Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 37
Ordem da Fênix- Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

olááá, demorei um pouquinho mas é porque tava faltando um pouco de criatividade. Espero que gostem!



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Acordo na enfermaria com uma baita dor de cabeça. Olho para o lado da cama e vejo Madame Pomfrey vindo em minha direção.

– Não se mexa! – ela briga comigo enquanto eu me arrumava para sentar na cama. – Vai te dar tontura, então fique deitada. Antes que comece com as perguntas, seus amigos já vieram te ver, junto com toda a escola, e eu expulsei todos.

– Mas...

– Sem mas, você vê eles depois. – ela me entrega um copo com uma poção. Faço uma careta. – Bebe logo, vai passar a dor de cabeça e depois de uns minutos você vai poder ir para o seu Salão Comunal. – ela ia saindo, mas voltou. – Até alguns sonserinos vieram te ver, sua queda foi bem feia.

– Sonserinos? Uau. – rio fraco depois de beber a poção. – Se o Malfoy estava aqui, aposto que veio para terminar de me matar.

– Por isso expulsei todos. – ela ri também e vai embora.

Espero os dez minutos e saio da Ala Hospitalar, ainda com um pouco de dor de cabeça, porém feliz de que todos vieram ver como eu estava, parece que se importam comigo. Sorrio sozinha.

Estava cruzando um corredor e sou puxada pelo braço por alguém. Me assusto e me livro da mão da pessoa, só para ver depois que era Hermione.

– Merlin, você me matou do coração!

– Desculpa. Primeiro de tudo, você está melhor? Quase morreu lá no campo. Quadribol é bárbaro.

– Foi um acidente, já estou melhor.

– Ótimo, e você tem que vir comigo, Neville achou um lugar para nós treinarmos. – ela sussurra para o caso de alguém ouvir.

– Isso é ótimo! Aonde que fica? – falo animada.

– Te levo lá, vamos. – ela anda na minha frente e chegamos ao sétimo andar. Paramos em frente de uma parede e ela fechou os olhos, como se estivesse se concentrando. De repente, uma porta gigante surgiu aos poucos e nós entramos no que parecia realmente uma sala de treino.

– É a sala precisa, não é? – pergunto quase certa.

– Sim, ela aparece equipada com a coisa que você mais precisa. – ela confirma e eu vejo que toda a turma da Armada estava lá, já praticando o feitiço Expelliarmus em duplas.

– Gostou do lugar? – Harry surgiu do meu lado.

– É perfeito! E a Umbridge nunca vai descobrir, certo?

– Temos que tomar cuidado para ninguém ver a gente entrando aqui.

– Ah, mas fora isso vai ser difícil ela descobrir. – dou de ombros e pego minha varinha. – Hermione, você vai ser minha dupla, vamos.

Treinamos um pouco, o que foi até engraçado, levando em conta que nós duas éramos muito boas em feitiços e o Expelliarmus era um dos mais fáceis que existiam. Bem, Neville não achava tão fácil, na verdade estava tendo dificuldades para executar o feitiço.

Conforme os dias foram passando, Harry foi aumentando o nível dos feitiços, até que chegamos no Estupefaça. Iria adorar chamar aquele menino que ficou interrogando sobre Cedrico para ser minha dupla, poderia lança-lo longe.

Harry escolheu Nigel para fazer a demonstração do feitiço, o que acabou fazendo com que o garoto mais novo fosse jogado para trás, mas passou bem. Depois, Hermione e Rony foram praticar o Estupefaça.

– Eu vou pegar leve com você, não se preocupe. – Rony fala para ela antes de começarem. Ouço Jorge apostando um sicle que Rony ganharia. Coitado, apostaria tudo em Hermione, mas não consegui falar a tempo.

– Estupefaça! – Hermione fala concentrada e o ruivo é jogado para trás, igual Nigel foi. Aplaudo e todas as garotas também.

– Ótimo, agora com suas duplas, se juntem para fazer o feitiço aqui no meio mesmo. Acho que podem ser duas duplas ao mesmo tempo. – Harry comenta e eu vou até ele.

– Posso causar? Causar de um jeito bom, vou ajudar eles.

– Quando que você não faz uma cena? – ele revirou aqueles olhos verdes, como sempre, e eu espero as pessoas começarem a lançar os feitiços.

Assim que um deles ia lançar o “Estupefaça”, eu decido gritar. Harry, que estava do meu lado, tapou os ouvidos o mais rápido que pôde, já os outros ficaram me encarando.

– Parabéns, todos pararam quando eu gritei, agora estão mortos. – sorrio para eles e alguns franzem a testa. – Não adianta tanto vocês saberem executar todos os feitiços e não conseguirem se concentrar em um duelo de verdade. Acham que não terão pessoas gritando na guerra? Ou acham que ninguém que vocês amam morrerá na sua frente? – alguns se entreolham e me encaram de novo, com medo do que eu disse se tornasse realidade. – Vocês têm que se concentrar, é a única regra.

