A Lua escrita por Pedro_Almada


Capítulo 19
Visita ao Submundo




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Visita ao Submundo

 

            O caos havia se instalado em nossas vidas. Meu irmão, na verdade, era meu meio-irmão, eu era um mestiço e, para piorar, minha irmã também. Não sabia exatamente se isso era uma coisa boa ou ruim mas, a julgar pela expressão de todos, pareciam um tanto quanto decepcionados.

            Angeline White, o Oráculo, voltara para a sala de mãos dadas com minha irmã. Angeline pedira privacidade com Emi, ela era muito jovem e a sua mente era muito viva e confusa, ela precisaria de concentração e silêncio para organizar todos os pensamentos. Abigail e Brian estavam ao meu lado (ele já estava usando uma das minhas calças jeans), tão apreensivos quanto eu. Talvez a visita do oráculo não fosse algo para se comemorar, embora eu não me importasse em ter aquela linda figura do submundo por perto.

            _ Três anos – Angeline falou quando entrou na sala – aos três anos, assim como Matthew, a lua se tingiu de dourado aos olhos dos pais. Uma mestiça, fruto de um Alucate Abolido e uma Homúnculo Alvo.

            _ Impossível... – minha mãe murmurou – não acredito...

            _ Acho que tive sorte – murmurou Rich – sem ofensas, pai.

            _ Tudo bem, filho. – meu pai sorriu. Mas eu podia ver em seus olhos um sentimento diferente. Ele estava se sentindo culpado por sermos mestiços, como se isso fosse uma maldição, como se já não fosse terrível o suficiente ter as próximas gerações fadadas a proteger o resto do mundo.

            _ O que significa? – eu perguntei – o que há de errado em sermos mestiços?

            _ Não há nada errado. – Abi murmurou – o problema é de quais partes vocês são mestiços. Você é meio-Alucate, Matthew.

            _ Mas isso não muda quem eu sou – eu retorqui.

            _ Você precisam encontrar Aloysius Atwood – Angeline nos interrompeu – ainda não se pode saber as habilidades da menina porque eles não se manifestaram. Mas o Sr. Atwood pode ajudá-los.

            _ Vamos para o submundo? – meu irmão perguntou.

            _ Levem os mestiços – Angeline me olhou de forma bastante significativa, como se ela temesse por mim – Não digam quem são. Não digam que seus filhos são mestiços.

            _ O que há de errado, afinal?

            _ existe uma profecia, Matthew – meu tio interveio – e ela não está a seu favor.

            _ O que quer dizer?

            _ Acho que podemos discutir isso quando voltarmos para uma das Células – minha mãe interrompeu, inexpressiva. Novamente eu era a decepção – Aloysius pode falar tudo.

            _ Não podemos confiar em Aloysius – meu pai interveio, mostrando certa irritação – Ele é filho de Conselheiro, ele não pode saber sobre... Nossos filhos. Não ainda.

            _ Ele não dirá nada – Angeline falou – mas deixem que o Sr. Atwood conheça o rapaz primeiro. Confiem nele.

            Meu pai estava pensativo. Idéias pareciam travar batalhas intermináveis na sua mente, como se houvesse alguma opção. Mas ele sabia, opção era uma coisa que nos faltava. Precisávamos ir falar com Aloysius.

            _ Normalmente a menina não poderia ser considerada um Homúnculo – Angeline continuou – então não a levem para o Submundo. Ela é muito nova, seria difícil explicar a situação dela. Deixem o mestiço com o meu sentinela – ela apontou para o velho gigante – ele estará seguro com ele. Enquanto isso, contatem Aloysius, ele saberá o que fazer.

            _ Por que eu preciso me esconder? – eu insisti – caramba, o que há de errado com vocês?

            _ Não há muito o que dizer, Matthew – Bradley respondeu – apenas que... Bem, você precisa se esconder para não ser confundido com a profecia.

            _ Venham conosco – falou Angeline – no caminho eu mostro ao jovem Vance o que é a profecia. Ele precisa saber, todos precisam.

