O Filho da Lua escrita por Murillo França


Capítulo 17
XVII – Volta as Aulas.


Notas iniciais do capítulo

Até quando a escuridão parece mais poderosa, a simples luz esmaecida de uma vela irá acabar com as trevas.
Gente, desculpa o hiatus, mas houve alguns imprevistos, explicarei mais na descrição do próximo capitulo.



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Voltar a escola era um desafio pra Matheus, depois de passar tanto tempo no paraíso submarino que era Atlântida, voltar e ter que ir pras aulas da terra não parecia nada agradável. Aliais, não era nada agradável. Matheus Luna e Igor iam ficar no primeiro ano do ensino médio, Guilherme, Diana, Bryan e Lipe no ultimo ano, terceirão.

Diogo apareceu, por alguma razão ele estava mais aéreo, e parecia fora do comum. Oh, nossa, o que será que aconteceu com ele? Luna e Matheus assumiram um passo importante, colocaram “um relacionamento serio” no face, o que obviamente causou algumas fofocas na sala de aula.

–Eles vão continuar falando! – comentou Luna, num tom de gozação.

–Viramos o assunto da sala – comentou Matheus no mesmo tom.

–Antes você me abusava, eu falava mau de você, agora estamos namorando, então falam que sempre sabiam que isso ia acontecer, ou as mais picantes como “ela é uma vaca que não se valoriza!”

–Não se esqueça de: “Ele está com ela por pena” ou “Ela sempre gostou dele mas nunca quis admitir”!

Os dois riram e se beijaram, mas o professor entrou na sala e Luna saiu rapidamente do colo de Matheus. Até que o dia foi divertido. Primeiro dia de aula nunca tinha nada de importante e os professores pegavam leve. As coisas só ficaram difíceis depois que Matheus chegou em casa pra almoçar, ele ia sair com Luna então tratou de comer rápido.

–Filho, temos que conversar – informou Rafael Simon.

–Fala pai, mas ó, tenho que ir ver a Luna e da ultima vez que você disse esse roteiro, eu descobrir que sou meio peixe.

–É sobre isso, filho, é que tá na hora de você escolher! – exclamou Rafael.

–Escolher o que? – perguntou Matheus.

–Temos que ir pra Atlântida, viver juntos como uma família. – explicou Rafael.

–Tenho amigos, uma namorada, uma vida aqui, e não podemos mover mais a pedra da lua até darmos um jeito em Otavio. – argumentou Matheus.

–Eu sei mas... filho, preciso que você vá com a gente assim que isso acabar.

–Pai, eu não posso, preciso viver entre os dois mundos agora.

–Isso não é um pedido, temos que ir, sua mãe não pode ficar dormindo na água com medo de perder a cauda quando vem a terra e...

–ELA NÃO PODE? E EU? EU POSSO FICAR SOBRE PRESSÃO? – Rafael ia falar alguma coisa mas Matheus moveu a mão e desapareceu da sala.

–O que houve? – perguntou Luna quando o namorado apareceu na sua sala.

–Meu pai estava me pressionando pra ir pra água – respondeu e rapidamente contou toda a conversa – o correto é eu viver entre os dois mundos antes deu decidir, e ele já quer que eu escolha?

–Ele só quer ser feliz com sua mãe, mas tá sendo um egoísta, eu aposto que Venus nem sabe disso – comentou Luna.

–O que eu faço? – perguntou.

–Não se decida, você é jovem ainda, simplesmente conte pra sua mãe. – sugeriu a Wicca beijando o rosto de Matheus.

–Você é fantástica sabia?

–Sim, sabia! – os dois se beijaram apaixonadamente.

–Você não precisa escolher agora meu amor! – disse Venus depois que Matheus contou sobre a conversa com Rafael. – vou falar com aquele retardado.

–Não preciso mesmo? – perguntou Matheus.

–O que você precisa, é estudar, namorar, e crescer, só isso! – respondeu Venus.

No dia seguinte as aulas foram mais puxadas, porem, aconteceu algo bem interessante. Mas não no bom sentido. Quando eles saíram da escola, eles viram três figuras estranhas os esperando, eram demônios marinhos, estava bem na cara. Não houve luta, os grupos apenas se encaram e caminharam.

