The Princess of Ice escrita por Diane


Capítulo 10
Capítulo X




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Se você nunca voou num grifo você ainda não viveu.

Diana achava legal andar de cavalo com velocidade, mas voar num grifo era mil vezes melhor. O vento deixava seu cabelo bagunçado, algumas meninas reclamariam disso, mas a garota pouco se importava com o cabelo. A sensação de ver o mundo dos céus era maravilhosa, Diana estava quase sem oxigênio, talvez fosse o efeito da adrenalina ou talvez por que estava numa alta distância do chã.

Edmundo estava em outro grifo do seu lado. Ele ainda estava com raiva dela e não media esforços para deixar isso bem claro.

Os grifos se esconderam atrás da torre de modo que o soldado que estava de guarda não poderia vê-los.

O outro grifo atacou o soldado enquanto ele estava distraído e soltou Edmundo no chão.

O grifo que Diana estava também jogou ela no chão, só que ele foi menos delicado que o outro, fazendo que ela caísse de mal jeito e quase torcesse o tornozelo. Resumindo : Não foi uma aterisagem legal.

–- Ow, inferno ! –- resmungou irritada –- Se eu pegar esse grifo eu vou fazer canja dele ...

Edmundo a ignorou –- o que ela não achou uma atitude digna de um cavaleiro–- e foi até o muro da torre e fez o sinal com a lanterna.

Seu irmão e Lúcia colocaram Diana e Edmundo naquele posto estrategicamente. Caspian a colocou ali, por que ele não queria que ela participasse da luta, o que a menina não aprovou. Me responda, qual é a graça de ficar fazendo sinaizinhos de lanterna enquanto você podia lutar ?

Já Lúcia queria que ela ficasse ali por um motivo diferente. Ela queria que Diana pedisse desculpas para Edmundo. Nenhum lugar melhor para pedir desculpas do que num campo de batalha, certo ?

O sinal já estava dado. De longe a menina conseguiu ver as tropas se reunindo.

–- Ahn ... Edmundo ?

–- Oque ? –- O garoto respondeu irritado.

–- Me desculpe por ter te atacado naquele dia na floresta, não era minha intenção –- Diana nunca teve facilidade em pedir desculpas, e pedir desculpa para uma criatura irritante como Edmundo não facilitou muito isso.

–- Lúcia que te mandou pedir desculpas, eu sei –- Edmundo falou olhando para a paisagem de ataque.

–- Acertou. Melhor ficar satisfeito, eu não tenho o habito de pedir desculpas .

De longe chegavam os grifos que traziam Caspian, Susana e Pedro. Novamente Diana estava fora da diversão.

^.^

Diana estava sem ter o que fazer. Enquanto todos lutavam ela era obrigada a ficar presa naquela torre aturando Edmundo Pevensie encarando ela. Ela definitivamente estava sem sorte.

Então, de repente, um grito de mulher ecoou pelo lugar. A princesa reconheceu esse grito. Era da sua tia. Diana nem teve tempo de se preocupar com o grito por que Edmundo derrubou a lanterna abaixo do muro.

–- Seu imbecil ! –- ela xingou–- Será que nem uma tarefa fácil como essa você consegue fazer direito ?

Ela e o rei se aproximaram do muro para ver onde a lanterna caiu. A lanterna estava na mão de um soldado e ele estava ligando e desligando ela.

Ótimo. Agora iriam confundir todos os sinais !

Edmundo teve um surto de loucura e pulou encima do soldado. Mas a besteira já estava feita. As tropas começaram a atacar antes da hora.

Diana iria estrangular aquele garoto. Mas dois guardas puxaram as espadas na direção do menino. É parecia que os guardas também queriam estrangular o garoto.

A menina sentiu uma pequena vontade de deixar os guardas fatiarem o rei, mas se ela deixasse isso acontecer, Lúcia iria ficar com raiva dela, Caspian ficaria com raiva dela, Susana ficaria com mais raiva, Pedro ficaria com raiva ... todos ficariam com raiva. Diana resolveu fazer uma besteira : Pulou do muro e atacou um guarda.

