O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 55
Capítulo 55 - Último Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Leitores Maravilhosos !!

Aqui estou eu novamente, não enrolei muito dessa vez, para não atiçar muito a curiosidade de vocês, eu particularmente gostei do capitulo, mas vai na opinião de vocês.

Obrigada a tudo até aqui, e amei os comentários do capítulo anterior, você são os melhores!!



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Por León #

Eu ainda estava dentro de um avião, totalmente tedioso o lado da Francesca. Logo entenderão o porquê dela estar comigo. Estava com a carta de Violetta nas mãos, era meio óbvio que ela tinha escrito quando ainda namorávamos, pois na parte de fora estava escrito: “Para o Cara que Conseguiu roubar Meu Coração, Ops, quer dizer, para o León” Eu ainda não abri, mas vou fazer isso agora, já que ainda tenho umas duas horas de vôo, e Francesca está dormindo apoiada em meu ombro.

León, bom eu não sabia como começar esta carta, porque né, eu nunca me imaginei fazendo isso, mas... Aqui estou. Só quero te dizer que já estou com saudades, e olha que nos vimos há pouco tempo, mas Enfim...

Eu quero dizer que vou sentir sua falta, falta do seu jeito fofinho e romântico, até mesmo dos seus momentos explosivos, ou até das nossas brigas, se bobearem. Juro que se eu pudesse voltar um pouquinho atrás, teria te dado mais atenção e mais carinho, eu sei que não sou uma boa namorada, porque não sou nada romântica, talvez um pouco, mas não chega aos seus pés.

A questão é: O que eu vou fazer quando você não estiver aqui?(Além de chorar, porque isso eu faço toda vez que eu imagino você do outro lado do mundo.) Você em pouco tempo, se tornou muito e tudo para mim. Sinceramente, não sei como vou me sentir com a sua ida.

Espero que esse sentimento que eu tenho por você, nunca mude, e que o que você sente por mim, também não mude, porque se for da vontade de ambos, vamos nos encontrar de novo, e eu espero de verdade Vargas, que você não encontre nenhuma garota americana melhor do que eu.

Queria te pedir desculpas, por não ser a pessoa que você merecia, mas eu juro que me esforço todos os dias para tentar ser melhor ao seu lado. Amor, eu queria tanto ter mais tempo com você, tipo só nós dois para vida inteira sabe?

A única coisa que eu tenho certeza é que você já está indo, e levando o meu coração junto, eu só quero te pedir uma única coisa: Não se esqueça de mim, que eu farei o mesmo, eu prometo.

Vou sentir muita falta do meu namorado convencido, e também dos abraços tão perfeitos, dos momentos que você pegava fogo... Detalhes a parte.

Beijo e mais beijos. Eu Amo Você.

_Eu também amo você. – falei em voz alta, limpando uma lágrima que caiu de meus olhos sem ao menos eu sentir direito.

Francesca se mexeu, e depois de alguns segundos acordou, e sonolenta esfregou os olhos. Ela sorriu vendo a carta que estava em minhas mãos.

_Finalmente tomou coragem e leu. – ela disse rindo brevemente. – O que ela falou aí? – perguntou curiosamente.

_Coisas de namorado. – falei e Francesca me mostrou língua, eu apenas ri. – Já estou sentindo falta dela, e não sei se gosto disso.

_Você sabe que isso está prestes a acabar, e você terá ela nos braços novamente. – Francesca disse sorrindo. – Espere alguns dias, e tudo se resolverá.

_Estou ansioso. – falei sorrindo.

_E eu que só vou ver o Marco semana que vem – ela disse emburrada. – Ele vai para a nova escola daqui a uma semana, e é um pouco longe do nosso colégio lá na Califórnia. – ela disse triste.

_Pelo menos vocês vão se vê. Pensa positivo, baixinha – falei apertando seu nariz e ela riu contagiante.

