O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

*Oi Oi Gente !!!

*Agradecimento rápido aos lindos e maravilhos comentários, pois já é tarde, pelo menos para mim, que tenho prova amanhã rsrs', então Obrigada, você são os melhores leitores que alguém pode ter :*

*Boa Leitura !!

*Ah! Leiam as notas finais, é importante ""Tem haver com o fim da fic"".... beijinhos !!



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O baile havia terminado tarde da noite. Eu não saí um segundo dos braços de León. Foram as horas mais rápidas de minha vida, e olha que foram muitas horas. Mas parece que o tempo passa mais rápido quando você quer que dure a eternidade.

Ele se ofereceu para me levar em casa, e é óbvio que eu aceitei. Despedi-me de meus amigos e das garotas que estavam animadas com a noite, apesar de ela ter chagado ao fim tão rápido.

***

_Quando você vai partir? – perguntei a León quando estávamos em frente a minha casa.

_Em cinco dias. – falou olhando em meus olhos.

_Vai passar o Natal com sua família? – perguntei e ele assentiu. – Sentirei sua falta. – falei levando minha mão até o seu rosto, acariciando-o. – Espero que tenha um bom ano novo lá. – desejei a ele.

_Não vai ser tão bom. – disse baixo. - Vai fazer algo no Natal? – perguntou e eu ri.

_Sim León, vou me comportar, comemorar o dia em que Jesus Cristo nasceu, e fingir que o Papai Noel existe. – falei e agora foi à vez de León rir.

_Podemos comemorar juntos. – falou.

_Não sei se será uma boa ideia. – falei tristonha. – Você pegará um avião em cinco dias, o Natal daqui cinco dias, eu não quero chorar a comemoração inteira, ainda mais na sua presença. – falei sentindo a brisa bater, fazendo meus cabelos voarem para trás.

_Então tá. – León disse rindo de minha cara.

_Boa noite. – falei indo beijar sua bochecha.

O mesmo foi mais rápido e virou, fazendo com que nossos lábios se chocassem em um selinho extremamente rápido e roubado, rimos logo em seguida, parecíamos duas crianças se divertindo pela primeira vez.

_Boa Noite. – respondeu beijando minha testa com uma expressão mais séria, mas não tão dura algo normal.

León foi se distanciando em seus passos lentos, e eu só entrei em casa quando não o vi mais em minhas vistas. Abri a porta dando de cara com a sala iluminada apenas por um abajur, e Olga lendo um livro. Suponho que seja de receita de doces, ela ama inovar.

_Chegou tarde, pequenina. – disse ainda com os olhos grudados no livrinho. – A comemoração estava boa? – perguntou.

_Sim. – respondi baixo, indo até o sofá, me sentando ao lado dela. – Foi ótima.

_E a relação com o príncipe encantado? Resolveram-se? – Olga perguntou olhando-me com certa curiosidade.

_Sim. – respondi tentando esboçar um sorriso, o que não deu muito certo.

_E...? – incentivou-me.

_Deixei ele livre. – respondi sentindo uma leveza grandiosa me invadir.

_Se sente bem com isto? – Olga e seus interrogatórios.

_Acho que sim – dei de ombros, afinal não sei o que estava sentindo no momento. Era horrível a ideia de deixá-lo ir, mas era bom o fato de termos conversado e feito as pazes, por mais que sejamos apenas “amigos” com sentimentos a mais.

_Tenho uma notícia para te dar. – Olga disse aproveitando a certa leveza que eu estava sentindo no momento. – Seu pai volta em quatro dias, para passarmos o Natal juntamente a ele.

_Ai não! – falei jogando meu corpo no encosto do sofá. – Tudo que é bom, dura pouco... Por quê?! – disse indignada.

_Não é tão ruim assim, Violetta. – Olga disse colocando o livrinho em cima da mesinha de centro, e me dando atenção. – Ele parece estar melhor com esta viagem que fez. Parece estar mais feliz, entende?

_Deve ter arranjado outra mulher para atormentar minha vida. – falei e Olga me olhou em repreensão.

_Jade volta em uma semana. – anunciou e eu arregalei os olhos não acreditando naquelas palavras. – Ela está em Paris, fazendo compras, diz que foi visitar o irmão, algo do tipo.

_Jade tem irmão?! – perguntei espantada.

_Sim, o Mathias. Não se lembra dele? – perguntou e eu neguei. – Um homem alto, estatura forte e cabelos loiros. Lembra?

