O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 54
Capítulo 54 - Penúltino Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gente!!
Tudo bem com vocês?!
Demorei um pouco né? rsrs' mas aqui estou de volta com emoções do penúltimo capitulo dessa história que estou compartilhando com vocês. Obrigada aos lindos comentários deixados no capitulo anterior, saiba que gostei muito, vocês são excelentes leitoras.
Bom, é isso, espero que gostem do capítulo....
Boa Leitura !!



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Era véspera de Natal, e eu estava com um vestido vermelho, na altura dos joelhos, pouco decotado, e muito lindo. Natália estava se arrumando em frente ao espelho, em seu vestido vinho, todo longo, ela parecia uma mulher adulta, bem elegante por sinal.

Jade havia voltado à Paris, papai estava amargurado, parecia que agora ele estava sentindo o mesmo que eu, as desilusões, e a dor e o sofrimento de não ter quem ama por perto. “Tudo que vai... Volta.” – esse era o meu pensamento.

Maxi estava aqui em minha casa. Ele e Naty estão se assumindo pouco a pouco, eu acho engraçada a vergonha que os dois sentem ao ficarem juntos.

Mas eu não estava feliz. Era para eu estar alegre, comemorando a data escolhida para celebrar o nascimento de Jesus, eu agradecia, mas faltava algo, eu sentia falta de alguém. Alguém chamado León.

Nós ficamos sem nos falar durante três dias seguidos. Eu estava sem celular, e papai não me deixava aproximar do telefone fixo. Não tinha como mandar e-mails, ou entrar em redes sociais, pois papai tinha tirado o meu computador. E também eu não saí de casa durante esses dias.

Estava um verdadeiro tédio, mas tudo bem. Ele não se importa comigo, não se importa com a dor que eu estou sentindo ao imaginar o garoto que eu amo, partindo, sem se despedir de mim, sem ao menos dar o último beijo.

_Violetta? – Naty disse vindo até mim, com uma expressão preocupada em sua face. – Está chorando de novo prima? – perguntou passando a mão pelo meu rosto, na tentativa de enxugar minhas lágrimas.

Não respondi, era visível a mágoa em meus olhos, eu não consegui esconder isso, talvez esse seja o meu defeito, demonstrar demais os meus sentimentos de dor. Natália me abraçou, tentando me confortar, mas não adiantava, ele era o único que poderia me fazer sorrir com apenas a presença dele. Tudo bem que eu tinha a Deus, mas eu também precisava de algo nessa Terra, para que meus dias se tornassem ainda mais bonitos.

_Está melhor? – perguntou se afastando de mim. Eu forcei um sorriso, assentindo, e ela pareceu acreditar na minha pequena mentira.

Depois de um tempo me arrumando juntamente com a Naty, nós descemos até a sala. Encontrei a diretora do meu colégio, conversando animadamente com o meu pai, ambos sorrindo, talvez meu pai não estivesse tão mal assim. Os dois haviam se assumido, mas ele não me disse nada, não disse o que eu achava em relação a isso, simplesmente começaram sua relação, passando por cima de tudo. E eu ainda não tinha me acostumado com aquela mulher, ainda preferia a Jade, mesmo não me suportando, nós nos conhecíamos muito bem.

_Violetta, Natália – aquela mulher veio em nossa direção, me dando um abraço, que não foi retribuído por mim, e logo em seguida abraçando Natália. – Trouxe uma pequena lembrança de Natal para vocês. – disse pegando duas caixinhas e nos entregando.

_Vou abrir mais tarde, mas muito obrigada. – falei com um sorriso e forçado, e colocando o presente em cima do aparador.

Saí da frente dela, não me acostumava de jeito nenhum, por mais que ela tentasse se aproximar, eu sempre dava um jeito para a mesma se afastar completamente, mas nunca era suficiente.

_Não gosto que trate Angie deste jeito. – papai disse vindo até mim, com sua taça de champanhe nas mãos. – Ela faz de tudo, para que vocês a aceitem.

_Eu queria muito aceitá-la, mas assim como todos os homens, você é traíra que me traz infelicidade. – falei com a voz fraca.

_Está dizendo isso por causa do seu ex. namoradinho que te traiu, não é? – cruzou os braços me olhando com superioridade.

_O León não me traiu porque quis. – comecei sentindo raiva daquelas palavras que meu pai havia proferido. – Ele não teve culpa de uma garota assanhada, praticamente pular no pescoço dele, e depois tomar-lhe os lábios.

_Então se ele não teve culpa... Por que terminaram? – perguntou irritantemente, e eu estava a ponto de estapeá-lo. “Ele é seu pai Violetta” – pensei.