Narradora ***

León e Violetta passaram o Ano Novo, pensando um no outro. Violetta estava com a família, Angie estava se tornando cada vez mais presente, e Violetta estava menos triste com a ida do namorado, mas ainda doía muito nela.

León passou o ano novo ao lado de Francesca e Marco, segurando vela para os dois, mas não se queixou em nenhum momento, pois sabia que em pouco tempo mataria a saudade que estava sentindo da garota que tanto amava.

***

Por Violetta #

_Angie! – falei um pouquinho de nada estressada. – Não quer fechar.

_Violetta – ela disse em repreensão. – Se usa mala, para guardar roupas, não levar o quarto inteiro para São Francisco. – disse tentando fechar a mala para mim.

_Mas eu coloquei só a básico. – me defendi.

_Você está na terceira mala, jura que é “só” o básico? – perguntou irônica e eu ri. – Acho que não é necessário levar esse tanto de objetos que você usa para decorar o quarto. – ela disse tirando algumas coisas de lá de dentro. – Você vai levar um ursinho desses pra que? – ela perguntou me olhando confusa.

_Ele está com o perfume do León. – falei e ela suspirou revirando os olhos.

_Garota mais apaixonada que você não existe. – disse colocando o ursinho de volta da mala. – Pronto fechou. – suspirou aliviada e eu sorri. – Terminou?

_Sim. – falei. – Tenho que me despedir dos meus amigos, será que papai vai deixar?

_Acho melhor você mandar mensagem do meu celular, seu pai não está muito de acordo em te deixar sair, e ele só vai devolver seu celular quando estiver no aeroporto.

_Tudo bem – suspirei.

***

Por Angie #

_Está tudo certo por aqui... – falei e ouvi mais uma vez a recomendação de um garoto de dezessete anos, chamado León. – Claro que o Germán deixou. – mais uma vez... – León, eu estou falando extremamente baixo para ninguém descobrir, e não a Violetta não suspeita de nada, mas ela quer muito saber quem é que fez a matricula dela nesse colégio, e do jeito que ela é curiosa vai descobrir rapidinho.

Violetta estava colocando as malas dela no carro, eu e Germán iríamos levá-la para o aeroporto.

Ela ainda se encontrava abatida, por mais que ela fosse aos Estados Unidos, ela não iria encontrar o León, pelo menos ela pensa que não, pois lá tem, se eu não me engano cinqüenta estados, quem garantirá que os dois se cruzem no caminho?

***

_Papai eu prometo não ficar de gracinhas com os garotos. – ela falava pela milésima vez e eu só observava rindo da cena. – E eu prometo te ligar todos os dias. Agora pode me devolver o celular senão o senhor não vai ouvir minha voz por bastante tempo.

Germán entregou o celular a ela, que sorriu para o mesmo. Germán puxou Violetta para um abraço e a mesma ficou assustada, acho que faz tempo que esses dois não têm um momento de afeto entre pai e filha, pois Violetta parecia um pouco desconfortável.

Por Violetta #

_Obrigada por me deixar ir papai. – falei ainda nos braços dele.

_Eu não queria ter deixado. – ele disse com a voz embargada e eu ri brevemente. – Não gosto de ver você crescendo e ver que já não precisa de mim para praticamente nada, nem para sair do país, sozinha.

_Você tem que aprender a aceitar que eu mudei. – falei me aconchegando em seus braços, como há anos não fazia. – E que a minha nova realidade depende de outras pessoas, não somente de você.

_Está falando isso pelo León, não é? – perguntou desgostoso acariciando meu cabelo e eu ri baixo.

_Não só por ele, mas com todos, a minha volta. – expliquei me afastando um pouco dele. – Você sabe que eu não pertenço a somente você agora, papai. – falei e pude ver uma lágrima triste cair de seus olhos, algo sincero, deixando meu coração apertado.

