Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 38
Ordem da Fênix- Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

gente era pra ter saído esse cap ha dois dias mas A INTERNET NAO COLABOROU entao nao me culpem, espero que gostem!



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Após esconder tudo o que produzimos para as Gemialidades com os gêmeos, fiquei com Hermione olhando alguns alunos conversando perto do jardim. Olhei para onde ficava a cabana de Hagrid, que ficou abandonada todo o primeiro semestre de aulas graças ao sumiço do gigante, e vi uma fumaça saindo.

– Hermione, eu estou vendo coisas ou tem uma fumaça saindo da chaminé da casa do Hagrid? – aponto para a cabana e ela agarra meu pulso, me puxando.

– Vem vamos avisar Harry e Rony. – ela começa a andar rápido e eu esbarro em Rony. Já o puxo pelo braço também e explico tudo.

Encontramos Harry conversando com Cho e chegamos interrompendo tudo. Que pena.

– Desculpa... – Hermione começa tentando acalmar a respiração de correr.

– Na verdade não. – comento.

– Hagrid voltou. – Rony fala o que estávamos tentando falar e voltamos a andar rapidamente até a cabana do gigante, agora com Harry nos seguindo.

Eu ia abrir a porta escandalosamente, mas Rony me puxou com força e eu acabei caindo. Antes que eu pudesse brigar com ele, o ruivo me mandou ouvir a conversa da cabana.

– Eu exijo que me diga onde esteve! – era a Umbridge. Incrível como eu não senti falta dela no feriado.

– Mas eu já disse, estava cuidando da saúde. – Hagrid tenta convencê-la.

– Da saúde?

– É, tomar um ar fresco sabe?

– Ah claro, para um guarda-caça é bem raro ter ar fresco. – a cara de sapa é sarcástica. – Se eu fosse você, não me acostumaria a estar de volta. Na verdade, eu nem desfaria as malas.

Nos escondemos antes de ela sair, esperamos ela passar um perfume horrível na porta e entramos para falar com Hagrid.

– Isso é segredo, ok? – ele nos alerta enquanto coloca uma carne crua no ferimento. – Dumbledore me mandou para negociar com gigantes.

– Gigantes?! – Hermione fala surpresa. – Você os encontrou?

– Bem, eles não são difíceis de se encontrar, são bem grandes. Tentei convencê-los de se juntarem a nós, mas não fui o único a tentar isso.

– Comensais da morte. – Rony comenta.

– Sim. Estavam tentando fazer eles se juntarem a Você-Sabe-Quem.

– E conseguiram? – Harry pergunta, com medo da resposta.

– Eu dei a mensagem de Dumbledore. Acho que alguns lembram da lealdade dele na última guerra.

– E eles fizeram isso com você? – pergunto me referindo aos machucados.

– Não, isso foi outra coisa. – ele encara o Canino, que estava chorando pela carne, e a joga. – Tome logo isso seu cão mimado.

Nuvens escuras começam a cobrir o céu e um vento entra na cabana. Levantamos até a janela.

– O tempo está mudando Harry, igual a ultima vez. Tem tempestade vindo, e é melhor estarmos prontos para quando ela chegar.

–-----

No dia seguinte após as aulas, os gêmeos, Harry, Hermione, Rony, Gina e eu, estávamos no salão comunal comendo alguns doces que provocavam um tipo de reação. É como se fosse os feijõezinhos de todos os sabores, mas em vez de cada um ter um gosto, cada um fazia algo.

– Para de ser medroso Harry, não vai te matar! – falo rindo dele, que hesitava em comer um.

– O último que eu comi desses, me deixou soltando fumaça pelos ouvidos e fazendo barulho de trem.

– E o meu último foi um golfinho. – digo e olho a neve caindo lá fora. Se eu não tivesse visto, acho que nem perceberia que estava frio, pois estava de pijama composto por uma calça e uma blusa regata junto com uma blusinha que adaptei para o pijama, e tudo isso perto da lareira e rindo, então sim eu estava com calor. Nem com a blusinha eu estava.

Continuamos insistindo e ele come, fazendo o barulho de um sapo. Rimos até nossas barrigas doerem, porque agora tínhamos um motivo real para chamarmos ele de cópia barata da Umbridge.

– Você devia estar com a roupa rosa agora! – Hermione comenta rindo.

– Ia ficar perfeito. – Gina adiciona.

– Esperem um pouco gente. – levanto-me do chão e vou até a janela, vendo minha coruja carregando uma carta. – O que foi Margo? Não é meio tarde para cartas? – faço carinho nela e ela ainda parece triste. – O que aconteceu?

– Talvez você tenha sido expulsa daqui, é do Ministério. – Fred sugere.

