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_Saiba que vou estar com você sempre. – Ele disse e eu sorri.

_Também vou estar com você sempre. – repeti suas palavras, recebendo do mesmo o mais maravilhoso sorriso.

_Eu te amo, e vou te amar para todo o sempre. – León falou e senti algo escorrendo de meus olhos, eram as lágrimas.

A brisa ficou mais forte, no jardim em que estávamos e nossos lábios estavam próximos de se selarem em um beijo mágico e cheio de amor e paixão. Comecei a ouvir alguém chamar o meu nome, mas tentei ignorar, o que foi impossível, e quando estávamos a milímetros a imagem de León começou a desaparecer...

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_Violetta, acorda! – abri meus olhos assustada, totalmente atordoada. Encontrei a imagem de Olga.

_Ai Olga – falei fechando meus olhos e rapidamente os abrindo. – Você me assustou.

_Ah jura?! – ironizou abrindo as cortinas e deixando a claridade invadir meu quarto. – Vai dar duas horas da tarde Violetta. – disse eu me assustei novamente, nunca acordei assim tão tarde. – Francesca está aqui.

_O que ela faz aqui? – perguntei sonolenta, esfregando os olhos e me sentando na cama.

_Quer falar com você, oras. – ela disse. – Sugiro que se arrume, e desta vez não tem café da manhã para senhorita, vou terminar de fazer o almoço, e depois você e sua amiga comem juntas.

_Tudo bem – me levantei rumando ao meu banheiro.

Tomei um banho rápido, e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo. Pus um short jeans e uma regata amarela, calcei meus chinelos e fui falar com a Francesca. Hoje estava um calor insuportável!

_Oi Fran! – falei descendo as escadas, vendo Francesca impaciente ao lado da televisão.

_Oi dorminhoca – disse sarcástica.

_O quer falar comigo? – perguntei sentando no sofá e ela fez o mesmo.

_Queria te pedir um conselho. – falou um pouco sem graça, e eu arqueei uma de minhas sobrancelhas.

_Me pedir um conselho? – perguntei e ela assentiu. – Normalmente é você que vive me dando isso... – falei um pouco desconfiada. – Mas no que eu posso te ajudar?

_Bom, digamos que o meu namorado, esteja muito estranho. – falou apertando a almofada que estava em suas mãos. – E que eu estou suspeitando de várias coisas. – disse me olhando com certa vermelhidão concentrada em suas bochechas, Francesca estava envergonhada.

_O Marco está estranho e você acha que ele tem outra garota? – perguntei segurando o riso, pois Francesca estava enrolando para falar a verdade.

_Basicamente isso. – falou abraçando a almofada. – Não sei mais o que eu faço. – suspirou tristemente. – Ele não quer me contar o que tem. E eu também não consigo descobrir. – desabafou.

_Ai amiga, relaxa. – ri brevemente. – Os garotos são assim mesmo, daqui a pouco passa, e você vai ver, é tudo questão de tempo.

_Não – falou fazendo uma carinha tristonha. – Eu o vi com uma garota na padaria. – falou olhando para mim. – E ele estava todo contente com ela, e quando foi ficar comigo, não quis nem conversar direito.

_Calma, pode ser só uma amiga. – falei sorrindo. – E por que você não pergunta pra ele? – perguntei meio óbvia.

_Porque eu não gosto de discutir com o Marco. – Francesca disse toda dengosa. – Eu amo ele, amo muito e eu não suportaria que nos separássemos por causa de outra garota em sua vida.

_Nós somos apenas adolescentes, não sabemos quem é o amor de nossas vidas.

_Eu sei quem é o amor da minha vida. – disse convicta. – E ele se chama Marco.

_Francesca... – suspirei. – É melhor... – fomos interrompidas por Olga.

_Meninas, o almoço está pronto. – falou sorridente. – Francesca, eu fiz um macarrão italiano, espero que aprove.

_Obrigada Olga – Francesca agradeceu.

Olga saiu da sala e eu e Francesca fomos nos sentar a mesa, onde o almoço estava servido. O cheirinho da massa italiana estava uma delícia. Francesca abriu um enorme sorriso ao ver aquele macarrão.

_Ai como esse cheirinho me lembra a Itália! – Francesca disse sorrindo largamente, nem parecia àquela garota melancólica de minutos atrás.