Dei-lhe as costas e fui me sentar à mesa. Depois de longos minutos, começamos a ceia, fizemos uma oração, e tudo que eu pedi, foi que ninguém, ninguém mesmo, mude o meu destino, e nem tire a única pessoa que me amou durante esses meses aqui em Buenos Aires, León.

***

Eu estava na varando, vendo aqueles fogos de artifícios, já era meia-noite. Papai estava lá em baixo com a Angie, observando o céu da calçada. Natália e Maxi estavam comemorando o Natal juntinho lá fora, também.

Olga e Ramalho estavam encantados ao lado de papai, observando o céu também. Eu estava isolada lá em cima. Pensando e gritando interiormente para que o León não fosse embora hoje.

Uma estrela cadente passou pelo céu, e como nos filmes, fechei os olhos e fiz um pedido. “Que eu seja feliz”.

Após pensar nessa frase, abri meus olhos, vendo a comemoração de luzes extraordinárias no céu. Entrei de volta para casa, e fui ao meu quarto. Minha cabeça gritava de dor. Peguei um comprimido e engoli com ajuda da água, aquilo me daria sono, e eu cairia na cama em poucos minutos. Seria bom, pelo menos eu vou esquecer que o León vai embora, e que eu não vou ter a chance de me despedir dele.

***

Despertei com aminha barriga doendo, e minha cabeça estranhamente confusa. Meus olhos embaçados e um mal-estar terrível. Assim que minha visão melhorou, pude ver meu corpo jogado na cama. Eu dormi com o vestido e meus saltos. Apaguei completamente ontem.

Sentei-me na cama e espreguicei-me. Fui até o banheiro e entrei no chuveiro. A água caia quente, relaxando meu corpo por inteiro. E eu tentava inutilmente não pensar que o meu ex. namorado estava em um avião indo em direção aos Estados Unidos.

Sem que eu me dessa conta, eu estava chorando e acabei demorando muito mais do que eu queria. Saí do banheiro colocando meu roupão. Sentei-me em minha cama, e me pus a refletir sobre tudo que estava acontecendo em minha volta, e de como minha vida desmoronou de um dia para a noite.

_Violetta – alguém me chamou, e logo abriu a porta, revelando a imagem de Angie, minha diretora e agora namorada de meu pai.

_Sai daqui – pedi fracamente jogando meu corpo para trás, caindo deitada em minha cama. – Eu quero ficar sozinha, se não for pedir de mais.

_Seu pai pediu para que eu conversasse com você. – disse ignorando as coisas que eu havia dito segundos antes.

_Você não entendeu que eu quero ficar sozinha?! – fui mais grossa, ela não tinha o direito de se intrometer assim na minha vida.

_Violetta, eu sinceramente, não entendo o porquê de você ser assim – Angie disse se aproximando de minha cama, com os braços cruzados.

_Sério que não entende?! – perguntei sarcástica, me levantando rapidamente indo até ela, que assentiu um pouco assustada. – Então eu vou te explicar. – falei irritada. – Minha vida é um pesadelo desde que minha mãe morreu. Desde que uma mulher ridícula entrou na vida do meu pai, e que hoje eu sinto pena dela. Sinto pena dela, porque meu pai a traiu, com você. – falei jogando as verdades de uma vez por todas.

_Violetta... – eu a interrompi.

_Sinto raiva pelo meu pai, que me afastou do único garoto que eu me apaixonei, e que hoje amo. – falei sentindo as lágrimas saírem de meus olhos e escorrendo por minha face. – Sinto raiva por ele estar em um avião, e eu nem tive a oportunidade de me despedir.

_Eu entreguei a carta para o León. – Angie disse calma, com um sorriso tímido no rosto. – Não se preocupe, ele sabe de tudo que você sente por ele.

_Como você sabia dessa carta? – perguntei, já que até eu havia esquecido, pois eu tinha feito quando ainda namorávamos, com a ajuda da Olga.

_Entrei no seu quarto um dia desses, te procurando, e vi em cima da sua cômoda, foi quando você e seu pai tiveram mais uma das muitas discussões. Eu sabia que ele havia te proibido de sair, e também cortou seus meios de comunicação, eu não aprovei essa atitude, mas seu pai é um homem super impulsivo.

_Eu que o diga – murmurei secando meu rosto com minhas mãos.

_Então eu peguei essa carta e fui até a casa de León, entregando para ele, o mesmo ficou super feliz, sem nem ao menos ler, imagina quando abrir aquele envelope terá um ataque de felicidade. – ri fracamente.

