Pov. Simon.

Com a respiração acelerada vejo Sebastian vir em minha direção como um predador caçando sua pressa. Sei que não tenho tempo a perde. Para ter a mínima chance de vencer tenho não posso desperdiçar nem um segundo. Solto a flecha que deveria cravar em seu coração, porém ele a desvia com a espada infernal. A essa distancia flechas não são mais útil então pego a espada na minha cintura me preparando para o impacto. A colisão de nossas espadas anuncia o que já era esperado. Guerra!
Percebo a surpresa em seus rosto devido ao bloqueio eficaz de seu golpe. Aproveito o momento para um ataque surpresa em seu flanco esquerdo. Não surti o efeito desejado por min mas foi o bastante pra desequilibra-lo. Assim tomo o controle da luta. O que ele não esperava. Dou um sorriso vitorioso.
– Muito bom, mais não o bastante pra min vencer. diz me atacando com diversos golpes.
Com dificuldade me defendo. Me afasto pra trás um, dois, três passos. Os ataques são rápidos, quando mau acabo de me defender de um vem outro, não consigo me restabelecer a tempo de contra atacar. É ai que percebo meu erro. Nesse ataque ele me acerta em cheio no ombro direito. Ele se distancia alguns passos e observa o estrago com um prazer demoníaco estampado na face. Maldito desgraçado!
Afundo mais meus pés no chão procurando apoio. Liquido vermelho escore do meu ombro ferido. Sinto uma dor indescritível. Como se algo dentro de min estive-se sendo arrancado. Por que? o corte fez um estrago feio, mas não o bastante pra causar dor tamanha. Pontinhos pretos escurece minha visão. Meu corpo inteiro borbulha como se tive-se sido atingido por diversos estilhaços em chamas. A espada cai de minhas mãos. Ouço a gargalhada sinistra de Sebastian.
– O que foi? não era isso que queria?
O que? do que ele esta falando? Meu mundo girava a uma velocidade impressionante, fraquejo e caio no chão. Ele circula ao meu redor e continua a falar:
– Esse é seu teste, se sobreviver vai ter o que deseja. Fico com o livro como uma pequena gratificação. Você me deve e vou compra-lo, não se esqueça!
Dito isso ele se abaixa, me empurra pro lado e pega o livro. Tento me mexer. Não tem efeito. Meu corpo esta em colapso, estou agonizo. Paralisado no chão vendo Sebastian sair andando, desaparecendo nas sombras, deixando a espada infernal caída próximo a min. Palavras do anjo vem aos meus ouvidos: só quem tem mais bem que mau é capaz de sobreviver a um golpe da espada infernal, caso ao contrario ela é fatal. Mesmo um pequeno corte é capaz de matar o oponente.
Argh... meu coração da uma forte palpitada. Respiro com dificuldade, meu peito arde, o coração continua a palpitar como uma bomba relógio na contagem regressiva. Deixo escapar um gemido de doloroso.
Será que significa o fim? Meus amigos estão bem?
Não me arrependo do que fiz, tudo foi para protege-los. Imagens borradas dançavam sobre meus olhos tornando tudo uma ilusão inacreditavelmente bonita. Por fim me entrego a inconsciência.
Hesitante abro os olhos, não sinto mais dor. Corpo e alma leves, em completa paz como nuca antes. O que me faz acreditar que morri. Olho ao redor, estou flutuando num mar de lembranças. Uma em especial chama minha atenção: Nela tô ao lado do meu Pai em um campo verde, ele ensinando-me arco e flecha. (Eu não consigo acerta o alvo, decepcionado comigo mesmo eu jogo o arco junto da aljava no chão. Papai se aproxima, coloca uma mão no meu ombro pacientemente pergunta "Filho você gosta de arco e flecha?" "Sim papai mas.... eu não consigo aprender" ele sorri pra min e fala “A persistência é o caminho do êxito.” pego meu arco e uma flecha e tento mais algumas vezes até que consigo acerta o alvo. Feliz sorriso para meu pai, posso ver em seus bondosos olhos verde mar orgulho de min.) Minha alma se aquece de alegria. Por causa dele eu pratico arco e flecha desde pequeno, de algum modo me faz sentir próximo dele. Quando ele se foi Luke continuo a me ensinar.
