O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gent!!

Queria agradecer aos comentários de vocês, e me desculpar por essa minha demora e pelas outras que terão mais a frente, porque minha internet está um... Lixo, sem contar que agr tenho que atualizar as outras fic's, então não estranhem a minha demora.

Boa Leitura!



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Fui para o computador, ver e-mails e outras coisas do meu interesse. Abri na página de um concurso que estava tendo, era um concurso do meu interesse, o ganhador, iria fazer uma viagem para o México.

O concurso era legal, eu ganharia uma bolsa para estudar ballet. Eu não era muito chegada, mas gostava muito, graças á minha mãe, ela era bailarina, uma linda bailarina, famosa também.

Acho que eu nunca abri espaço para os meus sonhos, sabia? Acho que fiquei tão perturbada, com a história do casamento dele com a Jade que me esqueci de tudo, até mesmo das coisas que me faziam bem.

Há dois anos, eu e minha mãe vivíamos grudadas uma na outra, parecia que de algum jeito, eu sabia que algo de ruim iria acontecer, mas não que iria acontecer tão rápido, e muito menos que fosse uma tragédia das grandes...

_Violetta – minha mãe me chamou. – Vamos filha, você precisa se preparar. – falou apontando para a roupa que se encontrava em cima da cama.

_Ah mãe... – suspirei. – Acho que eu não vou me apresentar, eu estou com medo, e se eu não me sair bem? – perguntei.

_Não tem essa de: “Ai e se eu não me sair bem?” – imitou-me divertidamente me fazendo ri. – Querida, você é filha de Maria Saramengo Castillo.

_Mãe, pra você deve ser fácil, todo o México te adora – reclamei. Nessa época vivíamos no México. – Eu não sou ninguém.

_Você é minha filha – falou vindo até mim, pegando meu rosto entre suas mãos. – Isso já vale muito. – disse acariciando meus cabelos. – E não importa se todo o México não te adora. – falou rindo. – Eu também não sou adorada por todos, mas não ligo para as criticas ruins que surgem de mim.

_Mas mãe...

_Chega – disse tampando minha boca com sua mão. – Filha, eu vou estar lá, seu pai vai estar lá, Olguinha vai estar lá, então está tudo certo, ok? – disse.

_Piorou – cruzei os braços. – Se eu me sair mal, vou estar na frente de vocês, vai ser ridículo! – falei mal-humorada.

_Como você é negativa, meu amor – riu levemente. – Se você se sair mal, eu estarei lá para te reerguer, ué – disse me abraçando ternamente.

Minha mãe era a pessoa mais doce da face da Terra... Tinha sempre uma palavra amiga para tudo, sempre me ajudando, sempre me apoiando em todas as decisões que eu tomava, sendo errada ou não...

Não pense que ela não sabia dizer não, pois ela sabia. Minha mãe brava era horrível, mas o mesmo tempo engraçado, pois ela ficava vermelha, parecia que iria explodir, e ela só ficava nervosa quando brigava com o meu pai, ou quando eu a desobedecia e a Olga.

_Está pronta – ela exclamou me levando até o grande espelho do quarto. – Você parece comigo, quando eu tinha sua idade. – falou levando as mãos aos meus cabelos, levantando-os, para fazer um coque. – Tão delicada e meiga...

_Mãe – chamei-a, e ela me olhou pelo reflexo do espelho. – Você acha que, eu vou ser tão boa, como você?

_Quer saber o que eu acho? – perguntou e eu assenti. – Você vai ser melhor. – eu ri. – Estou falando sério. – falou. – E quando você crescer, e se tornar a melhor bailarina de toda a face da Terra, eu e o seu pai, estaremos lá para te aplaudir de pé, para te parabenizar, e te entregar o prêmio que você realmente merece.

Infelizmente isso não aconteceu...

Ela nunca me verá crescer...

Ela nunca me aplaudirá...

Uma lágrima saiu de meus olhos ao lembrar, deste momento. Eu lembrava, disso, perfeitamente, lembrava dela me ensinando alguns passos de balé, dela brigando comigo quando eu dizia que iria desistir de tudo e que iria fazer outra coisa, porque balé era muito difícil.

Sequei meus olhos, pois se não os mesmos ficariam inchados e vermelhos, e eu não estou afim da Olga vim me perguntar o que está acontecendo. Vagarosamente, fui até a gaveta de minha cômoda, abrindo-a. Tirei uma caixinha florida, onde tinha a imagem da bailarina mais bela do mundo: Minha mãe.

Fui para minha cama e me sentei novamente. Abri aquela caixinha, onde tinham minhas mais doloridas lembranças. Tirei a primeira foto que ali existia. Uma foto da família mais que perfeita que eu tinha. Era uma foto que estava eu, minha mãe e meu pai, estávamos numa praça, eu era pequenininha, mal sabia das conseqüências do destino.

_É mamãe... – suspirei altamente segurando o choro que queria sair. – Hoje vai fazer dois anos. – falei liberando automaticamente minhas lágrimas.

Dois anos de pura infelicidade. Dois anos desde a morte da minha querida e amada mãe. Uma ferida aberta, que eu acho que nunca será cicatrizada, e me doerá o resto da minha vida.