– Ha-ha. – falo irônica e abro a carta.

“Srta. Snow,

É com muito pesar que nós a informamos que sua mãe, Adele Delacour Snow, foi morta por um comensal da morte há menos de uma hora. (...)”

Parei de ler nessa parte e o chão parecia ter sido arrancado de meus pés. Minhas mãos começaram a tremer e eu pude sentir o choro vindo.

– Ali? Você está bem? – Hermione é a primeira a perguntar ao ver o meu estado. Engoli o choro e saí correndo do salão o mais rápido que pude.

“Houve uma fuga em massa de Azkaban causada por o notório assassino Sirius Black, e o lobisomem Fenrir Greyback escapou, logo escolhendo sua vítima, que acabou por ser Adele.

Patrick Snow já foi avisado, sentimos muito.

Hopkirk, Mafalda.”

Era como se mil facas estivessem atravessado meu corpo, e nem assim a dor seria comparada. Eu não via para onde estava andando, mas também não havia desabado no choro ainda. Não poderia ser verdade, minha mãe não poderia estar morta.

E então, perto do jardim, esbarro com Malfoy. Ótimo, a melhor coisa que poderia acontecer agora. Ando em sua direção rapidamente.

– Malfoy, você sempre me quis morta certo? – ele me olha como se eu estivesse louca. – Então, aqui está sua chance... – dou um passo para trás. – ... me mate. Agora. Por favor...

– O que aconteceu? – ele fica confuso.

– Só me mate, por favor. – eu começo a chorar e faço gestos impacientes com os braços, fazendo com que ele veja a carta. Mais rápido que eu, ele rouba a carta da minha mão e lê.

– Eu... eu sinto muito. – o sonserino devolve o papel.

Tento me acalmar, mas não consigo e busco conforto na única pessoa que estava ali. Abraço o Malfoy pelo pescoço e começo a chorar em seu pescoço. Após o choque, ele começa a passar a mão no meu cabelo.

Fico alguns minutos assim, até me dar conta do que eu estava fazendo e me desfaço do abraço, saindo andando na direção em que eu seguia antes de encontrá-lo.

Encostei-me a um dos pilares que me separavam do jardim e o frio me atingiu mais. O choque da temperatura, o choque de perder minha mãe e o frio me fizeram desmaiar.

–---

Acordei com Ella me encarando com seus olhos em formas de avelãs, mas tinha uma diferença, parecia que ela estava chorando há alguns minutos. Olhei ao meu redor e vi a tão conhecida Ala Hospitalar. Foi quando, como um soco no estômago, tudo veio a minha cabeça.

– Não foi um pesadelo, não é? – pergunto sentando-me na cama.

– Não. Eles publicaram no Profeta Diário, tanto a fuga quanto a morte da sra. Snow. Sinto muito senhorita. – ela me conforta.

– Eu também. – abraço meus joelhos e volto a chorar. Odeio me sentir fraca e vulnerável, mas parecia que não estava nada dando certo mais.

– Com licença, senhorita. – ouço Ella falar e logo apartar.

– Alissa?

Levanto a cabeça e vejo a professora McGonagall e o diretor no pé da cama. Seco as lágrimas e os encaro.

– Sentimos muito pela sua perda, querida. – McGonagall começa, sentando-se.

– Você perdeu duas pessoas tão importantes para você e em tão pouco tempo... deve estar sendo horrível.

– Você nem imagina diretor. – comento.

– A Madame Pomfrey irá te dar uma poção para dormir, talvez acabe com os pesadelos que você terá e com as noites de insônia também. – Dumbledore continua. – Está liberada para ir ao funeral de sua mãe quando for marcado.

– Obrigada. – digo quase em um sussurro.

– Acho que já está liberada para sair daqui se quiser. – vejo a professora trocando olhares com Madame Pomfrey e ela assentindo. – E pode faltar as aulas se estiver sentindo-se indisposta.

– Eu... eu já vou. – falo. Eles se levantam e viram-se para sair. – Todos estão sabendo do que aconteceu?

– Sim, saiu no Profeta. – ela confirma e sai.

Após mais alguns minutos chorando e me acalmando, decido tomar coragem e ir para o mundo fora da Ala Hospitalar. Evitei olhares durante o caminho e fui o mais rápido que pude para o salão da Grifinória.

Chegando lá, subi até meu quarto e vi cartas em cima da minha cama, todas de meus parentes. Ignorei-as e decidi lidar com aquilo depois. Grande parte das cartas iria perguntar se eu estava bem, o que eu iria responder que sim e seria uma mentira.