Aos poucos imagens do meu pai se vão, em seu lugar aparece minha mãe. (Eu em meus 5 ou 6 anos chorava em seus braços por ter caído machucando os joelhos. O abraço maternal dela me acalma e paro de chora, ela sorrindo pra min, diz "esta tudo bem querido, a nossa maior glória não esta no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.". Minha irmã que me olhava preocupada sorri aliviada com as palavras de nossa mãe). Sinto o sorriso se forma em meus lábios.
Caio em outro lugar, uma fazenda. Reconheço como a fazenda do Luke. O dia esta ensolarado, eu corria atrás de uma garota baixinha de cabelos vermelhos, parecia chamas ao vento. A garota vira para min chamando-me com um sinal de mão, ela sorria. "Venha Simon, me siga" tento segui-la mas não consigo. Ela para distante de min, sua expressão muda, a face expressa dor. Uma lágrima solitária cai de encontro ao chão. Essas imagens também vão sumindo. Fico angustiado, não consigo.
O que antes era dia ensolarado agora é noite iluminada pela lua cheia. No terraço estava uma visão terrivelmente linda: Izzy. O longo vestido branco esvoaçava com a brisa suave. Ao redor do seu pescoço estava a habitual corrente grossa de prata, com o pingente vermelho escuro pulsando em constate com a pele sua de porcelana. Os cabelos negros livres ao vento emoldurava seu belíssimo rosto. Por reflexo diminuo a distancia entre nos. Encarava a imensidão azul de seus olhos magnéticos que toma conta de min. Tento toca-la mas sua imagem fica tremula. "Izzy por favor fique!" peço desesperado, ela da um sorriso tristonho e com os olhos se enchendo de lágrimas diz "não sou eu que esta indo embora... é você que esta se afastando de min" "eu... não entendo... por que?!" Em seu rosto lágrimas grossas descia de seus olhos redondos "Simon não desista.... fique comigo por favor... Você tem uma promessa a cumpri.... Por favor não me deixe!" Ela falava com a voz embargada pelo choro e soluços. Ela também desaparece e eu fico sozinho desolado. Meus pulmões se comprimiam em uma culpa que eu não sabia de onde vinha. NÃO. Não. Me recuso a deixa-la... eu a amo. É so isso que consigo pensar.
Luz dourada me cega temporariamente. Dela surge Raziel em todo resplendor celestial. Confesso que me irrito por vê-lo. Não me entenda mau. Quero ver Izzy, não ele.
– Estou morto? pergunto temendo a resposta.
– Não. respiro aliviado com a resposta.
– Mas quase morreu. engulho seco.
– Você tem mais bondade do que maldade em seu coração vai viver. Quase morreu porque estava se entregando a memorias boas e desistindo de lutar. Essa garota Isabelle não te deixo parti. Vocês estão unidos por laços fortes. Clarisse também ti ajudo o quanto pode, ela já salvo sua vida uma vez é pedir demais que ela de salve de novo, tenho certeza que se ela pode-se ela faria. Mas definitivamente foram as lágrimas da garota Isabelle que fez sua alma se rebelo. No ultimo instante você se recusando a parti. diz ele sorrindo.
Confesso que as revelações do anjo me surpreendera, mas nem tanto, conheço minha garota ela é teimosa demais pra me deixar ir pra longe dela. Estou contente por tê-la comigo. Não sei se mereço elas. Clary minha melhor amiga sempre me protegendo, rio. Izzy a garota maravilhosa que eu amo, sempre tão determinada, decidida, mandona, e linda...