Radioactive escrita por Artur, Lucas XVI


Capítulo 18
Capítulo 18 : Teenage Dream


Notas iniciais do capítulo

Ooooi gente, não demorou o capítulo porque estava bastante inspirado depois de uma tarde ouvindo Teenage Dream da Katy ( Amém ).O capítulo é grande mas vai valer a pena lê-lo. Eu sei que normalmente não costumo envolver essa de casal nos capítulos, isso fica mais por conta do Artur, mas abri uma exceção e preparei uma surpresa para este capítulo. Boa leitura e aproveitem! VAAAAI BRASIL SIL SIL SIL !!!1



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– Espero que estejam dispostos á ajudar, é claro. Caso contrário, não sei se vão se dar bem aqui. - Ditou Thomas olhando lentamente para cada um, afim de ver a reação deles com aquela regra. - Ou se adaptam, ou saem.

– Estamos dispostos sim, á qualquer coisa que pedir! - Exclamou Ryan, mais rápido e desesperadamente do que gostaria.

– Calminha aí, não faremos "qualquer coisa que pedir", faremos o que estivermos á nosso alcance. - Disse Dean, incomodado.

– Dean, não seja tão teimoso aqui. - Advertiu Lucy.

– Não, ele tem razão. Farão apenas o que estiver ao alcance de vocês. Mas bem, isso pode esperar. - Thomas sorriu e continuo. - Albert e Rose podem levá-los até seus aposentos, se arrumem por lá e depois mando chamarem vocês para a distribuição das tarefas.

– Como quiser. - Concordou Lucy, simpática.

Ao saírem do alojamento de Thomas, foram encontrar Rose junto á Albert, em frente á porta do gabinete do líder da Fortaleza.

– E então? - Perguntou Rose, feliz.

– Ele nos disse que vocês iriam nos mostrar os nossos alojamentos. - Respondeu Ryan, sorridente.

– É claro, vamos por aqui. - Disse Albert enquanto seguia na frente com Rose, juntos.
– Não sorria tanto, parece um idiota. - Advertiu Anne á Ryan enquanto andavam mais atrás da dupla que os guiava.

O rapaz olhou-a com um olhar de confuso, mas ainda sim limitou-se á sorrir novamente á morena que á esta altura o deixara para trás.

Não posso negar que ao menos ela é sincera. - Pensou Ryan consigo mesmo.

Eles tiveram que caminhar lentamente pelas ruas, pois Rose fizera questão de mostrar-lhes todo o âmbito.

– Essa é a área onde as crianças ficam, não sei onde arrumaram esses brinquedos, mas é bem legal. - Indicou a moça quando passaram por uma área semi-pavimentada onde havia sido colocados um Escorregador desgastado, mas firme e algumas gangorras descoloridas com a ação do tempo. Não era tarde, mas ainda assim, nenhuma criança estava no local de recreação.

– Vocês não tem muitas crianças por aqui, não é? - Questionou Dean ao notar a falta dos menores na área projetada.

– Temos sim, é que essa hora eles ficam naquele prédio ali. - Indicou Rose com o dedo, a mulher apontou para uma prédio de apenas dois andares e pintura multi-colorida, provavelmente feita á mão pelas pessoas da Fortaleza.

– E o que eles fazem lá? - Perguntou Anne.

– Aprendem. - Disse Rose, suspirando. - A realidade não está fácil para ninguém, eles tem que aprender o que certo e errado em tempos como estes. E para isso... - Foi interrompida por Ryan.

– Há pessoas capacitadas para ensiná-las. - Ditou Ryan, dando continuidade ao comentário de Rose.

– Exatamente! - Exclamou Rose.

– Oh, isso é importante. - Ditou o velho Albert . - Esse é o lugar onde atuo, ou seja, é o posto médico da fortaleza. - Disse enquanto arqueava o braço destro á um casebre notoriamente destacado por suas cores vermelhas e faixas brancas. - É aqui onde trato as raras ocasiões onde alguém tem alguma enfermidade. Qualquer coisa, estarei lá.

– Bom saber, isso é ótimo! - Exclamou Lucy, fascinada.

Após algumas outras explicações menos importantes sobre a vasta localidade cercada, eles pararam em frente á uma casa amarela simples.

– Suponho que seja aqui onde ficaremos. - Disse Ryan.

– Nossa, que gênio você é! Como descobriu isso por conta própria? - Ironizou Anne, causando alguns risinhos entre Rose e Albert.

