O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gent

Queria agradecer aos comentários de vc's e também as desculpas né, demorei um pouco rsrs'

Bom é isso! Boa Leitura!!!



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_Violetta eu...

_Some daqui – disse com os olhos inundados que prontamente começaram a escorrer por sua face. – Por favor. – pediu.

_Eu só queria dizer que...

_Nada que você me falar vai mudar o que eu vi – disse firme.

Por Violetta #

Como ele tem a cara de pau de vir até a minha casa, de invadir o meu quarto, de tentar dizer algo a mim? Como? Eu só queria que ele sumisse, pelo menos hoje, minha cabeça está gritando de dor, ainda mais por essa chuva que eu tomei tudo piorou, hoje era para ser um dia normal, apenas com lembranças de minha mãe e nada mais.

_León, estou de pedindo, saia do meu quarto – pedi ainda calma. – Agora.

_Não – contrariou-me. – Eu preciso te esclarecer as coisas, não são do jeito que você está pensando, eu posso explicar como aconteceu, e o porquê de eu ter feito aquilo, por favor – insistiu.

_Eu não quero brigar, não quero dizer coisas sem sentido, não quero ouvir explicações, na verdade, eu não quero ouvir nem a sua voz, não agora. Então vai embora – disse firmando a minha voz, que parecia que a cada momento que eu falava se fazia mais fraca.

_Violetta, por favor, olha eu não beijei a Lara – disse sério e aquilo pareceu simplesmente o fim de tudo, ele está negando o que eu vi com os meus próprios olhos. – Eu não queria fazer aquilo, ela fez a culpa é dela e não minha.

_Você parece um idiota falando assim – ri levemente. – Você está negando o que meus olhos observaram com clareza. – disse. – Você e a Lara, estavam como dois apaixonados se beijando na calçada, debaixo da chuva, que romântico não? Parecem àquelas cenas de filme clássico sabe? – perguntei irônica.

_Não gosto quando você fala assim – disse se aproximando de mim

_Não gosto de pessoas como você – falei assim que senti sua mão pegar na minha. – Que me iludem me faz de tonta em toda a história, como se eu não tivesse sentimentos, ou como se eu fosse um simples objeto.

_Eu sei que você está chateada, mas não fui eu quem armou aquilo tudo. Foi ela e...

_E você caiu como um patinho – falei cruzando meus braços. – Por favor, né León, até eu vi o pequeno drama que ela fazia enquanto falava com você, parecia um teatrinho ridículo para te ter nas mãos.

_Violetta ela estava com problemas – León disse firme. – E eu apenas fui conversar prestar ajuda e consolá-la. – disse cruzando os braços também. – Ela estava mal, e precisava de um amigo.

_León não seja bobo – falei irritada. – Isso mesmo, ela precisava de um amigo, e não de um ex. namorado que ela é maluca de obsessão. – eu disse totalmente exaltada com tamanha burrice que ele estava demonstrando. – León você a beijou, mesmo ela tendo iniciado essa ousadia, você correspondeu.

_Mas eu não queria Violetta – repreendeu-me.

_Mas fez.

_Foi um deslize.

_Não existem deslizes – corrigi. – Você fez aquilo consciente de seus atos, sabendo que trairia conseqüências, sendo elas graves ou não. – falei. – E pior de toda essa história, foi que você foi capaz de me trair. – falei dando um leve riso. – Fala do Tomás, mas o que você fez foi idêntico ao que ele me causou.

_Eu não te traí Caramba! – falou se aproximando bruscamente de mim.

_Sim traiu, e eu duvido muito que você iria me contar isso depois. Vai saber quantos encontros vocês tiveram quando você começou a namorar comigo. – falei baixo por conta da nossa proximidade, então não era necessário que eu gritasse, ou falasse muito alto.

_Nunca tive encontros com a Lara, não depois que eu comecei a te namorar, não depois de praticamente todo mundo saber o amor que eu sinto por você, ou da minha necessidade de te ter perto de mim. – falou enlaçando vagarosamente minha cintura com os seus braços, me fazendo ficar sem palavras, sem reações.

_Eu... Eu não consigo confiar no que você diz – falei olhando em seus olhos, que se encontravam vermelhos. – Não consigo acreditar nas suas palavras.

_Violetta... – disse me olhando como se necessitasse que eu o perdoasse, mas não dava para deixar aquilo passar em branco, não da para simplesmente apagar da minha mente ou memória.

_Você foi o meu porto seguro inúmeras vezes. – disse baixo, fechando os olhos, não falando aquilo somente para ele, e sim para mim também, precisava dizer isso. – Me ajudou em muitos momentos, desde o dia em que nos conhecemos. Eu acreditava que você era o maior pegador da escola, aquele que a cada dia estava com uma garota diferente... Mas eu me enganei. Você era um garoto de sentimentos, e se mostrou disciplinado ao querer que eu entregasse todo amor que eu sentia para você. – falei esboçando um leve sorriso. – E conseguiu o que queria, fiquei totalmente cega ao declarar tudo o que eu sentia por você. Mas... As coisas nem sempre são perfeitas León.

