O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gent

Muito obrigada aos comentários do capítulo passado, gostei muitíssimo!!!
É isso... Boa Leitura!!



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¨¨¨¨

_Violetta – escutei uma voz distante me chamar. – Violetta – chamou mais alto, me fazendo murmurar algo que eu nem sequer entendi. – Acorde Violetta – falou, e eu senti um chacoalho em meu corpo.

Abri meus olhos, um tanto irritada. Meu corpo estava cansado, e minha mente doía, sentia minhas pálpebras pesadas, como se insistissem em me fazer fechar os olhos novamente.

_Violetta – olhei para o lado e encontrei Olga me olhando com as mãos na cintura. – Se continuar a dormir, te garanto que irá chegar atrasada na escola, e seus professores não iram gostar nada disso. – falou abrindo as cortinas do quarto, fazendo a claridade invadir o meu quarto, me fazendo cobrir os olhos com o coberto que eu tinha sobre o meu corpo.

_Olga – murmurei sonolenta. – Não quero ir para o colégio. – falei tirando o coberto do rosto, e a olhando com dificuldade, devido aquela luz natural que tinha em meu quarto. – Não estou me sentindo bem. – falei e realmente estava sentindo um grande mal estar em meu interior.

_Querida, se isso tem haver com o término do seu namoro com o León, pode se levantando daí – falou arrancando os cobertores de meu corpo, os puxando para baixo. – Erga essa cabeça, e mostre que você está bem.

_Quer que eu minta os meus sentimentos? – perguntei incrédula. – Olga eu estou me sentindo um lixo, literalmente um lixo!

_Eu sei que você não está bem, mas pense pequenina, quem sabe se você vê o príncipe de olhos verdes, você não se acalme, não o esqueça e admita que, você tomou a decisão certa em terminar com ele. – falou sorridente.

_Eu não posso vê-lo – murmurei sentindo as primeiras gotas de lágrima escorrer durante aquela manhã. – Não posso estar tão perto de uma pessoa que amo, e ao mesmo tempo estar tão longe e distante, não vou poder ter ele em meus braços. E ainda mais sabendo que em qualquer momento ele poderá estar se amassando com outra garota no corredor daquele imenso colégio.

Olga depois de muito papo conseguiu que eu me arrumasse, sem muito animo fiz tudo o que ela pediu menos o café da manhã, porque eu tinha certeza, que se eu comesse algo, voltaria no mesmo instante.

Peguei minha bolsa e parti rumo à escola...

* *

_Que cara é essa garota? – Francesca perguntou assim que eu abri meu armário, peando o livro da primeira aula, que era... Biologia? – Parece que entrou em uma briga, e ainda saiu perdendo. – brincou.

_Não aconteceu nada de mais. – murmurei fechando meu armário com força.

_É... To vendo – Francesca murmurou. – O que aconteceu? – perguntou me impedindo de andar, se colocando na minha frente. – Pode me contar, eu sou sua amiga, e sei que você não está passando bem, a menos que você não confie em mim.

_No jogue com o meu psicológico – disse baixo. – É claro que eu confio em você, mas é que eu não quero falar sobre isso, não hoje, não agora... Não era nem para eu ter vindo para a escola.

_O que aconteceu entre você e o León Violetta? – perguntou direta cruzando os braços em sinal de impaciência. – Você só fica chata e irritante quando acontece algo entre você e o seu namorado. Anda... Diga-me o que houve.

_Bom – suspirei, sei que ela me encheria a paciência, principalmente se soubesse por outra pessoa. – Digamos que... Eu e o León não... Não somos mais namorados – falei com certa dificuldade, realmente falar sobre isso não era fácil.

_Agora eu entendi o que a Ludmila me contou – murmurou num suspiro.

_O que ela te disse? – perguntei curiosa.

_Disse que ontem, ele chegou à casa todo estranho, e quando foi levar a Ludmila para casa dela, foi meio grosso, e quando perguntou se tinha acontecido algo, ele simplesmente disse: “Não é da sua conta”.

_Nossa... – falei estranhando a atitude dele, pois normalmente ele se abria mais com a prima dele do que com qualquer outra pessoa, ou até mesmo a Melanie.

_Ludmila disse que ele não vem à escola hoje, ele disse pra ela que estava com problemas, e precisava resolvê-los antes que seja tarde de mais. – Francesca disse. – Suponho, agora, que esse problema... Seja você.

_Tenho certeza – suspirei pesadamente.

_Tem pretensão te voltar com ele? – Francesca perguntou.

_Não... – sussurrei.

_Vilu...

_Não – falei magoada. – Não posso, preciso ficar longe dele, pelo menos por um tempo, o que ele fez foi grave, um erro sem perdão, um pecado quase que impossível de se perdoar.

_Falando assim até parece que o León é um monstro. – Francesca comentou assustada com minhas palavras.

