O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Deixem reviews please....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/469988/chapter/4

.............................................................................................................................

AHHH! Minha mente estava me matando! Doía, repetia as mesmas coisas, as palhaçadas e as intrigas, os mesmos gritos, os mesmo pesadelos, os mesmos erros, os mesmos medos e os mesmos problemas.

Despertei... Totalmente fraca, desesperada, talvez carente... Sentia-me vazia. Parecia que tiraram tudo o que existia dentro de mim, parecia que me esvaziaram, por completo... Sem ao menos deixar um pingo, uma gota que seja... De amor.

Abri meus olhos... Deparei-me com uma mulher de avental, com uma prancheta na mão, e um olhar preocupado sobre minha pessoa. Seus cabelos lisos presos, e seus olhos castanhos claros, me olhavam com certa curiosidade, era jovem, mas não tão jovem. Era a médica. Hospital?! Não me lembro de chegar aqui... Como vim parar aqui?! Minha cabeça fez tudo voltar... Tudo! Quer dizer... Só até o momento da escuridão, de resto... Não lembro nada.

Tentei levantar... Mas foi em vão. Meu corpo não seguia meus comandos, o que estava havendo comigo? Nem eu mesma tinha domínio sobre mim? Sobre minha própria pessoa?

_Querida? – a mulher me chamou. – Como se sente?

_Dor – respondi tentando me manter firme, sem choros.

_Dor? Hum, onde exatamente? – ela perguntou.

_Dores, e mais dores em minha vida – falei.

_Calma, tudo vai ficar bem... Meu filho me contou o que houve. Creio que seu pai não estava tão consciente do que estava falando... – ela falou alisando meus cabelos.

_Não tenho tanta certeza disso – respondi baixo.

_Foi um golpe forte pequenina, eu sei, muito forte, mas o mundo não acabou, seus pais, sempre vão te amar, tanto sua mãe quanto o seu pai.

_Mãe? – ri ironicamente e triste. – Como se eu tivesse uma! Como se eu pudesse escutar a minha! Como se ela pudesse voltar para mim, e eu poder me aconchegar em seus braços novamente! – falei deixando algumas lágrimas rolarem soltas. – E pai? Ele não me ama... Sinto que eu só existo para sofrer, a vida é injusta comigo! Nunca reclamei de nada que eu tinha, nunca rejeitei nada, apenas era feliz, qual o problema de ser feliz? De repente a vida... A vida... Me tirou tudo! Começou por minha mãe, depois... Só tragédias... – falei, e logo me descontrolei, minhas lágrimas vieram a tona, todas as minhas dores se juntaram...

A médica me abraçou, não entendi muito bem esse ato, mas tratei de aproveitar, eu só tenho quinze anos, e já sofri tanto, já passei por tanta coisa, que nem penso se o futuro existirá para mim... Sinto que, não tenho pais onde crescer e explorar as coisas que virão.

_O meu filho não me contou essa parte da história... – ela disse sem graça.

_Tudo bem... – falei tentando me controlar. – Mas... Quem é o seu filho?

_León... Ele não te contou?! – ela pareceu ofendida.

_Não... Quer dizer, ele disse que a mãe dele era médica... Nós nos conhecemos hoje. – eu falei forçando um sorriso.

_Ele ficou tão preocupado. Pensei que meu filho enfartaria... Nem parece que se conheceram hoje. – ela disse e eu ri. – Vou chamá-lo, aposto que ele vai adorar te ver! – ela disse e logo saiu.

Depois de alguns segundos, León entrou eufórico na sala. Ele veio rapidinho na minha direção, foi tão rápido, que eu tive que dar risada, ele quase caiu.

_Fiquei preocupado... – ela falou acariciando meus cabelos, ele era muito carinhoso.

_Obrigada por tudo, serei eternamente grata – falei.

_Nem parece que só tem quinze anos. – ele disse e eu ri.

_Eu sei, pareço muito sofrida? – perguntei triste.

_Não, apesar da aparência de quinze anos, você tem a mente adulta, sei lá, sabe como é não é? – ele disse e eu sorri.

_Acho que sim – falei.

_Seu... Pai tá aí... – León disse coçando a nuca.

_Que?! Não o deixe entrar! – antes de León responder, meu pai entrou, ele estava sério, mas parecia abatido, seu rosto tinha uma expressão triste, seus olhos ameaçavam soltar lágrimas.

_E antes de tudo... Eu contei o que ocorreu para o seu pai, mantenha a calma acima de tudo, ele não te fará nada, ele te ama, ele me disse, e enquanto sua madrasta, logo você dará o que ela merece, confie no seu pai, ele lhe mostrará o caminha certo, ele está arrependido, logo, logo tudo se ajeita, você verá, ele só quer o teu bem... – León sussurrou me transmitindo confiança.