_Violetta, Para. – pediu acariciando o meu rosto, ele sabia onde eu estava querendo chegar, e via que eu estava tentando adiar o máximo que eu conseguia.

_Há magias que muitas vezes não são verdadeiras – continuei. – E hoje, você me mostrou que a vida não pode ser um conto de fadas, com um príncipe fiel a sua amada princesa. Que demorou muito para conquistar. – falei já sentindo lágrimas escorrerem novamente. – Eu te amo. – afirmei soltando um longo suspiro. – Mas não quero continuar assim, não quero passar pela mesma coisa de novo, sofrer de novo...

_Não...

_A gente... Não pode... Não pode continuar – falei com certa insegurança, mas sabendo que era o certo, ou não, a se fazer. – Não podemos mais, não assim.

_Violetta, pense antes, não tome decisões precipitadas – tentou me deter.

_Eu não preciso pensar – falei chorando. – É isso que eu tenho que fazer e pronto. Não estou disposta a deixar duas traições em branco. – falei. – A primeira, eu até entendo, afinal eu era nova, não sabia das coisas ainda, mas agora, de novo, aí já é de mais, não tem como agüentar.

_Violetta, Chega.

_Chega pra mim – murmurei entre soluços. – Eu não quero mais sofrer por ver ela aos seus pés, por ver que ela te daria tudo o que eu não sou capaz de te dar. – falei. – Eu não quero mais seguir nessa... Relação.

_Você não pode fazer isso – León disse me olhando com seus preciosos olhos, que agora pareciam mais desesperados do que nunca. – Não pode simplesmente jogar tudo o que construímos no lixo. – falou apertando minha cintura a cada palavra que proferia. – Eu não posso te perder.

Nossos olhares se encontraram, e pela primeira vez nessa tarde chuvosa, fomos capazes de despejar lágrimas, lágrimas que para mim, eram de dor, de tristeza, de que infelizmente esse sonho acabou.

Nossas testas se encostaram, não fui capaz de me mover, não sabendo que depois, ele passaria por aquela porta e nunca mais voltaria aos meus braços, para me abraçar, para cuidar de mim. Senti sua respiração ficar mais próxima de meu rosto, me fazendo abrir os olhos. Com o resto de minhas forças de vontade, coloquei minhas mãos em seu peito, desencostando nossas testas, não nos beijaríamos não dessa vez, e nem em nenhuma outra... León me olhou triste, cortando o meu coração em várias partes pequenas.

_Tchau León – murmurei quase que em um sussurro, desvencilhando-me de seus braços, e lhe dando as costas. E quase que desmoronando e voltando para aqueles braços que tanto me tratavam com amor e carinho, saí daquele quarto rapidamente.

Tudo que eu precisava era sair, sem rumo, correndo, fugindo de tudo e de todos, sem se importar com nada, apenas fugir dessa realidade que eu escolhi. Sei que poderia ter feito algo melhor, poderia ter perdoado o León, aceitado as explicações dele, mas ele poderia me ferir de novo, me despedaçar novamente, isso eu não estava disposta a fazer, não queria ser fraca, não por ele, não por garotos que nos iludem e fazem bem o que querem com os nossos sentimentos bons e puros, que levamos em nossa ingenuidade na forma que temos de amar.

_Pequenina – escutei a voz de Olga me chamando, só então pude perceber que estava na cozinha, em frente à porta que ali existia. – Vai sair novamente? – perguntou preocupada me fazendo virar para ela. – Está toda molhada, meu amor, e por que está chorando? Não me vai dizer que é por sua mãe? – perguntou com uma cara séria, prevendo o motivo de meu choro.

_Olga – murmurei a abraçando ignorando minhas roupas molhadas. – Me machucaram – falei caindo no choro em seus braços, apenas a sentindo retribuir meu abraço.

_Te machucaram? – perguntou preocupada agarrando meus braços se afastando de mim. – Onde te machucaram? – perguntou olhando para o meu corpo, com uma expressão assustada.

_Aqui – murmurei pondo a mão no lado esquerdo do peito. – Dentro desse órgão que nos faz amar as pessoas erradas, as pessoas que só vão nos fazer sofrer.

_Por que está dizendo isso? Quem te feriu para você estar tão acabada deste jeito? – perguntou acariciando meu rosto, passando por minhas bochechas e secando as minhas lágrimas que por ali escorriam.

_Ele – murmurei. – O príncipe de olhos verdes que tanto me encanta, me decepcionou, fez uma coisa que é imperdoável a meu ver. – falei tentando normalizar minha fala repleta de falhas devido a minha voz que estava fraca.

_Quer me contar o que ele fez de tão grave? – perguntou deslizando seus carinhos aos meus cabelos, que estavam totalmente embaraçados. Apenas fui capaz de balançar minha cabeça negativamente, evidenciando que aquilo estava tão dolorido que eu sequer tinha forças para tocar no assunto.

Afundando-me novamente nos braços de Olga, chorei por mais um tempo, a mesma não estava sabendo como agir, e eu sentia isso. Olga nunca me viu sofrendo, principalmente sofrendo por alguém, alguém que ela creia que estava e estaria me fazendo bem, mas que do nada me destroça, sem mais nem menos...

...


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