_É eu sei. – ele forçou um sorriso, e eu passei minha mão em sua bochecha, limpando aquela lágrima. – Desculpe por não perceber que o tempo passou, e que você não é apenas a minha menininha que precisa de cuidados. – falou – Você me lembra muito sua mãe, e as atitudes que ela tinha. – ele disse novamente voltando a acariciar os meus cabelos. – Me perdoe por tudo.

_Tá tudo bem pai. – falei tentando mudar a expressão de melancolia que estava em sua face. – Não precisa me dizer todas essas coisas.

_Precisa sim. – ele disse segurando as minhas mãos. – Eu sei que eu devia ter deixado você a se despedir dos seus amigos, e principalmente ter deixado você dar, o último adeus, para o... León. – falou e agora eu senti meus olhos marejados. – Eu sei que você ama muito aquele rapaz, e que independente da burrada que ele tenha feito, ele também nunca deixou de te amar.

_Agora já é tarde demais papai. – falei limpando meu rosto com as costas de minha mão. – Eu te perdôo por tudo isso, e também te perdôo por quase não me deixar respirar durante esses anos. – falei e nós rimos entre lágrimas. – Vou sentir sua falta também. – falei lhe dando o último abraço.

Papai me deu um beijo na testa e me abraçou mais forte, quase me matando por falta de ar, mas eu não reclamei, apenas aproveitei aquela reconciliação por ter meu pai tão perto de mim novamente.

_Eu te amo filha. – papai disse se separando do meu abraço. – E sempre, em qualquer circunstancia, vou te amar.

_Eu também te amo pai. – falei totalmente emocionada pelo momento.

_Será que eu também posso me despedir? – Angie perguntou brincalhona. – Eu não quero interromper o momento pai e filha, mas seu vôo daqui a pouco chega.

Fui até a Angie, lhe dando um abraço apertado, se não fosse por ela, eu juro que não estaria aqui agora, e nem teria me reconciliado com meu pai. Ela retribuiu meu abraço. Talvez ela não seja uma pessoa que possa destruir a minha vida.

_Obrigada Angie. – sussurrei e ela se afastou de mim.

_Não fiz nada de mais – ela disse sorrindo largamente.

_Última chamada para o vôo 357, com destino a Califórnia. – anunciaram.

Peguei minhas malas e os olhei pela última vez. Papai sussurrou novamente “te amo” e eu sussurrei no mesmo tom. Angie acenou e assim eu fui em direção a plataforma, vou começar uma nova vida a partir de hoje.

Por Angie #

Germán estava um pouco abatido, seu rosto estava rígido, enquanto seus olhos estavam tomados por lágrimas. Eu sabia que ele ia sentir bastante falta da filha querida. Eu não queria vê-lo sofrer, mas era o destino da Violetta, e ela tinha que segui-lo de alguma forma.

_Pelo menos minha filha não vai encontrar com aquele play boy do ex. namorado dela. – Germán disse um tanto aliviado e eu ri.

_Quem te garante? – perguntei ficando de frente para ele.

_Os Estados Unidos é muito grande. – ele respondeu imediatamente.

_Mas as coincidências são bem grandes também. – falei com um sorriso travesso nos lábios e logo ri da cara que ele fez.

_Por um acaso você está sabendo de algo? – ele perguntou desconfiado, arqueando uma das sobrancelhas.

_Não vou dizer que não. – falei provocativa, era meio óbvio que eu sabia de “MUITA” coisa.

_Angie... – ele disse em repreensão.

_Germán... – eu disse no mesmo tom rindo e ele virou os olhos. – Que tal irmos para a minha casa hoje? – perguntei desviando o assunto. – Vamos assistir a um filme, e tirar essa tensão, que você está sentindo com relação a sua filha.

Ele assentiu e assim saímos do aeroporto.

Por Francesca #

Dormitório 15 do primeiro bloco.

Abri a porta de meu dormitório, encontrando uma pequena sala, com um sofá branquinho e uma poltrona. Fui até o quarto, onde existiam duas camas de solteiro, uma para mim, e a outra para a minha companheira de quarto.

