Radioactive escrita por Artur, Lucas XVI


Capítulo 21
Capítulo 21: It's Do or Die


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Mais um capítulo espero que gostem, tem mais ação nesse e acho que vão gostar, o título é uma das letras de uma música de Imagine Dragons a mais recente, Battle Cry, vocês entenderão o por que :)

Até as notas finais!



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Radioactive

Já haviam se passado cerca de cinco dias desde que o grupo chegou na Fortaleza e aos poucos, os recém-chegados iam se acostumando com a vida pacifica que a comunidade proporcionava estando devidamente atarefados, tendo todos eles, um papel importante no local.

A noite era especial para os habitantes da comunidade, principalmente para Thomas, faziam-se seis meses que a Fortaleza foi remodelada com os muros para servir como refúgio aos sobreviventes e logo o líder do local convidou todos para um jantar nobre.

– Nem acredito que durou tanto tempo ... – Suspirou Rose colocando os pratos em uma das duas extensa mesas colocadas no centro da comunidade onde uma tenda foi montada.

– Muito menos eu, o importante é que finalmente estamos reconstruindo nossa própria civilização, mais sobreviventes estão vindo para cá e isso é muito satisfatório para mim. – Completou Thomas surgindo ao lado da jovem enquanto fazia uma breve pausa.

– Não posso esquecer de agradecer a você, por estar comigo desde o inicio. – Disse por fim o líder, sentando-se em uma das cadeiras.

Rose apenas responde com um sorriso visivelmente envergonhada e logo alguns habitantes do local surgem para cumprimentar o líder. Dean e os demais terminavam de se arrumar para a noite especial em suas devidas casas, Lucy estava calada e mais inquieta todos percebiam isso, menos Ryan ao qual estava empolgado diante de um jantar glorioso.

– Vamos Anne! Quero comer logo. – Murmurou o rapaz ajeitando seu cabelo de frente a um espelho.

– Calma seu guloso, nunca ouviu falar que as mulheres sempre demoram para se arrumar? – Rebateu a morena saindo do quarto de onde as meninas dormiam.

– E então, como estou? – Completou Anne virando-se vagarosamente.

– Ridícula, agora vamos! - Brincou Ryan puxando-a pelo braço enquanto a jovem fazia uma careta de irritada. Dean permanece na casa esperando Lucy na sala, a loira rapidamente surge do quarto e andeja na direção do rapaz.

– Você está linda mas vamos, me conte logo o que aconteceu. – Foi direto ao ponto o rapaz.

– Do que você está falando? – Perguntou Lucy sem entender a situação.

– Não se lembra do que você me disse a alguns dias? Ninguém consegue esconder nada de mim, e eu percebo que algo está lhe incomodando ... você viu ou ouviu algo? – Explicou Dean levantando-se do sofá.

– Claro que não Dean, apenas tive um difícil no Posto Médico ontem e presenciar aquele senhor se transformando num ser pútrido ... me fez lembrar da Quinn. – Lamentou a loira sendo abraçada por Dean que segura a mão da jovem e se retira da casa indo em direção a tenda montada.

Lucy estava ciente de que se contasse que viu Thomas conversando com homens estranhos, Dean iria tirar satisfação com o líder e poderia deixar a situação de ambos alarmante, podendo levar a expulsão do grupo. A jovem queria apenas evitar mais problemas, e deixou que Thomas resolvesse seus problemas seja lá com quem fosse.

– Olá Dean ...– Cumprimentou Thomas fitando agora, o seu olhar na loira. – Olá Lucy.

Ambos então se sentam nas cadeiras da primeira mesa a qual estavam Thomas e os outros membros importantes da comunidade, a maioria dos habitantes estavam presentes ali e todos com um largo sorriso estampado no rosto.

– Queria muito agradecer a presença de todos vocês, sei que muitos tem crianças para cuidar mas hoje é um dia especial. Eu poderia estar mais alegre se não fosse pela recente invasão de errantes entretanto, tenho orgulho de dizer que estamos há seis meses proporcionando uma nova vida para todos vocês. Esse apocalipse afetou todos nós, e tento a cada dia, retornar com o nosso cotidiano de antigamente, agradeço também a quem esteve comigo desde o inicio da construção dos muros, e também aos novos moradores. – Discursou Thomas, olhando para Dean e os demais.

– Agora aproveitem o jantar e vamos festejar! – Berrou o rapaz elevando seu copo de vinho.

A noite foi longa e todos se fartaram com as deliciosas comidas que foram servidas, um baquete modesto mas que deixou muitos com água na boca. O dia logo raiou e muitos ainda estavam nas suas casas, mas algo de importante aconteceu e Rose acordou imediatamente Dean e o restante pois Thomas queria vê-los com urgência no gabinete da Fortaleza.

– Será que fizemos algo? – Preocupou-se Ryan andando mais à frente, apreensivo.

– Claro que não! Eu espero ... – Indagou rapidamente Anne seguindo o rapaz logo ao lado.