– Sim Ryan, é aqui que vocês ficaram. A porta é destrancada, ms por dentro há uma tranca de ferro, ou seja, só coloquem-na quando forem dormir. - Explicou Albert, depois acenou aos demais e despediu-se junto á sua colega de expedição, deixando-os á sós com seu novo abrigo.

Anne tomou a iniciativa e entrou na casa, a luminosidade ainda era suficiente para que pudessem ver tudo o que havia na casa. O local não possuía janelas, mas na porta tinha um olho mágico que permitia distinguir quem estava porta á fora. A sala era composta com uma Televisão, que era totalmente inútil tendo em conta que a eletricidade já não fazia parte da vida das pessoas, um sofá e duas poltronas aparentemente confortáveis. A cozinha não era espaçosa, mas tinha o básico, armários para guardar os mantimentos e gavetas com algumas facas e talheres.

Os quartos eram dois, um ficava ao lado do único banheiro da casa e decidiu que ali ficariam os homens, só tinha uma cama no cômodo, tal como no quarto da mulheres, mas em ambos os quartos mais de um colchão havia sido estocado, possibilitando que alguém da dupla pudesse dormir sob o colchão, no chão.

Depois de arrumarem suas bagagens e mantimentos, aproveitaram o tempo vago para dormirem um pouco, aqui que com objeções feitas por Dean que não conseguia manter-se tão inválido e impotente em meio á uma comunidade de pessoas desconhecidas, então por isso resolveram colocar a tranca na porta.

Depois de algumas horas, já descansados, os quatro estavam reunidos na cozinha, jantando um conjunto com bolachas e até um patê que havia sido estocado na prateleira de comida. A luminosidade ficou por conta das velas que haviam sido espalhadas pelos cômodos da casa, a propósito de usarem-nas quando o sol se pusesse, o qual era o caso.

– Aqui é um boa lugar. - Disse Ryan, tentando quebrar o silêncio que preenchia o recinto.

– Não podemos aceitar tudo como cães treinados. - Disse Dean, jogando sua verdade do nada.

– Do que está falando, Dean? - Lucy estava confusa.

– Sobre as tarefas que nos mandarão fazer, não sabemos os propósitos dessas pessoas. - Respondeu Anne.

– Mas ele disse que só faremos o que nos agradar. - Retrucou a loira.

– Não, ele disse que faríamos o que estivesse ao nosso alcance. - Bradou Dean. - Pense, há muitas coisas que estão á nosso alcance.

– Não acha que vá nos encarregar de... - Disse Ryan, fazendo uma pausa receosa. - de aniquilarmos aquelas coisas, acha? Digo, estamos aqui para nos livrarmos delas e então teríamos que passar por tudo novamente..

– Não é apenas isso, ele pode nos usar para coisas piores, podemos prejudicar outras pessoas, mesmo que indiretamente. - Completou a morena.

– Seja direta, Anne. - Pediu Lucy, pacientemente.

– Ele pode nos enviar em "tarefinhas", dizendo que apenas vamos cuidar de pessoas que ameaçam a segurança dessa fortaleza. - Começou Anne. - Quando na verdade, o que ele quer mesmo é que façamos o trabalho sujo e aniquilemos outros grupos para pegarmos suas coisas, mantimentos, tudo que for útil á ele. - Concluiu a morena.

Ryan e Lucy olharam-se por alguns segundos, consternados.

– Vocês acham mesmo que o Thomas seria capaz de fazer isso? - Quis saber Ryan.

– Não sabemos, mas só para contar, desconfiem de qualquer missão ao exterior dessa fortaleza. Não confiamos ainda neles, e espero estar falando por todos quando refiro-me á Nós. Certo? - Disse Dean, em especial para Ryan, que parecia ser o mais descontente com a conversa.

– Sim, estou de pleno acordo. Estamos, aliás. - Respondeu o rapaz.

O silêncio reinou novamente, mas não por muito tempo.

– Ryan! Ryan! Pessoal tá na hora! - Gritou Rose do lado de fora da casa, enquanto batia na porta.

– Vamos. - Disse Dean mas não antes de olhar para a face de todos e se certificar de que todos haviam compreendido o que haviam discutido na conversa.

Saíram do abrigo deles e fizeram o percurso até o alojamento de Thomas outra vez, mas agora, a movimentação no pátio era maior e mais pessoas estavam do lado de fora de suas casas, conversando com os vizinhos.