 

            Estávamos no jardim, Angeline White e o sentinela estavam logo a frente. Até aquele momento eu não sabia como faríamos para ir ao Submundo, mas de qualquer forma, isso não era minha maior preocupação.

            O sentinela de Angeline levou os enormes dedos à boca e, num assobio alto e ensurdecedor, assoprou em direção à lua quase imperceptível em meio à nuvens carregadas. Olhei para o céu como que algo fosse acontecer. A princípio eu achei que ele tinha falhado, mas, então, eu vi. Um vulto gigantesco por cima das nuvens. Não era grande como um carro, ou uma casa. Era do tamanho de um prédio, ou coisa do tipo. Um vulto gigantesco que seria capaz de cobrir o sol em um dia ensolarado. Então, fosse o que fosse, com uma manobra, o vulto mergulhou entre as nuvens, partindo-as em pecados repolhudos de nuvens negras. Percebi a massa cinzenta em nossa direção, com uma velocidade assustadora. Ela rodopiou no ar e inesperadamente,abriu duas enormes barbatanas. Ela pousou.

            Era assustador, não pela aparência, mas pelo tamanho. Parecia muito uma baleia, mas não tinha olhos. A pele cinzenta brilhava com a luz bruxuleante da lua, a bocarra estava aberta e as enormes barbatanas estavam imóveis sobre a grama.

            _ Uma Algueora – disse Abi – são feras do Submundo que servem de transporte. – ela explicou – mas só podem ser usadas a noite, ela podem ser detectadas a olho nu, como você pode ver.

            _ E como essas coisas se escondem? – eu ainda estava admirado com o tamanho da Algueora. Ela poderia engolir nossa casa sem nem ao menos mastigar.

            _ Algueoras acinzentadas vivem no espaço, mas fora da atmosfera terrestre elas são capazes de transparecer a própria pele. São indetectáveis quando não estão sobrevoando nosso planeta. Existem Algueoras negras, que habitam oceanos, principalmente o atlântico. Elas são menores e, vez ou outra, são confundidas com icebergs em regiões mais frias. Não se preocupe, nós fazemos nosso trabalho muito bem. Mantemos tudo em ordem.

            _ E... elas não comem gente... Certo?

            _ Não. elas nunca comem. Essa Algueora deve ter mais ou menos dois anos. Com o passar do tempo, elas vão diminuindo de tamanho, e perdendo a cor da pele. Quando estão brancas, elas morrem. É o ciclo delas.

            _ Legal – eu não sabia se era legal – vamos voar em cima dela?

            _ Não. – Abi apontou para a bocarra aberta, exibindo dentes enormes e pontiagudos – vamos viajar dentro delas.

            Ainda hesitante, fui o primeiro a entrar. A língua da Algueora era viscosa mas o hálito quente tinha um cheiro doce, não era ruim, embora eu não me sentisse a vontade no ventre de uma coisa daquele tamanho.

            Abi e Brian vieram logo atrás, do meu lado, mostrando leve admiração pelo cenário.

            _ Nunca tinha viajado numa tão jovem – comentou Brian – o cheiro é muito melhor.

            Todos já tinham entrado e a Algueora já fechara a boca repleta de dentes. Era difícil imaginar que algo daquele tamanho e com aquela aparência era tão dócil. Mas eu estava bem, eu sabia que, por mais estranho que pudesse parecer, não havia porque me preocupar.

            Angeline estava vindo em nossa direção. Mais uma vez eu me perdi na beleza dela, mas sua voz me despertou.

            _ Está pronto para ouvir sobre a profecia? – ela perguntou.

            _ Sim... Eu acho.

            _ Venha, vamos mais adiante.

            _ Para... A garganta.

            Ela deu uma risada leve e doce.

            _ Não se preocupe, Algueoras não têm estômago.

            Angeline e eu caminhamos sobre a língua até perder de vista dos outros. Para minha felicidade, Abi parecia não estar muito contente com aquilo, eu seria capaz de apostar que estava com ciúmes. Alimentei esse pensamento intimamente.

            _ Você precisa entender – Angeline começou a falar – que suas habilidades poderão não ser aceitas pelo resto do Submundo.

            _ O que há de errado comigo?

