Radioactive escrita por Artur, Lucas XVI


Capítulo 19
Capítulo 19 : Nothing Left To Say


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores queridos. Bem, a algum tempo eu comentei em outra história minha que meu cachorrinho morreu e estava sem ânimo para postar as minhas fics mas mesmo assim, aos poucos vou atualizando-as. Espero que entendam que esse foi o máximo que pude redigir.

Boa leitura! E aah .. tem muita gente desconfiando da Fortaleza, desculpem estragar mas ... não tem nada de vilão e nada de errado, é um lugar seguro mesmo! E como nada é perfeito, surgirão problemas pelo caminho! CHEGA DE SPOILLERS rsrsrs



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Radioactive

A tarde já predominava o imenso e amplo local, a movimentação dos habitantes era pequena já que todos estavam nas suas respectivas casas. Dean e os demais já estavam a quase três dias na Fortaleza e aos poucos, iam se acostumando com a vida pacifica que tem agora em diante.

O sol ainda podia ser visto no céu mas não estava muito escaldante, estava preparando-se para finalmente se retirar. Ryan fazia sua tarefa sem nenhuma dificuldade, alguns grupos de errantes esbarravam-se com o enorme muro frontal da Fortaleza mas não era algo pra ficar preocupado.

– É hora de estourar uns miolos! - Enalteceu Ryan na torre de vigia do lado esquerdo. O rapaz coloca sua arma no batente da torre enquanto procura a segunda arma disponibilizada por Thomas a qual era silenciosa e não atraia a atenção de mais errantes.

– Começando por ... - Indagou o moreno em tom de sussurro enquanto forçava seu olho direito na mira da arma e procurava o primeiro transformado para eliminar. - ... Você! - Deu ênfase Ryan enquanto ajeitava a mira no crânio de um transformado, apertando o gatilho e eliminando-o sem nenhum barulho qualquer.

– Como eu amo esse trabalho! - Vibrou o mesmo enquanto ia derrubando o restante dos caminhantes.

– Ei Ryan! O Dean não fará o turno dele hoje? - Questionou um habitante da fortaleza enquanto obtinha um sinal negativo da cabeça de Ryan que apenas se foca no seu dever.

A movimentação também era tranquila no casebre notoriamente destacado por suas cores vermelhas e faixas brancas, o local onde todas as emergências eram tratadas.

– Isso mesmo, tome apenas um de dia e de noite. Se preferir, pode utilizar a água para facilitar ao ingeri-lo. - Explicou detalhadamente Albert, entregando uma caixinha de compridos para um senhor que estava sentado em uma maca.

– Voltei Albert, o que ele tem? - Perguntou Lucy, retornando do seu descanso para o almoço.

– Nada demais, apenas está tonto e enjoado. Provavelmente as senhoras da cantina não estão fazendo comidas saudáveis. - Brincou Albert despedindo-se do senhor.

– Então, você disse que iria me mostrar os utensílios que temos a disposição se lembra? - Questionou Lucy ajeitando o seu jaleco branco.

– Ah sim, venha comigo. - Esbravejou o rapaz enquanto andeja para uma área especifica do local, parando de frente a um armário enorme onde a porta era de vidro e continha inúmeros medicamentos e objetos nas diversas prateleiras.

– Como pode ver, basicamente temos mais kits médicos. Onde neles encontramos esparadrapos, agulhas dentre outros objetos que nos ajudem em determinada ocasião. Aqui também tem os medicamentos onde cada um tem sua funcionalidade, mas o mais importante estamos em falta ... - Explicou Albert remexendo nas prateleiras.

– Morfina. - Disse por fim o homem fechando as portas de vidro delicadamente.

– Morfina? - Estranhou a loira.

– Sim, como falei ontem, devemos ficar preparados para qualquer tipo de situação, seja ela de vida ou morte. Se alguém chegar com uma mordida no braço ou na mão, teríamos que fazer o que? - Albert desafia Lucy a responder a questão.

– Amputar ... ? - Tentou responder a loira fazendo uma careta de insegurança.

– Isso. Mas para amputarmos, teremos que aplicar a morfina para que o paciente não sinta a dor e chegue ao óbito. - Explicou o rapaz .

– Aaah .. - Foi o que apenas disse Lucy completamente constrangida.

– Você pode conferir lá no Centro de Controle? Diga que estou precisando dos caixotes com a morfina. -Pediu gentilmente o rapaz.

– É claro! - Respondeu bondosa Lucy retirando seu jaleco enquanto ia em direção ao local determinado.

A loira caminha pela localidade enquanto os habitantes surgiam do nada concentrando-se, no centro do local e ao redor do espaço onde existiam as esculturas das diversas santidades.

– Aleluia Dean! A noite foi boa ontem hein! - Berrou Ryan à Dean que anda cabisbaixo na direção da torre de vigia, fingindo que não escutou tal indagação.