– Estranho, não é? - Perguntou Rose ao notar a surpresa do grupo quanto á movimentação do local á noite em relação ao horário da tarde. - Não há toque de recolher, mas também é muito organizado tudo aqui.

Caminharam por alguns minutos até cruzarem todo o terreno pavimentado que separava o abrigo deles até o alojamento de Thomas, o mais surpreendente foi a normalidade das pessoas da Fortaleza em relação aos novos rostos, ninguém parecia realmente se importar ou preocupar-se com o grupo.

Quando enfim chegaram, Thomas estava á espera deles do lado de fora de seu gabinete, e sorriu ao vê-los.

– Espero que tenham gostado do lugar onde ficaram. - Disse o líder comunitário.

– Não vamos entrar para resolvermos nossas funções aqui? - Estranhou Lucy.

– Não será preciso, vou destribuí-las enquanto mostro-as á vocês. - Explicou-lhes Thomas.

– Outro passeio, sério? - Bufou Anne, irritada.

– Não necessariamente, vou só dizer onde fica o lugar onde farão suas tarefas e vocês que farão um passeio até lá para serem apresentados aos locais. - Sorriu Thomas.

– Menos mal. - Suspirou Anne.

– Podemos começar logo? - Resmungou Dean, incomodado pela demora.

– Podemos sim, mas primeiro vou despachar as Damas, se me permite, Sor. - Disse o líder, referindo-se á Dean como Sor.

– É justo. - Falou Dean, vencido.

– É justo. - Repetiu Ryan, empolgado.

O líder virou-se para Anne e analisou-a com um sorriso em face.

– A Dama de cabelos pretos vai ficar encarregada de... - Antes de pronunciar a função decorrente de Anne, a mesma interrompeu-o.

– Anne, meu nome é Anne. - Disse, ríspida.

– Como queira. - Disse e tratou de recomeçar sua frase. - A Anne vai ficar encarregada de ajudar nas supervisões no Centro de controle. - Fez um pausa ao perceber a expressão surpresa da morena e concluiu . - Se ela quiser, é claro.

– Por mim tudo bem. - Disse Anne.

– Ótimo, tem gente lá para apresentar o local e explicar sua devida função. O centro de controle fica.. - E mais uma vez o líder foi interrompido pela morena.

– Eu sei onde ele fica, até mais. - Disse e despediu-se de Dean, Lucy e Ryan.

Após o distanciamento da morena, Thomas sorriu e antes de prosseguir, desabafou:

– Ela tem uma personalidade... Única! - E então virou-se para Lucy. - Minha querida...?

– Lucy. - Apresentou-se a loira.

– Desculpe, não sou muito bom de memória. Enfim, você será bem aproveitada no posto médico da fortaleza, Albert fica por lá e poderia te ensinar algumas coisas básicas. Tudo bem? - Questionou Thomas.

– Claro, ficarei contente em ajudar. - Sorriu a garota.

– Suponho que sabe onde fica o local, mas Rose pode acompanhá-la assim mesmo. - Decidiu Thomas.

Rose que até então estava envolvida na conversa despertou á realidade e sorriu ao acompanhar Lucy até o Posto médico da fortaleza. Thomas esperou-as se afastarem um pouco para então decretar a função de Dean e Ryan.

– Vejamos... Vocês tem experiência com armas de fogo? - Questionou Thomas.

– Temos sim. - Respondeu Ryan, por ambos.

– Ótimo, preciso de vocês para as torres de vigilância da Fortaleza. Alguma objeção? - Perguntou o líder, obtendo um acentuado balançar de cabeça negativamente de Dean e Ryan. - Ótimo, as torres ficam lá. - Apontou para duas construções paralelas e opostas, altas e iluminadas por velas e candeeiros. - Mas vocês só vão agir na torre da esquerda, podem ir.

– Até mais. - Acenou Ryan á Thomas que após retribuir adentrou á seu alojamento e deixou-os seguir caminhada até a torre de vigilância da esquerda.

Anne
A morena abriu a elegante porta de vidro do Centro de controle e adentrou ao edifício, um rapaz loiro encontrava-se sentado sobre uma cadeira na entrada do prédio, estava armado e pôs-se frente á Anne.

– Desculpe, o que faz aqui? - Perguntou o guarda loiro.

