Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 36
Ordem da Fênix- Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

olááááá, voltei rapidinho mesmo com apenas UMA review. Enfim, espero que gostem do cap



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Até o final do dia, Fred, Jorge e eu conseguimos fazer algumas amostras do Kit-Mata-Aula, agora só faltava testar em algumas pessoas, que claro, seriam voluntárias.

– Precisamos ter certeza da duração do efeito antes de começar a realmente vender, então precisamos de voluntários para nos ajudar. Alguém disponível? – falo para alguns primeiranistas que estavam por ali. – Lembrem-se, se vocês nos ajudarem agora, terão um Kit-Mata-Aula para os próximos anos. – algumas pessoas levantam a mão, oferecendo-se. – Ótimo, sigam-me.

Claro, também fiz um cartaz para colocar na parede se mais alguém quisesse participar. Levei os alunos até onde estávamos com os doces e pedi para que os gêmeos os separassem para cada doce do kit: Vomitilhas, Febricolate, Nuga Sangra-Nariz e Fantasias Debilitantes, causando vômito, febre, sangramento do nariz e desmaio, respectivamente.

– O que você acha que está fazendo?! – Hermione, que virou monitora, chegou furiosa.

– Testes.

– Com alunos?!

– Voluntários. – pontuo. – Ai Mione, finge que não viu a gente, nós estamos bem no canto mesmo.

– Se vocês me meterem em problemas...

– Não vamos, são apenas testes. – vejo que um garoto fica pálido demais, mas não desmaia. Pego Hermione pelos braços e a arrasto dali. – Você não precisa ver aquilo.

– Não machuca eles.

– Não vou. – sorrio e penso “não intencionalmente”. Vejo Harry sentado encarando a lareira. – Harry, como foi a detenção? Quero detalhes para o caso de ela pegar os gêmeos e eu em flagrante.

– Foi... ok. – ele esconde uma mão embaixo de um livro. Franzo a testa e Hermione percebeu também.

– Harry o que tem com a sua mão? – ela pergunta e ele mostra a outra.

– Não tem nada, está normal.

– A outra. – ela insiste e ele continua negando.

– Deixe-me ver. – puxo o pulso dele, sem paciência, e vejo uma nova cicatriz escrita “eu não devo contar mentiras”. Arregalo os olhos. – Harry... o que ela fez?

– Você tem que contar ao Dumbledore. – Rony chegou e viu a cicatriz também.

– Ela é maluca!

– Hermione, que ela é maluca nós já sabemos desde o primeiro dia. Mas eu não vou contar ao Dumbledore, ele já tem problemas demais na cabeça.

–-----

Logo pela manhã, estava tomando café no Salão Principal quando escuto ecos de uma Umbridge bem irritada conversando com McGonagall. Levanto-me rapidamente e chego até as escadas fora do Salão, fico junto com os outros alunos que observavam.

– O que você está insinuando? – Umbridge disse com a voz irritada.

– Eu só estou dizendo que, quando se diz aos meus alunos, você tem que seguir as práticas permitidas.

– Me parece que você está questionando meus métodos de ensino, Minerva. – ela sobe um degrau para ficar a altura da outra professora.

– Nem um pouco, Dolores. – McGonagall sobe um degrau também. – Mas estou falando de seus métodos medievais!

– Me desculpe, mas questionar meus métodos é questionar o Ministério, e assim, questionar o próprio ministro. Eu sou uma pessoa tolerante, mas uma coisa que eu não posso tolerar é deslealdade.

– Deslealdade? – McGonagall desce o degrau e fala como se não acreditasse no que a cara-de-sapa estivesse falando. Umbridge sobe mais um degrau.

– As coisas em Hogwarts estão piores do que eu temia. Cornélio terá que agir imediatamente. – ela fala dirigindo-se a nós, alunos, e sobe para sua sala.

Mais tarde, enquanto saíamos de uma aula, vimos Filch com uma escada imensa, prego e martelo em mãos. Ele também carregava uma caixinha de avisos. O zelador subiu na escada e colocou o aviso centralizado na parede.

– Isso não pode estar acontecendo... – falo baixinho enquanto leio o aviso.