_Mas é porque você não está se sentindo como eu, ferida, machucada, uma dor que só o tempo pode curar – falei já sentindo meus olhos encherem d’água.

_Não chora – Francesca disse pegando em meu braço. – Não aqui. – falou me puxando para o banheiro, que aparentemente se encontrava vazio, pois se eu ficasse naquele pátio, certamente o pessoal iria começar a comentar.

Fiquei no banheiro por um tempo, até aquela mini depressão acabar. Francesca ajudou a esconder o meu olho levemente inchado com a maquiagem que ela tinha dentro da bolsa, e assim me recompus.

_Está bem melhor agora – falou rindo. – Nem parece que estava se matando de chorar a cinco minutos atrás – rimos. – Ótimo! Consegui arrancar um riso seu! Missão cumprida. Salvei minha amiga!

_Larga de ser boba – falei repassando o meu batom.

_Só estou comemorando – riu. – Vamos, o sinal já bateu faz uns três minutos, por sorte é a professora de biologia que está lá dentro, Vamos? – perguntou e eu assenti.

Saímos do banheiro e fomos para sala de aula. A aula de biologia estava no início, à professora era bem legal, pelo menos eu achava isso. Ela não era tão insuportável quanto o de matemática.

¨¨

_Violetta! – escutei alguém gritando o meu nome. Assustada, olhei para o lado, encontrando Camila com as mãos na cintura, me olhando com uma cara nada boa. – Em que mundo você está?

_Desculpa – murmurei. – O que você quer?

_Te avisar que a aula já acabou – disse impaciente. – E eu estou a quase dez minutos te chamando para ir embora. – reclamou. – A galera toda só está te esperando para ir. – disse olhando o relógio de pulso.

_Podem ir à frente – falei fechando o livro de história, que foi a última aula que tivemos. – Eu vou depois. – sorri de canto.

_Vilu – Camila disse num suspiro. – Você não está legal. O intervalo inteiro a senhorita estava em outro mundo, pensando em uma pessoa que sabemos bem quem é. – riu. – E você passou o restante das aulas totalmente dispersa.

_Eu só preciso... Ir para casa. – falei guardando meus materiais dentro da bolsa. – Relaxar, é só isso que eu preciso.

_Você precisa do León – Camila disse me olhando com um sorriso nos lábios. – Até mais, qualquer coisa me liga, se precisar eu to aí. – falou saindo da sala com as mãos no bolso do short.

Talvez...

Eu precisasse do León, dos braços e dos beijos que sempre me acalmavam nas horas agitadas de minha vida. Por que aquele tonto foi capaz de fazer aquilo comigo? Depois de tudo que passamos juntos, todos os momentos que criamos...

Parece que eu me esqueci de tudo, quando vi aquela cena... Lara conseguiu. Conseguiu destruir o meu conto mágico com o León, a nossa história de amor, tão intensa e tão verdadeira.

¨¨

_Pequenina – Olga disse acariciando meus cabelos. – Você vai acabar se desidratando do tanto que chora. – falou tirando alguns fios de meus cabelos que caiam sobre o meu rosto...

Minha situação não era uma das melhores. Eu estava tão depressiva nas últimas horas, que nem sair de meu quarto eu consegui quando cheguei da escola. Estava deitada em minha cama, com minha cabeça apoiada nas pernas de Olga, que inutilmente tentava me consolar.

_Não gosto de ver minha menininha chorando desse jeito – falou secando minhas bochechas com as costas de sua mão.

_Meu peito está doendo – sussurrei. – Não consigo parar de pensar e desejar que ele venha até mim. – disse em um tom rouco.

_Então vá falar com ele – Olga disse óbvia. – Se precisa tanto do León, vá atrás dele, o perdoe, o faça voltar para os seus braços.

_Não é tão fácil Olguinha. – murmurei me sentando.

Olga nada mais disse, apenas ficou fazendo vários carinhos em meus cabelos, tentando acalmar-me, e talvez até me animar, o que ela não estava conseguindo nem um pouquinho sequer.

Depois de um tempinho, ela foi obrigada a sair de meu quarto, pois precisava preparar o jantar. Então fiquei sozinha naquele quarto, chorando. Na verdade eu nem tinha mais lágrimas para isso, apenas soluçava...

Por Francesca #

Eu havia ido à casa do León, o mesmo havia me chamado e eu não entendi muito bem o que ele queria, pois a ligação estava péssima, sem contar que eu estava na rua, e o movimento dos carros faziam um barulho muito irritante.

_Por que me chamou? – falei sentando na poltrona que havia em seu quarto.

_Quero... Conversar com você – disse se sentando na cama, de frente para mim.

_Sobre...?

_Violetta – disse baixo soltando um longo suspiro.

_O que quer saber? – perguntei calma.