Sento-me no chão, encostada na minha cama, na mesma posição que estava quando minha mãe havia me dado a pulseira nas férias, dizendo que tudo seria melhor esse ano. Retiro o acessório do pulso e começo a girar aquela pedra especial, com os olhos fechados, tentando focar meus pensamentos em outra coisa além da minha mãe.

– Abra os olhos Lis, está tudo bem. – abro meus olhos e me assusto.

– Mãe? – encaro aquela figura cinza, parecida com um fantasma, mas nem tanto. Era minha mãe, bem ao meu lado, aparentando igual a Cedrico quando eu o vi no jogo. – O que... Como?

– Sim, eu estou morta. – ela sorri fraco. – Eu vou lhe contar uma história, que tal? Lembra-se do conto dos três irmãos?

– O das relíquias da morte? O que tem ele?

– Lembre-se do segundo irmão, o que possuía...

– A pedra da ressurreição. – termino sua frase e encaro minha pulseira, mais precisamente a pedra diferente de todas as outras. Então foi assim que eu vi Cedrico no jogo, eu arrumei a pulseira debaixo da luva e devo ter virado ela três vezes. E é assim que eu estou vendo-a, eu virei a pedra algumas vezes.

– Você precisa lidar com a dor, mas se for forte demais, pode girar a pedra algumas vezes. – ela me fala.

– Obrigada. – seco as lágrimas restantes que tinham no meu rosto e levanto. – Fique perto de mim, está bem?

Ela assente com a cabeça e eu solto a pulseira, não conseguindo mais vê-la. Coloco o uniforme e vou até a aula, me sentindo melhor. Infelizmente, não sabia que era aula da Umbridge. Mesmo assim, cheguei alguns minutos atrasada e fui alvo de olhares. Ignorei e me dirigi até o lugar vazio ao lado de Hermione.

– Eu sinto muito. – ela fala assim que me sento. Rony e Harry, na mesa de trás, falam a mesma coisa. Murmuro um “obrigada” e tento prestar atenção em Umbrigde, nem sei para que.

A aula teórica seguia normalmente, até que Simas se manifestou.

– Não vamos mesmo usar varinhas? Nem agora que teve uma fuga em massa de Azkaban? – ele da ênfase na palavra massa.

– Ele pediu desculpas e se juntou à AD. – Hermione sussurra.

– A fuga de Azkaban está sob controle do Ministério, logo os acharemos. E os que fugiram não fizeram nenhum estrago tão grande e nem ajudaram Black por enquanto.

– Não fizeram nenhum estrago tão grande? – ecoo com tom de indignação. – Então a morte da minha mãe não foi um estrago grande? Uma morte não é considerada um estrago grande?

– A morte da sua mãe foi apenas coincidida com a fuga, não teve nada a ver. – ela tenta me convencer com aquele sorriso.

– ELA FOI ASSASSINADA PELO LOBISOMEM QUE FUGIU! – bato na mesa e grito. Controlo meu tom de voz e volto a retrucar. – A própria Mafalda Hopkirk escreveu isso professora, só você e o ministro não aceitam que Voldemort voltou e que ele está reunindo os comensais!

– CHEGA! – ela se exalta e grita com a voz fina. Percebi que havia pronunciado o nome de Você-Sabe-Quem durante meu momento de raiva. – Me encontre de tarde em minha sala para sua detenção.

– Com todo prazer. Já que estou em detenção, acho que não irá se importar se eu sair dessa reunião que você chama de aula. – me levanto e levo meu material.

Como se não bastasse a dor emocional, agora teria uma física para me preocupar também.

–-------

Mais tarde, fui até o escritório da Umbridge. Era horrível, todo rosa e com pelo menos trinta quadros de gatos na parede. Também tinha, claro, um bule de chá e xícaras, e o chá era rosa. Observei um canto perto da lareira dela e estavam todas as caixas das Gemialidades Weasley que ela tinha confiscado.

– Boa tarde, sente-se. – ela oferece a cadeira na frente de sua mesa e, quando eu me sento, ela lembra uma coisa. – Ah, antes de começarmos gostaria de comunicar que não acho saudável você ir ao enterro de sua mãe, poderia afetar você psicologicamente de um jeito irreversível. – ela sorri e eu percebo que meu punho havia se fechado. A gárgula empurra um pergaminho e a pena que nos dá cicatriz. – Pode começar.

Concentro-me todo o tempo em não deixar a dor transparecer, não iria dar esse gostinho a ela, porém escrevi devagar porque uma hora eu comecei a não aguentar mais os cortes nas costas da minha mão.

Quando fui liberada, esperei sair do escritório para começar a esfregar a região com a frase “Eu não devo contar mentiras”. Um dia, Umbridge iria pagar pelo que ela faz com todos nós.


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Notas finais do capítulo

nao me matem e deixem uma review!



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