Os quatro logo adentram no gabinete sendo recepcionados pelo Líder que estava visivelmente tenso e nervoso, no local também estavam Léo, Albert juntamente a sua filha Selena, e Rachel a mulher que comanda o centro de controle da fortaleza.

– Pelo visto fizemos besteira, o que foi desta vez? – Ironizou Anne revirando os olhos.

– Vocês não fizeram nada, Thomas tem um pedido importante a fazer ... – Explicou-se Rose.

– Mandei a Rachel ir conferir os caixotes de morfina hoje mais cedo a pedido de Albert e ela acabou descobrindo que estamos com uma escassez alarmante de mantimentos em geral. Não sabemos como isso veio a acontecer, estávamos devidamente abastecidos! – Enalteceu Thomas andando por todos os lados do local.

– Talvez o jantar tenha contribuído para isso. – Indagou Dean tentando achar uma solução.

– Não, eu contabilizei tudo antes de fazer aquele jantar. Acontece que tínhamos tudo sob controle além de mantimentos reservas mas o que temos não dura nem dois dias sequer. – Interrompeu Rachel com os braços cruzados.

– Chamei vocês aqui, para que possam ir à um Hipermercado próximo daqui, ele foi do meu irmão antes do apocalipse surgir, mas meu irmão já faleceu e cuidei de tudo para que o local não fosse saqueado. É de lá de onde tiramos os nossos principais suprimentos. – Completou Thomas com as mãos na mesa do gabinete.

–Tudo bem, nós iremos sem problemas. – Indagou Anne já se retirando da sala.

– Espere, você e a Lucy ficarão. Eu irei com o Dean, o Ryan e Léo. Irei para dar suporte no que deve ser pego para a Fortaleza. Você cuidará do centro de controle por mim. – Interrompeu Rachel determinada, Anne custa a acreditar na noticia mas logo aceita o fato de ter um papel mais importante.

Alguns minutos se passam e o grupo já estava devidamente equipado para partir na busca de suprimentos um garoto de aproximadamente 17 anos, insistiu e acabou indo junto aos demais, Thomas explica que Kurt pretende se tornar o vigia da Fortaleza quando for mais adulto e por isso deve ter algumas noções básicas.

Léo ia pilotando o carro estando Dean ao seu lado, enquanto os demais ficavam no bando detrás. Cerca de meia hora se passou, e logo o enorme Hipermercado com um letreiro enorme na frente se destacava nas localidades, Rachel aponta para o local e logo Léo manobra o veiculo para próximo do local.

– Alimentos é o essencial, peguem tudo que encontrar pela frente. Creio que enfrentaremos dias difíceis pela frente ... – Exclamou Rachel abrindo a porta da frente do local enquanto que todos adentram no amplo espaço com inúmeras prateleiras repletas de alimento por todos os lados. Todos então se puseram a colocar o que via pela frente dentro de suas respectivas mochilas.

– Acho que os nossos problemas são mínimos agora! – Vibrou Ryan colocando os mantimentos com empolgação.

– É cara, esse lugar é uma mina de ouro! – Completou Kurt ao lado do rapaz.

– Vocês dois, menos papo e mais trabalho! Pretendo sair voltar à Fortaleza o mais rápido possível. – Reclamou Léo, rígido como sempre.

– Por que? A Selena te espera? – Brincou Rachel dando gargalhadas, mesmo com uma certa idade, a mulher tinha um ótimo senso de humor deixando Léo envergonhado.

– Esperem, você ouviram isso? – Interrompeu o momento Dean deixando todos em um completo silêncio.

– O quê? – Estranhou Rachel olhando-o.

– Isso. – Disse por fim o jovem quando o barulho de tiros seguidos por gritos agonizantes surgiram ecoando-se timidamente próximo ao local;

– Deve ser algum sobrevivente qualquer. – Respondeu nervoso Kurt.

– Não importa, essa área é conhecida por sempre ter uma grande quantidade de errantes, talvez por ter sido um lugar populoso antigamente mas agora, temos que ir definitivamente. Não podemos arriscar mais. – Ordenou Rachel pegando sua mochila enquanto partir em direção à saída.

– Venham! – Gritou Dean seguindo a senhora.

– Mas que merda ... – Murmurou Léo já no lado de fora do local, onde inúmeros transformados circulavam pelo local livremente, tinham sido atraídos pelos disparos de outrora.

– Ei vocês! Não vão nos ajudar!!?? – Uma voz potente surge mais ao longe e era de lá que o estrago tinha sido feito. Dean encara o homem que estava junto a mais três ou quatro sobreviventes dentro de uma pequena loja de baterias. O grupo de sobreviventes atiravam nos caminhantes que vinham na direção deles sem piedade alguma.

– O que faremos? – Questionou Ryan já apunhalando sua arma.

– Não podemos fazer nada, o nosso cheiro já atraiu boa parte deles. Vamos logo!! Coloquem as mochilas no porta-malas depressa!! – Gritou Rachel correndo na direção do automóvel, Léo dá cobertura com seu bastão de beisebol, o loiro ia acertando os errantes mais próximos com um único golpe que os faziam cair ao chão realizando um outro que golpe que desta vez, estoura o cérebro por completo.

