Você Pertence a Mim escrita por Katherslyn


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Sábado é dia de atualizar VPAM, mas ontem eu tava meio por baixo, desanimada. Por isso, postei hoje, num domingo.



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Um pouco antes de bater o sinal, anunciando o fim do período letivo do dia, fui até a biblioteca, fazia um tempo que eu não visitava Geovanna. Me lembrava de que ela havia dito que estava indo ao médico e tomando medicamentos, e que não era nada grave.

Conversamos sobre algumas coisas. Ela fez perguntas sobre Marcus e eu, porque da última vez que parei pra falar mesmo com ela, eu disse que estava mal pelo término.

Eu desabafei. Falei que estava superando, porém, sentia uma certa saudade dele.

– Estou seguindo em frente, claro. Só achei estranho ele ter pedido pra voltar comigo. Marcus disse que se eu quissesse, ele terminaria com Ângela por mim. Quase tive a impressão... Bom, deixa pra lá.

Geovanna não respondeu, ficou pensativa. E fui responder as mensagens de Daisy, quando ela resolvia mandar mensagem pra alguém, mandava dúzias.

"Onde você está? -D"

"O que está fazendo? - D"

" Por que não ta respondendo? - D"

"Não te vi no fim da aula, tava te procurando. - D"

" Olha, o D é de Daisy, ta, sou eu. Responde"

"Okay, vou direto ao assunto. A Vivin, uma amiga minha, conseguiu um estágio numa empresa de modelos, e ela disse que uma caça-talentos vai almoçar no shopping hoje, e eu quero estar lá pra tentar chamar a atenção dessa mulher. Vem comigo? Eu chamaria outra, mas não quero ninguém me ofuscando"

" Olha, deixa, você demorou demais pra responder. Não quero mais"

" Brincadeira, quero sim"

" Sua bateria descarregou? Foi sequestrada? Responde"

"Minha prima Vivian disse que vai comigo, ela até prometeu ir vestida de mendigo. Não preciso mais dos seus serviços, adeus"

Respondi com um simples "boa sorte", não tinha muito o que falar. Todas as mensagens foram mandadas durante doze minutos, Daisy era bem... Daisy.

Desliguei o celular e olhei pra Geovanna, e ela continuava pensativa. Perguntei se estava tudo bem, e ela me pediu pra esperar um pouquinho.

Geovanna se levantou, abriu uma gaveta e tirou uma pasta azul de lá.

– Tenho registro de todos os alunos que tem cadastro na biblioteca. Marcus tem um. - ela disse, procurando por algum papel específico.

– Não entendi onde quer chegar. - comentei.

– Lembra quando você disse que Marcus veio com os tios? E que mora com eles? - fiz que sim com a cabeça. - Então ele começa a sair com a Ângela.

– Hum... Acha que isso tem ligação? - perguntei, rindo. Ao ver a cara dela de seriedade, me recompus. - Olha, acho isso bem improvrável. Que relação teria?

– Não sei. - ela respondeu. - Mas estou seguindo minha intuição.

Antes que eu pudesse perguntar algo mais, o sinal anunciando a entrada da turma da tarde tocou, e Geovanna me dispensou.

– Vou averiguar algumas coisinhas, mas amanhã conversamos.

Saí pelos fundos, e voltei pra casa a pé. Precisava pensar um pouquinho, respirar ar puro. E o que mais me incomodava era que eu tinha tirado 8 em uma pesquisa da Bathilda, e pela primeir vez, eu não era o aluno com a maior nota.

O que eu estava fazendo com a minha vida? Eu realmente precisava de um tempo sabático.

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No dia seguinte, antes que su pudesse chegar perto do corredor da minha sala, Geovanna me chamou e me puxou pelo braço pra um canto.

– Ainda bem que você apareceu, menina, tenho que te contar algumas coisas. - ela disse, me entregando uma folha.

Olhei para a folha, era uma ficha do Marcus da biblioteca. Não entendi.

– Você sabe sobre os pais desse rapaz? - Geovanna me perguntou, ansiosa.

– Não. - respondi, râpido demais. - Era um acordo nosso, não falar dos nossos paz.

Geovanna me olhou com pena, ela sabia sobre a minha mãe. Então tentou mudar de assunto rapidamente.

– Os tios de Marcus, Débora e Aécio, vieram pra fazer negócios com os pais de Ângela, Dorival e Mariana. Nem sei porque não liguei os sobrenomes, minha sobrinha havia me dito semanas atrás. Ela trabalha com os Doriana, e volta e meia fala algo deles.

Doriana era o nome da companhia dos pais de Ângela. Não era uma multinacional, mas eu sabia que dava dinheiro. Mas eu não sabia o que dizer sobre isso, o que os pais de Ângela ou os tios de Marcus tinham comigo?

– Agredeço pela informação, Ângela, mas não vejo como...

– Não percebe, Taylor? Talvez ele tenha sido obrigado a namorar com ela, pelo bem dos negócios da família. - ela disse, esperançosa.

– Obrigada pela informação. - falei, sem querer ser rude ou transparecer minha incredulidade.

Eu podia ser uma sonhadora, mas contos de fada estava nos livros.

– Disponha. - Geovanna respondeu, indo embora toda contente de si.

Entrei na minha sala, com pena dela. Geovanna era uma sonhadora. Tinha casado umas três vezes, em busca do seu grande amor. O cara certo, o terceiro, tinha morrido uns cinco anos atrás. Se dependesse dela, todos teriam uma história de amor digna de um filme, e eu achava fantasioso demais.

Uma parte de mim queria acreditar, só que o lado racional... Pensar que Marcus ficaria com alguém por obrigação, isso era esquisito. Eu conhecia ele, ou achava que conhecia. Marcus não era desse tipo, ele não ficaria com alguém a menos que ele quissesse.

Depois de duas aulas seguidas de português e uma de redação, fui para o intervalo com os dedos todos doloridos de tanto escrever. Passei por Daisy, ela estava cercada de garotas que ouviam atentamente tudo o que ela falava. Ela acenou pra mim e fez um gesto positivo, ela provavelmente tinha conseguido algo bom.

Passei por Melinda e perguntei se ela iria pra fora comigo.

– Não, vou passar o intervalo na biblioteca. Tenho teste de inglês no quarto horário e quero dar uma última revisada na matéria. - ela me informou.

E mais uma vez, eu estava sentada sozinha no jardim da escola, sentindo a brisa do vento, com meu livro no colo. Alguns meses atrás, eu teria achado isso normal, mas agora, eu sentia falta de algo. Eu queria alguma coisa a mais.


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Notas finais do capítulo

Alguém gosta de Amor Doce? Comecei uma fic sobre o jogo, Sweet Amor Doce. Passem lá



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