“Decreto Educacional Nº23: Dolores Umbridge é nomeada como Alta Inquisidora de Hogwarts.”

–------

A semana seguinte tinha sido um inferno. Em todas as aulas, a gárgula (novo apelido da Umbridge) estava interrogando os professores, irritando cada um deles.

Como se isso não bastasse, ela conseguiu comprar uma briga com os gêmeos e comigo, quando confiscou TODOS os produtos da Gemialidades Weasley! E eu não me refiro a uma caixa ou duas, mas sim a, pelo menos, doze. Além disso, ela colocou uma nova placa de que todos os produtos da loja estariam proibidos e que, quem os possuísse, os teria confiscado. Diversas placas de regras surgiram nas paredes, a cada hora parecia que mais uma surgia, estava ficando insuportável viver em Hogwarts desse jeito.

E então, durante uma troca de aula, Umbridge conseguiu fazer o escândalo que queria, e sua vítima foi a professora Trelawney. Bem no meio do pátio externo, a professora e suas malas foram colocadas lá por Filch. Todos os alunos foram ver o que estava acontecendo, e todos em silêncio. A professora chorava com a humilhação.

Umbridge finalmente chegou e andou em sua direção.

– Dezesseis... Por dezesseis anos eu tenho ensinado em Hogwarts e a escola tem sido meu lar... não pode me expulsar assim. – Trelawney falava entre o choro.

– Na verdade, eu posso.

McGonagall passa correndo até a professora que estava chorando para consolá-la.

– Há alguma coisa que queira dizer, querida? – a cara de sapa pergunta para a professora McGonagall.

– Há muitas coisas que gostaria de dizer.

As portas para Hogwarts se abrem e Dumbledore chega, chamando ainda mais atenção de todos.

– Professora McGonagall, por favor, leve Sibila para dentro de novo. – consigo ver o tique no olho da Umbridge quando a autoridade dela significou nada perto da de Dumbledore.

– Obrigada! Muito, muito obrigada. – Trelawney falava entre os choros enquanto entrava.

– Dumbledore, preciso lembrá-lo que de acordo com o Decreto Educacional nº23, como Alta Inquisidora...

– Você tem o direito de demitir professores, e não de expulsá-los da escola. Isso, apenas o diretor pode fazer.

– Por enquanto. – ela responde e eles se encaram por um tempo.

– E vocês? – Dumbledore dirige-se a nós. – Não têm que estar na aula?

Aos poucos, todos se dispersam e eu vejo Harry tentando alcançar o diretor para conversar com ele, já que Harry tem sido ignorado todo o ano letivo e não faz ideia do por que.

Como só tínhamos mais uma aula depois do ocorrido com a professora Trelawney, logo estávamos no nosso Salão Comunal conversando. E xingando a professora.

– Aquela maldita gárgula! Não estamos nem aprendendo a passar nos NOM’s desse jeito. Ela assumiu toda a escola! – Hermione diz brava, andando de um lado para o outro.

Eu estava ao lado de uma mesinha, roendo minhas unhas, quando ouvi o rádio dali funcionar. Não achei que ele realmente funcionasse.

A segurança tem sido e continuará sendo prioridade do Ministério. – Harry aumenta o volume. – Além disso, temos provas muito convincentes de que todos os desaparecimentos são culpa do notório assassino em massa Sirius Black.

Desligo aquilo antes que eu jogasse o aparelho na parede. O Ministério estava se fazendo de burro ao tentar convencer todos os bruxos de que Sirius é o culpado por tudo o que anda acontecendo.

– Psstt. – ouvimos um barulho vindo da lareira. Nos aproximamos e vimos Sirius.

– Não achei que o negócio da lareira funcionasse. – comento. – Oi Almofadinhas.

– Você poderia me chamar de Sirius.

– Eu sei, mas gosto mais do apelido.

– Chega vocês dois. – Harry interrompe. – O que aconteceu?

– Vim responder sua carta. Você disse que Umbridge te preocupa, o que ela faz? Obrigam vocês a matarem mestiços?

– Não, ela não nos deixa usar magia.

– Isso não me surpreende. Pelo que sei, Fudge não quer vocês treinados para o combate.