_León... – eu sorri com as palavras tão lindas. Ele se aproximou de mim, para beijar minha bochecha, mas eu me virei rapidinho, e lhe dei um pequeno beijo, que logo se tornou num longo beijo, cheio de agradecimento e algo mais, diferente e bom, talvez até fosse uma paixonite, mas... Eu estava gostando. E ele também, pois retribuiu. Ai que tonta que eu sou! Eu o beijei! Beijei o León? León! Ele tem namorada caramba! Ah, tanto faz... Eu gostei dele... Quer dizer, do beijo...

Meu pai tossiu propositalmente, León se afastou lentamente de mim, ainda sorrindo, seus olhos me mostraram algo bem verdadeiro, algo bonito, algo sincero. Beijei sua bochecha em seguida e ele riu. Meu pai estava nervoso, creio que por ciúmes, mas... Foi ele que pediu, não mandei dizer aquelas coisas sobre mim, então não fiz nada de mais né?

León beijou a ponta do meu nariz, piscou pra mim, e logo saiu da sala, mas antes meu pai jogou um olhar mortal para ele, León ficou morrendo de vergonha, eu sei que foi culpa minha, mas eu achei maravilho tê-lo perto de mim. Papai me olhava confuso, devido a cena com o León. Olhei para ele, tipo assim “Oxi, que foi?”.

_O que quer?! – perguntei me sentando com dificuldade e logo cruzando os braços emburrada.

_Queria saber se minha menininha... – eu o interrompi.

_Você não tem o direito de me chamar assim! – irritei-me. – Não sou mais a sua menininha! – falei nervosa.

_Filha... – o cortei novamente.

_Para! – quase gritei. – Não tente dar explicações Pai... Eu escutei! Tudo! E eu odiei o que eu ouvi! E você sabe por que eu estou aqui? Nesse hospital? – eu perguntei e ele negou. – Por sua causa! – falei com a voz chorosa.

_Minha causa?! Está ficando louca agora?! – ele disse ofendido, e eu ri ironicamente.

_Nossa... Além de uma peste, rebelde, criança, teimosa, agora eu sou Louca?! – disse alterando mais a minha voz.

_PARA! – ele gritou, me fazendo chorar. Ele se aproximou de mim, talvez para tentar me acalmar, mas eu apertei um botão lá, e os enfermeiros entraram e o mandaram para fora. Ainda bem. Ele sabia muito bem como explodir os meus nervos.

A médica entrou junto aos enfermeiros, aplicou u remédio em mim, e depois disse que eu já estava de alta, ou seja, tinha sido liberada. León entrou no meu quarto, e eu não soube com que cara olhar para ele. Fiquei totalmente envergonhada quando ele olhou em meus olhos com um sorrisinho simples no seu rosto... Quero só ver se a Lara descobrir o que eu fiz, ia ser engraçado, mas eu não sou do tipo de querer estragar o relacionamento dos outros... Ainda mais, León me ajudou, e eu sou muito grata a ele.

_Vou te levar para casa... – ele disse passando as mãos no cabelo.

_Não obrigada... Você já fez muito por mim... E tudo o que eu não quero, é voltar para aquela casa! – falei me levantando e pegando os meus tênis.

_Que isso... – ele disse se abaixando e pegando meu tênis. – Seria uma honra poder te ajudar quantas vezes for possível. – ele disse colocando os tênis em meu pé, como cinderela... Juro que quis rir.

_Encantada... – falei sorrindo.

_Vamos? – ele disse estendendo a mão e eu peguei a mesma. Assenti e saímos daquele local rapidamente, a mãe de León estava nos olhando estranhamente... Seria talvez por eu está de mãos dadas com ele? Talvez, talvez...

Fomos caminhando tranquilamente durante as ruas de Buenos Aires... Como aquele lugar era lindo! Cheio de cores e flores espalhadas por todo o lugar, uma coisa maravilhosa. Estava felicíssima por estar ali, observando tudo, me senti tão bem... Podia sentir minha mente livre por um momento. Mas... Por que sempre tem um “mas” na nossa vida?! Continuando... Minha felicidade acabou quando paramos em frente a minha casa... As cores sumiram, as flores murcharam e meu bem estar se desmanchou. Olhei para León, e o mesmo sorriu de canto, e indicou que eu entrasse. Fiquei um pouco mal em saber que teria que enfrentar discussões e gritos agora... Mas depois poderia correr e abraçar minha empregada de forma mais que carinhosa. Suspirei profundamente e fechei os olhos, tentando imaginar que aquilo tudo, não tinha passado de um mero sonho, melhor dizendo, pesadelo!

Soltei as mãos de León e dei uns passos para frente. Bati três vezes na porta e logo toquei a campainha... Não demorou muito e o trinco da porta fez um barulhinho. Fechei os olhos, com medo que fosse meu pai, e que ele me constrangesse na frente de León. Mas não. Era ela, ela! Olga!

_Minha pequenina! – Olga disse me abraçando apertadamente.

_Olga! – falei sorridente.

...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

c o m e n t e m !