_Ela foi ao colégio hoje? – perguntou e eu assenti. – Perguntou alguma coisa de mim? – Assenti novamente. – Ela está... Bem?

_León – murmurei. – Ela não me contou o que aconteceu entre vocês, mas me disse que não tem pretensão de voltar com você. Ela está estranha, muito magoada, e eu acho que você deve ter feito uma burrada das grandes.

_Eu... – suspirou antes de falar. – Eu beijei a Lara.

_O que? – perguntei abismada. – Beijou a Lara? – perguntei e ele apenas balançou a cabeça positivamente. – Você enlouqueceu?!

_Não, eu nem queria. Quer dizer... – coçou a nuca.

_León – o repreendi. – Como você pôde beijar aquele ser fútil de ex. namorada? – perguntei irritada. – E ainda por cima gostar.

_Eu não disse isso – falou.

_Mas com certeza você retribuiu o beijo daquela... Daquela... – pensei em um insulto, mas nada se qualificou aquele ser destruidor de relacionamentos.

_Ok, já entendi. – León disse passando as mãos no cabelo. – Mas então, foi um erro, um deslize, e...

_Você sabe que não existem deslizes né? – perguntei cruzando os braços.

_Você e a Violetta pensam igualzinha uma à outra – resmungou. – Devi ter experimentado ficar com você antes – brincou e eu arregalei os olhos fazendo com que o mesmo parasse as risadas. – Foi uma brincadeira Francesca – disse jogando uma das suas almofadas em mim.

_Ainda bem – falei rindo.

_Você é minha amiga, seria muito estranho te namorar – riu.

_Ah, sem contar que o Marco é mil vezes melhor que você né? – ri e ele se calou.

_Não brinque. – disse sério isso afetou seu ego.

_E quem disse que eu estou brincando? – provoquei. - Tá, mas eu vim aqui para conversar sobre o fim do seu relacionamento e não para saber ou deixar de saber se você me namoraria ou não.

_Eu quero ela de volta – disse voltando ao tom triste de novo. – Eu não posso deixá-la Francesca, não sabendo que posso perder meu lugar no coração dela para outro, outro que não a faça feliz, ou que a faça mais feliz do que eu.

_É, acho que você se preocupa em ver a Violetta apaixonada por outro, outro que não seja você. León, você está com medo de perdê-la para... – suspirei. – E eu acho que isso já aconteceu.

_Você veio para me ajudar, ou para me colocar para baixo? – perguntou jogando o corpo para trás, deitando em sua cama.

_Eu vim aqui para te consolar – falei me levantando, sentando em sua cama. - Não gosto de ver meus amigos tristes ou com dor no coração por causa de uma burrada feia. – disse olhando seu rosto e ele se encontrava com os olhos fechados.

_Não vou para os Estados Unidos – murmurou, mas o suficiente para eu ouvir.

_O que? – perguntei espantada.

_Não vou – disse um pouco mais alto. – Não posso deixá-la ir para sempre.

_León é o seu sonho – falei surpresa por ele estar dizendo aquilo.

_Ela é o meu sonho – disse se sentando novamente na cama, olhando nos meus olhos. – Ela é garota que eu amo. – falou.

_León, você não pode jogar tudo para o alto, esquecendo dos seus sonhos, das coisas que realmente importam para você. – falei séria. – Sabemos que a Violetta foi muito importante para você, mas ela já se foi, assim como todas as namoradas que você teve, sei que dói, e parece que dói muito mais do que doeu às outras vezes, mas você tem que seguir em frente de algum jeito León.

_Eu não consigo – disse com a voz rouca evidenciando o choro que queria vir, mas ele fazia questão de segurá-lo. – Eu não quero. Francesca... Eu não consigo pensar na possibilidade de ir para um país, deixando ela aqui, nos braços de outro, não consigo imaginar ninguém, a não ser eu, cuidando e a tratando como realmente merece.

_Você não pode desistir de tudo – falei um tanto calma, sorrindo tentando tranqüilizá-lo. – Somos novos, temos muito que viver ainda.

_Tudo que eu tiver que viver, eu quero viver ao lado dela – disse firme enquanto deixava uma lágrima sincera e triste cair de seus olhos.

_O que você pensa em fazer? – perguntei secando aquela demonstração de fraqueza que caia de seus olhos.

_Ir atrás dela, para não deixá-la escapar mais. – murmurou.

_Pode contar comigo – falei suspirando, esboçando um pequeno sorriso. León levantou sua cabeça, olhando diretamente nos meus olhos, e pude ver um brilho, um brilho que demonstrava a esperança que ele ainda tinha.

Repentinamente, me senti sendo puxada para os braços daquele ser que estava muito triste e arrependido, num abraço apertado, e muito sincero. Somos amigos, amigos de uma vida inteira, e é isso que devemos fazer.

_Obrigado Fran...


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Notas finais do capítulo

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