Fui até a mini cozinha, onde tinha um mini fogão, uma mini pia, uma mini geladeira e um minúsculo armarinho. Tudo “mini” uma graça.

_Alô – atendi o meu celular. – Oi mãe, eu estou muito bem, o vôo até aqui foi tranqüilo, não houve nenhum problema, tudo certo.

_Já estou sentindo sua falta Francesca – minha mãe disse melancólica e eu ri inaudível. – Não sabe o quanto seu pai ficou preocupado sabendo que estava em um avião, segundo um rumo totalmente contrário do que havíamos pensado para você.

_É mãe, eu tenho que viver meu caminho, sozinha agora. – falei e pude escutar que ela chorava do outro lado da linha. – Mãe, não se preocupe comigo, eu estou bem, sei me virar aqui, e fale ao papai para não se preocupar também, vou me acostumar aqui.

_Tudo bem então. – ela disse um pouco fraca e eu sorri um pouco triste. – Só nunca deixe de ser essa garota maravilhosa que você é. E seu pai mandou um recado, dizendo que não é pra ficar de muito namorico aí não, ele quer que você saiba diferenciar, namoro e o colégio, não nos decepcione amor.

_Tá bem mãe, eu e o Marco sabemos o que tem que ser feito. E você sabe que o colégio dele também exige muito a inteligência, muito mais que o meu.

_É, eu sei que o Marco tem uma inteligência diferenciada, e isso é muito bom, pra ele. – minha mãe disse e parecia aliviada. – Promete que ligará todos os dias.

_Com certeza mãe. – falei rindo. – Agora terei que desligar. – anunciei e ela suspirou. – Beijos, até mais.

Voltei ao meu quarto, e comecei a arrumar a cama. Entre as duas camas havia uma janela, que dava vista ao colégio grandioso. Acho que vou me dar bem esse ano, ou me dar mal... Depende...

Por Ludmila #

_Federico você sabe que eu gosto muito de você, e que você é super importante na minha vida, por isso te peço que não me procure mais, estou farta de ter que dar explicações para o Diego sobre nossa relação que terminou.

Estávamos em minha casa, sozinhos no meu quarto, com a porta aberta, para que minha mãe e meu pai não pensassem nenhuma besteira.

_Se eu sou super importante, porque você é tão confusa? – perguntou indignado. – Ludmila, você pensa que ama o Diego igual a mim, mas a verdade é que você está confusa, e não sente o mesmo por ele, você o ama, mas como um amigo de infância, que sempre tinha por perto.

_Eu amo o Diego. – repeti.

_Você não sabe o que está dizendo. – ele disse sentando mais próximo de mim.

Antes de eu responder, meus irmãos invadem o meu quarto, como dois loucos. Tenho muita raiva quando esses pestinhas têm esse tipo de comportamento, parece um bando de psicopatas.

_Lucas e Leonardo. – falei tentando deter aqueles gêmeos desmiolados dos meus irmãos. – O que pensam que estão fazendo invadindo o meu quarto?!

_Oi Federico. – Lucas ignorou minha pergunta e eu me sentei na cama novamente impaciente. – Você e minha irmã estão namorando de novo?

_Não, não estamos. – respondi rapidamente.

_Sem graça – Leonardo disse cruzando os braços. – Eu gostava dele. – disse se referindo ao Federico que ria da cena.

_Mamãe mandou avisar que o tio Diego chegou. – Lucas disse.

_Já falei que ele não é seu tio. – falei me levantando desamassando a minha roupa. – Somos namorados agora.

_Sério mesmo? – Leonardo perguntou e eu assenti. – Você é doida, namora o Federico e depois com seu amigo. Não entendo. – disse saindo do quarto confuso e levando Lucas junto.

_Tá vendo não sou só eu que não te entendo. – Federico disse. – Vou sair pelos fundos, para não arranjar discussão com seu namorado. – disse me dando um beijo no canto da boca e eu apenas suspirei um pouco constrangida com a situação em que nos encontrávamos. – Te amo.