            _ Explicar seria mais difícil. Então eu vou mostrar.

            Angeline se aproximou de mim lentamente, sorrindo tão docemente que, por um minuto, me esqueci que ainda estava acordado.

            _ Não vai demorar nada. – ela disse.

            Mais uma vez seu rosto se aproximou do meu, um gesto tão íntimo, tão intenso, que me permiti levar pelo gesto. Mais uma vez, os lábios dela tocaram os meus. Eram lábios quentes, imóveis, mas tinham um sabor indistinguível. Eu não me importaria em me acostumar com isso.

            No contato com os nossos lábios, minha mente começou a girar. As cores escuras e o louro admirável de Angeline que compunham o cenário desapareceram em um vórtice de cores violento. Minha mente ficou negra, um completo blecaute.

            Levou algum tempo, mas as cores começaram a entrar em foco. Mas havia um problema. Eu não estava mais no ventre de uma Algueora. Eu estava de frente a uma casa. Branca, janelas azuis, um belo jardim, simples. Havia um movimento alegre na sala, uma mulher e um homem se beijavam inocentemente, olhando para um carrinho de bebê. Havia uma criança ali, ela ria, admirada com o amor dos pais, balançava os braços com alegria. Os rostos eram irreconhecíveis, mas estavam felizes. No pulso da criança havia uma marca, uma mancha escura, em forma de meia-lua. Uma lua minguante.

            Então a imagem ficou borrada mais uma vez, as cores se movimentaram e deram formas a um outro cenário. Era noite e chovia. Havia dois vultos debaixo da noite tempestuosa. Um deles tinha uma lua minguante marcada no pulso. Não era possível ver o rosto. Mas eles estavam em uma luta, isso era nítido. As cores mudaram outra vez. No cenário seguinte, havia um homem, ele estava rodeado de outros vultos. Ele emanava uma luz azul intensa e brilhante. Então eles sumiram. Apareceu os outros dois no meio da chuva outra vez. Eles estavam brigando. Não pude ver mais nada, senti meu corpo ficar leve e minha mente viajou, onde não havia nenhum pensamento.

            Angeline estava me segurando, aos poucos fui despertando e percebi que, novamente, eu estava acordado. Minhas mãos tremiam, mas minha mente estava desperta, lembrando-se de cada imagem, cada cena que se passou na minha cabeça.

            _ O que... O que foi tudo isso? – eu perguntei.

            _ A cada geração – Angeline começou, eu sabia que seria uma longa história, como todas as outras – nasce um Oráculo, um Homúnculo com clarividência, capaz de decifrar os mistérios do futuro. O último Oráculo havia premeditado essas imagens, as que você viu.

            _ E o que elas significam?

            _ Haverá um confronto – ela continuou, dessa vez séria, sua expressão era dura, como se fosse difícil demais revelar a verdade – dois guerreiros lutarão pelo mesmo objetivo, mas seus corações têm intenções diferentes. A profecia revela uma criança, um menino que seria forte, teria a marca da lua minguante. Ele nasceria de uma família inteiramente normal, longe de qualquer ligação do Submundo. Ele teria poder para combater o outro.

            _ Outro? Que outro?

            _ O inimigo que você vê nas visões. Ele é um Homúnculo capaz de manipular a aura, assim como os alucates, mas ele é ainda mais forte. Esse Homúnculo será capaz de manipular a aura de qualquer ser, ele será perigoso. Essa foi a profecia mais confusa e complexa que já decifraram em muito tempo, mas é a forma mais clara que conseguimos enxergar o futuro.

            _ Isso significa...

            _ Existe a possibilidade de você ser considerado o Homúnculo inimigo. Lembre-se da sua luta contra Blaine. Você emanou aura, como na visão. O mesmo poder, a mesma habilidade. Se você puder manipular auras, você será reconhecido como... O inimigo.

            _ Eu não sou perigoso! – eu urrei, irado – eu não sou uma pessoa ruim! Eu acabei de descobrir quem eu sou! Como posso querer ser mal?

            Um nó na minha garganta me incomodou. Senti o bocal do trompete esfriar o meu peito, eu precisava me acalmar.

