Pov. Autora/Jonathan
Satisfeito após o seu pequeno sucesso Sebastian se joga na calma com os braços atrás da cabeça e o usual sorriso cínico na cara. Sua satisfação não dura muito pois logo surge o vazio que o perturba a tempos.
O seu apartamento é grande, tem cinco quartos entre eles somente o de Sebastian esta ocupado, e uma suíte com hidromassagem que antigamente pertencia ao Valentim, agora esta vazia assim como a maior parte do apartamento. Tem uma enorme sala que obviamente foi feita para receber muitas pessoas, além da cozinha e sala de jantar.
Incomodado ele vira pro lado mudando de posição, focando a visão em nenhum ponto particular na parede a frente. Se perguntando: Se algum dia essa sensação de buraco em seu peito vai passar? Essa dor indefinida algum dia vai deixa-lo em paz? Ele acredita que sim. Se tiver alguém que o ame ao seu lado ele esquecerá a dor, e quem sabe talvez preencha seu peito.
Clary e Jace são os únicos que restarão pra ele, e não vai desisti de tê-los. Eles são iguais a min tem que me entender! Sua mente alucinava sem parar.
Tentando organizar os pensamentos repassa o acontecido a pouco com Simon, tem algo que o irrita nele, mas o que?
– Oh! Deixa escapar se dando conta que Simon o irrita porque ele tem o que tanto ele almeja. Como não percebeu antes? com Jace foi a mesma coisa, ele sente a inveja de ambos terem o amor que deveria ser seu. Jace tão cheio de si, arrogante, dramático e sentimental teve o amor de "pai" de Valentim, tem o de Clary também. Simon desajeitado, fraco e fiel tem um lugar permanente na vida de Clary mesmo com destinos completamente diferentes eles o driblam. E o que dói mais é saber que Jocelyn o considera como filho!
A ideia de que foi substituído por esses dois causa imenso ódio que se mistura as amarguras de anos.
Por fim seu corpo sede ao cansaço e acaba adormecendo.
Era uma manhã fria primeiro dia de inverno, não havia nenhum pássaro no céu todos já tinham migrados pra lugares quentes e aconchegantes. Jonathan aos seus 10 anos estava sentado na janela olhando ansioso para fora. Valentim levo Bella as compras, ela queria compra presentes para o Natal. Com persistência consigui o convencer Valentim a leva-la.
Em meio a neve surgem duas pessoas com sacolas e sacolas nas mãos vindo em direção a casa, Jonathan sai correndo em dispara para atende-los.
– Oi Jonathan! a garotinha sorri pra ele.
– Olá Bella, olá papai! o garotinho os comprimento.
– Jonathan! termino sua aula de piano?
– Sim senhor.
– Jonathan olha o que o Valentim compro pra nos! Bella empolgada mostro o pássaro dentro da gaiola. Penas negras como a noite e olhos vermelhos como rubis. Os olhos verdes do menino brilharam.
– Uau ele é lindo! Obrigado pai.
– Ahn eu quero que vocês dois domestique o pássaro para obedece-los, que mostre que podem comanda-lo, entenderam?
– Sim senhor. disseram em uni solo as crianças.
– Certo então vou para cima terminar as minha pesquisas não me incomode.
– Tudo bem.
Assim que Valentim se foi Bella se jogo no sofá e começou a mostra o que havia comprado feliz da vida. Ela compro boneca, bola e outros diversos brinquedos para os dois, depois deixaram todos os brinquedos de lado e se concentraram no pássaro ecoado em sua gaiola, tentaram acaricia-lo porém eram correspondidos avidamente com picadas em suas mãozinhas e dedinhos. Com o tempo conquistaram o bichinho que passou a retribui-los os carinhos, orgulhosos foram mostra o feito para Valentim. O corvo não mas ficava na gaiola e sim no ombro dos pequenos que se divertira.
Entraram no escritório e Valentim estava sentado em sua cadeira lendo diversos papeis que se espalhava pela mesa.
– O que querem? o homem pergunta rudemente.
– Fizemos como o senhor ordeno, ele nos obedece agora! diz a garotinha gesticulando para o pássaro.
– É?
– É papai ele não pica mais a gente e quando voa sempre volta pra nos. fala o garoto acariciando o pássaro ao seu ombro, o corvo se inclina mais apreciando o carinho.
– Vocês não o domesticaram! Valentim fala com um brilho cintilante e assustador nos olhos.
– Mas... Bella tenta falar e ele a interrompe.
– Vocês ensinaram ele a ama-los, eu ordenei que o domestica-se podia ter arrancado os olhos dele pra isso! agora ele já estava em indo em direção dos garotos que se encolheram com os gritos. O homem ensandecido e desprovido de qualquer emoção agarro o corvo do ombro do garoto e quebro o pescoço no pequeno animal que fico sem vida caído nos pés dele.
– NÃO! bella gritou em vão já soluçando, Jonathan por sua vez estava paralisado perplexo olhando do pássaro para o carrasco.
– Amar é destruir, e ser amado é ser destruído! Valentim fala com a voz fria como gelo e afiada como faca.
– VOCÊ NÃO TEM O DIREITO QUE FAZER ISSO! Bella o encara indignada estreitando os olhos para evitar mais lágrimas.
