O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Hey Pessoal !!

Obrigada aos reviews, fiquei muito feliz.... Bom, talvez eu demore nos próximos dias, pois vou atualizar minha outra fic, ok?

Boa Leitura!!



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Bom, a palavra que se idealizaria para aquela situação era: Constrangimento. Sim, eu estava totalmente constrangida sentada ao lado de León, que nem um minuto sequer me olhou, quando estávamos dentro daquele carro. Eu não queria estar sentada ali, mas fui à última a entrar, e os garotos já tinham se acomodado, então não me restou alternativa.

Ele só havia me notado, quando eu apareci toda “diva”, como diz a Ludmila. Acho que todos os garotos são iguaiszinhos, só vêem a aparência, não ligam para o que está dentro do coração. E isso me fez perceber que o León poderia ter me traído, porque ele já deveria ter “enjoado” de mim, então foi atrás da Lara, que era mil vezes mais atraente que eu, essa era a única explicação.

Perdida nesses pensamentos, eu acordei com dedos estralando em minha frente. Balancei a cabeça para sair do transe, e encontrei Camila em minha frente, com uma expressão preocupada no rosto.

_Vilu? – chamou-me e eu a olhei. – Está bem? – assenti. – Já chegamos. Assim que ela disse isso, olhei para o carro que se encontrava vazio, ok, literalmente eu estava dormindo acordada. Camila sorriu e assim nos retiramos do carro juntas.

Pisei meus pés nos asfalto, logo vendo aquele espaço todo iluminado do lado de fora, com dois seguranças na porta. O lugar estava bonito, pelo menos no lado de fora, fiquei pensando se tinha muita gente lá dentro.

Estava um pouco friozinho, e logo vi Ludmila abraçar o Diego, supostamente se aquecendo nos braços do amado. Ela parecia feliz ao lado dele, mais quando estava com o Federico.

Vi o pessoal se dirigindo até a entrada, e os segui. Peguei o convite de minha bolsa, para mostrar aos carinhas que estavam ali na frente, e comprovar que eu era apenas uma aluna que estava querendo participar da comemoração de fim de ano do colégio.

Assim que entrei no lugar, vi algo totalmente diferente. Normalmente as comemorações de escolas são coisas chatinhas, lugar bem iluminado, músicas baixa, e a comida que nunca poderia faltar. Mas essa era distinta. Quase não havia iluminação ali. Era tudo bem escuro, essa diretora Angie, é bem moderninha.

_Ai! Perdão – disse assim que esbarrei em um garoto. Ele apenas me olhou e sorriu. O que foi meio difícil de ver, devido aquelas luzinhas coloridas que atrapalhavam minha visão.

Suspirei e fui me sentar, não havia o que fazer ali, aquela festa era para as pessoas que estavam bem humoradas, com seus namorados e amigos, ou seja, não eram para mim, pois meus amigos estavam por aí, se esquecendo da minha existência, tudo bem que eu não posso exigir companhia, porque hoje estou muito estranha, confesso.

Fui ao “barzinho” improvisado pedir algo para beber. Sentei-me em um daqueles banquinhos e pedi. Era um energético? Ok, aquilo poderia me animar um pouquinho, já que não davam bebidas alcoólicas, e eu nem seria louca de beber, quer dizer, talvez eu bebesse, é bom experimentar coisas, tudo moderadamente, claro...

Senti alguém pegando em minha mãe, e logo me puxando para cima, me fazendo levantar rapidamente e assustada. Era o Federico, todo sorridente, me puxando para dançar no meio daquela multidão.

Não neguei e fui, já que estou aqui... Vou aproveitar. Peguei em sua mão e fomos para a pista de dança. A música era bem agitada, o que me fazia dar risada, porque Federico se empolgava demais. Acho que aquele copo de energético começou a fazer um pequeno efeito, porque eu já estava me sentindo um pouco mais acelerada, ou digamos que, animada.

Por Francesca #

_Fran... Vou... Alguma... Quer? – Marco estava tentando se comunicar comigo, o que estava meio difícil devido à música alta.