Ele saiu do quarto me deixando extasiada. Lembrei que Diego me esperava lá na sala e corri até a mesma. Encontrando ele sentado no sofá mexendo no celular. Assim que me viu pôs o aparelho no bolso e sorriu para mim.

_A que devo a honra de sua visita? – falei o vendo se por de pé, porém não consegui me aproximar o mesmo, sentia como se algo estivesse me impedindo, e tinha medo que fosse o meu coração.

_Oi meu amor. – disse vindo até mim, dando-me um selinho, que eu não conseguiria corresponder devido à conversa com o Federico. Será que ele tinha razão? – Está tudo bem? – perguntou se afastando.

Assenti e ele me olhou preocupado. A verdade é que eu não agüentaria vê-lo sofrer, não por minha causa. Sim, eu me encontrava sem uma situação completamente apavorante, onde meu coração gritava por todos os lados para saber por quem estava realmente perdidamente apaixonada.

Eu não poderia fazer com o Diego o mesmo que eu fiz com o Federico, eu estaria pensando em mim novamente, e eu não agüentaria ver ninguém derramando nenhuma lágrima por mim, pelas escolhas que eu fiz, eu não podia voltar atrás, não tinha como.

Abracei o Diego apertadamente, algo como um gesto de desespero, não por carinho, mas eu precisava sentir-me segura nos braços dele. Ele retribuiu no mesmo instante, aliviando um pouco da minha tensão, que parecia ser evidente.

_Eu te amo. – Diego disse, e aquelas palavras saíram tão sincera de seus lábios, fazendo lágrimas descerem de meus olhos, eu estava o enganando, enganando por coisas que eu não sentia diretamente por ele. Eu me sentia uma ridícula fazendo isso.

_Também. – respondi impulsivamente fechando os olhos, querendo que aquilo não passe de um sonho, e que eu o amava de verdade, com todo o meu coração, de corpo e alma... Mas essa não era a realidade.

Por Violetta #

Eu estava no aeroporto da Califórnia, esperando um taxi para me levar até ao meu colégio. Eu precisava chegar lá até o meio-dia, e já eram onze e quarenta. Estava ferrada, iria chegar atrasadinha.

O taxi chegou depois de cinco minutos. O taxista muito educado e gentil colocou minha bagagem no porta-malas. Entrei no taxi e rumei até o meu colégio, eu iria morar lá, durando um ano, e depois que terminasse, iria fazer uma faculdade, mas antes, eu retornaria a Buenos Aires, para comunicar melhor os meus pais.

***

O carro parou em frente a um local, que era totalmente tomado por grades em volta, não parecia uma prisão se querem saber. Era bem bonito. Depois da grade, que era por segurança, havia um gramado verde, que levava até a porta do colégio enorme, me senti outra pessoa pisando naquele lugar.

A carta que eu recebi indicava que eu teria de ir até a diretoria, entregar meus documentos, e confirmar que eu faria o meu ano ali, naquela escola, recebendo todo o conhecimento do ballet nas aulas especiais.

Fui até a sala da diretora que era indicado por algumas setas em inglês. Assim que entrei vi uma mulher loira, dos cabelos bem loiros escorridos pelos ombros. Ela me olhou e sorriu abertamente.

_Olá. – me recebeu e eu sorri. – Nova estudante, certo? – perguntou e eu assenti. – Meu nome é Priscila, e eu sou a diretora do High School Talent, e também criadora de todos os projetos que existem nesse colégio.

Depois de uma conversa com a Priscila ela me entregou um bilhetinho que indicava o numero do meu dormitório, e também o bloco que ele estava.

Dormitório 15, primeiro bloco.

Segui as instruções até chegar a um lugar grande, era um prédio, onde existiam alguns andares, não eram muitos, mas existiam.

Fui subindo as escadas com cuidado, e com certa dificuldade, por causa das malas. Meu dormitório ficava no terceiro andar.