– Cale a boca! Nunca grite comigo. Valentim diz levantando a mão para esbofetear a garota, nesse momento Jonathan volta a realidade e entra na frente de Bella interceptando a mão de seu pai com sua própria.
– Saia da frente ou vai sofrer as consequências. ele ameaça.
– Não! Jonathan fala com determinação cerrando os dentes pra manter o aperto na mão.
– Não me ouvi? Amar é destruir, e ser amado é ser destruído! Vai deixar que essa garotinha o destrua Jonathan?
– Se isso a protege-la vou! o seu sangue já fervia de raiva, não sendo mais necessário tanto esforço para segurar a mão do pai.
Valentim fico espantosamente surpreso com a declaração do filho, cravou os olhos na menina pálida e tremula com olhos cinzas como a tempestade inundados de lágrimas encolhida atrás de seu filho. Percebeu que ela era a fraqueza de Jonathan.
Bella era filha de Annhia Katherine uma amiga bem próxima, ela era viúva e assim quando morreu ele fico com a menina a pedido dela. Prometeu cuidar de Bella, que fico órfã aos 7 anos, e desde então vive com ele e seu filho biológico Jonathan.
Não havia criado o filho pra ser destruído por essa menininha insolente, pego o braço de Jonathan e o arrasto até o porão, percebeu que a ela os seguia, não se incomodo queria que ela veja o que tinha causado, que o teme-se e que nunca mais o desafiasse. Chegando lá o joga no chão e pega um chicote que se encontrava em cima da mesa lotada de caixas.
– Nunca me desafie Jonathan! ele desceu o chicote no garoto, acertando o no braço e uma parte das costas.
Jonathan se protegia como podia, cobrindo o rosto com os braços e se arrastando pra longe até não ter pra onde fugir, estava encurralado na parede com o chicote lambendo suas costas deixando um caminho em chamas onde tocava.
– Não toque nele!
Ao som da voz levanto a cabeça e viu Bella em sua frente com uma espada em mãos apontada para Valentim que parecia tão surpreso quanto ele. Bella era doce, carinhosa, pequena e franjo mas a garota em sua frente era pura coragem e determinação.
– Ousa me desafiar?
– Não sou estou protegendo ele....
Um calafrio subia minha espinha até minha nuca, eu não me importo de sentir dor, não me importo com o que faça comigo mas com ela.... não permitirei que nada a machuque, não suporto ver lágrimas em seus olhos cinzas tempestades dor em seu rosto de porcelana tão branco quanto a neve emoldurado por cachos negros. Me forço a ficar em pé ignorando os protestos de seu corpo que fraquejava não sabia se por dor ou medo, procuro apoio na parede, espero me preparo o máximo possível para entra em sua frente e protege-la com meu próprio corpo. Meu pai nos observa ponderando a melhor solução por fim diz:
– Muito bem considere isso como aviso. Já que se importam tanto um com outro se um de vocês me desafiar novamente o outro pagará, entenderam?
– Sim.... senhor. responde juntos.
– Saiam vão para seus quartos.
Jonathan ainda apavorado que Valentim castigue ela a arrasta porta a fora ela demora uns segundos a se mover ainda encara Valentim porém relaxa com seu toque assim a baixando a espada lentamente e seguindo o caminho com ele. Entram e tranca a porta por dentro, Bella desmonta em seus braços o abraçando pedindo desculpas e perguntando as soluços se ele esta bem, mesmo sentindo as costa e a lateral do corpo em chamas ele retribuir o abraço afirmando que esta bem, esta tudo bem, que ela não tem do que se desculpar. Ele seca suas lágrimas, segura delicadeza seu pequeno rosto fintando as tempestades de seus olhos, fala suave e ternura:
– Eu prometo que sempre vou te proteger, não preciso de nada se você esta comigo. eles sorriem.
– Essa vai ser nossa promessa, eu prometo que sempre vou te proteger. ela o abraça e ele fica extremamente satisfeito pelo simples e grandioso fato dela existi.
Sebastian/Jonathan desperta sentindo o calor dos braços dela envolta dele se dissipar, assustado com o corpo suado e ofegante, fazia tempo que não tinha sonhos revivendo memorias dela tão realista. A saudades e o desespero o dominava, saio da cama descalço a procura de algo dela para se apegar. Só nesses momentos desesperando sinta que tinha coração, sabia que estava em cacos porque era isso que a ausência dela causava nele. Na parte de cima do guarda roupa ele mantinha uma caixinha prateada e em dourado as letras B. W. as iniciais de Bella Whittlem. Dentro tinha a ultima foto que tiramos juntos, era verão estávamos comemorando o aniversario de 15 anos dela, eu sou uns meses mais velho que ela e muito mais alto também, assim ela chegava ao meu ombro que ela usou de apoia para a cabeça. Lembro desse dia, as bochechas coradas de tanto rir, o lugar era um parque de diversão, eu tinha ganhado o urso rosa que tá na foto pra ela, era o maior da barraca, ela dava pulinhos de alegria quando pediu pra uma senhora tirar uma foto nossa, eu sorria a abobado. Mau ele sabia que depois de alguns meses iria perdê-la pra morte, eu morri junto dela também, a mudança de nome caio bem afinal eu me torne outra pessoa depois de perdê-la. Encaro a caixinha em minhas mão e noto a semelhança que ela tem com a caixinha que minha mãe tem do filho que ela perdeu. É ironias da vida...