O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gent

Conseguir postar um hoje ! Estava a maior correria, mas tive um espaço para poder terminar este Capítulo. Muito obrigada aos comentários *-*

Boa Leitura!!



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Chorar e chorar... Não serve de nada agora que eu te perdi...

_Você pensou antes de escrever isso? – Camila disse tirando a pequena folha de caderno que estava em minhas mãos.

_É uma música – sorri um pouco deprimida.

_Eu não acredito que terei que dormir aqui com você nessa depressão e dor de cotovelo toda. – falou amassando o papel e indo jogar no lixo, logo retornando a minha cama. – Amiga, eu vim aqui para te animar, para pensarmos em coisas boas, mas a única coisa que a senhorita faz questão de lembrar é do León e do término de vocês, assim fica difícil.

_Como é a sua relação com Broadway? – perguntei curiosa, porque poucas vezes Camila nos falava do relacionamento dela, mas os dois viviam se agarrando.

_É meio Naty e Maxi – rimos. – Só que não nos pegamos escondidos. – falou com um sorriso bobo nos lábios. – Eu chamo de namoro, já ele eu não sei – disse me olhando fazendo uma cara pensativa. – Eu gosto muito dele, chaga até o simples e puro amar.

_Que lindo...

_Só não aos olhos da Fran – suspirou. – Ela diz que Broadway me faz mal, só por causa dos meus atrasos, ou quando eu cabulei aula com ele, o que foram poucas vezes, mas nós paramos com isso, e estamos vivendo uma relação normal, sem rebeldias.

Ficamos conversando sobre ela, sobre o relacionamento dela, e isso meio que me dispersou da minha vida tão trágica, e foi bom conversar com a Cami, ela é realmente uma doidinha, mas boa amiga.

Depois de um tempo conversando fomos dormir, ou pelo menos tentar, porque a Camila não dorme no escuro, e digamos se eu não apagar todas as luzes da casa eu não tenho um sono muito bom, então isso foi um pouco difícil.

***

Em uma manhã um pouco conturbada e com uma cara de sono terrível, por causa de um abajur que a Camila deixou ligado a noite toda com medo do bicho papão pegar o pé dela... Estávamos na escola, no pátio, ouvindo a voz da minha diretora, Angie.

_Como todos sabem, este ano, não teremos um baile de formaturas como todos os anos. – A diretora disse, e todos começaram a comentar. – Mas faremos algo. – disse mantendo o suspense desnecessário. – Eu tive que ir contra o apoio da coordenadoria, e do grupo de professores, que não queriam que eu fizesse algo comemorativo com vocês. – todos riram. – Bom, este ano, vamos fazer uma celebração, em um tipo de sítio, para os garotos do ensino médio. – Ótimo!

Depois disse ela simplesmente saiu, fazendo com que os comentários rolassem soltos pelos corredores daquele colégio.

Até que era uma boa ideia, melhor do que fazer um baile, onde as meninas têm que alugar um vestido mega sofisticado, ou como uma princesa, para chamar a atenção dos garotos, ou ser coroada a rainha do baile, e os meninos tem que arranjar parceira. Claro que seria muito ruim ir sozinha para aquela comemoração, mas eu acho que teria a companhia de minhas amigas... Acho! Porque provavelmente, e eu espero que não aconteça, elas vão ficar com seus companheiros, e eu vou me virar, ficando sentada, sozinha...

Estava andando tranquilamente, quando uma coisa me chamou atenção. Ludmila e Diego, conversando, abraçadinhos de lado, trocando sorrisos e olhares. Não entendi aquilo muito bem. Voltaram a ser amigos?

Meu andar novamente foi interrompido. León havia acabado de entrar no colégio. Ele estava incrível, como sempre esteve. Fazendo meu coração bater tão descontroladamente, que eu fiquei com medo que ele saltasse de dentro de mim. Ele estava com um estilo diferente. Não estava usando a jaqueta de couro que costumava ir para escola em alguns dias. Estava com uma calça jeans escura, um pouco apertada e uma blusa branca, realçando sua musculatura perfeitinha.

Ele me olhou por um momento, e como se fosse uma das primeiras vezes que nos víssemos, senti minhas bochechas queimarem, e elas deveriam estar levemente avermelhadas.

Eu estava imóvel no meio daquele corredor, apenas o olhando, e não conseguindo desviar nenhum minuto sequer. Ele começou a se aproximar, e meu coração literalmente saltou em meu peito, e eu pensei que a escola inteira estivesse escutando. Quando estava relativamente perto, pensei que ele iria dizer ou iria fazer algo, mas ele simplesmente desviou o olhar de mim, passando ao meu lado, e logo me dando as costas.

Senti uma tristeza quando ele passou por mim, como se eu não estivesse ali, eu estava com raiva, mas ao mesmo tempo necessitava ouvi-lo, necessitava que ele me escutasse, e aquilo realmente me deixou muito decepcionada. Nós realmente não pertencíamos um ao outro agora.

Senti alguém tocando o meu ombro, e me fazendo virar rapidamente. Uma lágrima saiu de meus olhos ao perceber que era a Francesca, ela me abraçou, ela viu o que ele fez, viu que me ignorou, viu o quanto eu sou boba por precisar de um garoto como o León.