_Sente falta de lá?

_Não muito – respondeu indiferente dando uma garfada no macarrão. – Gosto daqui. – disse. – Gosto de ficar com minha família aqui. Gostei de ter vindo pra cá, e ter conhecido o garoto dos meus sonhos. – respondeu com certo pesar da voz.

_Ai Francesca, não começa. – falei vendo sua cara de choro. – Come primeiro, depois você chora, por favor.

_Hm... Quando você chorava por conta das brigas que tinha com o León, eu não falava nada, apenas te dava o meu ombro amigo. – disse com a voz baixa.

_Ai Francesca – suspirei recostando meu corpo no apoio da cadeira. – Você está cheia de mágoas e eu só estou tentando te deixar para cima, amiga. – falei olhando para a mesma que degustava o macarrão com uma carinha triste. – O León vai para os Estados Unidos e nem por isso eu estou chorando, e olha, e eu não digo que não estou sofrendo, pois eu estou, mas eu tento preencher isso com boas lembranças e bons momentos que eu tive com ele.

Nesse instante o celular da mesma tocou e ela sorriu um pouco triste.

_Marco perguntou se quer ir ao shopping com a gente. – Francesca disse e eu arqueei uma de minhas sobrancelhas. – Em casais.

_Fran, se você não lembra, eu não tenho mais namorado. – respondi comendo mais um pouco do macarrão.

_Então saiam como amigos. – insistiu.

_Desculpa, mas não vai dar. – falei firme e ela bufou. – Não tem como esquecer o León se a cada dois segundo você faz lembrar-me dele, ou me convida para sair com ele. – falei cruzando os braços.

_Desculpa amiga – disse sorrindo de lado. – Vou cancelar com o Marco. – disse escrevendo rapidamente uma mensagem para ele.

_Não precisa fazer isso, ele é seu namorado, e quer sair com você, não precisa fazer isso. – falei tentando impedi-la.

_Você é a minha amiga, é meu direito estar com você nas horas tristes e felizes. – falou sorridente. – Além do mais, já enviei a mensagem. – ela disse e eu ri.

Terminamos o almoço entre risadas, Francesca sabia ser divertida e repreensiva quando queria. Ela esqueceu o assunto do Marco e nós tivemos uma tarde bem interessante, ficamos no jardim, conversando sobre bobeiras, e em nenhum momento eu vi Jade, acho que ela nem saiu do quarto hoje, mas quando o meu pai voltar, eu terei uma boa conversa com ele.

Francesca foi embora quando estava bem tarde. Eu fui para o meu quarto já que não tinha mais nada a fazer. Estava bem distraída, quando escutei alguma coisa batendo em minha janela repetitivamente.

Com um pouco de medo, fui até ela, e pude constatar que eram pedrinhas. Abri a janela e olhei para baixo, vendo León pronto para atirar à próxima, mas assim que me viu parou e sorriu largamente.

_Pensei que teria de ficar jogando pedra para sempre. – ele disse.

_O que faz aqui?! – falei baixo, mas muito irritada. – León já é tarde! Se a Olga te vê aqui é capaz de te mandar embora te batendo com o cabo de vassoura. – falei, pois Olga odiava receber visitas aquele horário, a não ser que seja de extrema urgência, pois também não gostava de ser acordada no meio da noite, e esse horário ela já está dormindo com os anjinhos.

_Não vai me convidar para entrar?

_León... Eu não posso descer, não posso acordar a Olga, ela me mataria. – respondi. – É melhor você ir embora.

León olhou bem para a minha cara e deu uma risadinha breve. O olhei sem entender nada e o mesmo saiu de minhas vistas rapidamente. Fiquei esperando para ver se ele aparecia novamente, e o mesmo me apareceu com uma escada nas mãos.

_De onde você pegou isso? – perguntei sem entender.

_Peguei emprestado do vizinho. – respondeu com sorriso travesso.

_Emprestado?! – perguntei arqueando uma de minhas sobrancelhas. – León, nenhum vizinho te emprestaria uma escada uma hora dessas. – falei apoiando-me na janela.

Ele deu de ombros, e apoiou a escada na parede, próxima a minha janela. Ele subiu rapidamente, e eu fiquei um pouco apreensiva, afinal era muito grande a distância da janela até o chão, e se ele caísse, poderia acontecer algo grave.