–Agora com certeza ele sabe! – comentou Diana.

–Não íamos te esconder pra sempre. – comentou Guilherme.

Pior mesmo, foi naquela madrugada. Matheus acordou ouvindo uns barulhos estranhos e altos, olhou pela janela do quarto e viu claramente Lipe e Bryan sendo atacados por demônios. Ele estendeu a mão e moveu um dos demônios com o poder telecinético, em seguida usou mais uma vez seus poderes e fez com que Bryan aparecesse em sue quarto, quando ia salvar Lipe, os demônios o cercaram e sumiram com o tritão.

–Hey! – exclamou Matheus.

–Eles querem a pedra, por isso nos trouxeram pra cá, pra que você nos visse – contou Bryan.

–Que boa volta as aulas... – comentou Matheus saindo do quarto e indo pro quarto de hospedes onde Diana devia estar.

Ela estava, mas não estava sozinha. Guilherme e Diana dormiam juntos, era até uma visão fofa. Mas Matheus não tinha tempo, deu um berro e eles acordaram.

–Otavio mandou os demônios levarem Lipe e Bryan, conseguir salvar Bryan mas eles ainda tem Lipe, levantem-se e me ajudem! – disse rapidamente assim que os dois pularam da cama.

–Vamos precisar de equipamento – exclamou Guilherme se levantando e pegando o tridente.

Diana pegou a tiara e Matheus já estava com o colar.

–Sabe onde devia ser a troca? – perguntou Matheus.

–Sim, o demônio disse que ia ser no Humaitá. – respondeu Bryan.

–Ótimo, vamos salvá-lo – disse Guilherme.

–Não podemos aparecer sem a pedra – comentou Matheus.

–Math, sabe quanta energia vai ser necessária pra quebrar a proteção e molhar aquela pedra da lua? – perguntou Diana – Não tem como o Otavio conseguir absorver o poder dela!

–E vamos levar uma falsa! – argumentou Guilherme – Pedimos ajuda a Luna, pegamos uma pedra semelhante, e ela a encheu com energia, depois colocou uma proteção, vai engana-lo o tempo suficiente pra resgatarmos Lipe, e o melhor, isso vai nos dar uma vantagem enorme.

–Como assim? – perguntou Matheus.

–Luna impregnou essa pedra, – Diana tirou uma pedra idêntica a pedra da lua da gaveta ao lado da cama – Com magia negra, ele vai se envenenar assim que quebrar a proteção. O perigoso...

–Não vamos comentar – pediu Matheus – Vamos logo!

Os quatro saíram da casa prontos pra ação que teriam, andaram lentamente em direção a água, despindo-se das partes de cima e das vestes e entrando na água. Eles bateram as caudas e nadaram em alta velocidade, Matheus notou o sutiã de Diana, não era uma sutiã, era um biquine de conchas, ela estava preparada. Então, ela, Gui, Luna e provavelmente Bryan e Lipe combinaram uma estratégia. Lipe não seria pego facilmente, não com os poderes das serpentes.

–O que escondem de mim? – perguntou fitando Guilherme.

–Saberá em dez segundos.

Dez segundos depois eles chegaram no local da troca, as caudas sumiram e eles esperaram. Otavio apareceu cercado por vários demônios das águas, e Lipe com as mãos amarradas.Guilherme se aproximo segurando a pedra falsa, Otavio parecia seguro e no suspeitava de nada, aparentemente pelo menos. Matheus aprendeu a nunca subestimar o tio, e isso quer dizer, que o plano que Diana e Gui fizeram, pode não dar tão certo.

–Qual é o truque? – perguntou Otavio – Qual é? Vocês nunca me entregariam a pedra assim. Qual o plano?

–Não tem truque tio, simplesmente sabemos que não tem como você abri-la sem nossa energia, estamos lhe dando uma arma sem balas – respondeu Guilherme.

–Quem é ela? – perguntou Otavio apontando pra Diana.

–Alguém que você não merece conhecer! – respondeu Guilherme – Agora, a pedra pelo garoto.

