Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 18
Câmara Secreta- Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Demorei né, mas aqui estou eu com um novo cap! Leiam as notas finais por favorrrr



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Quando todos os alunos voltaram do feriado, os gêmeos e eu resolvemos atacar o salão das cobras após um dia de compras na Zonko’s, a melhor loja para quem gosta de aprontar.

Pego a capa de invisibilidade de Harry emprestada e saio com Fred e Jorge, armada com algumas bombas-bosta e algumas de tinta também, em direção ao salão comunal. Chegando à parede de pedras, digo a mesma senha que Malfoy disse há três dias e algumas pedras se mexem, abrindo caminho para o salão vazio, graças ao horário de almoço.

– Vamos lá rapazes, hora de diversão. – tiro a capa da invisibilidade que estava sobre nós e saio em direção aos quartos das meninas, enquanto Jorge vai ao dos meninos e Fred fica na salinha.

Começo pelo quarto das meninas do sétimo ano, jogando algumas bombas de tinta nas camas e paredes; no sexto ano, misturo uma bomba-bosta com duas de tinta azuis, e assim vou seguindo até chegar ao quarto do segundo ano. Lá, eu realmente faço a festa com as bombas-bosta, jogando elas não só nas camas como também nas malas. No primeiro ano eu realmente não abusei muito, coitadas.

Sorrio satisfeita ao ver o estrago que fiz nos quartos e faço uma careta com o cheiro horrível. Desço as escadas até a sala e encontro Fred se divertindo, jogando bombas de tinta nas paredes, no tapete, nas mesinhas e bombas-bosta nos sofás e cadeiras. Jorge desce logo depois de mim, também tapando o nariz por causa do cheiro, mas rindo do estado que o salão comunal havia ficado.

Tentamos sair o mais rápido possível, usando a capa da invisibilidade até chegarmos perto do salão comunal da Grifinória. Logo que entramos, vemos uma confusão acontecendo no quarto dos garotos do 2º ano. Nos aproximamos e vimos todas as coisas de Harry reviradas.

– Alguma coisa sumiu? – Hermione pergunta, bem próxima dele.

– O diário de Tom Riddle. Ah, e minha capa.

– Ahn... Eu peguei a capa emprestada. – saio do fundo, mostro o pano e jogo pra ele. Sorrio amarelo. – Obrigada.

Harry apenas revira os olhos e começa a arrumar a bagunça.

– Arruma tudo antes do Quadribol hein, hoje tem jogo contra a lufa-lufa. – continuo antes de sair do quarto dos meninos.

– Ei, o que você estava fazendo com a minha capa?

Hesito, mas invento alguma coisa rápida. – Eu não disse que peguei emprestada, eu disse que a achei lá embaixo e a trouxe para cima.

Harry semicerra os olhos e eu saio de fininho para me arrumar com calma para o jogo de hoje.

Mais tarde, já na tenda da Grifinória, Wood nos dizia que com certeza ganharíamos da Lufa-Lufa, uma vez que estamos mais treinados do que eles e, como Jorge bem disse, estão morrendo de medo de chegar perto do Harry.

Realmente, tinha que admitir que as chances da Grifinória ganhar eram altas. Mas, infelizmente, o jogo nunca aconteceu. Ao invés disso, Harry, Rony e eu fomos chamados para irmos com a McGonagall ver uma coisa, que no caso era para irmos até a ala hospitalar para ver nossa melhor amiga petrificada.

Sim, Hermione foi atacada.

Assim que entrei na ala hospitalar e vi minha amiga naquele estado, arregalei os olhos e levei minha mão a boca, em estado de choque.

– Ela estava na biblioteca quando foi atacada, e foi achada com isso. – madame Pomfrey e a McGonagall nos mostraram um espelho. – Isso significa alguma coisa pra vocês?

Negamos com a cabeça e a professora nos manda ir para o salão comunal porque ela vai passar umas regras a serem cumpridas.

Cheguei lá e me sentei com Fred, Jorge e Gina, onde estou até agora, aguardando a professora vir dizer algumas misteriosas regras. Assim que ela chega, todos ficam em silêncio.

– Atenção, por favor. Com a série de ataques, a escola agora terá regras. Nenhum aluno pode sair do salão comunal após o horário das aulas e terão que ir acompanhados por algum professor nas trocas de aula. – ela guarda as anotações. – Se o culpado não for identificado, temo que a escola será fechada.

Gina estremece ao meu lado. Ninguém gostou da notícia de Hogwarts ser fechada.

A professora vai embora e volto a conversar com os três. A conversa estava ótima, Gina realmente é uma garota legal, tem o espírito dos gêmeos, só que nem tanto. Mas, de repente, ela simplesmente parou de rir, levantou e começou a sair do salão comunal.

