível. – reclamo para o fantasma de minha mãe.

– Calma, isso tudo vai passar. – ela sorri. Uma lágrima escorre pelo meu rosto. Sempre acontece isso quando eu lembro que ela não é real, e que ela está morta. – Não chore querida, por favor. Tem conversado com seu pai?

– Não, só mandei uma carta desde que Greyback te matou. – falo o nome do lobisomem com ódio.

Sempre achei que eu odiasse os sonserinos como Malfoy, Zambini, Crabbe, Goyle e Pansy, mas agora que isso aconteceu, percebi que odiar é diferente de detestar. Exemplo, eu detesto o Malfoy e odeio o Greyback.

– Você precisa falar com ele, seu pai precisa de você. Ele está sofrendo tanto quando você, se não pior, já que não tem essa pedra. – minha mãe me dá bronca.

– Ok, eu falo com ele. – escuto alguns passos subindo a escada. – Tem alguém vindo.

Não solto a pedra da minha mão e fico apoiada na grade da torre, fingindo que observava a vista. Escuto um grunhido e viro para ver quem era. Pensando no diabo...

– Veio me dedurar para a Umbridge? – reviro os olhos para Malfoy, que vem do meu lado.

– Não, vim aqui para pensar, mas aparentemente chegaram primeiro. – ele se apoia na grade também. Fico encarando. – O que?

– Vai ficar aqui? Eu cheguei primeiro! – falo como se fosse óbvio.

Ouço um pigarreio.

– Algum problema? – Umbridge nos encara, parada no topo da escada. – Sr. Malfoy, se quiser, você tem o poder de dar detenções, é da Brigada Inquisitorial.

Como se fosse reflexo, eu cubro as costas da mão cicatrizada com a outra mão, a direita, que segurava a pedra da ressureição.

– Não, diretora, não temos problema nenhum. – ele olha para mim e eu franzo a testa. – Eu já estava de saída, na verdade. – Malfoy sai e a cara de sapa vai atrás.

Juro que não entendo o que está acontecendo. Primeiro, eu abraço ele chorando e ele não faz nada contra mim. Depois, ele faz com que toda a Armada de Dumbledore seja descoberta e ganhe detenção. E, agora, ele me livra de uma detenção.

Solto um grunhido, frustrada.

– Quem desdenha quer comprar, ainda penso nisso. – minha mãe, ainda vendo a cena, comenta. Reviro os olhos e coloco a pulseira no pulso novamente, fazendo com que ela sumisse e eu desci, indo em direção ao dormitório da Grifinória.

No meio do caminho, vi Fred e Jorge consolando um garoto chamado Michael. O pobrezinho devia ser do primeiro ano e estava chorando com a dor das cicatrizes.

– A dor passa, a nossa já quase passou.

– É, nem dói mais.

Me aproximo e me agacho para ficar da altura do garoto.

– Olha a minha mão, tive que escrever duas frases e já passou! – mostro e o acalmo. – Vai melhorar.

– É isso o que acontece quando as pessoas desobedecem às regras. – Umbridge nos informa, e se dirige principalmente a Harry, que acabara de chegar. Logo que nós a encaramos, ela sai.

– Sabe Jorge, sempre achei que nossos futuros estavam longe do mundo acadêmico.

– Fred, eu estava pensando a mesma coisa. – os dois concordam e trocam os tão conhecidos olhares de “vamos aprontar alguma coisa”.

– Não sei o que estão tramando, mas quero participar. – sorrio.


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Notas finais do capítulo

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