            _ Haverá um humano normal – ela continuou sem se importar com o meu surto – ele terá a marca da lua, como você viu na visão. Ele lutará contra o inimigo.

            _ Eu... Não acredito.

            _ Tome – Angeline enfiou a mão no decote do vestido e tirou um papel velho – aqui está a profecia escrita pelo último Oráculo. Leia, será melhor. Eu vou voltar com os outros, você fica aqui um tempo, leia e reflita. Lembre-se Matthew Vance. Estamos tentando esclarecer isso.

            Angeline desapareceu de vista, me deixando sozinho com um papel surrado nas mãos. O que eu poderia fazer? Apenas ler.

 

            “O Submundo se espanta com a manipulação de auras. Ninguém deveria ter essa habilidade, algo extraordinário que consumiria e dizimaria uma nação de vivos, indiferente quanto à espécie. Mas alguém, um Homúnculo capaz de tal façanha, cresceria e se tornaria poderoso. Longe de nossos olhos, uma criança perfeitamente normal teria a marca da lua, o símbolo pessoal de que existe bondade em seu coração. A criança escolhida pela lua seria capaz de manipular auras, um dom extraordinário que poderia salvar e proteger os vivos, indiferente à espécie. O que mudaria o destino desses poderes seriam seus usuários. Um usaria o dom para o interesse dos mais fortes, outro usaria o dom para o bem geral. Lutariam pela obtenção de uma força maior, a máscara de Agammêmnon, o artefato retentor da aura de mais de cem mil homens, capaz de sustentar a energia vital da terra, dispensando os pilares compostos de vidas humanas. Um lutaria por aqueles humanos, outro lutaria contra eles. Aquele capaz de manipular auras que não possuísse a marca da lua, deveria ser destruído, apenas assim seria possível garantir a ordem universal. A criança marcada pela lua deveria ser encontrada e protegida, ela seria a única arma eficiente contra a desordem e o caos.”

 

            Então eu era um suspeito. Se não fosse por um detalhe, uma única marca, eu poderia ser o bonzinho da história. Mas eu era o “bad boy”, o cara que eles estavam caçando. Fiquei aliviado em não ter procurado ajuda sobre meus poderes. Eu confiava em Angeline, na minha família e em meus amigos. Eu sabia que teria o apoio deles.

 

            Eu não sabia aonde estávamos, mas ninguém parecia se preocupar. Eu era o único naquela viagem estranha. Durante todo o tempo, meus pais tentavam conversar com Emilliene sobre o que estava acontecendo. Eles conseguiam, logo ela já pertencia ao Submundo. Ainda assim Angeline pediu que deixassem-na longe do resto dos Homúnculos. Meu pai e minha irmã iriam ficar em segurança na Guarida das Feras, onde o sentinela de Angeline mantinha as Algueoras e outros animais que a fauna tradicional desconhecia.

            _ Hei, Matt – Abi sentou-se ao meu lado. Eu já tinha me acostumado com a língua viscosa da Algueora – você está mesmo bem?

            _ Não. – eu respondi sinceramente – vivi uma mentira em um mundo que eu não pertencia. Agora estou prestes a viver uma mentira no único mundo que me aceitaria como eu sou. Quanto mais eu descubro as verdades sobre mim, mais eu gostaria de ser outra pessoa.

            _ Não pense isso, Matthew. Nem por um minuto – ela colocou a cabeça sobre meu ombro, envolvendo meus braços nos seus – Você é importante. Eu não gostaria de mudar nada. E prometo que vou ficar do seu lado, aconteça o que acontecer.

            _ É, acho que posso fazer isso também – era a voz de Brian, logo atrás de nós, interferindo um momento que deveria ser íntimo – Sério, cara. Passamos por algumas coisas juntos. Acho que isso nos torna...

_ Amigos – completou Abi, sorrindo – nós três.

            _ Acho que pode ser interessante – eu respondi. Não queria admitir, mas a idéia me parecia muito boa.

Brian sentou-se ao meu lado, olhando para a parede de carne e cartilagens da “grande baleia”.

