9 - Desagradável

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POV Liam

Merlin, ela era tão linda e magnífica... parada a minha frente com as bochechas rosadas, seus cabelos ruivos ainda mais fortes do que me lembrava e seus olhos castanhos mais quentes e calorosos, me lançando olhares de desejo que quase me fizeram agarrá-la ali no corredor, os lábios avermelhados tentadores, parecia uma luta resistir, mas o cheiro que emanava dela, do seu corpo, dos cachos perfeitos dela, me tinham dominado, seu cheiro único que me perdia, eu travava uma luta interna comigo mesmo.

Assim que a vi no Salão, e senti seu cheiro, Scorpius teve que me arrastar de lá, eu praticamente ia pular na mesa para chegar até ela, minha Veela tinha despertado com força total ao tê-la tão perto, ele queria assumir o controle sobre mim e reclamá-la como sua, mas Scorpius estava certo, eu apenas iria assustá-la e não queria isso de jeito nenhum, ela poderia se afastar de mim, o pouco que eu descobri sobre ela era que Rose era uma pessoa quieta e tranqüila, acho que se um cara que ela nem conhece chega e pega ela jogando-a nos seus ombros para tirá-la da vista dos outros homens não seria muito bem aceito.

– Ahm... Eu sou Rose, Rose Granger – a voz dela dirigida a mim, quase me fez de joelhos, eu não estava pronto para sentir essas sensações, o cheiro dela, me inebriava, eu me sentia nas nuvens, mas a Veela dentro de mim queria sair e eu sabia que se me descontrolasse, ela ia se assustar, mas eu não agüentaria muito tempo, logo meus olhos estariam totalmente negros e minha mãos ficariam com as unhas em garras e isso é só o começo.

Então sem falar nada, eu passei por ela e fui embora o mais rápido possível, me xingando de todos os nomes possíveis, eu fui o mais rápido que pude para o meu salão dos Monitores, que eu dividia sozinho por enquanto, fui tão rápido com meus poderes Veela, que se olhassem veriam apenas um borrão. Quando cheguei, fui rapidamente para o meu quarto e me tranquei lá, me joguei na cama e abracei a sua boneca, o cheiro dela me descontrolava e me acalmava ao mesmo tempo.

Me descontrolava pelo simples fato de eu tê-la mais perto do que nunca de mim, mas que só estar perto a assustaria, mas que outros machos poderiam estar com ela sem correr o mesmo risco, o que me fazia rosnar, apenas o pensamento de outro cara com ela me deixava com vontade de matar o infeliz, e ele nem existia, mas me deixava calmo, porque eu sabia que agora, a teria por perto, poderia ver cada uma das suas expressões, aprender cada uma das suas pequenas manias, poderia me aproximar dela, eu sabia que não poderia ser direto, eu teria que ir com calma, primeiro amigos, então eu a conquistaria, a faria ver que não á ninguém no mundo melhor para ela que eu, que ninguém a amara como eu a amo, porque é isso que eu sinto toda a vez no meu peito quando penso nela, quando me lembro do dia no parque, quando olhos as varias fotos que consegui dela com a ajuda de Scorps, varias de quando ela crescia até agora.

Mas eu sabia que tudo isso seria impossível se eu não fosse com calma e levasse tudo devagar, mas antes eu teria que me controlar, aprender a ficar perto dela sem querer agarrá-la ou trancá-la em um quarto para escondê-la do mundo, então eu tomei a minha decisão, eu aprenderia a me controlar, até lá, não chegaria perto da minha Rosa, impôs a mim mesmo, mesmo que isso me fizesse sangrar por dentro.

Enquanto eu me lamentava ali, pensava sobre os meses que ela esteve fora, quando eu cheguei na casa do Scorps e do Tio Draco, contei tudo aos dois e a Tia Hermione que estava ficando ali, ela ficou chocada ao reconhecer meus pais e depois que soube da história, desmaiou, afinal, ela sabia tudo sobre as Veelas, sendo uma Medi-Bruxa. Ela e minha mãe logo estavam melhores amigas, e Hermione pareceu aceitar bem o fato de sua filha ser a companheira de um Veela e ter a minha vida em suas mãos.