–- Edmundo, pare o sinal ! –- Ouviu Pedro gritar enquanto lutava.

– -Estou ocupado, Pedro.

–- Se você não fosse um imbecil , não estaria ocupado !–- A garota falou enquanto desviava o golpe de um guarda.

Diana mandou o guarda que ela lutava para tomar cházinho com Hades no mundo inferior. Então ela percebeu que Edmundo ainda estava lutando. Com um golpe rápido ela atacou aquele guarda por trás.

–- Não se acostume. Normalmente eu não mato soldados por alguém -

Edmundo não disse nem um obrigada –- garoto mal educado ! –-,e tentou bater na lanterna mais o objeto não deu um sinal de vida.

–- Ahn ... está quebrada –- se lamentou.

–- Numa situação dessas você se preocupa com a lanterna ? –- Diana retrucou. Aquele garoto já estava a irritando.

Edmundo encarou ela. Ele parecia bem irritado.

–- Você não pode calar a boca ?

–- Não, reizinho .

–- Não me chame de reizinho ! –- Edmundo decidiu que não gostava daquele apelido.

–- Eu lhe chamo do que quiser –- Diana retrucou.

^.^

–- Acende ! Acende –- Edmundo rezava enquanto tentava ligar a lanterna.

–- Vai logo! Tem que cancelar o ataque ! –- Diana murmurou impaciente.

A princesa estava quase sem paciência. Se já estava ruim antes quando não tinha nada para fazer, agora tinha definitivamente piorado. O caso estava grave, eles precisavam cancelar o ataque, mas com a maldita lanterna quebrada isso era impossível.

–- Eu sei disso ... –- Edmundo disse enquanto tentava arrumar a lanterna.

–- ENTÃO VAI LOGO !

Diana estava prestes a perder a paciência ... mas então a maldita lanterna acendeu. Mas já era tarde. O ataque já começara.

–- Besteiros, escolham um alvo ! –- Ela ouviu alguém gritar.

Se os nárnianos tinham uma chance ela já foi perdida. A menina conhecia os besteiros, eles tinham fama de uma mira infalível e além disso, era impossível lutar enquanto se desvia de flechas.

Então Edmundo tentou bancar o herói e deslizou pelo telhado, acertando um besteiro.

Em poucos segundos ele tinha chamado a atenção de todo a fileira de besteiros.

–- Ed ! –- Pedro gritou lá embaixo.

Diana não podia ficar parada no telhado. Então se decidiu rapidamente. Ela pulou do telhado e acertou dois besteiros. Pelo menos eram três besteiros a menos.

O lado bom era que os besteiros não iriam acertar os narnianos. E o lado ruim era que os besteiros iriam acertar eles.

Eles correram na maior velocidade possível para uma porta que estava aberta.

Eles tiveram sorte. Foram rápidos. Assim que entraram na sala, Edmundo fechou a porta com o pé. Quase imediatamente dezenas de flechas se cravaram na porta. Diana não gostava de pensar o estrago que essas flechas poderiam fazer no seu corpo.

Aquela passagem deu saída para o outro lado da torre. Lá dava para ver a batalha com precisão, só deu para descobrir que os nárnianos estavam perdendo.

A guerra já estava perdida. Precisavam sair de lá o mais rápido possível.

–- RECUAR ! –- Pedro gritou.

Um minotauro segurou o portão dando espaço para os outros saírem. Se o próprio rei Pedro, o convencido, havia admitido que eles tinham que recuar... o caso estava grave.

A maior parte do exercito narniano estava morta. E Diana sabia disso, mas não podia fazer nada.

Um circulo de guardas formou-se atrás da princesa e de Edmundo. . Estavam numa armadilha. Se fossem para trás, iriam cair e se ficassem os soldados iriam fatia-los. Não eram opções legais.

Então Diana teve uma ideia louca. Absolutamente doida.

Ela se jogou para trás.


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