Assim que ele chegou próximo, a minha janela, sorriu, e eu dei espaço para ele pulá-la. O mesmo entrou em meu quarto e me puxou para perto dele, em um abraço muito, mas muito apertado, onde eu nem me mexi.

_Isso tudo é saudade? – perguntei rindo, assim que seus braços fortes me largaram.

_Não, é que eu quero ficar muito tempo com você, para compensar a saudade que eu vou sentir quando for embora. – respondeu.

_Hm... Entendi. – falei sentindo seus lábios em minha bochecha. – Mas precisa fazer isso essa hora da noite?

_Queria apenas te fazer uma visitinha. – falou sentando em minha cama e olhando para o meu criado mudo. – Cadê a nossa fotografia juntos?

_Eu... Eu... Guardei. – falei um pouco sem graça.

_Guardou? – duvidou com uma das sobrancelhas arqueadas.

_Sim. – falei indo até o meu guarda-roupa e tirando ele de lá de dentro. – Está vendo? – falei mostrando para ele.

_Pensei que tinha jogado fora.

_Não conseguiria. – falei com um sorriso tímido. – Você foi importante e ainda é para eu fazer uma coisa dessas tão sem sentido.

_O que quer fazer agora? – perguntou naturalmente.

_Quero que você vá embora e me deixe ter uma boa noite de sono. – respondi rindo e ele fez uma careta.

_Isso não vai acontecer. – falou se levantando e chegando perto de mim, e eu fui me distanciando à medida que ele se aproximava.

Até que o meu limite chegou. Graças à parede León conseguiu se aproximar de mim o suficiente. Ele colocou os braços apoiados em minha volta, com suas mãos apoiadas na parede, e me deu um sorrisinho travesso.

_León... – praticamente sussurrei seu nome, por conta daqueles olhos verdes que provavelmente estariam me deixando vermelha.

_Violetta... – disse no mesmo tom, só que em um modo mais provocativo. – Preciso de você, muito mais do que alguém já precisou de algo. – falou me olhando de uma maneira suplicante e totalmente apaixonado.

_Espero não ser o que eu estou pensando que seja. – falei com o pé atrás, já que eu não entendia muito bem que intenções aquelas palavras tinham. – Não estaria preparada para que isso... Aconteça. – falei um pouco envergonhada.

_Calma, minha vermelhinha. – León disse tirando o sarro de minhas bochechas. – Não se preocupe que eu sei que você não está pronta para que isso aconteça, meu amor. – e ele continuava a me chamar com desses apelidos carinhosos que apenas namorados usavam.

_León... Não sou seu amor. – falei vendo seu sorriso se desmanchar. – Você sabe que não estamos mais juntos, então, por favor, não força.

_Deixa-me ficar com você, pelo menos agora, eu não quero pensar que estamos separados, por favor. – implorou.

Eu não falei mais nada, e senti o mínimo impacto de seus lábios nos meus. Fechei meus olhos aproveitando aquelas sensações. Um beijo tão leve que eu estranhei pelo fato de León não querer aprofundá-lo, já que estávamos em um clima perfeitamente melancólico. Depois de determinados segundos ele se separou de mim, e sorriu.

_Já vou indo – anunciou em um tom baixo.

_Não. – falei segurando seu braço. – Fica comigo hoje, eu deixo, não tem problema, se for apenas hoje. – falei o guiando até a minha cama.

Nós nos deitamos em minha cama, e León me puxou para perto dele. Seus olhos encontraram os meus, e foi uma sensação única, algo mais intenso do que qualquer beijo que nós tenhamos dado. Eu enxerguei algo que eu nunca havia visto. Algo estranho, acolhedor, mágico, apaixonante, algo que parecia estar me conectando cada vez mais com León, isso me dava medo, medo porque eu nunca senti algo tão forte como o que sinto por ele.

Aninhei-me em seu peito e ele começou um carinho gostoso em meus cabelos. Eu estava abraçada com o meu ursinho que estava no meio de nós dois. Meus olhos começaram a querer se fechar, mas eu não queria dormir, estava feliz assim. Não consegui e acabei fechando os olhos, e assim caí em um sono profundo ao lado dele, que me fazia feliz a cada instante que se passava...