Pus minha memória falha para funcionar. Lembrava vagamente do Mathias. Ele não vinha muito aqui em casa, sempre dizia que era um homem de negócios, e que não tinha tempo para nada. Eu sempre suspeitei das intenções dele, mas nunca disse nada, afinal eu tinha 14 anos a primeira vez que o vi, então não tinha direito de opinar em nada, na verdade, nunca tive esse direito.

_Lembro um pouquinho.

_Ele está com alguns problemas, e ela também precisa ajudá-lo a resolver. – Olga disse naturalmente.

_Que tipos de problemas? – perguntei.

_Não sei querida. – falou suspirando. – Mas acho que é sério, porque Jade não interromperia uma viagem para ajudar alguém. – Explicou.

Depois dessa rápida conversa, fui para o meu quarto, precisava descansar e meus pés estavam me matando de dor, sério mesmo, vou ficar um bom tempo sem usar salto alto. Desmanchei o penteado que cabeleireiro de Ludmila tinha feito e tomei um rápido banho, deitando logo em minha cama, pois eu já estava pra lá de baguida.

***

_Pequenina! – escutei uma voz muito animada. A voz de Olga, a empregada mais empolgada que eu já vi em minha vida. Logo em seguida senti a claridade invadir meus olhos e escondi minha cabeça debaixo das cobertas. – Acorda meu amor.

_Olga, eu estou de férias, me deixa dormir. – resmunguei e logo senti meu cobertor sair de cima de mim, me fazendo arrepiar, devido ao friozinho básico que fazia de manhã. – O que está fazendo?! – irritei-me.

_São nove e meia – disse cruzando os braços e eu a olhei, indignada. Era para eu estar dormindo, e não ser acordada dessa forma brutal. – E você tem visita.

_É importante? – perguntei cansada.

_Não, acho que não. – respondeu dando de ombros.

_Então mando ir embora. – falei puxando as cobertas para cima de mim novamente e me deitando. – Estou morrendo de sono.

_Vou estragar a surpresa, mas não me resta alternativa. – Olga suspirou puxando novamente minhas cobertas. – É o León que está lá embaixo. – disse e meu coração se pôs a acelerar.

Levantei-me correndo da cama indo até o banheiro, escovei os meus dentes, e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo. Desci de pijama mesmo, e descalça, apenas com uma meia, branca em meus pés. Meu pijama nada mais era do que um short azul bebê e uma regatinha branca.

León não estava na sala, e por incrível que pareça eu estava ansiosa para vê-lo. Deu-me um tique de cinco minutos, e eu enlouqueci querendo sua presença. Corri até o jardim, na esperança de encontrá-lo lá, já que ele não estava em nenhum lugar da casa.

Ele estava no jardim, segurando um buquê de rosas brancas. León estava de costas, com o olhar perdido no mundo. Estava com uma calça jeans escura e um pouco apertada, e a sua jaqueta de couro preta, como no primeiro dia em que o conheci. Sorri encantada, eu estava parecendo uma sem noção com aquele pijama, e ele todo maravilhoso naquela roupa.

_Violetta – ele disse assustado assim que notou minha presença.

_Nossa... Estou tão feia assim? – perguntei desconcertada olhando para minhas próprias roupas, quer dizer, pijama.

_Não, é que não te vi aí. – falou com um olhar confuso, mas logo sorriu para mim. – Está linda. – disse fitando meu corpo de cima abaixo, e eu senti uma queimação em minhas bochechas. – Perdão, não queria te deixar sem graça.

_Não tem problema, aliás, você também está muito lindo. – elogiei-o.

_São pra você. – disse me entregando as rosas brancas com um sorriso tímido nos lábios. – É quase como um pedido de desculpas por ter te acordado às nove e meia da manhã, quando eu sei que você ama acordar tarde nos domingos. – rimos.

_Obrigada, são lindas – falei fechando os olhos, para sentir melhor o perfume maravilhoso que elas tinham. – Você nunca havia me dado flores. – comentei por impulso e depois senti vergonha de minhas palavras.

_Estou começando do zero. – León riu. – Aceita?

_O que?

_Recomeçar. – respondeu em um tom suave e calmo.

_Não sei. – falei em um murmúrio. – Não adianta recomeçarmos agora, você já está partindo, não quero sofrer sozinha.

_Mas você aceitaria? – perguntou esperançoso.

_Sim León, eu aceitaria. – falei sorrindo suavemente.

_O que vai fazer quando acabar o ano? – Perguntou se aproximando de mim e pegando em minhas mãos.

_Se meu pai não quiser mudar de país, vou continuar na escola mesmo. – falei dando de ombros, não ligando para o assunto.

