Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 17
Câmara Secreta- Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, tudo bem? Novo capítulo novinho pra vcs, espero que gostem!



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“Querida Alissa,

Quando recebemos sua carta, achamos que você finalmente teria lembrado de nossa existência e iria somente mandar a carta para perguntar como nós estamos. Eu devia saber que a senhorita ia pedir alguma coisa.

Seu pai e eu ficamos argumentando por um tempão sobre você ter um elfo e, depois de seu pai me irritar tanto dizendo que seria seu presente de Natal, eu finalmente concordei. Então sim, você pode ter aquela elfa que você tanto gostou. Mas, eu tenho uma condição: ela vai ter que vir aqui em casa pelo menos uma vez por semana para poder limpar as coisas, certo? Eu mandei uma carta para o Dumbledore também, ele já está ciente de que nós deixamos e de que a elfa virá aqui toda semana.

Estamos com saudades, aproveite seu Natal aí na escola.

Beijos,

Mamãe.”

Natal é definitivamente a melhor época do ano, todo mundo fica mais feliz e mais generoso.

E eu vou ter uma elfa!

Claro que eu não contei aos meus pais o verdadeiro motivo de eu querer ficar em Hogwarts no Natal. Mas também, o que eu diria? “Oi mãe, oi pai, eu vou ficar em Hogwarts no feriado porque meus amigos e eu vamos nos passar por sonserinos através da poção polissuco e descobrir se o Malfoy é ou não o herdeiro de Salazar Slytherin!”

É, com certeza eles iriam deixar.

As pessoas vão todas partir para suas casas hoje, incluindo Pansy Parkinson e eu ainda não consegui o fio de cabelo dela. Bem, de hoje não passa.

A vejo andando com uma das amigas dela, se não me engano é a Dafne Greengrass. Pego um frasco pequeno para colocar o cabelo e me aproximo.

– Pansy cuidado! Tem uma vassoura muito perto da sua cabeç... – mexo no cabelo dela, puxando uns cinco fios e ela reclama.

– Você precisa de óculos!

– E você de um shampoo, credo. – faço uma careta e olho para Dafne, que segurou um riso. – Olá Greengrass.

– Snow. – ela me cumprimenta e as duas saem.

Sorrio satisfeita e percebo que ainda tem um problema. Eu não tenho uniforme da Sonserina.

– Ei. – Hermione me cutuca, me assustando.

– Pelas barbas de Merlin! Hermione você me assustou! – olho para as mãos dela. – O que você traz aí?

– Nossos uniformes sonserinos para a poção de hoje à noite. – ela estufa o peito, toda orgulhosa.

– Aprendendo a roubar coisas hã? Daqui a pouco vai poder andar comigo e com os gêmeos. – provoco.

– Eu não roubei nada ok? Só peguei emprestado, depois de usarmos vou devolver para a lavanderia.

Jogo as mãos para o alto, deixando-a com mais culpa.

– Mione, você sabe de quanto em quanto tempo a senha do salão comunal muda?

– Por que diabos eu saberia disso?!

– Porque você é a Senhorita-Sabe-Tudo. – ela me dá um tapa no ombro. – AI! Meu Deus, Hermione você tem uma mão pesada em.

Ela dá de ombros.

– Meus amigos uma vez falaram que eu devia fazer UFC.

– O que é isso? – olho confusa pra ela, que apenas ri e puxa meu braço, me levando até o banheiro das meninas para checarmos novamente a poção polissuco.

Nunca vou entender os trouxas.

–------------

Já no jantar, os meninos e eu estávamos jantando quando Hermione chegou afobada.

– A poção ficou pronta. Harry e Rony, vocês já conseguiram os cabelos?

Começo a comer um bolinho enquanto observo a conversa.

– Não. Mas Mione, como vamos garantir que os verdadeiros Crabbe e Goyle não apareçam enquanto fingimos ser eles? – Rony pergunta.

– Já tenho tudo resolvido. – ela retira dois bolinhos, basicamente idênticos ao que eu tinha começado a comer, das vestes. – Eu enfeiticei esses bolinhos com uma poção do sono bem forte.

Cuspo o que eu estava comendo no prato.

– Alissa, você definitivamente tem o jeitinho de uma veela. – Harry dá tapinhas nas minhas costas.

– Em minha defesa, o bolinho que eu estava comendo poderia ter uma poção do sono, está bem? E parem de dizer toda hora que eu sou uma veela!