_Não fica assim... – sussurrou ainda abraçada comigo.

_Ele me ignorou – murmurei com a voz falha. – Passou despercebido, como se eu fosse uma pessoa qualquer, como se ele não me conhecesse.

_Vilu – disse afagando meus cabelos, enquanto mais lágrimas escorriam por minha face. – Foi você quem quis assim amiga – disse.

E ai eu desabei, soluçando baixo, para não chamar atenção. Foi uma escolha dolorida, que me machucou profundamente, como se tivessem tirado uma parte imensa de mim. O León não era apenas a minha metade, era o meu tudo, o meu chão, o meu apoio inúmeras vezes, e realmente não sei como ver as coisas daqui em diante. Não posso ficar choramingando, mas também não consigo me manter firme quando parece que tiraram o meu coração.

Depois desse pequeno tempo que passamos juntas no corredor, o sinal tocou, me obrigando a entrar na sala de aula, o que eu não queria fazer, eu não ia conseguir prestar atenção na aula, muito menos aprender algo.

Fomos para a sala, e eu sentei em meu lugar. Camila estava conversando animadamente com a Natália, que tinha sumido de casa, diz ela que passou uns dias na casa de uma amiga, que não estudava ali.

Olhei para trás, vendo León conversar sorridente com os garotos, e Lara estava lá no meio, toda risonha também. Ela percebeu que eu estava a observando e lançou um olhar vitorioso para mim, agarrando o braço do León e voltando rir como todos que estavam ali.

Ignorei aquilo, peguei eu caderno, e distraidamente comecei a desenhar naquelas folhas, desenhar coisas nada a ver, de uma flor até um carro, eu não sabia realmente o que estava fazendo.

***

_Violetta – ouvi alguém me chamar, uma voz suave, me fazendo voltar à realidade. Abri meus olhos, eu tinha adormecido profundamente. Era a Ludmila.

_Já acabou a aula? – perguntei sonolenta esfregando meus olhos.

_Sim – disse rindo. – E garanto que todos professores viram você dormindo, mas preferiram ignorar. – falou. – Você está em um mundo diferente do nosso. Só acho. – cruzou os braços.

_Ah jura? – perguntei irônica.

_Vim aqui para te contar um coisa – disse abrindo um largo sorriso, enquanto se sentava na cadeira em minha frente. – Eu e o Diego estamos namorando! – falou toda feliz, me surpreendendo.

_Namorando?! – perguntei assustada e ele assentiu sorridente. – Mas você mal terminou com o Federico. – falei.

_Errado. Faz longos dois meses que eu e o Federico terminamos. – disse baixo.

_Mas eu sei que você não esqueceu ele – falei e ela me olhou com os olhos arregalados. – Está vendo? Você própria não consegue esconder que ama os dois da mesma forma. – falei. – Ludmila, entenda que você não vai conseguir esquecer um ficando com outro. É a pior maneira de machucar uma pessoa. – expliquei. – O Diego te ama, ama muito, e o Federico também, e veja só no que deu. Ele está machucado, nem veio à escola hoje. Você não pensa que pode acabar com um dos seus amores?

_Violetta... Eu amo o Diego – disse como se estivesse falando para si mesma, para comprovar aquilo. – O Federico e eu não temos mais nada. Ele quis tomar um rumo diferente, e me deixou para trás.

_Não entendo o que passa na cabeça de vocês – murmurei.

_Eu também não entendo o que passa na sua – disse. – Não sei, o porquê de você ter terminado com o meu primo, se não consegue viver um segundo sequer sem ele. – falou olhando profundamente em meus olhos. – Ele está cansado de te dizer que não te traiu. Violetta, ele é um garoto, a tentação estava colada nos lábios dele, ele não poderia fazer nada, ela não iria se afastar dele, e aquilo, se fizeram mais forte, ele não poderia simplesmente jogá-la no meio da rua, então ele apenas correspondeu, mas não significa que ela ainda goste dela, ou que quer ela.

_Ele já fez mal mentindo para mim, escondendo que iria se encontrar com ela. – falei um tanto irritada por Ludmila estar defendendo o León, sendo que o errado era ele, e não eu por querer terminar minha relação com ele. – Se era só para consolar, por que ela não me avisou? Por que não simplesmente me contou que Lara estava precisando de um “consolo”? Talvez eu entendesse.

_Violetta, se ele te contasse provavelmente você surtaria – ela disse tentando me convencer de que o que o León fez foi certo.

_Talvez, mas pelo menos nós não terminaríamos por uma traição dele com a ex. – falei me levantando da carteira e saindo rapidamente daquela sala.

Todos estavam contra mim, é isso? Todos querem defendê-lo, por um erro que me machuca profundamente, mas ele está certo e eu estou errada? Bom saber disso. Acho que até os meus amigos me traem.

Por Francesca #

Violetta saiu da sala depois de uns dez minutos lá dentro, e assim que saiu, estava chorando, e correu até o banheiro. Marco me olhou confuso assim como eu. O que será que aconteceu agora? Ludmila saiu da sala com uma cara nada boa.