Eles voltam a treinar e eu decido que, nas próximas reuniões da Armada, eu iria me intrometer em tudo. Harry chega ao meu lado.

– Primeiro: da próxima vez fique do lado de outra pessoa quando for gritar, toda vez você fica do meu lado e eu fico mais surdo. – sorrio e peço desculpas. – Segundo: brilhante ideia, sério.

– Obrigada. – pego a minha varinha. – Agora vem, quero derrotar meu novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

– Você não vai conseguir... – ele fala pegando a varinha dele também. Me posiciono no meio quando uma dupla libera.

– Quer apostar? Quem perder vai ter que se vestir de rosa e imitar a Umbridge, mas no nosso salão comunal, se não ela nos deixa uma cicatriz. – sugiro.

– Fechado.

...

Mais tarde, no nosso salão comunal, Harry pigarreia de um jeito muito estranho, chamando a atenção de todos.

Harry, claro, brincou com fogo e se arrependeu. Agora, ele estava com as roupas mais rosas que conseguimos achar, em cima de uma mesinha e cumprindo a aposta.

– Queridos, atenção. Magia? Pra que! Não há nada lá fora, vocês são muito bobinhos de acreditarem nisso! – ele fala com uma voz muito fina. Todos que estavam ali riem. – Estão rindo do que? Eu sou a Alta Inquisidora, posso falar e fazer o que quiser! – ele faz olhares apaixonados. – Oh Cornélio, minha lealdade é sua.

–------

– Todos os alunos suspeitos de alguma infração serão interrogados.

– Se alunos quiserem ganhar pontos extras, é só se juntar à Brigada Inquisitorial.

E essas foram as frases ouvidas por nós no decorrer da semana. Acontece que, a Brigada Inquisitorial acabou sendo um grupo de sonserinos que nos odeiam, achando um motivo para tirar nossos pontos. Ah, e Filch estava na Brigada também, ele é apaixonado pela Umbridge.

Na verdade, descobrir isso foi muito útil porque assim pudemos usar os novos produtos da Gemialidades Weasley, camuflados em bombons de coração todos rosa, no Filch. Sendo completamente honesta, nós não tínhamos testado antes de aplicar nele.

Toda semana, pelo menos um dia, nós íamos até a Sala Precisa treinarmos. Agora, com a Brigada Inquisitorial, tínhamos tomado mais cuidado para não sermos vistos entrando ou saindo dali, do contrário, teríamos problemas.

Agora, algumas pessoas já estavam em níveis diferentes de feitiços, então ficamos divididos em grupos. Eu estava com Gina e mais algumas pessoas treinando com um boneco. Tudo corria bem, até que a ruiva lançou um Reducto no boneco e o reduziu a pó.

– Me lembre de nunca mais irritar você. – comento vendo o estado do boneco.

– Expelliarmus! – ouço Neville dizer, ainda tentando esse feitiço, e finalmente conseguindo. Nos reunimos ao redor dele, dando parabéns pela evolução.

– Muito boa a aula gente, todos evoluíram muito desde o começo. Mas, só iremos nos reunir depois das festas. Até lá então. – Harry fala a todos e nós o aplaudimos. Ele estava muito melhor do que a Umbridge. Na verdade, qualquer um é melhor que a gárgula.

Fomos saindo aos poucos, até que sobraram apenas Gina, que ficou parada na porta vacilando a sair, os gêmeos, que quiseram falar com Harry sobre alguma coisa das Gemialidades e levaram uma resposta grossa, Cho, que estava encarando o espelho para a foto do meu ex namorado, e eu, que puxava Gina para fora.

– Vem Gina, você não vai querer ficar aqui para ver isso. E você sabe o que vai acontecer. – peguei o braço dela e a puxei para fora. – Eu sinto muito, acredite ele estaria melhor com você do que com aquela sonsa.

– Tomei uma decisão. – ela fala depois de um tempo, quando estamos quase no nosso salão comunal. – Não vou mais esperar ele reparar em mim, não existe só ele no mundo.

– Isso mesmo. – dou meu voto de confiança. – Só que não desista totalmente, ele é meio lerdo, mas vai acabar percebendo o que está estampado na sua cara.

– Não está estampado! Agora quieta, meu irmão está vindo. – ela me dá um tapa no braço e eu olho procurando a qual irmão ela se referia. Vejo Rony vindo.

– Cadê o Harry?

– Aonde você acha? Ficou na Sala Precisa... com a Cho. – respondo e Gina sai andando. Vou com Rony até Hermione, que estava nos sofás.

– Ele precisa chegar logo, quero saber das coisas. – Rony se joga no sofá.

– Você está parecendo uma velha fofoqueira, Ronald. – Hermione comenta e eu rio.