– Ali Dean! Pela direita! – Gritou Ryan e Kurt em uníssono, os rapazes dão alguns passos a frente enquanto disparavam na direção dos walker que estavam espalhados.

– Tomem cuidado! Nós poderíamos leva-los para a Fortaleza Rachel! – Exclamou Dean, em relação aos sobreviventes que estavam encurralados mais à frente.

– Já disse que não podemos fazer nada, agora venham e vamos partir! – Retrucou a mulher se protegendo com uma faca.

– Ah droga! – Indagou Ryan vendo que Kurt havia sido surpreendido e mordido no braço esquerdo. O garoto então se agoniza diante da dor já revirando os olhos de tamanho sofrimento.

– Mais que merda! Dean, definitivamente temos que ir agora! Sabia que esse moleque só traria problemas. – Murmurou Léo limpando seu bastão.

– Cala boca Léo! Venha Kurt, você está bem? Iremos leva-lo para a Fortaleza agora, então resista ok? – Esbravejou Dean ajudando Kurt a andar mesmo com dificuldades.

– Ryan, nos dê cobertura! – Completou Dean seguindo o caminho.

– Você é um idiota mesmo, devíamos deixa-lo aqui! Ele já está morrendo mesmo, isso nos ajudaria a escapar com facilidade! – Explodiu de raiva Léo caminhando ao lado de Dean que apenas o encara bastante sério.

– Ei seus miseráveis! Não vão nos ajudar? – A voz do homem retorna novamente, o rapaz havia parado de atirar deixando o ato por conta dos companheiros.

– Isso é problema seu, e não nosso! – Berrou o loiro voltando a caminhar na direção do carro onde Rachel os esperava. Léo então, assume novamente o volante dirigindo com bastante nervosismo, Kurt debatia-se na parte de trás sendo amparado por Rachel que estava ao seu lado.

– Vamos lá, você aguenta. – Sussurrou a mulher apertando a mão do garoto.

– Você não devia ter feito isso Dean ... – Questionou Léo fitando seu olhar na estrada.

– Era o melhor a se fazer, chegaremos na Fortaleza e o Albert irá amputa-lo. Esse garoto ficará vivo Léo. – Rebateu Dean determinado.

– Você foi inteligente Dean, provou que ainda tem humanidade. – Elogiou Rachel, voltando seu olhar dessa vez para Léo que se cala e apenas se concentra em dirigir.

Alguns caminhantes dificultavam o caminho mas Léo dava um jeito de desvia-lo ou então, acabava atropelando aqueles que surgiam do nada. Kurt já ardia em febre e se contorcia de dor, Ryan estava ao lado de Rachel tentando evitar olhar o sofrimento do garoto. Ainda falta muito para chegarem finalmente na fortaleza e isso deixava Dean extremamente preocupado.

Já haviam se passado uns vinte minutos e Kurt já havia parado de se agonizar, o silêncio se prevalecia no veiculo junto a um nervosismo intenso.

– Ah ... Dean ... – Indagou pausadamente Ryan demonstrando o seu medo. – Deaaaan!!! – Berrou Ryan já notando o estrago. Rapidamente Dean se vira e Léo fita seus olhos no retrovisor, Kurt havia retornado e abocanhado Rachel com uma única mordida no pescoço, foi tudo tão rápido que a mulher nem teve chance de gritar ... apenas gemeu silenciosamente enquanto seu sangue jorrava.

– Faça alguma coisa Dean! – Berrou novamente Ryan quando viu que Kurt já dominava por completo o corpo de Rachel, tentando deita-la na poltrona. O corpo da mulher fica entre Kurt e Ryan tentando evitar que o jovem transformado faça mais algum dano.

– Mais que porra!! – Murmurou Léo parando imediatamente o carro enquanto virava-se para o tumulto.

Dean então fecha os olhos por alguns segundos e quando retornou a abri-los, efetuou dois disparos no crânio de Kurt e mais um tiro para evitar a transformação de Rachel. Ninguém podia fazer mais nada agora, é matar ou morrer. Esse era o grito de guerra e Dean sabia que isso sempre irá acontecer, afinal, ninguém está a salvo.

It's the battle cry, it's the battle cry É o grito de guerra, é o grito de guerra

It's the battle cry É o grito de guerra

Nobody can save you now Ninguém pode te salvar agora

It's do or die É matar ou morrer

Nobody can save you now Ninguém pode te salvar agora

The king is crowned O rei foi coroado

It's do or die É matar ou morrer

Nobody can save you now, no one's safe Ninguém pode te salvar agora, ninguém está a salvo


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? O próximo será meu e descobriremos como as perdas afetarão Dean e os demais. Vocês devem ter percebido que o foco nos capítulos anteriores não foi muito no de Dean, isso porque queremos dar espaço para todos, queremos dar a cada um deles, um momento especifico na Fortaleza.
Então chegou a vez do Dean! O próximo focará bastante nele, beijos :*



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