_Não tem planos profissionais? – perguntou doce apertando minhas mãos com um carinho perceptível.

_Talvez. – respondi indiferente.

_O que pensa em fazer? – deu mais um passo a frente.

_Seguir os passos de minha mãe. – respondi novamente olhando aqueles olhos claros, que pareciam ainda mais claros com a luz natural do dia.

_Quais seriam? – perguntou dando mais um passo a frente e me deixando evidentemente nervosa com aquilo.

_Ingressar na carreira de bailarina. – falei sentindo uma pontada em meu peito ao lembrar-se de minha mãe no palco dançando com tanto amor, e que desde pequena me incentivava a isso.

_Balé? – León perguntou surpreso. – Você quer dançar balé? – perguntou e eu assenti com um sorriso tímido. – Por que nunca me disse isso?

_Não achei necessário.

_Você sabe alguma coisa? – perguntou com um brilho no olhar.

_Sim, sei o básico. – respondi. – Minha mãe me ensinou o necessário para sobreviver em minhas apresentações, quando mais nova.

_Ah... Jura? – perguntou surpreso e eu assenti. – Essa eu quero ver. – disse. – Dança para mim?

_Por que eu dançaria? – revidei com outra pergunta.

_Porque eu quero te avaliar. – brincou e nós rimos.

_Não tenho mais minhas sapatilhas. – falei, a verdade é que meu pai havia jogado todo o meu material de balé no lixo após a morte de minha mãe, menos as sapatilhas e roupas dela, mas eu não mexeria naquilo.

_Dança com as meias, mesmo. – falou olhando para os meus pés.

_Aqui León? – perguntei olhando para os lados vendo se ninguém estava nos olhando, ele assentiu. – Não sei, faz tempo que eu não treino, não quero parecer uma palhaça na sua frente. – expliquei.

_Mesmo se você for uma palhaçinha, não me importo, só estou te pedindo para deixar-me te ver dançando. – falou apertando meu nariz levemente e eu sorri.

_O.k – falei aceitando.

Soltei nossas mãos e coloquei as flores em um banquinho que existia em meu jardim. Fiz um coque em meu cabelo, pois dançar com ele daquele jeito, não seria uma boa ideia. Posicionei-me na frente de León, olhando bem nos olhos dele, eu precisava de um apoio quando dançava, na maioria das vezes, o apoio era a minha mãe, mas como ela não está entre nós, será o León neste momento.

Comecei com passos leves, sem pressa, e com delicadeza, tentando recordar como minha fazia e havia me ensinado. Fiz uns pequenos saltinhos, pois não estava com um calçado apropriado, giros no ballet são os mais fofos e meigos, e eu sempre tento fazer o meu melhor, como estava tentando fazer ali, para o León. Eu estava me sentindo envergonhada, nunca havia feito esse tipo de coisa para ele quando ficávamos sozinhos, mas até que eu estava gostando. Aos poucos minha timidez foi ficando de lado, e eu me entreguei à dança, pela primeira vez, me sentindo completamente viva.

Em um salto ousado e inapropriado para o momento, meus pés, que estavam cobertos pelo fino tecido das meias, escorregaram, e eu fui parar com tudo na grama umedecida. Só não me caí de mau jeito, porque León estava próximo, então acabei caindo em cima do mesmo.

Nós dois nos olhamos assustados, mas depois de uns segundos em silêncio, começamos a rir iguais a uns bobos. Senti meu cabelo cair sobre meu rosto, provavelmente havia soltado, e estaria todo bagunçado uma hora dessas, mas não me importei.

_Você dança muito bem. – León disse rouco, me fazendo estremecer.

_Não minta. – ri, tentando me levantar de cima de seu corpo, mas sua mão que estava em minha cintura me deteve. – Eu errei feio nesse salto. – falei um pouco mais baixo por conta dos nossos rostos que estavam a milímetros.

_Estou falando sério. – León disse tirando meu cabelo da frente de meus olhos com uma das mãos, e seus olhos transbordavam sinceridade. – Estava linda, e eu vi que você é muito talentosa.

_São seus olhos. – ri, mas o mesmo não riu comigo, e sim ficou fitando os meus olhos, como se quisesse enxergar através deles.

Por um momento me perdi completamente...


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Quero opiniões e até mesmo sugestões para a fic, por que tenho uma péssima noticia para dar, ela está entrando no fim, e eu quero também perguntar se vocês querem, ou não uma segunda parte? Se sim comentem, quero muito saber, ok?

Beijos até a próxima.