– Oi. – Harry chega com um sorriso bobo no rosto. Ele se senta em um banco mais perto da lareira.

– E aí, como foi? – Rony logo pergunta.

– Molhado. – ele responde e nós ficamos encarando-o por um tempo. – Ela estava chorando.

– Era de se esperar que uns beijinhos a animassem. – o ruivo comenta.

– Não é de se espantar. Ela tem estado um caos ultimamente. – Hermione comenta e nós não fazemos ideia do que ela fala. – Não conseguem ver? Ela está confusa por sentir isso por Harry, triste por Cedrico... – reviro os olhos e bufo. – ... e com medo da mãe ser demitida no trabalho.

– Uau. Alguém pode sentir isso tudo?

– Claro Ronald, só o seu coração é de pedra. – ela rebate e nós começamos a rir. Assim, do nada.

Ficamos conversando por mais um tempo e depois subimos para dormir.

–------

No dia seguinte, os Weasley’s não estavam mais lá. De algum jeito, Harry sonhou que Arthur Weasley estava sendo atacado e, de fato, ele tinha sido. Imediatamente, foi levado para o hospital St. Mungus e voltaria para casa no Natal (não muito longe).

Falando em Natal, mandei a carta para meus pais pedindo para passar o Natal e o feriado com os ruivos. Recebi a resposta e era um sim. Aparentemente, o aniversário de casamento deles tinha passado e eles queriam comemorar nesses dias sem mim.

Ah, e os poucos dias que faltavam para o Natal, Harry começou a surtar por causa do sonho. E iria começar com aulas de Oclumência, que é aquilo que bloqueia outras pessoas de invadir sua mente fazer o que bem entender. Você-Sabe-Quem costumava utilizar isso para enlouquecer, controlar, suas vítimas.

É, eu leio bastante sobre esses encantamentos difíceis.

...

Bem, depois de poucos dias, nós fomos até a casa do Sirius e era linda. Quer dizer, estava bem empoeirada, mas ainda assim era grande e eu achei bonita.

Era quase fim de tarde quando chegamos ao Lago Grimmauld e a sra. Weasley ainda não tinha chegado com seu marido, porém os filhos estavam todos lá agora que o pior já tinha passado.

Subo com Hermione, que estava me mostrando os quartos, e escolhemos um quarto para dividir. Logo me irritei de ficar ali arrumando as coisas e resolvi descer para procurar os gêmeos.

– Então, estão no clima para fazer coisas da Gemialidades ou não? – paro na frente deles, que estavam sentados em um sofá fazendo nada.

– Ainda não. – Jorge responde brincando com os dedos. Reviro os olhos.

– Como vão os encrenqueiros de Hogwarts? – Sirius chega.

– Oi Sirius. – os gêmeos falam juntos.

– Oi Almofadinhas. – eu falei junto a eles também, mas pelo apelido. É muito bom saber que conheço um maroto.

– O que você acabou de falar? – Fred fica me encarando confuso, e Jorge faz o mesmo.

– Vocês não sabiam que Sirius é um dos marotos? – eles ainda ficam boquiabertos. – Os marotos, aqueles que criaram o Mapa.

– Nós sabemos quem eles são, mas como... quando... – Jorge fica alternando o olhar para Sirius e para mim.

– Eu vou deixar você sozinha nessa Alissa, boa sorte. – o Black sai rindo. Maldito.

– Sirius é o Almofadinhas. – começo por aí.

– Desde quando você sabe?

– E quem são os outros?

– Um de cada vez. – paro as perguntas. – O pai de Harry era o Pontas, o Remo é o Aluado e Pettigrew é o Rabicho.

– Pettigrew? – Fred ecoa o que eu falo e eu confirmo. – Quem é esse?

– Seu antigo rato, o Perebas. – eles abriram mais ainda boca. – Vai entrar mosca, fechem a boca. E não surtem.

– Nós vamos te matar. – eles dizem em uníssono e, graças a Merlin, a srta. Weasley chega com o pai deles, e isso os distrai.

Nos juntamos todos na mesa de jantar e Molly Weasley, após colocar o sr. Weasley e sua cadeira de rodas na ponta da mesa, começou a distribuir os presentes. Fiquei imensamente surpresa quando ganhei um suéter azul claro com um “A” bordado em dourado.

– É lindo sra. Weasley, obrigada. – sorrio.

– Imagina querida. Agora vamos, todos comendo antes que esfrie!

A obedecemos, sem muita hesitação. A comida de Natal é provavelmente a melhor que tem durante o ano todo, e olha que eu amo qualquer comida. Claro, menos brócolis, porque ninguém é obrigado a comer aquilo.

Assim que terminamos de jantar, os gêmeos e eu fomos produzir mais coisas para a Gemialidades, e acabamos passando todo o feriado fazendo isso.


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Notas finais do capítulo

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