_Não entendi! – falei um pouco alto.

Ele me puxou para perto dele, abraçando minha cintura e rapidamente colocando meu cabelo atrás da orelha, para falar algo. Ah! Ele vai ao barzinho. Afirmei que queria algo e ele se foi dizendo que voltava rápido.

Continuei a dançar agora sozinha, e fui ao meu ritmo, a música realmente estava um estrondo total, parecendo que aquelas batidas estavam em meu interior, fazendo barulho também. Meu olhar ficou preso em uma pessoa solitária, brincando com o capo nas mãos. León. Ele estava olhando fixamente para a pista de dança. Segui seu olhar, encontrando Violetta dançando com Federico. Eles estavam se divertindo pelo visto, pois sorriam a todo instante. Fui até o León, me sentando ao lado dele, já que o Marco não vinha.

_Por que não vai atrás dela? – perguntei e ele olhou para mim. – É a melhor oportunidade, não? – falei.

_Estou tentando ignorá-la. – León disse, encostando as costas no apoio da cadeira. – Eu quero que ela sinta a minha ausência.

_Acredite, ela está sentindo. – falei sorrindo. – Ela só não é boba como as outras. León, a Vilu nunca vai se mostrar fraca aos seus olhos, por mais que ela esteja destroçada por dentro, ela vai olhar na sua face e te dar o mais puro sorriso. E você sabe bem disso.

_Vou ir até ela – disse deixando o copo de lado e indo em direção a Violetta na pista de dança.

Eu sou muito boazinha, né? Plena comemoração e eu dando conselhos para recuperar o amor perdido... Marco se aproximou com as bebidas, logo me entregando. Levantei-me e sorri agradecida.

_Com quem estava conversando?

_León – respondi sorrindo, e ele revirou os olhos. – Só para sua informação, estava dando um conselho para ele ir atrás da Violetta – falei.

Acho que eu nunca havia falado para ninguém isso, mas o Marco se sentia incomodado com a relação que eu e o León tínhamos. Marco tinha ciúme de León, ele dizia que éramos muito grudados, mais do que eu e ele.

_Por que não dançamos? – perguntei colocando minhas mãos em seu pescoço, e o mesmo, respondeu enlaçando minha cintura.

Sorri e assim começamos, até ser interrompida pelo Marco e os seus carinhos excessivos...

Por Violetta #

Já estava cansada de tanto dançar. Federico tinha muito pique. Estava disposta a me sentar novamente e beber mais um pouco daquele troçinho que me deixou muito bem, quando senti uma mão cobrindo os meus olhos. Devia ser algum retardado dos meus amigos que viviam fazendo isso.

A coisa começou a ficar mais séria, e aí eu vi que não poderia ser um dos meus amigos, pois os mesmos não seriam tão abusados, aponto de praticamente colar em mim, com uma das mãos em minha cintura.

Um pouco assustada e com um pouquinho de medo, me virei com certa brutalidade para trás, tirando a mão da pessoa de minhas vistas. Era o sem noção do León. Olhei para ele com certa raiva.

_Pensou que fosse quem? – perguntou com um sorriso nos lábios. – O Federico?

_Todos, menos você – falei um tanto ignorante. – Com licença. – disse pronta para me retirar de lá, pois sua presença não me agradava no momento.

Porém fui interrompida por León que segurou meu braço firmemente, não me deixando “fugir” dele. Tentei me soltar, mas foi impossível. Ele me puxou novamente para ele, e nos deixando mais próximos que o apropriado.

_Sei que está com saudades – ele disse se aproximando do meu ouvido, me fazendo estremecer por um momento, bem pequenininho. – Sei que você precisa de mim – falou acariciando minhas costas com uma de suas mãos. – Sei que está mal, e que só eu posso te fazer sorrir novamente. – disse enroscando a outra em meu cabelo.

_Para com isso – disse quase num sussurro fechando os meus olhos.

_Isso o que? – perguntou passando seus lábios em minha bochecha.