_O que aconteceu com a Vilu? – perguntei parando ela, segurando o braço da mesma.

_Digamos que... Eu fui tentar a convencer de que ela não estava certa sobre o término do namoro, porque o León me pediu isso. Só que, ela ficou um pouquinho, demais, nervosa, e acabou saindo de controle. – suspirou. – Fiz mal?

_Talvez – ri.

_Eu acho que é melhor, vocês pararem de tentar concertar a relação deles, é melhor o tempo dizer isso, senão vão acabar destruindo a amizade que vocês têm com a Violetta, ela está bem deprimida com este fato, e se vocês ficarem forçando a barra, provavelmente ela vai surtar. – Marco disse de uma forma divertida nos fazendo rir. Mas ele estava certo.

_Tem razão – concordei. – Não vou me meter mais nesse rolo, deixa que o tempo fale. Quem sabe eles não voltam, ou não...

_Oi Gente linda – Camila disse aparecendo ali com Broadway. – Do que estão falando?

_Violetta depressiva, León ficando maluco – Ludmila disse séria, mas não sei o porquê me deu um ataque de risos, talvez fosse mesmo engraçado.

_O León está todo solitário no corredor da enfermaria – Camila disse olhando em direção àquele corredor, mas não dava para ver o León talvez ele estivesse mais distante. – Fui tentar falar com ele, mas ele estava todo calado e estranho.

_Não é pra menos... – murmurei.

_E se juntássemos os dois novamente? – Camila perguntou.

_É, aí assim eles voltariam a sorrir novamente, e parar de ser tão grossos quando perguntamos alguma coisa. – Broadway disse fazendo todos rirem.

_Já falei o que eu acho disso – Marco disse se esquivando do assunto.

_Mas não dá para continuar assim – Ludmila disse. – A Vilu tá indo de mal a pior na escola, não consegue nota, e se continuar assim core o risco de repetir o ano, ou pegar uma recuperação ferrada.

_E o León então? – André disse se manifestado pela primeira vez ali, nem o tinha visto. – Nosso time de futebol está indo de mal a pior com ele nessa depressão pós-término de namoro.

_Os dois só estão se prejudicado, isso é fato! – Ludmila disse gesticulando.

_O que podemos fazer então? – perguntei e todos pareceram ficar pensativos.

_Talvez seja melhor vocês tramarem algo na festa de fim de ano. Além de ser uma das últimas vezes que veremos o León, a Violetta vai estar mais sensível, por nunca mais voltar a vê-lo. E então vocês podem armar um reencontro com eles, ou trancá-los em uma salinha e só tirá-los de lá quando eles se acertarem. – Marco disse fazendo todos nós arregalarmos os olhos em surpresa. – Que foi?

_Você não disse que não estava apoiando isso? – perguntei confusa cruzando os braços.

_Não tenho culpa de ser mais inteligente do que todos vocês juntos – se gabou ganhando tapinhas na cabeça dos garotos, e comentários das garotas.

***

Por Violetta #

Fiquei um tempo no banheiro, mas depois tive que sair, porque a tia da limpeza simplesmente me expulsou de lá, pois disse que todos pensariam que eu estava tentando me esconder no banheiro, o que era verdade.

Assim que sai, vi os meus amigos conversando numa rodinha, decidi me aproximar, vou me distrair um pouco, já que o León não estava lá, eu teria um pouco de atenção, da parte deles.

_Aí temos que fazer tudo direitinho e... – Marco parou de falar assim que me viu. – Vilu! – falou sorrindo nervosamente.

Todos olharam para mim um pouco surpresos. Ok. Eu estava com os olhos muito inchados? Ou minha aparência estava muito ruim?

_Interrompi algo? – perguntei não entendo porque eles pararam assim que eu cheguei.

_Que nada amiga – Camila disse agarrando a mão do Broadway. – Eu já vou indo pessoal, e eu aceito fazer parte “disto” – realmente não estava entendo nada do que estava acontecendo.

E assim todos saíram de lá, me deixando sozinha de novo. Suspirei um pouco triste, não estava gostando disso, muito menos agora que os meus amigos estavam escondendo coisas de mim. Francesca continuou ali na minha frente, me olhando com um sorrisinho no rosto.

_Do que estavam falando? – perguntei numa última tentativa de entender.

_De você – falou sorrindo e eu estranhei. – É que ficamos de te ajudar a se recuperar do pós-término com o León. – falou colocando as mãos no bolso da calça jeans que ela estava usando.

_Sério? – perguntei um pouco desconfiada e ela assentiu. – Não vão me repreender por ter terminado com ele, só porque ele quis consolar a ex, namorada dele? – perguntei um achando aquilo suspeito e apenas recebi mais um balançar positivo da cabeça de Francesca. – Obrigada... – sorri sincera.

_Você é nossa amiga – falou colocando os braços em meu ombro. – É nosso dever te ajudar da melhor maneira possível – sorriu estranhamente, mas ignorei aquilo e apenas agradeci por ter amigos como eles.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??