– Palhaço .. - Sussurrou Lucy enquanto sorria totalmente envergonhada afinal, teve sua melhor noite com o Dean.

– Oi Lucy! Não virá para a nossa oração? - Indagou Selena, surgindo da multidão junto a Léo, ambos amistosos.

– Oi Selene. Oi Léo. - Cumprimentou os dois explicando em seguida: - Só depois, seu pai me mandou abastecer os medicamentos lá no Centro de Controle, acho que demorará um pouco certo?

– Tudo bem, contamos com sua presença! - Despediu-se por fim Selene abraçada a Léo.

A loira então andeja na direção do local abrindo enfim, a elegante porta de vidro do Centro de controle adentrando ao edifício logo em seguida. Um rapaz loiro encontrava-se sentado sobre uma cadeira na entrada do prédio, conversava com uma mulher de cabelos curtos e pretos.

Lucy aproximou-se de ambos quando finalmente percebeu de quem se tratava.

– Ei Rose! Não nos vimos desde ontem! - Proferiu a loira abraçando a jovem.

– Pois é, estou tão atarefada com as coisas do Thomas. Mal tive tempo de falar com vocês. E então, estão gostando? - Explicou Rose simpática.

– É tudo tão incrível! Mal consigo acreditar mas enfim, tenho que falar com os membros daqui do Centro de Controle. - Indagou Lucy.

– Ah pode subir as escadas, logo você verá eles.- Respondeu a mulher voltando sua conversa com o segurança.

Logo a loira chega o cume da escada, deparando-se com uma sala totalmente iluminada por candeeiros e grossas velas, onde um punhado seleto de pessoas estavam entretidas com papéis.

– É .. boa noite. - Disse envergonhada Lucy adentrando a sala.

– Vejam se não é a mais nova médica renomada da Fortaleza!- Uma voz irônica surge no local e Lucy sabiam muito bem de quem era.

– É bom lhe ver também Anne. - Foi a vez de Lucy ironizar caminhando vagarosamente na mesa onde a morena estava ocupada com inúmeros papeis.

– E então? Você está gostando daqui? - Perguntou curiosa a loira.

– Não! Isso aqui é um inferno! Nunca vi tanta coisa pra monitorar! Se você é bondosa mesmo, me tire daqui Lucy!! - Berrou a morena elevando-se da cadeira, enquanto provocava inúmeros risos em todos que estavam na sala.

– Como você é dramática ... - Disse Rachel aproximando-se de ambas. - Se o Thomas escolheu você para trabalhar aqui, é porque ele acha que você é esforçada e tem uma certa autoridade e determinação.

– Estou começando a gostar daqui ... - Rebateu a morena provocando novamente, risos em toda a sala.

– Deixando as brincadeiras de lado, o Albert me pediu para aumentarem o estoque de morfina lá no centro médico. - Explicou Lucy direcionando-se à Rachel que gentil, responde :

– Claro. Pode ir descansar, levaremos os caixotes assim que possível.

Já estava de noite, e os lampiões espalhados pelo local, iluminavam toda a Fortaleza. Dean fazia companhia a Ryan nas torres de vigias enquanto um apunhalava a arma e o outro utilizava uma lanterna para iluminar o lado externo do local.

– E então, como foi? - Perguntou Ryan em meio ao silêncio, Dean apenas o olha sem entender a pergunta.

– A noite com a Lucy! - Continuou o rapaz, dessa vez mais direto.

– Dá pra falar baixo? Vamos nos concentrar no trabalho! - Murmurou Dean enquanto fitava os seus olhos mais ao longe da fortaleza.

– Ah Dean, você é realmente inacreditável! O cara mais chato que já vi em toda minha vida e ainda assim, conseguiu pegar duas garotas e detalhe! No apocalipse!! - Esbravejou Ryan enquanto segurava a lanterna.

– Como assim? - Estranhou Dean voltando-se para o rapaz.

– Você está com a Lucy agora mas eu sei que a Anne gosta de você, ou pelo menos gostava .. sei lá! Ela outra chata também. - Reclamou Ryan dando de ombros para Dean que ignora tal afirmação.

– Nunca tive nem terei nada com a Anne. - Disse por fim Dean encerrando a conversa.

– Você não entende Dean, você é um completo egocêntrico. Só se importa com você mesmo e agora, com a Lucy. - Persistiu Ryan encarando-o sério. - Você nunca parou para pensar no que a Anne sente sobre vocês dois estarem juntos? Nunca tentou entender o motivo dela gostar tanto de você?

– Já chega Ryan. - Tentou interrompe-lo Dean, mas sem efeito.