Assim que cheguei ao dormitório, dei de cara com o número quinze. Peguei a chave que diretora havia me dado, mas antes de poder abrir a porta, meu celular tocou, praticamente berrando, e eu atendi.

_Oi pai. – atendi. – Eu estou muito bem, não aconteceu nada enquanto eu estava voando. – falei dando certo alivio a ele.

_Ai que ótimo. Qualquer coisa que precise me ligue que eu vou correndo pra te ajudar.

_Papai não acredito que eu vá precisar de algo, aqui tem exatamente tudo.

_Mas mesmo assim... E tome cuidado, saiba que eu te amo muito e que te desejo boa sorte nesse novo caminho que você está seguindo sozinha.

_Também te amo pai. – falei desligando.

Rodei a chave destrancando a porta e sorri. Meu coração disparou, e eu não entendia muito bem o que se passava. Eu estava sentindo algo estranho dentro de mim, algo que se assemelhava a ansiedade, por causa da pequena dor em minha barriga e também ao nervosismo que eu estava sentindo.

Abri a porta com certo cuidado, encontrando a sala vazia, apenas com uma mala vermelha, que não me era estranha, no meio dela. Virei de costas, respirei fundo e tranquei a porta, aquele quarto já tinha gente, e com certeza era a minha companheira.

Assim que me virei para trás de novo, dei de cara com uma garota. Quase caí para trás ao ver quem era. Eu estava sonhando? É isso? Não acreditava que estava vendo aquela garota de cabelos longos, lisos e pretos na minha frente. Minha respiração falhou e eu não sabia como reagir.

_Fran... Francesca...? – perguntei quase em um murmúrio sentindo minhas mãos formigarem. Eu estava feliz.

_Que surpresa boa né amiga? – disse gargalhando, provavelmente da minha reação.

Não pensei duas vezes em correr para abraçá-la e assim que fiz, ela retribuiu, como uma boa amiga... Fazia dias que eu não via a Francesca, e não sabe o quanto eu senti falta daquele ser tão chatinho que me faz tão bem.

_Senti sua falta – Francesca disse rindo baixo.

_Eu também senti a sua. Não sabe o quanto me doeu sair do país sem se despedir dos meus amigos. – falei me afastando. – É uma surpresa maravilhosa.

_Mas essa não é a melhor parte da surpresa. – ela disse e eu não entendi muito bem.

Francesca pegou em meu braço, me guiando até um cômodo, que mais tarde eu descobri que era o nosso quarto, devido às duas camas que ali existia. O que me surpreendeu, foi encontrar uma pessoa ali dentro, eu não reconheci, mas era um garoto. Ele estava de costas, com uma calça jeans escura e uma camisa azul. Olhei para a Francesca sem entender, ainda estávamos em silêncio, então à mesma fez questão de quebrar.

_Hey – chamou o garoto que não ousou a olhar para trás. – A sua garota acabou de chegar. – ela disse divertida e o garoto abaixou a cabeça rindo brevemente.

E eu conhecia bastante aquele riso, aquela forma de rir, de achar as coisas mais bobas, as mais engraçadas do mundo. Assim que ele se virou para trás, pude constatar quem realmente era. Senti que meu coração por um instante, havia parado de bater, mas logo que retornou, batia como se quisesse sair e atravessar o meu peito. Uma dor aguda me atingiu.

_Eu... O que... O que faz aqui?! – perguntei totalmente assustada e perdida naquele olhar sereno que me causavam tantos sentimentos distintos e maravilhosos.

_Bom, eu estava esperando por um abraço, mas... – não o deixei terminar e corri em direção a ele, o alcançando em poucos segundos.

León, não sei, como, estava ali, e eu estava ali, estava nos braços dele, de novo, como sonhei todos esses dias que pensei que tudo estava perdido. O impacto do meu corpo com o dele foi grande, não sei como não o derrubei no chão.