– Combate? O que ele acha? Que estamos formando um exército? – Rony pergunta.

– É exatamente o que ele pensa, que Dumbledore está formando um exército para tomar o Ministério. Ele fica mais paranoico a cada minuto. – ponho a mão na testa, não acreditando que Sirius está realmente dizendo aquilo. – Os outros não querem que eu conte a você Harry, mas as coisas não vão nada bem aqui na Ordem. Fudge omite a verdade sempre que pode, e Voldemort está agindo, na última vez tudo começou com os desaparecimentos.

– O que podemos fazer?

– Eu sugeriria... espere, tem alguém vindo. Falo com vocês depois, boa sorte. – ele desaparece e uma mão gorda tapeia exatamente onde ele estava. Ficamos em silencio até a mão sumir.

– Umbridge. – bufo.

– Acho que sei o que Sirius diria. – Hermione se levanta e volta a andar de um lado para o outro. – Diria para aprendermos a nos defendermos sozinhos. Se não a gárgula não vai nos ensinar, precisamos de alguém que ensine. – ela se vira para Harry e o encara.

– Não, de jeito nenhum. – ele balança a cabeça já sabendo onde ela queria chegar.

– Harry, por favor! Você precisa nos ensinar a nos defendermos! E algumas pessoas de Hogwarts com certeza viriam.

– Eu vou pensar.

– Você vai dar as aulas, já se decidiu. – comento.

– Eu disse que vou pensar!

– Harry, toda vez que você diz “vou pensar” é porque você já decidiu, mas quer fazer drama. – continuo irritando-o.

– Chata. – ele faz uma careta pra mim e volta a falar com Hermione. – Ok, eu vou tentar dar as aulas.

–-------

Não muitos dias depois, fomos para Hogsmeade e marcamos com algumas pessoas de nos encontrarmos no Cabeça de Javali.

– Lugarzinho maneiro. – Rony comenta vendo a entrada e nós subimos para esperar as pessoas chegarem. Sentei-me em uma cadeira e sentei em cima da minha perna para ficar mais confortável.

Depois de uns dez a quinze minutos, as pessoas que chamamos vieram. Tinham cerca de 22 pessoas e todas esperando para ver o que nós quatro tínhamos a dizer.

Hermione se levanta para começar a falar, mas fica em pé um tempinho pensando como começar.

– Oi. – ela fala com todas as pessoas olhando para ela. – Bem, todos que estão aqui porque precisam de um professor que tenha experiência em se defender das artes das trevas.

– Por quê? – um garoto pergunta arrogante.

– Porque Você-Sabe-Quem voltou, seu idiota. – Rony, tão delicado quanto eu, responde.

– É o que ele diz. – o garoto aponta com a cabeça para Harry.

– E Dumbledore diz. – Hermione tenta argumentar.

– Dumbledore só diz isso porque ele diz. O ponto é, cadê a prova?

– A prova está no meu namorado morto por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. – sorrio irônica para ele.

– Talvez Potter pudesse nos dizer mais como Cedrico Diggory morreu. – outro menino entra no assunto.

– Eu não vou falar sobre Cedrico, se é por isso que estão aqui então deveriam ir embora agora. – Harry se intromete e vira para Hermione. – Vamos embora, eles só vieram para ver se eu sou uma aberração.

– É verdade que você consegue conjurar o feitiço do Patrono? – Luna pergunta, interrompendo-o. Ele vacila ao responder e Hermione fala em seu lugar.

– É sim, eu já vi.

– Uau Harry, não sabia que podia conjurar esse. – Dino comenta e eu sorrio, estava funcionando.

– E ele matou um basilisco com a espada do escritório de Dumbledore. – Neville lembra e eu estremeço só de pensar naquela criatura.

– Também derrotou uns 100 dementadores de uma vez só. – Rony ajuda.

– E ano passado lutou com o próprio Você-Sabe-Quem. – complemento.

– Esperem. – ele nos interrompe. – Olha, soa incrível quando todos falam assim, mas... a verdade é que a maioria foi sorte. Na maioria eu não sabia o que estava fazendo e quase sempre tive ajuda.

– Ele está sendo modesto. – Hermione comenta.