Me lembrei de uma conversa que tivemos no meu segundo dia na mansão, nós estávamos os dois na biblioteca, eu não agüentava mais de curiosidade então perguntei o que não me saia da cabeça:

– Sra. Grange-

– Oh não querido, pode me chamar de Hermione, me sinto uma velha sendo chamada de senhora – ela disse risonha, mas ainda um pouco distante, como esteve desde que soubera da noticia.

– Voce não se importa Hermione? – eu perguntei e ela me olhou confusa.

– Com o que?

– Que eu seja uma Veela e que sua filha seja a minha companheira? Que se ela não me amar eu morrerei? Acho que não gostaria disso para os meus filhos – eu disse enrugando o nariz, mas ela me deu um sorriso que dizia saber mais que eu.

– Como você sabe, no dia no parque, nós fomos atacados por Comensais foragidos, eu consegui aparatar com Hugo e Rose, segundos antes da explosão, na época, me colocaram como medica e não havia outra alternativa a não ser me dar como morta no mundo dos trouxas, por isso não fui na data combinada me encontrar com vocês.

Sim, nós soubemos da história ontem, quando nos explicamos, eu fiz sinal com a cabeça para que continuasse.

– Nos próximos dias, Rose não falava em outra coisa, que não fosse um loirinho de olhos azuis, era Liam pra cá, Liam pra lá, tanto que até irritou o Hugo de ciúmes – isso me trouxe um sorriso enormemente bobo ao rosto – Ela estava sempre triste, queria saber de você, se apegou fortemente na realidade á você, eu tive que explicar para ela, que vocês não podiam se ver, que não era mais possível, por dias ela não falava quase nada, até que parou de te mencionar, acho que ela entendia a situação, Rose era uma menina esperta desde sempre, nunca mais falou de você, mas sempre manteve a foto de vocês dois pregada no espelho, acho que ela nunca esqueceu o menino trouxa que conheceu no parque de diversões. Me pergunto como teriam sido as nossas vidas se não tivéssemos sido atacados por Comensais.

Ela me deixou ali com meus pensamentos embaralhados e confusos...

O que teria acontecido se nós tivéssemos nos encontrado no dia seguinte? Provavelmente meus pais falariam o que eu era e o que nós éramos, descobriríamos que todos éramos bruxos, eu teria me mudado pra cá, teria crescido com Rose, cada vez mais apaixonado, a protegeria, cuidaria dela, teria ciúmes excessivos de qualquer primo dela, ou garoto que se aproximasse, provavelmente nos apaixonaríamos, disso eu tenho certeza, eu teria sido seu primeiro beijo e ela o meu, sonharia sempre com ela, dormindo e acordado, viríamos juntos para Hogwarts onde ela seria a melhor aluna e eu um ótimo jogador de Quadribol, teríamos ido para a mesma casa, apenas não sei onde, eu a faria feliz, não me sentiria sozinho ou com necessidade de preencher um buraco no meu peito com drogas, bebidas ou mulheres porque ele estaria cheio dela. Terminaríamos Hogwarts como o casal mais grudento do século e eu a pediria em casamento, teríamos uma família e ela seria a melhor no que quisesse fazer.

Por um segundo me lamentei do futuro que não existiria, mas logo deixei isso de lado, eu faria um futuro melhor, porque eu sei agora o que é viver sem ela, quando eu perdi as esperanças de que ela voltasse nesses meses, eu apenas falava com Scorps e com Alvo, na maioria das vezes eu era apenas ativo com conversas que a envolvessem, virei uma casca vazia e não me orgulho disso, mas a minha veela esta arrasada e eu também e preferiria morrer a voltar ao que era antes, agora que eu tinha uma chance com ela, nem que fosse minúscula, eu a aproveitaria.

Faria Rose Granger minha nem que eu morresse para isso. E com a minha cabeça cheia de pensamentos e planos para o futuro sobre ela, sobre nós, eu tive a melhor noite da minha vida.

POV Rose.

Liam Lumiére é a criatura, viva ou morta mais irritante e desagradável da face da terra, se eu pudesse eu lançava um Avada nele e nesses olhos azuis hipnotizantes que não me saem da cabeça, que me fazem perder a fala e o pensamento... não, quer dizer, eu odeio esses olhos! Eu ODEIO ELE!