Seus braços me apertaram em um abraço totalmente apertado, onde eu podia sentir a saudade voltando em forma de lágrimas doloridas por pensar que eu talvez jamais o visse novamente.

_Como? – perguntei me afastando. – Não faz sentido... – murmurei sentindo sua mão passar suavemente em meu rosto, secando as lágrimas que desciam. – O que você faz aqui? Por que está aqui?

_Lembra quando eu te disse sobre o Music School? – ele perguntou em uma calmaria que eu sentia muita falta, apenas assenti. – Faz parte do projeto desse colégio. – León continuou e eu transbordava de felicidade. – Aposto que está se perguntando como veio parar aqui...

_Como você... Espera aí! – falei raciocinando um pouco mais. – Foi você que planejou minha vinda para cá?

_Violetta – León riu do meu desespero. – Eu não fiz tudo sozinho ok? Tive uma ajudinha da Francesca. – falou e eu logo olhei para trás, encontrando a minha amiga emocionada pelo momento. – E também, como sou menor de idade... Tive uma grande ajuda vinda da parte a Angie, nossa ex. diretora.

Ele disse e eu fiquei em choque. Franzi a testa pensando em todo apoio que ela estava me dando nos últimos dias, e também no jeito tão fácil que ela convenceu o meu pai de me mandar para cá.

_Como a Angie... – ele me interrompeu.

_Não vamos entrar nesse assunto, não agora, por favor. – disse colocando o dedo em minha boca e eu sorri. – Eu fiz tudo isso pra te ter ao meu lado, mesmo que a gente não fique exatamente junto. Afinal, você terminou comigo... Mas eu não poderia te deixar escapar.

_Você não poderia ter feito melhor. – falei acariciando aquele rosto tão meigo.

_Eu te amo a cada segundo da minha vida, e te amo muito mais vendo você agora, aqui comigo, sabendo que vou poder ficar com você mais um ano, dividindo todos os momentos, mesmo afastados, eu poderei estar perto de você, e isso é o que me deixa mais alegre.

_Você é incrível, e ao mesmo tempo muito bobo em pensar que eu ficaria um ano... Afastada de você. – falei encostando nossas testas, roçando nossos narizes. – Eu te amo tanto... – sussurrei sentindo sua respiração quente, totalmente descompassada.

_Eu também te amo meu amor, como jamais alguém pensaria em amar.

E assim, como em todo o conto ou história de amor, os dois trocaram um beijo. Não qualquer beijo. Um beijo que representava todo amor que ambos sentiam um pelo outro, e estavam passando naquele momento, através desse gesto de carinho, tão simples, mas tão significativo.

O amor é para todos, independentemente da situação. Todos têm problemas e desafios, mas quando se sente o amor verdadeiro com o próximo, simplesmente você enfrenta, pois não está sozinho.

A distância entre León e Violetta, simplesmente se resolveu com a brilhante ideia que ele teve em trazê-la junto com ele, em provar para ela que o que ele sentia, era verdadeiro e tão forte, a ponto de não conseguir viver sem ela.

_Você é o meu destino León...


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Notas finais do capítulo

Gente o Capítulo ficou muito maior do que eu queria que ficasse, então se ficou cansativo mil desculpas.
Estou tristonha, mas feliz, por terminado essa história, e também estou contente por ter conseguido leitores tão amorosos como vocês e mesmo com aqueles que cometam de vez em quando ou nunca, também agradeço, afinal, vocês acompanharam, mas diferentemente dos outros, acompanharam em silêncio.
Obrigada a todas as leitores que comentavam coisas tão positivas em minhas historias, vocês fazem tudo ficar melhor, sério mesmo.
Esse foi o fim da fic, mas....
dam dam dam
Sim hahah, vocês já haviam me convencido em fazer uma segunda temporada ou segunda parte, como acharem melhor, e eu fico muito feliz que a história tenha ficado boa o suficiente para vocês me pedirem isso.
Então é isso...
Muito Obrigada *-*