– Esperava que alguém de dissesse isto. - Começou. - Sou nova aqui, Thomas enviou-me para " ajudar nas supervisões no Centro de controle".

– Oh, é subindo as escadas. Não há como se perder, eu acho... - Disse sorrindo.

– Grata. - Respondeu a loira e forçou-se á dar um falso sorriso enquanto dirigia-se ás escadarias.

Eram poucas, mais íngremes, os degraus eram de mármore e Anne estranhou toda aquela elegância. Ao alcançar o cume da escada, deparou-se com uma sala totalmente iluminada por candeeiros e grossas velas, onde um punhado seleto de pessoas estavam entretidas com papéis.

– Com licença. - Disse Anne ao entrar, para chamar a atenção de alguém.

– Mais um para nos ajudar, espero eu. - Disse uma mulher de aparentemente 48 anos, com um natural e gentil sorriso em face.

– Sim, Thomas me enviou. - Disse a morena. - Sou Anne.

– Sou Rachel, prazer. Venha, vou mostrar como vai agir aqui conosco. - Disse Rachel.

Anne não intimidou-se com os olhares e sorrisos nas faces das pessoas que olhavam-na para cumprimentá-la e avançou atrás de Rachel até uma bancada junto á janela de vidro.

– Pode ficar aqui nesta mesa. Aqui contabilizamos suprimentos, medicamentos, fazemos médias das pessoas doentes ou insatisfeitos com nossa organização administrativa. É como se fossemos o braço de apoio do líder. - Sorriu a velha mulher.

– Tudo bem. - Anne admitiu mentalmente que aquele seria um papel simples á desempenhar.

– Mas não se resume só á isto, á fiscalizações na Fortaleza. Sobre diversos temas, e somos nós quem fazemos. Além de que, nada ou ninguém sai ou entra da comunidade sem que relatemos ao Thomas. - Completou Rachel.

– Certo, obrigada. - Agradeceu a morena, sentando-se na cadeira junto á sua devida mesa.

– Oh, não há nada para se fazer por hoje para você. Volte amanhã pela manhã e aí sim começará. - Sorriu mais uma vez Rachel.

– Ótimo, obrigada novamente. - Disse enquanto erguia-se da poltrona de deslocava-se até a saída, despedindo-se de seus novos colegas de trabalho. - Boa noite á todos.

Do lado de fora, deparou-se com Rose ajoelhada perante ao altar com a imagem de Deus. A morena aproximou-se lentamente, lamentando sobre as esperanças que Rose tinha naquele Deus.

– Anne, você está por aqui. - Notou Rose, erguendo-se. - Não quer juntar-se á mim?

– Oh não, já perdi minha fé nos Deuses. - Retrucou educadamente Anne.

– A fé não deve ser abandonada, Deus está apenas salvando a humanidade. Os justos sobreviverão, verá. - Profetizou Rose.

– Os justos no caso seriam os que ainda creem em Deus? - Perguntou Anne.

– Exatamente. - Disse Rose soando triste por Anne.

– Desculpe ofender sua fé, mas se isso é verdade, porque continuo viva? Já não tenho fé, desde que isto começou minha fé morreu junto ás pessoas que me rodeavam. - Relatou a morena.

– Talvez Deus tenha outro propósito para você. A fé em Deus não se perde ou morre, Anne. - Advertiu Rose.

– Eu a perdi. - Disse Anne, calma e pausadamente. - Boa noite. - Despediu-se e foi rumo á seu abrigo.

Lucy
– Então, você é médico formado mesmo? - Quis saber Lucy, curiosa.

– Não médico, enfermeiro. Não se preocupe querida, estou ciente do que fazer como o único no Posto médico. - Fez uma pausa e completou. - Bem, até agora.

– Ficarei muito feliz em puder aprender com o Senhor, sempre é bom ter uma equipe de pessoas capacitadas para ajudar as pessoas feridas, doentes, essas coisas. - Disse Lucy.

– É bom ver seu entusiasmo. Aqui vem mais frequentemente pessoas queixando-se de alguma doença, nunca teve casos de operação ou cirurgia. Exceto por um parto, mas foi normal e tudo saiu bem. - Disse Albert, aquilo fascinou a loira.

– Quando começo? - Perguntou, interessada.

– Amanha, á noite não tem movimentação. Amanhã também te mostro onde ficam os medicamentos e utensílios de primeiros socorros. - Respondeu Albert.