– Hey Gina, aonde você... – não consigo terminar a frase e olho pros gêmeos. – Estão esperando um convite formal para irem atrás dela? Ela é sua irmã, e saiu muito estranhamente daqui.

– Ela é nossa irmã, mas você é a melhor amiga dela. – Fred argumenta e dá de ombros. Reviro os olhos e jogo uma almofada neles, mas saio rapidamente para seguir a ruiva.

Vejo ela virando um corredor, com a mesma expressão de quando saiu do salão, séria.

– Gina, o que aconteceu? Você saiu de repente, e com uma cara de séria. – me aproximo dela e fico seguindo ela, sem saber exatamente onde estamos indo.

Paramos em um corredor vazio, e ela vira para mim desesperada.

– Alissa, você tem que sair daqui, sair de perto de mim, por favor.

– Tá louca? Não vou a lugar nenhum!

E então, aquela voz que uma vez me assustou, tinha voltado.

– Engano seu.

– Gina? – dou um passo para trás.

– Claro que não, garota tola. Sou apenas eu, Tom Riddle. – minha cara deve ter denunciado que eu não fazia ideia de quem ele era. Ele dá um sorriso malicioso enquanto empunha a varinha de Gina. – Acho que você me conhece por Lorde Voldemort.

Arregalo os olhos e tento, em vão, correr dele. Dela. Ah, tanto faz, assim que me virei, fui atingida por um feitiço e desmaiei.

Eu acho que só acordei por causa dos instintos humanos, já que eu estava em um lugar cheio de espinhas e eu estava com uma dor imensa no pé. Olho para o lado e tem um grande túnel, que provavelmente leva aonde Gina me jogou. Quer dizer, Tom Riddle.

Ouço um grito vindo do túnel ao meu lado, o que eu acho que significa que alguém esteja caindo, e junto todas as minhas forças para me esconder na próxima parte do subterrâneo. Lógico que eu tinha que cair por causa do pé torcido e lógico que eu tinha que bater a perna e piorar toda a dor. Aposto que quebrei. Me concentro tanto na dor que nem escuto quem caiu, mas assim que percebo alguém se aproximando, dou um soco na dobra do joelho dessa pessoa, já que estou indefesa sem varinha.

– Ai meu Merlin, professor me desculpe! – digo afobada ao ver que acabei de nocautear o Lockhart.

– Alissa?! – Rony diz enquanto me abraça. – Eu achei que você já estivesse morta.

– Vaso ruim não quebra fácil. – sorrio, mas logo gemo de dor por causa da perna. – Acho que quebrei a perna.

– Alissa, meu Deus ainda bem que você ainda está viva. – Harry também me abraça. – Você está bem?

– Querido eu acabei de falar que acho que quebrei a perna.

– Oh. – ele fica vermelho e desvia o olhar. – Meu Deus olha o tamanho dessa pele.

Foi só essa hora que eu realmente vi o que tinha naquela parte do subterrâneo. Uma cobra gigante. Quer dizer, pelo menos a pele dela.

Mas pelo menos eu não desmaiei como Lockhart fez.

– Esse aqui é corajoso. – Rony debocha, e quando menos espera, o professor desperta de seu fingimento e pega a varinha do ruivo.

– Fim da linha rapazes, mas não se preocupem, o mundo vai saber da nossa história: como eu cheguei muito tarde para salvar as garotas e vocês enlouqueceram ao verem seus corpos dilacerados. Primeiro você, Potter. – ele aponta a varinha para Harry e eu arregalo os olhos. – Obliviate!

Eu não sei direito o que aconteceu nos próximos dez segundos, a única coisa que vi foi Lockhart voar e bater no teto, fazendo grande parte desmoronar e criando uma grande parede entre nós e Harry.

– Harry?! – pergunto tossindo para ver se alguma pedra caiu nele.

– Estou bem! Vocês?

– Também. – Rony se levanta e pega a varinha do professor, que começa a acordar.

– Olá, quem são vocês?

– Rony Weasley e Alissa Snow. – eu digo como se fosse óbvio.

– Ótimo. E quem sou eu?

– Ah não, o feitiço saiu pela culatra, ele não lembra mais quem ele é! – o ruivo informa Harry.

– Lugarzinho esquisito. Vocês vivem aqui? – o professor pergunta para mim enquanto se senta ao meu lado, brincando com uma pedra. Pego a rocha da mão dele e o atinjo na cabeça, fazendo-o desmaiar.

– Ouch. – ouço Harry reclamar do outro lado do muro. – Tentem tirar o máximo de pedras que puderem, vou procurar Gina.