Otavio moveu uma mão e o demônio mais próximo desamarrou Lipe que correu até eles, então Guilherme jogou a pedra nas mãos do tio. Tudo parecia ter acabado e eles supostamente tinham se dado bem, mas Matheus sentia o que estava prestes a acontecer. Surgiram muito mais demônios aquáticos cercando os jovens Atlantis.

–Armadilha! – exclamou Diana.

–Matheus, tira a gente daqui! – exclamou Guilherme, e todos seguraram em Matheus, mas o jovem não conseguiu orbitar.

–Sua magia é forte, mas a nossa junta é muito mais! – comentou Otavio – Vou sugar a energia de vocês, todos vocês.

Matheus olhou pra os amigos, todos pareciam sem reação, então ele assumiu a liderança.

–LUTEM! – Mandou Matheus atacando o primeiro demônio que viu com a dominação de água.

Guilherme usou seu poder de congelar o tempo para congelar o maximo de demônios que pudesse, enquanto que Matheus e Diana usavam os poderes sobre a água pra destruir aqueles que foram afetados. Lipe e Bryan utavam usando seus poderes de invisibilidade e densidade corpora, mas nesse meio tempo Otavio já estava tentando quebrar a proteção da falsa pedra da lua, a ficha do vilão caiu quando a energia escapou e penetrou em seu corpo.

–O que é isso? Essa não é a pedra da lua, a verdadeira nunca seria assim tão fácil! – exclamou o vilão irritado

A magia negra que ele absorveu era muito grande e forte, penetrou no corpo dele e o empurrou tão forte que ele quase atravessou o Humaitá.inteiro, depois o vilão se levantou, e cresceu, cresceu, e cresceu.

–Se lembra quando eu falei do perigo? – perguntou Diana – Pois é, o perigo era ele absorver a energia negra e usa-la contra nós, mas também tem um lado bom.

–Qual? – perguntou Matheus.

–Isso pode destruí-lo, só precisamos ficar vivo por tempo suficiente, e não deixar ele chegar perto da verdadeira pedra da Lua! – respondeu Diana.

–E porque ele agora chegaria perto?

–Porque com tudo isso de magia, agora ele pode senti-la. – respondeu Diana.

Essa podia ser a maior batalha que eles iriam enfrentar. Talvez nem mesmo saíssem vivos. Mas tinham que fazer. Era preciso.

–Gui, Bryan, Lipe, venham – chamou Matheus.

Os cinco se juntaram e deram as mãos encarando o rosto gigante e sorridente do vilão.

–Juntos, ataquem com sua energia! – mandou Matheus.

Os cinco levantaram as mãos e atacaram com força total e juntos. Otavio foi jogado pra trás, o vilão levantou a mão e os enfrentou. A batalha estava equilibrada, os dois lados empatados, e assim continuou, até Lipe desmaiar, e em seguida Bryan, a energia era demais pra eles, e com isso Otavio avançou.

–Juntos gente, vamos usar nossos poderes, somos filhos da Lua! – exclamou Guilherme.

Matheus se lembrou de tudo que passou, aprendeu, e do principal, ele era o filho da lua, e tinha a magia do bem ao seu lado, por menor que seja a luz, já é o bastante pra vencer a escuridão, ele pensou em seus primos, seus amigos, sua mãe, seu pai, e em Luna. Uma bola de energia branca saiu das mãos de Matheus e acertou em cheio o peito de Otavio que explodiu no ar.

–Você o venceu! – exclamou Diana pasma – VOCÊ O VENCEU!!! – gritou comemorando.

–Como? – perguntou Matheus.

–Magia branca, magia de luz contra as trevas, mas como conseguiu invoca-la? – perguntou Guilherme.

–Eu pensei em vocês na minha mãe, em Luna...

–Amor! – exclamou Bryan se levantando – só o amor verdadeiro pode invocar a luz, e isso, destrói as trevas.

Os demônios aquáticos que restaram pularam na água e sumiram de vista, Lipe acordou sem acreditar que estava vivo, e duvidando ainda mais quando soube que Matheus salvou o dia. Os cinco se abraçaram e comemoraram a vitória.


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Notas finais do capítulo

No ultimo Capitulo de O Filho da Lua:
—Mãe, pai – começou Matheus – Cabe a mim decidir meu destino, e eu já me decidir.....



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