Ás vezes eu penso que era melhor eu não ter vivido com a minha mãe, de não ter visto o rosto dela, porque aí, seria mais fácil, mais fácil de não sentir essa dor toda vez que eu penso nela.

_Eu sempre estarei com você, em todos os momentos.

Ela sempre disse isso para mim. Mas eu sinto, que de algum jeito ela está me olhando, está vendo a situação que eu passo, e também está vendo no homem em que papai se tornou.

Depois de ver todas aquelas fotos minha com ela, vi no finalzinho da caixa a notícia que arruinou a minha vida por completo. A notícia que foi anunciada no jornal, na televisão e em tudo que possamos imaginar.

“Morre hoje a atriz e bailarina Maria Saramengo Castillo.”

Mais abaixo do título, vinha contando a história de minha mãe, e ao lado tinha uma foto dela em preto e branco, com os cabelos pretos soltos até a cintura, e a roupa de bailarina, que ela usou em seus últimos shows, ela faria mais, se aquele motorista idiota não a tivesse matado.

_Pequenina? – Era Olga que havia entrado no meu quarto sem eu perceber. – Não chore meu amor. – falou vindo até mim, e se sentando ao meu lado.

_Olga... – murmurei tentando conter os soluços. – Eu sinto tanto a falta dela. – falei engasgada.

_Todos nós sentimos pequenina – ela disse me puxando para os braços dela, num braço extremamente carinhoso e confortante.

Ficamos um tempão em silencio, precisava daquilo, tanto quanto precisava da minha mãe. Olga ficou comigo bastante tempo, e depois foi preparar o almoço, já que era meio-dia.

Voltei para o computador e dessa vez fui para o meu e-mail, precisava distrair a cabeça de alguma forma, eu amava recordar da imagem da minha mãe, mais odiava saber que eu nunca mais poderia olhar nos olhos dela para falar: eu te amo.

Talvez eu devesse continuar com o incrível ballet. Mas me falta força de vontade, me falta coragem, na verdade. Bom, e duvido muito que terei a permissão de meu pai para isso...

Eu fiz várias aulas de balé, é uma arte incrível. Fiz pequenas apresentações, mas parei assim que minha mãe morreu. Minha vida ficou cinza, apagaram-se todas as luzes do cenário...

Talvez o melhor seja esquecer. Esquecer que um dia eu tive esse sonho. Ou é melhor eu seguir isso? Seguir o que minha mãe sempre me fez acreditar que seria melhor?! Acho que hoje, o dia vai mexer emocionalmente com o meu psicológico...

_Pai, por que o senhor está chorando? – perguntei indo para perto do mesmo, que se encontrava sentado no sofá, com a cabeça baixa, derramando lágrimas e mais lágrimas...

Olga estava abraçada á Ramalho, ele estava com uma expressão nada agradável, e ainda pior era a da Olga, ela estava chorosa, assim como o meu pai, eu não sabia o que estava acontecendo naquele momento.

_O que está acontecendo?!

Meu pai se levantou, mas antes mesmo e falar alguma coisa, uma mulher, na qual hoje, é o meu maior pesadelo, entrou pela porta da sala. Olhei bem para o rosto dela, era bonita, magra, tinha porte de uma mulher de poderes.

_Germán... – ela chamou meu pai. – Fiquei sabendo do ocorrido querido. Vim o mais rápido que pude. – falou se aproximando de meu pai, e lhe dando um abraço muito apertado, o que levou alguns minutos.

Meu pai se separou daquela mulher que eu nunca havia visto na vida, e veio até mim. Ele pegou em minhas mãos, e abriu a boca para dizer algo, mas novamente, o choro o invadiu, fazendo com que ele me abraçasse apertadamente.

_Papai, o que está acontecendo? – perguntei calma, limpando o rosto de meu pai, que estava inundado por lágrimas.

_Filha... – ele disse totalmente rouco de tristeza. – Essa é uma notícia difícil de dar. – começou. – E eu juro que eu nunca na vida, pensei que fosse te falar uma coisa dessas. – falou e pude ver mais lágrimas escorrendo por sua face. – Vou direto ao ponto, quanto mais rápido, melhor... – disse inspirando o ar. – Sua mãe sofreu um acidente.

_O que?! – perguntei exaltada. – Papai, a mamãe foi comprar frutas, larga de besteiras – falei indignada. – Não gosto de brincadeiras do tipo.

_Bem que eu queria que fosse... – falou se sentando e me puxando para o seu lado. – Quero que você fique bem, ela vai sair dessa, tenho certeza...

Ela não saiu...

Ela não sobreviveu á isso...

Horas mais tarde, toda a minha família ficou sabendo do falecimento da minha mãe, ele teve fraturas graves, e perdeu muito sangue, não tinha como sobreviver. Só á espera de um milagre, e esse milagre não chegou á tempo.

Culpo o destino, culpo a vida, culpo exatamente tudo, sei que não é certo, mas não gostei, não gostei que tirassem a vida de minha mãe, odiei receber a notícia de sua morte, odiei com todas as minhas forças saber que nunca mais a veria sorrir para mim...

...


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Notas finais do capítulo

Este capítulo está um pouco parado, mas garanto á vcs que será de extrema importância para o desfecho da história ok?

Comentem o que acharam!!

Até mais !