– Não dá pra esquecer com você se comportando desse jeito. – Rony diz entre risadas.

– Enfim. – Hermione chama nossa atenção. – Vocês tenham certeza de que Crabbe e Goyle encontrem esses bolinhos, peguem uns fios de cabelo e encontrem-nos no banheiro das meninas. – ela se vira para mim. – Alissa, vem comigo, precisamos nos trocar e arranjar uns copos.

Concordo com a cabeça e a sigo. Após uns quinze minutos, os meninos chegam vestidos com largos uniformes sonserinos e carregando embaixo do braço as vestes da Grifinória.

– Imagine seus pais vendo você com o uniforme da Sonserina, Ron. – provoco entre risadas.

– Cala a boca, você tá parecendo uma versão feminina do Malfoy nessas vestes. – Rony rebata e eu abro a boca com expressão de choque, enquanto Harry e Hermione apenas riem.

– Pelo menos eu sou mais bonita e não me pareço com uma doninha! – cruzo os braços, fazendo birra.

– OK crianças, chega de briga. Os dois estão ridículos nesses uniformes.

– EI! – reclamamos para Hermione e ela apenas levanta a mão para continuar.

– Agora é melhor bebermos a poção, ela vai durar por uma hora. – a morena dá um copo cheio de poção para cada um e nos manda jogar os cabelos dentro. – Tim tim. – Brindamos e bebemos.

Que nojo.

Só não cuspi para não ter que tomar mais.

Jogo o copo no chão, quebrando-o e saio correndo para uma das cabines dizendo que ia vomitar. Escuto Rony e Hermione me seguindo.

Me debruço sobre a privada, mas não chego realmente a vomitar. Ao invés disso, observo minhas mãos borbulharem e se transformarem em mais esqueléticas, com unhas roídas. Vejo também meu cabelo loiro ficando preto e encurtando. Quando a sensação horrível de ter meu corpo mudando totalmente passa, eu saio da cabine e me deparo com Crabbe saindo da cabine ao lado.

– Ai meu Merlin! – reparo na minha voz e pigarreio, mudando para um tom de Pansy. – Crabbe?

– Caramba Alissa, como conseguiu fazer a mesma voz que a Pansy? – Rony, sendo Crabbe, me pergunta.

– Imitei ela bastante por brincadeira. – olho para Harry, sendo Goyle, perto da pia e o espelho ao lado. – Harry você... AI MEU DEUS EU ESTOU HORRÍVEL.

– Na verdade Alissa, a Pansy está horrível. – Harry me conforta.

– Obrigada Harry, vamos indo pessoal?

Vão sem mim! – Hermione diz ainda dentro da cabine.

– Por que iríamos? – Rony franze a testa.

Porque eu não estou me sentindo bem. Não discutam comigo, apenas vão.

Dou de ombros.

– Tudo bem, mas a gente já volta. Vamos lá rapazes. – aponto a saída com a cabeça e nós saímos, indo até o salão comunal das cobras quando topamos com Percy Weasley.

– O que está fazendo aqui? – olho com desgosto para ele da cabeça aos pés.

– Eu sou o monitor-chefe, eu é quem deveria estar perguntando isso a vocês três.

Olho para os dois esperando por respostas e, ao invés disso, eu vejo Malfoy virando o corredor.

Dou meu melhor sorriso e corro até ele, colocando um braço em volta de seu pescoço.

– Draco! Ainda bem que você chegou, esse Weasley está insuportável! – eu digo o sobrenome dos ruivos com o maior desprezo possível. Rony me olha feio.

– Saia da frente Weasley, está atrapalhando a passagem. – ele fala para Percy e depois olha para Goyle/Harry que ainda estava de óculos. – Desde quando você usa óculos?

– Eu ahn... estava lendo. – Goyle/Harry inventa.

– Lendo? – Malfoy encara o sonserino por um momento. – Não sabia que podia ler. – ele se vira para Percy novamente. – Saia da frente.

E assim nós vamos até o salão comunal da Sonserina. Chegando na frente de uma parde de pedras completamente lisa, Malfoy diz a senha.

– Sangue-puro! – uma das pedras abre uma passagem, revelando o salão comunal. Sorrio marota. Agora Alissa Snow sabe a senha da casa da Sonserina e pretende contar para Fred e Jorge.