_Obrigada – foi à única coisa que eu poderia dizer.

_Não me agradeça, eu fiz isso por livre e espontânea vontade, e também porque o seu pai é extremamente chato quando quer. – falou rindo. – Ah, tem outra coisa. – disse tirando um envelope do bolso. – É pra você, uma carta.

Peguei aquele envelope das mãos de Angie, achando super estranho, a mesma sorriu e se retirou de meu quarto, fechando a porta.

High School Talent.

Violetta Saramengo Castilho.

Essa era a única informação que existia no lado de fora do envelope. Abri com certo cuidado, vendo algumas folhas soltas.

“É com um enorme prazer, que o High School Talent, aceita você, Violetta Saramengo Castilho, para ser a mais nova integrante do colégio, onde priorizamos os talentos que todos os adolescentes têm.”

Esse colégio engloba muitos projetos, como o Music School, Dance, entre outros muito populares. Sua matricula foi realizada com sucesso, e esperamos você no dia 13/01 (treze de janeiro) aqui no nosso colégio.

Sua instalação no nosso colégio já está feita, além da senhorita ter ganhado bolsa no projeto de nosso colégio o “Dance Ballet”.

Opa! Calma aí! Como assim eu ganhei bolsa nesse projeto? E quem fez essa matricula que nem eu estava sabendo? Continuei a ler a carta onde tinha mais informações.

Dance Ballet

Violetta Saramengo Castilho é com um enorme prazer que recebemos você com esse talento incrível como bailarina. Neste papel, falaremos sobre o projeto, e tudo que você ganhará com ele, e também algumas informações.

Você ficará instalado no dormitório do High School Talent, e irá participar das aulas normalmente, com exceção que terá aulas de ballet, e muitos treinos corridos, então é bom que se prepare, tanto fisicamente, quanto mentalmente.

[...]

Depois que terminei de ler aquilo, fiquei de queixo caído. Eu ganhei bolsa naquela escola sem fazer um esforço sequer, e ainda por cima nem sabia como havia conseguido entrar.

Corri pelas escadas tentando achar o meu pai, e lhe mostrar aquilo, porque eu estava assustadíssima, além de achar aquilo uma doideira muito louca.

_Pai! – gritei afoita entrando na cozinha. – Pai! – falei o vendo na mesa, interrompendo a conversa dele e da Angie, que pelo o que vi, estava muito animada. – O senhor não vai acreditar! – falei com aquele monte de papel nas mãos.

_O que aconteceu garota? – perguntou, e eu ignorei completamente a ignorância que ele teve comigo.

_Eu ganhei uma bolsa para estudar fora – falei e ele arregalou os olhos, provavelmente assustado e a Angie sorriu. – Vou estudar ballet como a minha mãe!

_O que?! – ele disse tomando as folhas da minha mão, e correndo os olhos por ali, provavelmente lendo. – Como você se matriculou?! – perguntou totalmente confuso ainda com os olhos presos no papel.

_Não foi o senhor? – perguntei e ele negou assustado. – Então não sei, mas eles acham que eu sou talentosa, e não me pergunte aonde eles me viram dançar.

_Isso deve ser uma presepada Violetta – meu pai disse preocupado olhando o papel.

_Liga para eles pai, por favor, o número está no final da carta.

_Tudo bem.

Papai foi até o escritório e eu e a Angie ficamos conversando sobre o quanto aquilo era legal, mas havia um problema: Quem foi que fez a matricula? E como sabia desse meu talento ou que eu gostava de ballet?

***

Papai voltou depois de mais ou menos uma hora e meia. Com uma expressão nada boa. Ele pediu para que eu e a Angie fossemos para sala, para poder ficarmos mais à vontade, e ele falar o que descobriu.

_Violetta – ele disse sério, sério demais para o meu gosto. – É verdade. – ele disse sem me olhar direito. – A proposta é verdadeira.

_Que ótimo! – falei alegre dando um pulo do sofá.

_Violetta, esse colégio fica em São Francisco, na Califórnia. – ele disse sério. – Não estou disposto, e nem quero, deixar você viajar para lá, sozinha.

_O que?! – me estressei, mas antes de eu conseguir falar ou fazer algo, Angie se intrometeu.

_Germán, você sabe que meu amor por você é muito grande, mas o que você está dizendo é ridículo. – ela disse olhando para ele seriamente. – A garota recebeu uma proposta incrível, de se tornar profissional em uma coisa que ela ama que a mãe dela fazia que ela é boa e talentosa... E você simplesmente quer acabar com o sonho da Violetta?!


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Notas finais do capítulo

O que acharam??