– Não, não estou. – Harry volta a falar. – Lutar com essas coisas na vida real não é como na escola. Na escola se você errar, você pode tentar de novo no dia seguinte, mas lá fora, quando você está a um segundo de ser morto ou ver um amigo morrer diante de seus olhos... vocês não sabem como é. – ele se senta de novo.

– Tem razão Harry, não sabemos. – Hermione senta-se também. – É por isso que precisamos de sua ajuda, porque é só assim que teremos alguma chance de derrotarmos... Voldemort.

– Ele realmente voltou, não é? – um aluno mais novo, acho que se chamava Nigel, perguntou. Harry afirma com a cabeça.

E então, colocamos um pergaminho com o título de “Armada de Dumbledore” para todos se inscreverem. Surpreendentemente, todos ali colocaram seus nomes. No caminho de volta para Hogwarts, viemos discutindo sobre a Armada.

– Primeiro, precisamos de um lugar para treinarmos e que Umbridge não nos ache.

– O Caldeirão Furado? – Gina sugere.

– Muito pequeno.

– A floresta? – sugiro.

– Lá eu não volto. – Rony fala com medo.

– Harry, o que acontece se a Umbridge descobrir? – Gina pergunta preocupada.

– Quem se importa?! – Hermione fala animada. – Digo, é legal não é? Quebrar as regras?

– Quem é você e o que fez com Hermione Granger? – pergunto retoricamente e rio.

– Tanto faz, pelo menos temos um ponto positivo de hoje.

– Qual? – Harry diz curioso.

– Cho não tirou os olhos de você. – ela sorri e ele também. Olho para Gina e reviro os olhos.

– Certo. – ele fala depois de um tempo. – Então nos próximos dias temos que descobrir lugares para podermos praticar sem sermos descobertos. Quem tiver sugestões, só dizer.

Mais tarde, uma outra placa foi colocada na parede. “Todas as equipes estudantis estão dissolvidas.”. Obviamente que isso não afetou em nada, continuamos a procura de um lugar para treinarmos.

–-----

Apesar de tudo acontecendo com a Umbridge, o Quadribol ainda estava de pé, só que sem Harry, Fred ou Jorge, pois eles tiveram suas vassouras confiscadas. Angelina era a capitã esse ano, e ela estava muito estressada. Ninguém poderia culpa-la, tadinha, a cara de sapa não estava facilitando nada.

Hoje teria um jogo, o clássico Sonserina contra Grifinória. Gina, que era a reserva de apanhadora, jogaria no lugar de Harry. Mal podia esperar para finalmente jogar com ela, queria ver a ruiva em campo.

O jogo começou e logo peguei a goles. Sempre que eu estava em campo, eu deixava tudo de lado, era como se apagasse as minhas memórias e ali fosse a única coisa que eu teria que fazer na vida.

Marco o primeiro gol e ouço o comentarista comemorar junto com a multidão. Sempre reparei que toda a vez que a Sonserina joga, as Casas se juntam para torcer contra.

Enquanto voava, a pulseira que minha mãe havia me dado nas férias começou a incomodar e, rapidamente, dei uma ajeitada na luva para arrumar o acessório. Continuei voando para o meio do campo, atrás de alguns sonserinos que possuíam a goles, quando de repente eu paralisei.

Devia estar ficando louca, era a única explicação razoável para eu ver Cedrico, como se fosse um fantasma, na arquibancada dos professores. Fiquei encarando-o para tentar parar de vê-lo alguma hora, e deixei em segundo plano todos os barulhos que eu ouvia e tudo o que eu via além dele.

Olhei por um segundo para o comentarista e o vi gritando alguma coisa, acabei voltando a dar atenção para os barulhos que estavam ao meu redor, e as únicas coisas que ouvi foram: meu nome e algo cortando o vento rapidamente, atingindo meu estômago.

Fui lançada para fora de minha vassoura e para baixo por um balaço que os batedores não conseguiram rebater e que eu estava distraída demais, tendo devaneios com meu ex-namorado, para perceber que ele vinha em minha direção. Conforme fui diminuindo a altura, bati a cabeça em alguma coisa de metal e desmaiei.


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Notas finais do capítulo

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