– Então Dean, vá lá e converse com ela! Faça todas as perguntas possíveis, deixe Anne ter um momento com você mesmo que seja minimo. Vá antes que seja tarde, antes que ela morra assim como Quinn morreu ... e você não tenha outra oportunidade de entende-la, assim como eu não a entendi. - Remoeu Ryan lembrando-se da companheira que amava.

Dean apenas o encara entendendo a situação do rapaz, que engole a saliva e retorna para sua posição inicial. Dean tenta responder algo mas simplesmente não consegue e logo o momento é interrompido por um grito abafado.

– Socorro!! Me Ajudem!! - O grito agora era soado diversas vezes, por diferentes vozes. Dean e Ryan então, descem rapidamente da torre de vigilância enquanto correm na direção do pequeno grupo que se concentrava na oração que também fora interrompida pelos gritos de ajuda.

– De onde estão vindo?? - Berrou Dean nervoso.

– Aaaah! - Um outro grito surge, dessa vez bastante próximo de todos e quando enfim, percebem que existiam errantes misturados a multidão mordendo-os sem piedade.

– De onde estão surgindo?? - Questionou Rose bastante assustada.

– Vamos pega-los antes que mais alguém se machuque! - Exclamou Léo apunhalando seu bastão de basebol enquanto andejava na direção dos errantes que mordiam os habitantes da Fortaleza.

– Dean! - A voz de Lucy ecoa-se distante.

– Ele vai cuidar de tudo querida, temos que refugiar os que ainda estão expostos em suas casas! - Indagou Albert puxando-a pelo braço.

– Desgraçado!! - Berrou Ryan atirando no errante que se debruçava sobre o corpo de alguém que estava estendido ao chão com suas tripas já expostas.

– Vem dali! - Gritou Selene ao ver uma quantidade razoável de errantes surgindo da parte dos fundos da Fortaleza enquanto se espalhavam pelo imenso local.

– Vamos para lá! - Gritou Léo correndo na direção do local enquanto era seguido por Dean, Ryan e outros homens armados. Os disparos logo começam enquanto aos poucos, os errantes que tentavam adentrar ao local ou o que já haviam entrado, iam sendo eliminados.

– Esses vermes ... surgiram do lado de fora, como isso é possível? - Questionou Dean arfante, eliminando o último dos transformados.

– Por essa abertura. A parte de trás da Fortaleza é rodeada por uma pequena floresta entretanto, a quantidade de errantes que devem passar por ai é enorme, alguns deles devem ter forçado uma abertura já existente e que não tínhamos percebido ainda. - Explicou Rose apreensiva.

Logo mais barulhos puderam ser ouvidos, dessa vez na parte frontal da Fortaleza, batidas no enorme portão de ferro eram constantes.

– Rose, o Thomas já deve ter escutado tudo lá do gabinete. Avise o ocorrido a ele e resolva essa droga de abertura antes que mais deles adentrem! - Exclamou Léo enquanto corria para a parte da frente da Fortaleza, o mesmo é seguido por Dean e Ryan.

Ambos sobem nas torres de vigilância com pressa enquanto observavam a imensa aglomeração de errantes sob os muros.

– Os tiros devem tê-los atraído para cá! - Exclamou Ryan.

– Parabéns! Como você descobriu isso sozinho? - Ironizou Léo pegando uma arma que estava em cima do batente da torre e começou a atirar sobre os errantes.

– O que estão esperando? Atirem !! - Exclamou o loiro enquanto Dean e Ryan começavam a atirar junto ao mesmo eliminando apos alguns minutos, todos os walkers que ali estavam.

Apos tudo se normalizar um pouco e os habitantes irem descansar apos o susto. Thomas pede para Rose reunir todos os atiradores e atarefados no centro da comunidade.

– Lucy! Você está bem? - Questionou Dean enquanto abraçava e beijava a loira.

– Sim, mas o que foi tudo aquilo? - Questionou a loira nervosa.

– Alguns errantes invadiram a comunidade por uma brecha. - Respondeu retornando a abraçar a jovem.

– Eu também estou bem Dean, se você se importasse ... - Retrucou Anne surgindo logo atrás da loira. A afirmação da jovem fez Dean e Ryan se entreolharem por um tempo, que logo foi interrompido por Thomas.

– Não acredito nisso, como essa falha pode existir? Forneçam material suficiente para cobrir aquela abertura! - Berrou o líder aproximando-se dos demais.

– Quantos mortos? - Perguntou o mesmo arfante.

– Cerca de sete, entre eles ... duas crianças que brincavam distraído. - Lamentou Rachel, surgindo no local com seu grupo do Centro de Controle. Thomas então coça a testa visivelmente nervoso.

– Preparem tudo, amanhã faremos o enterro. Não há nada a dizer agora - Foi o que apenas disse o líder retornando para o seu gabinete junto a Rose.


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Notas finais do capítulo

A música é de Imagine Dragons também o/