            _ Precisamos manter isso em segredo – Brian continuou – seu tio já esquematizou tudo. Você se tornou um Homúnculo no seu décimo sétimo aniversário. Você é normal até onde se sabe. Só não use habilidades de um Alucate.

_ Mas e a minha irmã?

            _ Ela vai ficar bem – falou Abi – Angeline vai abrigar seu pai e sua irmã por um tempo. Você precisa estar acompanhado pelos seus responsáveis, no caso sua mãe, quando estiver no submundo.

_ Onde vamos ficar?

_ Numa Célula no Deserto de Sonora – respondeu Brian como se dissesse, “ali na esquina, ta vendo?”.

_ Deserto de Sonora? – eu exclamei – isso fica no México!

_ Na verdade, é na divisa do México com Estados Unidos – corrigiu Abi – Um pedaço do Arizona e Califórnia.

_ Nós vamos ficar num deserto? – eu ainda não tinha compreendido – o que tem de tão importante em um DESERTO?

            _ É onde está localizado a principal Célula dos EUA. – afirmou Brian – mas não ficamos caminhando por cima do deserto. Nós nos instalamos em uma parte interditada do Deserto, onde existem muitas montanhas.

_ É onde ocorrem as maiores quedas de aviões – explicou Abi – as pessoas não se aventuram em lugares como esses.

_ Ah, isso me deixa muito mais aliviado. Somos amigos, certo?

_ Sim – respondeu Abi entre risos – Acho que somos.

            A viagem continuou sem muito mais novidade. Eu sinceramente não sabia o que esperar de uma sociedade secreta no meio do deserto. Era tão inacreditável e surreal que, por um momento, dentro do ventre escuro de cheiro adocicado, eu comecei a acreditar que aquilo parecia um sonho. Então a baleia voadora pousou e eu me dei conta que não conseguia dormir há dois dias.

            Finalmente a grande bocarra da criatura se abriu. Ainda estava noite, fiquei surpreso com a velocidade com que a criatura viajava. Todos desceram em fila, exceto meu pai, Emi e o sentinela.

            _ Vamos ficar bem – meu pai disse.

            _ Eles vão sim – Angeline confirmou, olhando pra mim, percebendo a minha expressão preocupada.

            _ Tudo bem, eles vão ficar bem. Ok, eu estou bem – eu disse a mim mesmo.

            A Algueora fechou a boca, ocultando os tripulantes que ficaram e, num movimento silencioso e maestral, a criatura subiu e desapareceu no meio das nuvens.

            A altas montanhas quase cobriam a lua no céu, agora bastante evidente. O ar estava ameno, uma brisa nos engolfou e, por um breve segundo, eu me senti em casa, como se eu soubesse que deveria estar ali, como se meu corpo pedisse por aquela rajada de vento há muito tempo.

            _ Ali – meu irmão apontou para as montanhas – é ali que devemos entrar.

            _ Ali... – meus olhos correram de montanha a montanha – eu não vejo nada.

            _ Obviamente, ou não seria o Submundo.

            _ Deixem que eu faço – meu tio falou.

            Ele se adiantou do nosso grupo, ficou de frente a cadeia de montanhas.

            _ Actesus Examen – ele bradou – Lucate Moe Tzai!

            O efeito foi extraordinário. As rochas gigantescas começaram a se fragmentar, o chão natural das montanhas começou a trincar, abrindo gigantescas fissuras. As pedras rolaram, uma enorme quantidade de poeira subiu, formando nuvens escuras acima de nossas cabeças. Era como se a montanha estivesse caindo por terra.

            _ Espera a poeira abaixar – murmurou Brian, sua voz levemente ansiosa – é a melhor parte.

            Então eu esperei. Todos continuaram imóveis, enquanto a poeira assentava, abrindo nossa visão para enormes torres disformes, repletas de janelas e portas, as paredes negras e luzes douradas emanando de várias janelas. Era como mágica.

           

             

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Notas finais do capítulo

Amigos leitores,

eu precisei fazer alguns capítulos antes da ação para que alguns eventos anteriores pudessem ser explicados. xD
Por favor comentem, e deem pontos ao autor (no caso, eu mesmo xD)

vlw, boa leitura!



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