Depois disso, observo Rony tentar retirar algumas pedras, sem muito sucesso.

– Se sua varinha funcionasse, poderíamos levantar as pedras rapidamente. – dou de ombros.

– É, mas não funciona. Não trouxe mesmo sua varinha?

– Não, eu saí correndo atrás de Gina. – isso me lembra de uma coisa. – Ah droga, sabia que tinha que dizer alguma coisa pro Harry.

– O que?

– Gina foi possuída por Tom Riddle, que também é conhecido como o... Voldemort. – hesitei antes de dizer seu nome.

– O QUÊ?! – Rony surta.

– Ei calma, você não tem motivos para surtar.

– Não imagina, minha irmã foi possuída por Você-Sabe-Quem!

– É, mas não foi você quem ela quase matou. Acha que eu cheguei aqui como? Andando? Eu nem sei onde estamos!

Ele se acalma um pouco e logo me fala que estamos na famosa Câmara Secreta. Coloco uma mão nas minhas vestes e sinto alguma coisa.

– Rony, – chamo sua atenção. – nem tudo está perdido. Wingardium Leviosa!

E assim, as pedras começam a se desencaixar uma das outras, mas como são muito pesadas, elas demoram muito. Assim que consegui tirar algumas do topo, vejo um pássaro realmente muito grande e vermelho passando com alguma coisa no bico.

– O que era aquilo? – Rony me pergunta, também assustado.

– Não faço ideia. Melhor continuar a tirar as pedras. – dou de ombros e continuo o que estava fazendo.

Fico fazendo o trabalho por mais ou menos mais quinze minutos, e sim, demorou para eu conseguir me concentrar no feitiço e não na minha perna, mas quando eu retiro a última pedra, vejo Harry segurando uma espada e um livro totalmente destruído, Gina vindo meio envergonhada e aquele pássaro gigante ao lado deles, segurando o chapéu seletor no bico.

– Ok isso é uma coisa que não se vê todo dia. – desfaço o gelo que ficou no ar e Rony corre para abraçar a irmã.

Assim que eles se soltam, Gina vem em minha direção, envergonhada.

– Desculpe por quase te matar, não era eu, mas mesmo assim desculpe.

– Tudo bem Gina, não tem problema, mas me faça o favor de não ficar mais perto de coisas que possam entrar na sua mente. – a abraço e vejo os garotos sorrindo pelo ombro dela. Me solto do abraço. – Ok, agora como a gente sai daqui e leva esse cara junto? – aponto Lockhart com a cabeça.

– Pela Fawkes, ela aguenta cargas muito pesadas por ser uma fênix. – Harry diz como se fosse óbvio. E então, eles me ajudam a levantar e nós seguramos um na perna do outro para podermos subir o túnel que levava para fora da Câmara Secreta.

Logo em seguida, sou arrastada para a Ala Hospitalar e minha perna estava mesmo quebrada. Madame Pomfrey faz uma bota de gesso nela e eu durmo por causa do analgésico.

Mais tarde, já no Salão Principal, todas as pessoas petrificadas já voltaram à vida, incluindo Hermione. Estamos ouvindo o discurso de Dumbledore sobre o grande trabalho de Madame Pomfrey e a professora Sprout pela poção das Mandrágoras e sobre as provas serem canceladas, como um presente da escola, e entre os gritos de comemoração, as portas se abrem e Hagrid, que havia ido para Azkaban, entra.

– Desculpem o atraso. A coruja que levava minha carta de soltura se perdeu. Uma estúpida ave chama Errol. – o grandão debocha e Rony faz uma cara de culpado ao meu lado. Hagrid para perto de nós quatro. – Eu só queria dizer Harry, Rony, Hermione e Alissa, que se não fosse por vocês eu ainda estaria lá em você-sabe-onde então... Obrigado.

– Hogwarts não é a mesma sem você Hagrid. – Harry diz em pé e abraça o meio-gigante. Meus olhos ficaram cheios de lágrimas.

De repente, o diretor se levanta e começa a bater palmas, seguido por todos os professores e eu sou a primeira dos alunos a fazer isso, levando todos os outros a fazerem o mesmo. O salão fica repleto de palmas, e todos os alunos queriam abraçar Hagrid.

Apesar de todos os acontecimentos, tudo acabou bem.


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Notas finais do capítulo

Então gente, minhas aulas voltaram semana passada/retrasada e eu não consegui escrever, então se o intervalo entre cada cap começar a ser mais longo é porque eu to em aulas ok?
Ah, e deixem reviews! Próximo cap já é Prisioneiro de Azkaban.



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