Enfim, entramos no salão comunal que era bem parecido com o da Grifinória, exceto pelas cores e pelo clima mais sério. O Malfoy chega perto de um sofá, se senta e eu me sento do lado dele. Assim que me sento, ele se apoia com o corpo no meu ombro, como se eu fosse uma almofada. Faço uma careta, mas não o tiro, sei que Pansy é louca por ele.

– Não vão se sentar? – Draco “sugere” para os dois que ainda estão de pé e segurando risadas sobre a minha situação. – Os Weasleys são uma vergonha para a raça bruxa, aqueles traidores de sangue.

Rony cerra o punho com o comentário e Harry o cutuca.

– Crabbe? Você está bem? – me finjo preocupada, mas nem tanto.

– Dor de barriga. – ele diz rapidamente.

– Não sei como o Profeta Diário ainda não publicou nada sobre os ataques. Segundo meu pai, estão evitando ao máximo sobre isso. E ele está certo quando diz que Dumbledore foi a pior coisa que aconteceu em Hogwarts.

– ESTÁ ERRADO. – Harry/Goyle grita e Malfoy se levanta, furioso. Lado bom: ele desgrudou de mim e eu aproveito para sentar no braço do sofá, aonde ele não pode se apoiar se sentar novamente.

– Você acha que tem alguém pior do que Dumbledore? Acha?! – Malfoy pressiona e Harry e eu sugerimos alguém ao mesmo tempo.

– Alissa Snow. – eu digo meu nome ao mesmo tempo que Harry diz o dele.

– Harry Potter.

Malfoy da um sorriso pensando duas vezes e concorda.

Com Goyle.

– Tem razão Goyle. O Santo Potter. Não dá para acreditar que todos estejam pensando realmente que ele seja o herdeiro do grande Salazar Slytherin. – ele anda até uma mesa e pega uma pequena caixinha, balançando o conteúdo para decidir se pegava ou não.

– Então você sabe quem é o herdeiro? – Crabbe pergunta.

– Não Crabbe, te disse isso ontem. Mas, eu sei que da última vez que a Câmara Secreta foi aberta uma sangue-ruim morreu, e dessa vez, eu espero que seja a Granger.

Pronto, Rony/Crabbe levanta todo furioso e Harry/Goyle o segura.

– O que aconteceu com vocês dois? Estão agindo muito estranho hoje.

Vou até os dois que estavam sussurrando e começo a sussurrar também.

– Vocês estão loucos? Meu Merlin nem parecem dois sonserinos! – arregalo os olhos quando olho para Crabbe com o cabelo ficando ruivo. – Rony seu cabelo já está ficando ruivo. Mas calma, não se movam e corram quando eu disser três, ok? – eles concordam. – Um... dois... três! – após isso, eu começo a cena e saio correndo e gritando atrás deles. – DO QUE FOI QUE VOCÊS ME CHAMARAM?! VOCÊS VÃO PAGAR POR ISSO, VOLTEM AQUI AGORA!

Corremos até o banheiro feminino e chegamos lá ofegantes, prontos para contar tudo para Hermione.

– Hermione, você precisa ouvir isso... – Harry começa e dá de cara com a Murta.

– Vocês tem que ver, ela está horrível! – a fantasma diz entre risadas e eu tento abrir a porta por fora, inutilmente.

– Não abram a porta! Eu estou horrível. – Hermione choraminga. Sem pensar duas vezes, entro na cabine ao lado e subo na privada, conseguindo pular para a cabine em que Hermione está.

– Pelas barbas de Merlin, Hermione! O que aconteceu? – eu digo em choque ao ver minha amiga metade felina metade humana.

– Alô? As madames vão abrir a porta ou o quê? – Rony reclama do lado de fora e eu destranco a porta da cabine, saindo também.

– Era pelo de gato na roupa da Emília. Olha só para a minha cara! – Hermione choraminga ainda mais.

– Olha a sua cauda. – Rony diz rindo e nós três levamos Hermione até a enfermaria o mais rápido possível. Só que apenas a deixamos lá e não ficamos para ter que explicar o que aconteceu.

Fui direto para o Salão Comunal e me dirigi ao meu quarto. Mas não sem antes tomar um banho, mesmo sendo na Pansy em quem Malfoy se apoiou, quem sentiu fui eu. Eca.


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Notas finais do capítulo

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