_Esses joguinhos – falei baixo. – Só está tentando me envolver, e depois fazer tudo de novo – falei sentindo algo escorrer de meus olhos. – Para de me... Machucar... – disse por fim.

_Pequena – sussurrou e logo senti seus braços me apertarem contra o seu corpo, em um abraço que por mais que eu não quisesse se fazia impossível negar. – Eu jamais te machucaria.

Ele estava me enfeitiçando. E eu estava caindo como uma apaixonada, sem consciência de nada em minha volta. Seu perfume estava me matando, sem contar o abraço tão aconchegante dele, creio que não se precisa de muita coisa para se apaixonar pelo León, apenas um pouco de carinho, atenção, e ele, era suficiente para você ir ao paraíso e nunca mais querer voltar à realidade.

_Para de falar essas coisas – murmurei. – Não tem sentido. Nós não temos mais nada juntos, não existe nada entre a gente.

_Você sabe muito bem que existe. Não minta para si mesma. – falou afastando-se para olhar em meus olhos novamente, que apesar do escuro, ele conseguia enxergar. – Violetta, chega. Não temos um porque de não ficarmos juntos.

_León, você, como todos os outros, são uns idiotas – falei voltando a real e vendo que aquela conversa estava indo longe demais. – Vocês só se interessam pela aparência. – disse. – A Lara é mil vezes mais bonita que eu, ela tem um corpo desejável, um rosto bonito, e faz de tudo por você, só falta cair de joelhos na sua frente para pedir para voltar com você.

_O problema é que eu não sinto nada por ela. – ele disse com um sorrisinho de lado. – Ela pode ter todas essas coisas que você falou, mas isso não quer dizer que eu a ame, como te amo.

_Mas isso não muda o fato de você só ligar para as aparências. – falei irritada. – León, você me ignorou, como se nem se lembrasse da minha existência, e nem ligava quando a Lara ficava grudada em você no colégio. Aí me viu arrumada e com a aparência totalmente distinta, e veio atrás de mim. – falei. – Me desculpe, mas debaixo dessa roupa, e desta maquiagem, tem uma garota totalmente diferente.

_Eu sei.

_Então me deixe em paz. – falei baixo.

_Não. – respondeu. – Não te deixarei em paz até te explicar como são as coisas, e deixar bem claro que eu penso muito diferente. – disse e eu apenas aguardava sua explicação. – Não ligo apenas para um rostinho lindo, apesar de o seu ser o mais perfeito. – disse acariciando levemente minha bochecha. – E daí se o corpo dela é desejável para os garotos? O que importa é que eu não ligo para isso, pois você tem outros milhares de qualidades do que ela, e não se subestime, porque você é inteiramente linda.

Fiquei sem palavras diante daquelas confissões tão perfeitas, ainda mais vindo da boca dele, me senti emocionada por tamanho amor que ele mostrava enquanto me dizia aquelas coisas, só que eu não sabia o que fala e ele aguardava me deixando um pouco nervosa.

Por Diego #

_Está distraída? – perguntei entregando um copo com a bebida que Ludmila havia pedido, e logo me sentei ao seu lado.

_Apenas observando o meu primo – falou ainda fixada na imagem de León e Violetta parados no meio da pista de dança, sem fazer absolutamente nada. – Acho que eles estão se resolvendo.

_Eles parecem não está falando nada. – comentei.

_Mas alguns segundos atrás estavam – riu brevemente. – Está se divertindo? – perguntou deitando com a cabeça em meu ombro.

_Sim – falei com um sorriso inevitável ao ver ela ao meu lado. – Ainda mais tendo você assim, tão perto. – disse e ela voltou a olhar em meus olhos com um suave sorriso nos lábios. – Parece um sonho.

_Eu nunca me imaginaria assim com você – riu.

Paramos de conversar, e ficamos observando o local, já havíamos dançado muito, e eu estava cansado, e Ludmila também aparentava isso. Eu estava feliz com Ludmila, mas nesse pouco tempo que estamos juntos, eu nunca a senti inteiramente, tipo, eu sei que ela gosta de mim, mas parece que ela ainda oculta algo, ou até fingi algo, eu tento ignorar, mas às vezes é impossível.