– Okay então, posso ir? - Questionou a loira.

– Claro, na verdade eu já estou com sono. Boa noite querida. - Disse o ancião, despedindo-se da jovem.

– Boa noite. - Desejou de volta, saindo do Posto de saúde.

Viu Anne entrar no abrigo e pensou em ir descansar também, mas não resistiu á ver como Dean estava se saindo, havia visto entrando-o com Ryan na torre de vigilância da esquerda e resolveu ir para lá.

Dean
– É um lugar bem estratégico. Ideal para a vigília, aliás. - Comentou Dean ao adentrar junto á Ryan ao cômodo elevado por sob os muros da fortaleza, com visão ampla do exterior.

– Mas a subida não compensa a vista, arf. - Lamentou Ryan, cansado da longa subida. - O que faremos agora?

– Por hoje, acho que um de nós pode ficar com a vigília. Aí amanhã ficamos os dois, ou reversamos. O que acha? - Sugeriu Dean.

– Acho ótimo. - Respondeu Ryan. - Você fica com o turno de hoje.

– Vamos tirar impar ou par, estou tão cansado quanto você. - Rebateu Dean.

– Não, eu vou lá dormir. Você fica por hoje, qual é. Eu sou mais propenso á cochilar e causar uma confusão, tô cansado demais. - Disse Ryan. - Mais do que você, até. Não esqueça que eu carreguei a minha mochila e a da Anne.

– Porque quis, ninguém te obrigou a nada. - Dean suspirou, mas cedeu. - Tá, eu fico por hoje. Explique as garotas e amanhã você que fica com a vigília, hein?

– Beleza! Obrigado Dean, você é o melhor. - Exclamou Ryan, aliviado.

Ryan virou-se de costas para Dean e pôs-se á descer os degraus da escada, rumo ao abrigo.

Alguns minutos depois Dean ouviu o som de passos sob os degraus da escada, cada vez mais próximos e sonoros.

– Ryan? Levou uma bronca do Thomas, acertei? - Disse Dean, sendo surpreendido ao ver Lucy terminar de subir as escadas e se apoiar nas paredes, arfante.

– Errou. - Suspirou a loira, cansada. - Que torre alta.

– É por isso que é uma torre de vigilância. O que faz aqui? - Quis saber Dean, estava feliz em vê-la, mas não fazia questão de demonstrar isso.

– O Albert me dispensou e ainda não estou com sono, então pensei em vir ver você o Ryan, mas daí vi ele descendo e acabei vir vendo só você aqui mesmo. - Explicou-se Lucy.

– Tudo bem. - Disse Dean sentando-se no chão para apreciar a vista do exterior, a muralha da fortaleza erguia-se 5 metros do solo e a Torre de vigilância erguia-se 2 metros acima dos muros, o que dava-lhes uma visão ampla.

– Parece um sonho, não? - Disse Lucy sentando-se ao lado de Dean. - Não a fortaleza, o fato de estarmos juntos, nosso grupo.

– Quase um sonho. - Admitiu Dean.

– Não, a Quinn fazia parte disso e se foi, eu chorei e sei como foi triste, mas um sonho tem seus defeitos. Mas ainda assim, isso é um sonho. - Disse Lucy, convencida.

– Realmente, eu nunca pensei que sobreviveria por tanto tempo e que estaria em companhia. Ou que seria capaz de... - Disse o rapaz, parecendo meio nervoso. - de...

– De encontrar um amor...? - Tentou completar Lucy, tão nervosa quanto Dean. Os dois olharam-se por um longo tempo, perdidos nos olhares opostos, somente eles e uma grande lua sob o céu, até que Dean disse:

– Não um amor. - Começou, e antes de continuar sorriu á loira. - O amor.

E ali, sob o luar resplandescente, Dean tomou Lucy em seus braços e abraçou-a com um ternura que sequer ele sabia que possuía tal gentileza, Lucy sorriu e envolveu a face de Dean em suas pequenas e frágeis mãos, e depois, para os lábios se tocaram bastou um segundo... E eles estavam aos beijos, ali, na escuridão. Iluminados apenas pela luz da lua, levando-os ao chão, unidos. Lá, o antes úmido e frio chão tornou-se quente e aconchegante e o casal selou mais um beijo, como em um Sonho de adolescente.


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Notas finais do capítulo

YOU MAKE ME FEEL LIKE I'M LIVIN' A TEENAGE DREAM (8)



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