Federico passou por ali, e olhou para ela de uma forma nem um pouco conveniente, ele a olhou por segundos, longos segundos, e sim, eu senti um pouco de ciúmes, pois a Ludmila correspondeu aquele ato dele. Estava prestes a levantar para acabar com aquela palhaçada, quando uma mão pequena, e com o toque mais meigo do mundo me deteve.

_Não liga – disse baixo, e eu tive que fazer um esforço para entender, devido ao som alto das músicas que tocavam.

Ela sorriu ainda meiga, e selou brevemente nossos lábios, e assim me trouxe a paz do amor que eu sinto por ela. Assim que se afastou acariciou meu rosto por uns instantes e logo me abraçou.

Por Violetta #

_León – murmurei seu nome um pouco trêmula por não saber que palavras usar naquele momento. – Esse não é o lugar mais apropriado para termos essa conversa. – falei e ele assentiu. – Acho melhor adiarmos.

_Não – disse pegando a minha mão antes que eu saísse de lá. – Não vou deixar você escapar tão facilmente. – disse e logo me puxou, e ele começou a andar para fora do local, eu não estava entendendo nada.

Assim que saímos daquele local, León começou a andar apressado para algum lugar, me arrastando junto a ele. Não estava gostando daquilo.

_León – o chamei. – O que você pensa que está fazendo?

_Indo para um lugar que possamos ter essa conversa, e esclarecer o sentimento que nós sentimos um pelo outro – disse rapidamente, sem pausa alguma.

_León! – reclamei, pois o mesmo estava andando rápido de mais, e eu não estava acostumada a correr, como ele estava fazendo. – Está indo rápido de mais. – falei tentando soltar meu braço de sua mão, o que foi impossível.

Ele pareceu não ligar para o que eu estava dizendo, ou no caso, reclamando, e seguiu os passos, que pareciam acelerar cada vez que passávamos em outra rua. Meu coração estava palpitando, eu teria um enfarte antes de poder raciocinar. Algo desastroso aconteceu, em meio ao caminho, o salto que eu estava andando, quebrou, e assim, logicamente, eu torci meu pé, e com meu peso, desabei no chão, com dor.

_Ai! – falei assim que bati o meu traseirinho lindo no chão.

Ele me olhou preocupado, enquanto eu sentia o meu tornozelo doer, e muito. Aquela dor estava me dando um medo. Tudo culpa do León, que é apressado, e não me escuta. Ai que ódio!

_Violetta – murmurou se abaixando para ver o meu pé. Ele tirou rapidamente os meus saltos novinhos, que acabara de quebrar, e analisou por um tempo. Ele pegou meu pé em suas mãos e mexeu um pouco de um lado para o outro. – Dói? – perguntou e eu assenti, e deveria estar fazendo uma cara muito horrível, pois estava doendo muito.

León pegou meus saltos em sua mão e logo envolveu meu corpo em seus braços, me levantando do chão. Ele me fitou ainda com aquele olhar preocupado e até poderia dizer que arrependido.

_Me desculpe – ele disse num sussurro, enquanto mudava seu olhar de direção para o meu pé. – Eu não queria ter feito isso.

_León, tá doendo muito – falei com vontade de chorar, mas me segurando, pois não queria chorar, não na frente dele. – Me leva para uma clínica, um hospital, qualquer coisa, por favor – pedi educadamente.

_Vou te levar para minha casa. – falou. – Minha mãe vai saber como resolver isso. – sorriu levemente.

León impulsionou meu corpo para cima, para me deixar mais confortável em seus braços. Nossos rostos se aproximaram o bastante para sentir o roçar dos nossos narizes, me provocando uma enorme vontade de sorrir, por estar perto dele de novo. Senti a respiração dele batendo em meu rosto, e foi como se tudo estivesse voltando para os caminhos do meu destino...


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Notas finais do capítulo

comentem !!!